domingo, 6 de janeiro de 2008

Trovas Humorísticas

PEDRO ORNELLAS

A situação tá tão feia,
minha grana tão escassa,
que o vizinho churrasqueia
e eu passo o pão na fumaça!
**********
Um pé de vento traquinas
vez em quando me tapeia,
ergue a saia das meninas
e enche meus olhos de areia!
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No perigo, fico esperto;
quando é briga, mato ou morro!
Se não tiver morro perto
é para o mato que eu corro!
**********
-Tem café? Pergunta a esmo
o louco ao dono do bar.
-Saiu agorinha mesmo!
-E demora pra voltar???
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“Vá lá ver se chove ou não”
E o filho (também deitado):
“Ir lá, prá que? Chame o cão,
e vê se ele tá molhado!”
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Chegou tarde, a vista torta
do boteco, o Zé Morais...
viu DUAS SOGRAS na porta
- e não bebeu nunca mais!
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Fazendo pose de nobre
passa o rico num carrão...
Mas, carro levando pobre,
é ambulância ou camburão!
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“PRESERVE O MEIO AMBIENTE”
E o luso, junto ao letreiro:
“Mas por que meio somente
e não o ambiente inteiro?”
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Passa talquinho a vovó
na assadura do vovô...
Diz a velha: “Pó pô pó?”
e ele, à vontade: “Pó pô!”


MARIA NASCIMENTO

A moça perdeu o rumo
quando o namoro esquentou...
E atrás da moita de fumo
quase que a cobra fumou...
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Comeu goiaba exultando,
mas quase esvaiu-se em baba,
quando viu se estrebuchando
meio bicho na goiaba...
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"A bruxa anda solta" aqui...
disse o meu genro e correu
quando entendeu que entendi
que a tal da bruxa era eu...
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A guiar num caminhão,
"barbeiro "como ninguém,
entrou mal na contramão,
mas veio o Guarda, e entrou bem!
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No documento é solteira,
mas vendo a idade da dona,
diz a patroa encrenqueira:
solteira, não, solteirona...
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Minha sogra, honrando bem
seu conhecido conceito,
diz que genro sempre tem
abundância... de defeito.
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Perto de oitenta e donzela
Ainda pede a Santo Antônio
pra que interceda por ela
nas tentações do Demônio...
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O chofer ficou "por conta"
ao ser fechado na rua
por uma perua tonta
que guiava outra perua...
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Acusando a carestia,
sai quase nua , a vizinha,
e diz que é uma fantasia
boa, barata e fresquinha...
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Tem muitos "anos de estrada",
mas se fingindo inibida,
já foi muito mais testada
do que pista de corrida...
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O doutor ao ancião :
- mulherzinha lhe faz mal ?
- Doutor, se eu não sou anão,
por que não mulher normal ?
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Pão-duro, morto-de-fome,
o meu vizinho Gastão
diz a todos que não come
com medo de indigestão ...
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Incurso em poligamia,
depois que foi condenado,
disse : - Credo! eu nem sabia
que já tinham me casado !
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O frango já não esquenta
quando a franga sai da linha...
afinal ele "comenta":
- galinha é sempre galinha...
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O vizinho tem mania
de não pegar no pesado,
pois, quando chegar seu dia,
quer morrer bem descansado
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Fungava a sogra com asma
e o genro dela já farto,
gritou: - socorro! Um fantasma
está rondando o meu quarto...
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Velava o esposo ainda quente
mas sendo boa, a viuvinha,
convocou seu pretendente
para não chorar sozinha!...
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Com cara aportuguesada,
no Cartório: É brasileira?
E a mulher, muito invocada :
- uai moço, eu não: sou mineira!
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Seu "hobby" era trabalhar,
mas tinha tanta preguiça
que, até pra se espreguiçar
ficava "enchendo lingüiça"...
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Na cama é amante perfeito,
já fora de garantia,
porque apresenta um defeito
só dorme, ronca e assobia...
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Quando a Sara viu o custo
do tratamento que fez,
foi tão violento o susto
que adoeceu outra vez !
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Ele ronca e não desperta
e a mulher por previdência,
deixa a porta sempre aberta,
para "casos" de emergência...
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A donzela em confissão,
diz que é moça inconformada,
porque fez muito arrastão,
mas nunca foi arrastada...
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Um gaiato de mau gosto,
vendo um gordo esbaforido,
disse: é suor no teu rosto
ou toicinho derretido! ?
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Foi pescar, mas preferiu
Por viagra, na isca, o ZÉ :
- no rio, nunca se viu
tanta manjuba de pé...
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Mostrando o corpo bem feito,
protestou em altos brados,
sentindo as mãos de um sujeito
testando os seus predicados...
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A coroa quis casar
com um garoto glutão
e agora tem que provar
que entende bem... de fogão...

sábado, 5 de janeiro de 2008

H. P. Lovecraft (1890 - 1937)

H. P. Lovecraft é um exemplo extraordinário da literatura moderna. Não pode ser considerado apenas um escritor de histórias de terror. Seus livros e contos carregam uma carga fortíssima de fantasia e imaginação. Suas principais influências são os gênios Edgar Allan Poe, Hoffmann e Arthur Machen.

Lovercraft foi em vida, um homem realmente estranho. Quase não tinha amigos e se comportava como um misantropo. Foi um escritor compulsivo de cartas, com mais de 100 mil registradas durante sua vida. Comparado ao talento imaginativo de Lewis Carrol e J.R.R. Tolkein, Lovecraft morreu praticamente desconhecido do público e crítica.

Howard Phillips Lovecraft (Providence, Rhode Island, 20 de Agosto de 1890 – 15 de Março de 1937) foi um escritor norte-americano celebrizado pelos seus livros de fantasia e terror, marcadamente gótico, enquadrados por uma estrutura semelhante à da ficção científica.

Durante a sua vida teve um número relativamente pequeno de leitores, mas a sua obra veio a tornar-se uma forte influência e referência em escritores de horror. Era assumidamente conservador e anglófilo, sendo por isso habituais no seu estilo os arcaísmos e a utilização de vocabulário e ortografia marcadamente britânicos.

Biografia
Lovecraft foi o único filho de Winfield Scott Lovecraft, negociante de jóias e metais preciosos, e Sarah Susan Phillips, vinda de uma família notória que podia traçar suas origens diretamente aos primeiros colonizadores americanos, casados numa idade relativamente avançada para a época. Quando contava três anos, seu pai sofreu uma aguda crise nervosa que deixou sequelas profundas, obrigando-o a passar o resto de sua vida em clínicas de repouso.

Assim, ele foi criado pela mãe Sarah, por duas tias, e por seu avô, Whipple van Buren Phillips. Lovecraft era um jovem prodígio que recitava poesia aos dois anos e já escrevia seus próprios poemas aos seis. Seu avô encorajou os hábitos de leitura, tendo arranjado para ele versões infantis da Ilíada e da Odisséia, de Homero, e introduzindo-o à literatura de terror, ao apresentar-lhe clássicas histórias de terror gótico.

Lovecraft era uma criança constantemente doente. Seu biógrafo, L. Sprague de Camp, afirmou que o jovem Howard sofria de poiquilotermia, uma raríssima doença que fazia com que sua pele fosse sempre gelada ao toque. Devido aos seus problemas de saúde, ele frequentou a escola apenas esporadicamente mas lia bastante.

Seu avô morreu em 1904, o que levou a família a um estado de pobreza, em decorrência da incapacidade das filhas de gerenciar os bens deste. Foram obrigados a se mudar para acomodações muito menores e insalubres, o que prejudicou ainda mais a já débil saúde de Lovecraft. Em 1908, ele sofreu um colapso nervoso, acontecimento que impediu-o de receber seu diploma de graduação no ensino médio e, consequentemente, complicou sua entrada em uma universidade. Esse fracasso pessoal marcaria Lovecraft pelo resto de seus dias.

Em seus dias de juventude, Lovecraft se dedicou a escrever poesia, mergulhando na ficção de terror apenas a partir de 1917. Em 1923, ele publicou seu primeiro trabalho profissional, Dagon, na revista Weird Tales. Sua mãe nunca chegou a ver nenhum trabalho do filho publicado, tendo morrido em 1921, após complicações em uma cirurgia.

Lovecraft trabalhou como jornalista por um curto período de tempo, durante o qual conheceu Sonia Greene, com quem viria a casar. Ela era judia natural da Ucrânia, oito anos mais velha que ele, o que fez com que sua tias protestassem contra o casamento. O casal mudou-se para o Brooklyn, na cidade de Nova Iorque, cidade que Lovecraft nunca gostou. O casamento durou poucos anos e, após o divórcio amigável, Lovecraft regressou a Providence, onde moraria até morrer.

O período imediatamente após seu divórcio foi o mais prolífico de Lovecraft, no qual ele se correspondia com vários escritores estreantes de horror, ficção e aventura. Entre eles, seu mais ávido correspondente era Robert E. Howard, criador de Conan o Bárbaro. Algumas das suas mais extensas obras, Nas Montanhas da Loucura e O Caso de Charles Dexter Ward, foram escritas nessa época.

Seus últimos anos de vida foram bastante difíceis. Em 1932, sua amada tia Lillian Clark, com quem ele vivia, faleceu. Lovecraft mudou-se para uma pequena casa alugada com sua tia e companhia remanescente, Annie Gamwell, situada bem atrás da biblioteca John Hay. Para sobreviver, considerando-se que seus próprios textos aumentavam em complexidade e número de palavras (dificultando vendas), Lovecraft apoiava-se como podia em revisões e "ghost-writing" de textos assinados por outros, inclusive poemas e não-ficção. Em 1936, a notícia do suicídio de seu amigo Robert E. Howard deixou-o profundamente entristecido e abalado. Nesse ano, a doença que o mataria (câncer no intestino) já avançara o bastante para que pouco se pudesse fazer contra ela. Lovecraft suportou dores sempre crescentes pelos meses seguintes, até que em 10 de março de 1937 viu-se obrigado a se internar no Hospital Memorial Jane Brown.

Ali morreria cinco dias depois. Contava então 46 anos de idade.

Howard Phillips Lovecraft foi enterrado no dia 18 de março de 1937, no cemitério Swan Point, em Providence, no jazigo da família Phillips. Seu túmulo é o mais visitado do local, mas passaram-se décadas sem que seu túmulo fosse demarcado de forma exclusiva. No centenário de seu nascimento, fãs norte-americanos se cotizaram para inaugurar uma lápide definitiva, que exibe a frase "Eu sou Providence", extraída de uma de suas cartas.

Obras

Muitos dos trabalhos de Lovecraft foram diretamente inspirados por seus constantes pesadelos, o que contribuiu para a criação de uma obra marcada pelo subconsciente e pelo simbolismo. As suas maiores influências foram Edgar Allan Poe, por quem Lovecraft nutria profunda afeição, e Lord Dunsany, cujas narrativas de fantasia inpiraram as suas histórias em terras de sonho. Suas constantes referências, em seus textos, a horrores antigos e a monstros e divindades ancestrais acabaram por gerar algo análogo a uma mitologia, hoje vulgarmente chamada Cthulhu Mythos, contendo vários panteões de seres extradimensionais tão poderosos que eram ou podiam ser considerados deuses, e que reinaram sobre a Terra milhões de anos atrás. Entre outras coisas, alguns dos seres teriam sido os responsáveis pela criação da raça humana e teriam uma intervenção directa em toda a história do universo.

A expressão Cthulhu Mythos foi criada, após a morte de Lovecraft, pelo escritor August Derleth, um dos muitos escritores a basearem suas histórias nos mitos deste. Lovecraft criou também um dos mais famosos e explorados artefactos das histórias de terror, o Necronomicon, um fictício livro de invocação de demônios escrito pelo, também fictício, Abdul Alhazred, sendo até hoje popular o mito da existência real deste livro, fomentado especialmente pela publicação de vários falsos Necronomicons e por um texto, da autoria do próprio Lovecraft, explicando a sua origem e percurso histórico.

Fontes:
http://www.virtualbooks.com.br/ (in CD-ROM Biblioteca Eletrônica vol. III. Magister)
pt.wikipedia.com

H. P. Lovecraft (Conto: Vento Frio)

Vento Frio

Indagas-me por que receio as rajadas de vento frio; por que tremo mais que as pessoas comuns ao entrar num aposento gélido e sinto náusea e repulsa quando a friagem da noite se insinua, furtiva, pelo calor de um suave dia de outono. Há quem diga que eu reajo ao frio de modo semelhante ao que outros reagem ao fedor, e serei o último a desmentir essa impressão. O que farei será relatar a situação mais horripilante em que já me encontrei e deixar a ti a tarefa de julgar se ela representa ou não urna explicação satisfatória para essa minha esquisitice.

É falso imaginar que o horror esteja associado indissoluvelmente com o negrume, o silêncio, a solidão. Eu o conheci no esplendor fulgurante de urna tarde de sol, em meio ao clangor da metrópole e no ambiente apinhado de uma pobre e comuníssima casa de pensão, tendo a meu lado uma senhoria prosaica e dois homens robustos. Em meados de 1923, eu conseguira um emprego enfadonho e pouco rendoso numa revista, em Nova Iorque; e na impossibilidade de pagar o aluguel de uma moradia decente, comecei a vagar de uma pensão barata para outra, em busca de um quarto que combinasse as qualidades de limpeza adequada, mobiliário tolerável e preço bastante módico. Constatei, antes que passasse muito tempo, que só me restava optar entre diferentes males; entretanto, pouco depois dei com uma casa na Rua 14 Oeste que me repugnava muito menos do que as outras que eu havia experimentado.

Era uma mansão de grés pardo, com quatro pavimentos, que datava aparentemente de fins da década de 1840, com mármores e madeirames cuja magnificência enodoada e manchada lembrava que no passado o prédio conhecera altos níveis de elegante opulência. Os quartos, amplos e de enorme pé-direito, decorados com um papel de parede inacreditável e com cornijas ridiculamente complicadas, tinham um deprimente bafo de bolor, bem corno um vago cheiro de cozinha; entretanto, o chão era limpo, a roupa de cama bastante aceitável e a água quente nem sempre estava fria ou desligada, de modo que vim considerar a casa como um lugar pelo menos suportável para hibernar até poder realmente voltar a viver. A senhoria, uma espanhola desmazelada e quase barbada, chamada Herrero, não me amolava com mexericos ou reclamações a respeito da luz que eu deixava acesa até tarde em meu quarto, no terceiro andar, dando para a rua; e os demais pensionistas eram tão sossegados e calados quanto se poderia desejar. Eram na maioria espanhóis, só um pouco acima do nível mais grosseiro e ínfimo. O único motivo realmente sério de aborrecimento era o ruído dos bondes na rua.

Eu já estava residindo ali bem umas três semanas quando ocorreu o primeiro incidente insólito. Certa noite, por volta das oito horas, escutei um barulho como que de líquido que caísse no chão, e de repente me dei conta que já fazia algum tempo que o ar estava impregnado de um penetrante odor de amônia. Olhando em torno, vi que o teto estava molhado e gotejante; parecia que a infiltração provinha de um canto do lado que dava para a rua. Ansioso por cortar o mal pela raiz, desci depressa para falar à senhoria, que me garantiu que o problema seria logo resolvido.

- El doctor Muñoz -comentou ela, subindo as escadas correndo, em minha frente - deve ter derramado seus produtos químicos. Está fraco demais para cuidar de si próprio... cada vez mais fraco... pero no tiene nadie que pueda ayudarlo. E muito esquisito com essa doença dele... toma banhos de cheiros estranhos o dia inteiro, nem pode ficar nervoso ou sentir calor. Ele mesmo arruma o quarto... o quartinho dele vive cheio de garrafas e máquinas e ele não pratica mais a medicina. Mas antigamente ele foi famoso... mi padre ouviu falar dele em Barcelona... e há poco tiempo tratou o braço do bombeiro que cuida do encanamento e que começou a doer de repente. Ele nunca sai, só vai até o terraço, e mi hijo, Esteban, traz, para ele comida, roupa limpa, remédios e produtos químicos. Diós, a quantidade de sal amoníaco que esse hombre usa para se refrescar!

A Sra. Herrero desapareceu pela escada do quarto andar e eu voltei para meu quarto. A amônia parou de pingar e eu sequei a que havia caído. Enquanto abria a janela para arejar o cômodo, ouvi os passos pesados da senhoria no andar de cima. Quanto ao Dr. Muñoz, eu nunca havia escutado seus passos, lentos e macios. Só havia escutado um ruído que parecia ser o de um mecanismo com motor a gasolina. Fiquei a imaginar, por um momento, qual poderia ser a estranha enfermidade desse homem e se sua recusa obstinada em aceitar auxílio não resultaria de uma excentricidade infundada. Lembro-me de ter tido um pensamento banal, o de quanto é patética a situação de urna pessoa eminente que decaiu socialmente.

Talvez eu jamais viesse a conhecer o Dr. Muñoz se não fosse o ataque cardíaco que de repente me acometeu numa tarde em que eu estava escrevendo em meu quarto. Médicos haviam-me falado do perigo que representam tais crises, e eu sabia que não havia tempo a perder; por isso, ao me recordar do que a senhoria tinha dito sobre a ajuda que o inválido prestara ao bombeiro, arrastei-me pela escada e bati debilmente à porta do quarto que ficava em cima do meu. Minha batida foi respondida em bom inglês por uma voz curiosa, mais ou menos à direita, que me indagou o nome e profissão. Uma vez respondidas as perguntas, abriu-se um pouco a porta ao lado daquela em que eu batera.

Recebeu-me uma lufada de ar frio; e embora o dia fosse um dos mais tórridos do fim de junho, tive um estremecimento ao transpor a porta e entrar num espaçoso apartamento, cuja decoração suntuosa e de bom gosto constituiu uma surpresa naquele ninho de penúria e miséria. Um sofá dobrável atendia, agora de dia, à sua função de sofá, e o mobiliário de mogno, o magnífico papel de parede, as pinturas antigas e as esplêndidas estantes de livros indicavam antes o estúdio de um fidalgo que um quarto de pensão. Percebi então que o quarto que ficava sobre o meu - o quartinho com garrafas e máquinas, mencionado pela Sra. Herrero - era simplesmente o laboratório do doutor e que seus aposentos principais ficavam naquele amplo apartamento adjacente, cujas alcovas corretas e o grande quarto de banho lhe permitia ocultar toda roupa e objetos gritantemente utilitários. O Dr. Muñoz, evidentemente, era um homem com berço, cultura e excelente gosto.

A figura que eu tinha diante de mim era a de um homem baixo, mas muito bem proporcionado, trajado numa indumentária um tanto formal, de corte e feitio perfeitos. Um rosto bem-feito, de expressão senhoril, mas em nada arrogante, tinha a orná-lo uma barba aparada e um pouco grisalha, enquanto um pincenê antiquado se antepunha a olhos grandes escuros, equilibrando-se num nariz aquilino que dava um toque mourisco a urna fisionomia em tudo mais marcadamente celtibérica. Uma cabeleira basta e bem-tratada, que indicava visitas regulares de um barbeiro, partia-se com muita elegância sobre a testa alta. E toda a impressão que aquele vulto transmitia era de acentuada inteligência, origens nobres e excelente educação.

Não obstante, ao contemplar o Dr. Muñoz naquela lufada de ar frio, fui tomado de uma repugnância que nada em seu aspecto poderia justificar. Somente sua tez, que se inclinava à palidez e a frieza do toque de sua mão poderiam ter dado uma base física a essa sensação, porém mesmo essas coisas teriam de ser relevadas, dada a notória invalidez do homem. É ainda possível que tenha sido aquele frio singular que me indispôs, pois tamanha gelidez era anormal num dia tão quente, e o anormal sempre desperta aversão, suspeita e temor.

........No entanto, a repulsa logo cedeu lugar à admiração, uma vez que a extrema perícia daquele estranho médico se manifestou incontinenti, a despeito da algidez e do tremor de suas mãos exangues. A um olhar ele compreendeu minhas necessidades, atendendo-as com habilidade de mestre; enquanto me assistia, consolava-me com voz harmoniosamente modulada, embora inusitadamente oca e sern timbre, assegurando-me ser o mais implacável dos inimigos da morte, e que havia dissipado sua fortuna e perdido todos os amigos numa vida inteira de experiêcias extravagantes, dedicadas à repressão e extirpação de tamanho flagelo. Parecia haver nele um certo fanatismo benevolente, e ele não cessava de divagar, quase garrularnente, enquanto me auscultava o peito e preparava uma beberagem de drogas trazidas de seu pequeno laboratório. Era evidente que a companhia de uma pessoa bem-nascida representava para ele uma rara novidade naquele ambiente de indigência e o levava a uma desusada loquacidade, ao ser empolgado por recordações de dias melhores.

Sua voz, embora estranha, era ao menos apaziguadora; e eu não percebia sequer o som de sua respiração enquanto ele pronunciava aqueles longos períodos, tão cheios de lhaneza. O doutor procurava afastar meus pensamentos da crise cardíaca, discorrendo sobre suas teorias e experiências. Lembro-me bem do tato com que ele procurou consolar-me da debilidade de meu coração, insistindo em que a vontade e a consciência são mais fortes do que a própria vida orgânica, de forma que se urna organização física for originalmente saudável e preservada com cuidado pode, mediante um realce cientifico dessas qualidades, reter uma espécie de animação nervosa, apesar das mais sérias lesões, defeitos ou mesmo ausências no conjunto de órgãos específicos. Algum dia, dis-se-me ele meio a brincar, poderia me ensinar a viver (ou ao menos manter alguma espécie de existência consciente) até mesmo sem coração! Quanto a si, afligia-o uma série de enfermidades que exigiam um regime rigorosíssimo, que incluía o frio constante. Qualquer elevação marcada da temperatura poderia, caso se prolongasse, afetá-lo de maneira fatal; e a frialdade de sua moradia, cerca de 13º centígrados, era mantida por um sistema absorvente de arrefecimento a amônia. As bombas do sistema eram impulsionadas pelo motor a gasolina que eu já escutara de meu quarto.

Aliviado de minha crise num tempo maravilhosamente breve, deixei aqueles aposentos frígidos como discípulo e servidor do talentoso recluso. Depois disso, fiz-lhe várias visitas, devidamente agasalhado. Ouvia-lhe o relato de pesquisas secretas e resultados quase espantosos, e estremecia um pouco ao examinar os volumes incomuns e inacreditavelmente antigos em suas estantes. Por fim, convém acrescentar, fiquei quase curado para sempre de minha doença, devido à sua terapia tão efetiva. Ao que parece, ele não desdenhava os encantamentos dos medievalistas, porquanto acreditava que essas fórmulas crípticas contivessem raros estímulos psicológicos, que poderiam, concebivelmente, exercer efeitos singulares na substância de um sistema nervoso que tivesse sido abandonado pelas pulsações orgânicas. Comoveu-me o que ele contou sobre o idoso Dr. Torres, de Valência, que compartilhara com ele suas primeiras experiêcias, e que cuidara dele por ocasião da grave enfermidade que o acometera dezoito anos antes, e da qual procedia sua atual debilitação. Pouco depois de haver o venerando facultativo salvo o colega, ele próprio sucumbira ao horrendo inimigo que combatera. Possivelmente o esforço tivesse sido excessivo; o Dr. Muñoz deixou claro, em sussurros (conquanto não descesse a minúcias), que os métodos de cura haviam sido excepcionalíssimos, envolvendo cenas e processos desaprovados por galenos idosos e conservadores.

Com o passar das semanas, observei com pesar que, com efeito, meu novo amigo estava, lenta mas inequivocamente, perdendo suas forças, tal como sugerira a Sra. Herrero. O aspecto lívido de sua fisionomia se intensificava, a voz se fazia mais vazia e indistinta, seus movimentos musculares mostravam menor coordenação, seu espírito e sua força de vontade revelavam menos
fortaleza e iniciativa. Não parecia ele de modo algum desatento a essa triste transformação, e pouco a pouco tanto sua expressão quanto sua conversa foram adquirindo uma ironia desagradável que restaurou em mim a repulsa sutil que eu havia sentido de início.

Ele foi cultivando caprichos esquisitos, afeiçoando-se a especiarias exóticas e incenso egípcio até que seu quarto recendia como a tumba de um faraó no Vale dos Reis. Ao mesmo tempo, aumentava seu desejo de ar frio, e com minha ajuda ele ampliou a tubulação de amônia de seu quarto e modificou o sistema de bombas e a alimentação de sua máquina de refrigeração, até conseguir manter a temperatura entre 1º e 4,5º centígrados e, finalmente, na casa de 2º centígrados negativos. O banheiro e o laboratório, naturalmente, eram menos frios, para que a água não se congelasse no encanamento e os processos químicos não se vissem prejudicados. O inquilino do cômodo ao lado do dele queixou-se do ar gélido que entrava pela porta de ligação; por isso, ajudei o doutor a instalar re-posteiros pesados, que mitigassem o problema. Uma espécie de horror crescente, de feitio bizarro e mórbido, parecia possuí-lo. Ele falava da morte sem cessar, mas ria cavamente quando coisas como providências fúnebres ou de sepultamento eram obliquamente sugeridas.

De maneira geral, ele se converteu em companhia desconcertante e até repelente. Contudo, por gratidão ao modo como ele me curara, eu não me dispunha a abandoná-lo aos estranhos que o cercavam, e tinha o cuidado de espanar-lhe o quarto e atender às suas necessidades de cada dia, metido num sobretudo pesado que eu havia comprado especialmente para esse fim. Da mesma forma, eu fazia grande parte de suas compras e observava com assombro alguns dos produtos químicos que ele encomendava a farmacêuticos e fornecedores de laboratórios.

Uma crescente e inexplicada atmosfera de pânico parecia avolumar-se em seu apartamento. Toda a casa, como já foi dito, recendia a bolor; entretanto, o odor em seu apartamento era pior e, apesar de todas as especiarias e do incenso, bem como dos acres produtos químicos dos banhos (agora contínuos) que ele insistia em tomar sem ajuda, percebi que o cheiro deveria estar ligado à sua enfermidade, e tive um calafrio ao refletir sobre qual poderia ser. A Sra. Herrero persignava-se ao olho e deixou-o de bom grado aos meus cuidados, sem nem mesmo permitir que o filho, Esteban, continuasse a lhe prestar serviços. Quando eu sugeria que ele buscasse o auxílio de outros médicos, o inválido revelava fúria, tão grande quanto ele parecia atrever-se a demonstrar. Era evidente que ele receava o efeito físico da emoção violenta, e no entanto sua força de vontade e seus ímpetos antes se fortaleciam que minguavam, e ele se recusava a guardar o leito. A lassidão dos primeiros tempos de sua enfermidade deu lugar a um retorno de sua disposição fogosa, de modo que ele parecia arremessar reptos ao rosto do demônio da morte no momento mesmo em que esse antigo inimigo se apossava dele. A simulação do comer, que sempre fora, curiosamente, quase um formalismo, foi praticamente abandonada; e somente a força mental parecia protegê-lo do colapso total.

Adquiriu ele o hábito de redigir longos documentos que cuidadosamente lacrava e cercava de recomendações para que eu os transmitisse, após sua morte, a certas pessoas por ele nomeadas -na maioria letrados das Índias Orientais, mas entre as quais havia um outrora famoso médico francês, hoje em geral tido como morto, e a respeito de quem as coisas mais inconcebíveis haviam sido murmuradas. Quero dizer desde logo que queimei todos esses papéis, sem entregá-los nem abrí-los. Seu aspecto e sua voz se tomaram assustadores ao extremo, e sua presença quase insuportável. Num certo dia de setembro, ao vê-lo de relance, um homem que tinha vindo consertar sua lâmpada elétrica de mesa foi tornado de uma crise epiléptica, crise essa para a qual o doutor prescreveu remédios eficientes, enquanto se mantinha longe da vista. Aquele homem, é bom que se diga, havia passado pelos horrores da grande guerra sem haver sucumbido a um susto tão medonho.

Foi então que, em meados de outubro, sobreveio, com subitaneidade estarrecedora, o horror dos horrores. Numa noite, mais ou menos às onze horas, a bomba da máquina refrigeradora quebrou-se, de forma que dentro de três horas o processo de resfriamento amoniacal se tornou impossível. O Dr. Muñoz chamou-me, batendo com os pés no chão, e pus-me a trabalhar desesperadamente para reparar o dano, enquanto meu anfitrião praguejava num tom cuja cavidade inerte e impetuosa foge a qualquer descrição. Não obstante, meus esforços amadorísticos foram baldados; tendo ido buscar um mecânico de uma garagem vizinha, que ficava aberta a noite toda, ficamos sabendo que nada poderia ser feito até de manhã, quando um novo pistão teria de ser adquirido. A indignação e o medo do ermitão moribundo, elevando-se a proporções grotescas, parecia ser de molde a destruir o que restava de seu físico fraquejante; e em certo momento um espasmo fez com que ele levasse as mãos aos olhos e corresse ao banheiro. Saiu dali tateando o caminho, com o rosto envolvido em bandagens, e nunca mais lhe vi os olhos.

O frio do apartamento diminuía agora sensivelmente, e ao dar as cinco da manhã o médico retirou-se para o banheiro, ordenando-me que o mantivesse abastecido com todo o gelo que eu pudesse obter em farmácias e bares. Ao voltar de minhas excursões, às vezes desencorajadoras, e
deitar o que havia conseguido junto à porta do banheiro, eu escutava um contínuo espadanar de água lá dentro, enquanto uma voz grossa pedia "Mais... mais!" Por fim, raiou um dia quente, e uma a uma as lojas se abriram. Pedi a Esteban que ajudasse com o provisionamento de gelo enquanto eu ia adquirir o pistão da bomba, ou que encomendasse o pistão enquanto eu continuava a buscar gelo; no entanto, instruído pela mãe, ele se recusou peremptoriamente a ajudar.

Por fim, contratei um vadio de aspecto miserável que encontrei na esquina da Oitava Avenida para manter o paciente abastecido de gelo, trazido de uma lojinha onde o apresentei, e me entreguei, diligente, à tarefa de localizar um pistão de bomba e de contratar operários que soubessem instalá-lo. A tarefa parecia quase interminável, e fui tomado de ira quase tão violenta quanto a do ermitão ao ver as horas se escoando num ciclo infatigável de telefonemas infrutíferos, de correrias de um lado para outro, indo ali e acolá' de metrô e transporte de superfície. Mais ou menos ao meio-dia encontrei um fornecedor satisfatório numa rua remota do centro da cidade, e aproximadamente à 1:30 da tarde cheguei à pensão com as peças necessárias e dois mecânicos fortes e inteligentes. Eu havia feito tudo quanto me fora possível e esperava chegar em tempo.

O negro terror, no entanto, me precedera. A pensão se transformara numa casa de orates, e sobre as vozes aterradas escutei um homem rezando com voz gravíssima. Havia pelo ar um quê de diabólico e os inquilinos rezavam

o rosário com maior vigor ao sentirem o cheiro que exalava por baixo da porta fechada do médico. O vagabundo que eu contratara, ao que parece, havia fugido aos gritos e de olhos esbugalhados pouco depois de haver feito sua segunda entrega de gelo, talvez corno resultado de
excessiva curiosidade. Não podia, está claro, trancar a porta ao sair; no entanto, agora ela estava fechada, presumivelmente por dentro. Não se ouvia som algum, com exceção de uma espécie indefinível de vagaroso e denso gotejar.

Depois de consultar a Sra. Herrero e os trabalhadores, e apesar do medo que me corroía a alma, opinei que deveríamos arrombar a porta; todavia, a senhoria descobriu uma maneira de virar a chave pelo lado de fora, com auxílio de um arame. Havíamos previamente aberto as portas de todos os outros quartos naquele corredor, além de descerrado as janelas até em cima. Agora, protegendo os narizes com lenços, invadimos, trêmulos, o amaldiçoado quarto, que resplendia com o sol quente do começo da tarde.

Uma espécie de trilha escura e lodosa levava da porta aberta do banheiro até a porta do corredor, e dali à escrivaninha, onde uma pocinha horrorosa se acumulara. Havia ali alguma coisa rabiscada a lápis, como que por um cego trêmulo, num pedaço de papel nojentamente manchado, ao que parecia pelas próprias garras que haviam traçado as apressadas palavras finais. Depois a trilha conduzia ao sofá e terminava de um modo que não pode ser descrito.

O que estava, ou tinha estado, no sofa não posso nem ouso dizer aqui. Mas eis o que decifrei no papel pegajosamente manchado, antes de riscar um fósforo e reduzí-lo a cinzas; o que decifrei tornado de pânico, enquanto a senhoria e os dois mecânicos saíam em disparada daquele lugar infernal para ir relatar suas histórias incoerentes na delegacia de polícia mais próxima. As palavras nauseantes pareciam quase inacreditáveis naquele fulgor amarelo de sol, com o matraquear de automóveis e caminhões que vinham subindo ruidosamente a Rua 14, mas, no entanto, confesso que acreditei nelas naquele momento. Se acredito agora naquelas palavras, honestamente não sei dizer. Existem coisas a respeito das quais é melhor não especular, e tudo quanto posso dizer é que detesto o cheiro de amônia e sinto-me desfalecer ante uma lufada de ar inusitadamente frio.

"O fim chegou", dizia o rabisco pestilencial. "Não haverá mais gelo... o homem olhou e correu. Fica cada vez mais quente e os tecidos não poderão durar mais. Imagino que saibas... o que eu disse sobre a vontade, os nervos e o corpo preservado depois que os órgãos cessassem de funcionar. Era uma boa teoria, mas não podia ser mantida indefinidamente. Houve uma deterioração gradual que eu não previra. O Dr. Torres sabia, mas o choque o matou. Não pôde suportar o que teria de fazer; tinha de me meter num lugar estranho e escuro, mas atentou à minha carta e me fez voltar, com seus cuidados. E os órgãos jamais voltariam a funcionar novamente. Tinha de ser feito à minha maneira (preservação artificial), pois vês: eu morri naquela época, há dezoito anos."

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Fonte:
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(in CD ROM Biblioteca Eletrônica vol. III. Magister)

Artur de Azevedo (1855 - 1908)


Artur Nabantino Gonçalves de Azevedo, jornalista, poeta, contista e teatrólogo, nasceu em São Luís, MA, em 7 de julho de 1855, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 22 de outubro de 1908. Figurou, ao lado do irmão Aluísio de Azevedo, no grupo fundador da Academia Brasileira de Letras, onde criou a Cadeira n. 29, que tem como patrono Martins Pena.

Foram seus pais David Gonçalves de Azevedo, vice-cônsul de Portugal em São Luís, e Emília Amália Pinto de Magalhães, corajosa mulher que, separada de um comerciante, com quem casara a contragosto, já vivia maritalmente com o funcionário consular português à época do nascimento dos filhos: três meninos e duas meninas. Casaram-se posteriormente, após a morte na Corte, de febre amarela, do primeiro marido. Aos oito anos Artur já demonstrava pendor para o teatro, brincando com adaptações de textos de autores como Joaquim Manuel de Macedo, e pouco depois passou a escrever, ele próprio, as peças que representava. Muito cedo começou a trabalhar no comércio. Depois foi empregado na administração provincial, de onde foi demitido por ter publicado sátiras contra autoridades do governo. Ao mesmo tempo lançava as primeiras comédias nos teatros de São Luís. Aos quinze anos escreveu a peça Amor por anexins, que teve grande êxito, com mais de mil representações no século passado. Ao incompatibilizar-se com a administração provincial, concorreu a um concurso aberto, em São Luís, para o preenchimento de vagas de amanuense da Fazenda. Obtida a classificação, transferiu-se para o Rio de Janeiro, no ano de 1873, e logo obteve emprego no Ministério da Agricultura.

A princípio, dedicou-se também ao magistério, ensinando Português no Colégio Pinheiro. Mas foi no jornalismo que ele pôde desenvolver atividades que o projetaram como um dos maiores contistas e teatrólogos brasileiros. Fundou publicações literárias, como A Gazetinha, Vida Moderna e O Álbum. Colaborou em A Estação, ao lado de Machado de Assis, e no jornal Novidades, onde seus companheiros eram Alcindo Guanabara, Moreira Sampaio, Olavo Bilac e Coelho Neto. Foi um dos grandes defensores da abolição da escravatura, em seus ardorosos artigos de jornal, em cenas de revistas dramáticas e em peças dramáticas, como O Liberato e A família Salazar, esta escrita em colaboração com Urbano Duarte, proibida pela censura imperial e publicada mais tarde em volume, com o título de O escravocrata.

Escreveu mais de quatro mil artigos sobre eventos artísticos, principalmente sobre teatro, nas seções que manteve, sucessivamente, em O País ("A Palestra"), no Diário de Notícias ("De Palanque"), em A Notícia (o folhetim "O Teatro"). Multiplicava-se em pseudônimos: Elói o herói, Gavroche, Petrônio, Cosimo, Juvenal, Dorante, Frivolino, Batista o trocista, e outros. A partir de 1879 dirigiu, com Lopes Cardoso, a Revista do Teatro. Por cerca de três décadas sustentou a campanha vitoriosa para a construção do Teatro Municipal, a cuja inauguração não pôde assistir.

Embora escrevendo contos desde 1871, só em 1889 animou-se a reunir alguns deles no volume Contos possíveis, dedicado pelo autor a Machado de Assis, que então era seu companheiro na secretaria da Viação e um de seus mais severos críticos. Em 1894, publicou o segundo livro de histórias curtas, Contos fora de moda, e mais dois volumes, Contos cariocas e Vida alheia, constituídos de histórias deixadas por Artur de Azevedo nos vários jornais em que colaborara.
No conto e no teatro, Artur Azevedo foi um descobridor de assuntos do cotidiano da vida carioca, e observador dos hábitos da capital. Os namoros, as infidelidades conjugais, as relações de família ou de amizade, as cerimônias festivas ou fúnebres, tudo o que se passava nas ruas ou nas casas lhe forneceu assunto para as histórias. No teatro foi o continuador de Martins Pena e de França Júnior. Suas comédias fixaram aspectos da vida e da sociedade carioca. Nelas teremos sempre um documentário sobre a evolução da então capital brasileira. Teve em vida cerca de uma centena de peças de vários gêneros e extensão (e mais trinta traduções e adaptações livres de peças francesas) encenadas em palcos nacionais e portugueses. Ainda hoje continua vivo como a mais permanente e expressiva vocação teatral brasileira de todos os tempos, através de peças como A jóia, A capital federal, A almanarra, O mambembe, e outras.

Outra atividade a que se dedicou foi a poesia. Foi um dos representantes do Parnasianismo, e isso meramente por uma questão de cronologia, porque pertenceu à geração de Alberto de Oliveira, Raimundo Correia e Olavo Bilac, todos sofrendo a influência de poetas franceses como Leconte de Lisle, Banville, Coppée, Heredia. Mas Artur Azevedo, pelo temperamento alegre e expansivo, não tinha nada que o filiasse àquela escola. É um poeta lírico, sentimental, e seus sonetos estão perfeitamente dentro da tradição amorosa dos sonetos brasileiros.

OBRAS: Carapuças, poesia (1871); Sonetos (1876); Um dia de finados, sátira (1877); Contos possíveis (1889); Contos fora da moda (1894); Contos efêmeros (1897); Contos em verso (1898); Rimas, poesia (1909); Contos cariocas (1928); Vida alheia (1929); Histórias brejeiras, seleção e prefácio de R. Magalhães Júnior (1962); Contos (1973).

TEATRO: Amor por anexins (1872); A filha de Maria Angu (1876); Uma véspera de reis (1876); Jóia (1879); O escravocrata, em colaboração com Urbano Duarte (1884); A almanarra (1888); A capital federal (1897); O retrato a óleo (1902); O dote (1907); O oráculo (1956); Teatro (1983).

REVISTAS: O Rio de Janeiro em 1877 (com Lino d'Assumpção - 1877); Tal Qual Como Lá (com França Júnior - 1879, não encenada), O Mandarim (com Moreira Sampaio - 1883); Cocota (com Moreira Sampaio - 1884/1887); O Bilontra (com Moreira Sampaio - 1884/1887); O Carioca (com Moreira Sampaio - 1884/1887); O Mercúrio e o Homem (com Moreira Sampaio - 1884/1887); Fritzmac (com Aluísio de Azevedo - 1888); A República (com Aluísio de Azevedo - 1889), proibida pela censura; Viagem ao Parnaso (1890); O Tribofe (1891); O Major (1894); A Fantasia (1895); O Jagunço (1897); Gavroche (1898); Comeu! (1901); Guanabara (com Gastão Bousquet - 1905) e O Ano Que Passa (1907) não encenada, publicada como folhetim.

Fonte: Academia Brasileira de letras
http://www.academia.org.br/

Artur Azevedo (Conto: O Gramático)

O GRAMÁTICO

Havia na capital de uma das nossas províncias menos adiantadas certa panelinha de gramáticos, sofrivelmente pedantes. Não se agitava questão de sintaxe, para cuja solução não fossem tais senhores imediatamente consultados. Diziam as coisas mais simples e rudimentares num tom pedantesco e dogmático, que não deixava de produzir o seu efeito no espírito das massas boquiabertas.

Dessa aluvião de grandes homens destacava-se o Dr. Praxedes, que almoçava, merendava, jantava e ceava gramática portuguesa.

Esse ratão, bacharel formado em Olinda, nos bons tempos, era chefe de seção da Secretaria do Governo, e andava pelas ruas a fazer a análise lógica das tabuletas das lojas e dos cartazes pregados nas esquinas. "Casa do Barateiro, -sujeito: esta casa; verbo, é; atributo, a casa; do barateiro, complemento restritivo." O Dr. Praxedes despedia um criado, se o infeliz, como a soubrette das Femmes Savantes, cometia um erro de prosódia.

E quando submetia os transeuntes incautos a um exame de regência gramatical?

Por exemplo: encontrava na rua um menino, e este caía na asneira de perguntar muito naturalmente:

-Sr. Dr. Praxedes, como tem passado?

-Venha cá, respondia ele agarrando o pequeno por um botão d0 casaco: "Sr. Dr. Praxedes, como tem passado?" - que oração é esta?
-Mas... é que estou com muita pressa...
-Diga!
-É uma oração interrogativa.
-Sujeito?
-Sr. Dr. Praxedes.
-Verbo?
-Ter.
-Atributo?
-Passado.
-Bom. Pode ir. Lembranças a seu pai.

E, com uma idéia súbita, parando:
-Ah! venha cá! venha cá! Lembranças a seu pai - que oração é esta?
-É uma oração... uma oração imperativa.
-Bravo! - Sujeito?
-Está oculto... é você... Você dê lembranças a seu pai.
-Muito bem. Verbo?
-Dar.
-Atributo?
-Dador.
-Lembranças é um complemento...?
-Objetivo.
-A seu pai...?
-Terminativo.
-Muito bem. Pode ir. Adeus.

* * *
Depois de aposentado com trinta anos de serviço, o Dr. Praxedes recolheu-se ao interior da província, escolhendo, para passar o resto dos seus gloriosos dias, a cidadezinha de ***, seu berço natal. Aí advogava por muito empenho, continuando a exercer a sua missão de oráculo em questões gramaticais.

Raramente saia à rua, pois todo o tempo era pouco para estar em casa, respondendo ás numerosas consultas que lhe dirigiam da capital e de outros pontos da província.

* * *
A cidadezinha de *** dava-se ao luxo de uma falha hebdomadária, o Progresso, propriedade do Clorindo Barreto, que acumulava as funções de diretor, redator, compositor, revisor, paginador, impressor, distribuidor e cobrador.

Ninguém se admire disso, porque o Barreto -justiça se lhe faça -dava mais uso à tesoura do que à pena. O vigário, que tinha sempre a sua pilhéria aos domingos, disse um dia que aquilo não era uma tesoura, mas um tesouro.

Entretanto, se no escritório do Progresso a goma-arábica tinha mais extração que a tinta de escrever, não se passava caso de vulto, dentro ou fora da localidade, que não viesse fielmente narrado na folha.

Por exemplo.

"O Sr. Major Hilarião Gouveia de Araújo acaba de receber a grata nova de que seu prezado filho, o jovem Tancredo, acaba de concluir os seus preparatórios na Corte, e vai matricular-se na Escola Politécnica, da referida Corte.

"Cumprimentamos cheios de júbilo o Sr. Major Hilarião, que é um dos nossos mais prestimosos assinantes, desde que fundou-se a nossa falha."

* * *
Em fins de maio de 1885, a notícia do falecimento de Victor Hugo chegou à cidadezinha de ***, levada por um sujeito que saíra da capital justamente na ocasião em que o telégrafo comunicara o infausto acontecimento.

O Barreto, logo que soube da notícia, coçou a cabeça e murmurou:
-Diabo! não tenho jornais... Como hei de descalçar este par de botas? A notícia da morte de Victor Hugo deve ser floreada, bem escrita, e não me sinto com forças para desempenhar semelhante tarefa!

Todavia, molhou a pena, que se parecia um tanto com a espada de certos generais, e rabiscou: Víctor Hugo.

Ao cabo de duas horas de cogitação, o jornalista não escrevera nem mais uma linha...

* * *
Mas, oh! Providência! nesse momento passou pela porta da tipografia o sábio Dr. Praxedes, a passos largos, medidos e solenes, e uma idéia iluminou o cérebro vazio de Clorindo Barreto.

-Doutor Praxedes! Doutor Praxedes! exclamou ele. Tenha vossa senhoria a bondade de entrar por um momento. Preciso falar-lhe.

O Dr. Praxedes empacou, voltou-se gravemente e, conquanto embirrasse com o Barreto, por causa dos seus constantes solecismos, entrou na tipografia.

-Que deseja?

O redator do Progresso referiu a notícia da morte do grande poeta, confessou o vergonhoso embaraço em que se achava, e apelou para as luzes do Dr. Praxedes.

Este, com um sorriso de lisonjeado, sorriso que logo desapareceu, curvando-se-lhe os lábios em sentido oposto, sentou-se a mesa com a gravidade de um juiz, tirou os óculos, limpou-os com muito vagar, bifurcou-os no nariz, pediu uma pena nova, experimentou-a na unha do polegar, dispôs sobre a mesa algumas tiras de papel, cujas arestas aparou cuidadosamente com a... com o tesouro, chupou a pena, molhou-a três vezes no tinteiro infecundo, sacudiu-a outras tantas, e, afinal escreveu:

"Falecimento. -Consta, por pessoa vinda de ~ ter falecido em Paris, capital da França, o Sr. Victor Hugo, poeta insigne e autor de várias obras de mérito, entre as quais um drama em verso, Mariquinhas Delorme (Marion Delorme) e uma interessante novela intitulada Nossa Senhora de Paris (Notre-Dame de Paris)
"O ilustre finado era conde e viuvo.
"O seu falecimento enluta a literatura da culta Europa.
"Nossos sinceros pêsames à sua estremecida família."

* * *
O Dr. Praxedes saiu da tipografia do Progresso, e continuou o seu caminho a passos largos, medidos e solenes.

Ia mais satisfeito e cheio de si do que o próprio Sr. Víctor Hugo quando escreveu a última palavra da sua interessante novela.

O Barreto ficou radiante, e, examinando a tira de papel escrita pelo gramático, exclamou, comovido pela admiração:

-Nem uma emenda!

Fonte:
AZEVEDO, Artur de. Contos Possiveis. (CD ROM Biblioteca Eletrônica vol. III. Magister).

Agatha Christie (Livros)

O Misterioso Caso de Styles
The Mysterious Affair at Styles

No meio da noite, a rica proprietária da mansão Styles é encontrada morta em sua cama, aparentemente vítima de um ataque cardíaco. As portas do quarto estavam trancadas por dentro e tudo indicava morte natural. Mas o médico da família levanta uma suspeita: assassinato por envenenamento. Todos os hóspedes da velha mansão tinham motivos para matar a Sra. Inglethorp e nenhum deles possui um álibi convincente. Para solucionar o crime entra em ação o detetive Hercule Poirot, irresistível personagem criado por Agatha Christie, que faz a sua estréia neste intrigante caso.

O Inimigo Secreto
The Secret Adversary

Cansados da rotina, dois jovens decidem fundar uma empresa nada convencional, especializada em investigações, a Jovens Aventureiros Ltda. O primeiro caso era um desafio que intrigava a Scotland Yard: uma jovem americana desaparecera, levando com ela documentos secretos que poderiam comprometer o governo inglês. Mas Thomas Beresford e Prudence Cowley — ou simplesmente Tommy e Tuppence — não são os únicos interessados em descobrir o paradeiro desses papéis. A mesma busca é empreendida por um homem misterioso e perigoso, conhecido como Sr. Brown, um mestre na arte do disfarce, que pode aparecer do nada e desaparecer em seguida sem deixar qualquer rastro.

Assassinato no Campo de Golfe
Murder on the Links

Uma carta de um desconhecido, com um pedido de socorro, leva o detetive belga Hercule Poirot e seu ajudante Hastings à França, em busca de respostas para uma série de perguntas. Qual seria a relação entre os dois assassinatos cometidos com um intervalo de mais de 20 anos? Qual a ligação entre a mulher de um misterioso milionário e sua amante? Qual a relação entre um fio de cabelo, uma espátula ensangüentada, um cano de chumbo e um campo de golfe? Numa aventura repleta de mistérios, lindas jovens e amores frustados, Hercule Poirot ainda precisa enfrentar seu melhor amigo, apaixonado pela mulher que pode ser uma perigosa assassina.

O Homem do Terno Marrom
The Man in the Brown Suit

Este livro é uma engenhosa mistura de romance policial e aventura. Trata de aventuras românticas e perigosas, vividas por sua protagonista, uma orfã atraente e corajosa chamada Anne Beddingfeld, que, quando menos espera, está no meio de uma enrascada, cheia de acontecimentos terríveis e misteriosos, que superam seus estranhos sonhos de levar uma vida semelhante à das mais destemidas heroínas de ficção. Escrita sempre na primeira pessoa, a narração divide-se habilidosamente entre o que Anne conta e o que no seu diário escreve Sir Eustace Pedler. O hilariante humor de Pedler, serve de contrapeso ao aceso romanticismo da jovem, que lutará contra uma quadrilha de criminosos cruéis dirigidos por um temível e enigmático personagem chamado “O Coronel”. Atrás das marcas deixadas por este enganoso coronel — fascinado, além disso, pela beleza e pelo caráter de Anne — também participa um coronel de verdade, Race, alto funcionário do Serviço Secreto, que intervém em outros romances de Agatha Christie como grande amigo de Hercule Poirot.

Poirot Investiga
Poirot Investigates

Baixinho, sempre impecavelmente vestido, metódico e organizado, capaz de encontrar uma solução para os casos mais difíceis usando apenas as suas “pequenas células cinzentas”. Assim é o detetive belga Hercule Poirot, uma das mais fascinantes criações de Agatha Christie. Nesta seleção de alguns dos melhores contos da autora, Poirot investiga o seqüestro de um primeiro-ministro, soluciona um roubo de um milhão de dólares, encontra um testamento desaparecido e vive uma emocionante aventura numa tumba egípcia. Ao seu lado, ajudando-o em suas deduções, seu fiel amigo e auxiliar, o valente e ingênuo Capitão Hastings.
A Aventura do “Estrela do Ocidente”
Atriz do cinema americano recebe cartas que ameaçam roubar seu diamante e Poirot entra em ação e consegue evitar o roubo.
A Tragédia de Marsdon Manor
Poirot investiga a morte de um senhor que cometeu suicídio mas tinha também uma apólice de seguros muito alta.
A Aventura do Apartamento Barato
Depois de um casal ter dito que alugou um apartamento por um preço muito abaixo do mercado, Poirot decide investigar o motivo e encontra uma resposta surpreendente.
O Mistério de Hunter's Lodge
Depois do assassinato de um milionário, Poirot é chamado para resolver a questão mas doente manda Hastings ir em seu lugar. Apenas com os telegramas mandados por Hastings, Poirot descobre a identidade do assassino.
O Roubo de Um Milhão de Dólares em Obrigações do Tesouro
Poirot e Hastings são chamados para investigar o roubo de um milhão de dólares. O roubo aconteceu no navio que levava os títulos para a américa. Mas depois de uma revista em todos os passageiros, nada foi descoberto. Só Poirot consegue descobrir a maneira que os ladrões usaram para roubar os títulos.
A Aventura da Tumba Egípcia
Algumas mortes numa expedição ao Egito atribuídas a uma maldição levam Poirot a uma investigação minuciosa que acabam em um assassino frio e calculista.
O Roubo das Jóias no Grand Metropolitan
Numa estadia em um hotel, Poirot e Hastings acabam tendo que resolver o mistério do desaparecimento das jóias de uma senhora muito rica, encontrando novamente os culpados.
O Primeiro-Ministro Seqüestrado
Após o desaparecimento do primeiro-ministro da inglaterra que iria para uma convenção internacional, Poirot é chamado para encontrá-lo antes que a convenção se inicie.
O Desaparecimento do Sr. Davenheim
O inspetor Japp duvida que Poirot encontre o Sr. Davenheim sem sair de casa. Mesmo com um plano muito astuto, Poirot descobre onde o Sr. Davenheim está e o que ele fez com o dinheiro roubado.
A Aventura do Pobre Italiano
Poirot investiga o caso da morte de um conde italiano que morreu de uma forma brutal. Depois de algumas investigações ele descobre a identidade do assassino.
O Caso do Testamento Desaparecido
Poirot tenta descobrir onde está o testamento que um rico fazendeiro deixou para sua sobrinha. Apenas Poirot descobre a maneira engenhosa que o fazendeiro utilizou para esconder o testamento.
A Dama de Véu
Lady Millicent vai a Poirot para que ele consiga reaver uma carta escrita por ela há muito tempo, que está em poder de um chantageador que pode acabar com seu noivado. Na carta existem declarações comprometedoras.
A Mina Perdida
Chinês é encontrado morto e os papéis sobre as condições de uma mina que está a muito tempo abandonada desapareceram. Poirot é chamado e, como sempre, descobre os papéis e desvenda a identidade do assassino.
A Caixa de Chocolates
Poirot conta a Hastings um caso em que chegou a uma conclusão errada ao final das investigações. Depois da morte de um famoso deputado, Poirot é chamado para descobrir a verdadeira causa de seu falecimento. Ao esquecer de levar em conta um pequeno detalhe, Poirot falha. Apenas com a confissão do assassino é que ele descobre os erros que cometeu.

O Segredo de Chimneys
The Secret of Chimneys

No magnífico palácio de Chimneys morre assassinado o monarca de um país dos Bálcãs. Somam-se ao crime o desaparecimento de um manuscrito revelador de importantes segredos de Estado, o roubo de uma coleção de cartas comprometedoras e a existência de um valioso diamante escondido no palácio. Ao redor destes fatos misteriosos movimentam-se os principais personagens do romance: o simpático e corajoso aventureiro, cuja identidade é enigmática, Anthony Cade, que traz o manuscrito da África; a atraente Lady Virginia Revel, que, com a ajuda de Anthony oculta o cadáver de um chantagista; um célebre ladrão, o “Rei Vítor”, que procura apoderar-se do valiosíssimo diamante; o alto e pomposo funcionário do Foreign Office, George Lomax; o colecionador de livros raros H. Fish, que de livros sabe muito pouco; o magnata Isaac Stein, que quer explorar o petróleo balcânico; o inteligente e imperturbável superintendente Battle, da Scotland Yard, que sempre sabe mais do que aparenta; e por fim, o velho proprietário de Chimneys, Lord Caterham, que só pretende, inutilmente, que o deixem em paz, e no qual a romancista concentrou seu característico sentido de humor.

O valente Anthony Cade voltou à Inglaterra depois de mais de 20 anos com a missão de entregar as memórias do Conde Stylpitch à uma determinada editora e cartas de um falecido chantagista a Virginia Revel. Todos querem se apoderar do manuscrito que revela segredos que o governo inglês por anos abafou além do esconderijo de um valioso diamante roubado pelo Rei Victor. Logo o manuscrito e as cartas são roubadas e Anthony ajuda Virginia a esconder da polícia o cadáver encontrado na casa dela. Na mesma noite, o príncipe da Herzoslováquia é assassinado em Chimneys. Nesse ambiente de mistério, o Coronel Battle contará com a ajuda de Cade para deslidar esses assassinatos, recuperar o manuscrito, encontrar os Camaradas da Mão Vermelha que queriam a morte do príncipe e descobrir qual hóspede do palácio de Chimneys é o famoso Rei Victor.

O Assassinato de Roger Ackroyd
The Murder of Roger Ackroyd

O assassinato do rico Roger Ackroyd, morto a punhaladas com uma adaga tunisiana, é a terceira de uma série de estranhas mortes, que despertam a atenção da solteirona e sagaz Caroline Sheppard, irmã do médico da cidade e narrador deste romance. Intrigada, Caroline resolve investigar o caso e descobrir se as três mortes têm alguma ligação. Para isso, ela conta com a ajuda de seu novo e excêntrico vizinho: o detetive belga Hercule Poirot. Escrita em 1926, O Assassinato de Roger Ackroyd é uma das mais famosas histórias da rainha do mistério.

Provavelmente o melhor de todos os livros da célebre escritora, onde Hercule Poirot elucida inacreditavelmente o assassinato de Mr. Ackroid, que estava prestes a descobrir a identidade do chantagista de sua falecida amante, achando onde menos se podia esperar o autor desta morte terrível.

Os Quatro Grandes
The Big Four

O número 1 é Li Chang Yen, o cérebro, a força controladora. O número 2 é o dinheiro, o poder da riqueza. O número 3, uma mulher francesa, é o conhecimento. O número 4, “O Destruidor”. Unidos para dominar o mundo, eles fundam uma organização secreta — os Quatro Grandes — que passa a cometer vários assassinatos e violentos atentados terroristas. A audácia ilimitada do grupo assusta até mesmo Hercule Poirot. O detetive belga, ajudado pelo fiel amigo Capitão Hastings, vai ter que usar todas as suas pequenas células cinzentas para desvendar um dos mais misteriosos casos criados pela dama do suspense.

O Mistério do Trem Azul
The Mystery of the Blue Train

Uma jovem encantadora, filha de um milionário, é estrangulada com um pedaço de cordão preto em sua cabina no luxuoso trem azul. A princípio o assassinato parece ter sido obra de um ladrão comum. Mas o detetive belga Hercule Poirot não acredita nesta hipótese e descobre que, entre os amigos da vítima, está um criminoso conhecido como “O marquês”. Seguindo esta única pista, Poirot tem que desvendar a identidade do assassino antes que o trem chegue na última estação.

O Mistério dos Sete Relógios
The Seven Dials Mystery

Sete esferas referentes a sete relógios constituem o cerne desta misteriosa aventura, que envolve uma extravagante organização secreta e põe em cena três deliciosos personagens de Agatha Christie: o esperto superintendente Battle da Scotland Yard, o simpático Lorde Caterham, dono do célebre palácio de Chimneys, e sua encantadora e corajosa filha Eileen. Juntos, eles vão ter que enfrentar um dos mais hábeis e cruéis assassinos de que já se teve notícia, criado pela imaginação inesgotável da “velha dama” britânica.

Sócios no Crime
Partners in Crime

Em Sócios no Crime, Tommy e Tuppence, dois jovens aventureiros, donos da Agência Internacional de Detetives, vêem-se envolvidos na mais fantástica série de aventuras. Para cada caso a ser solucionado, usam o estilo de um famoso e grande detetive: as artimanhas do padre Brown, a irônica e bem-humorada inteligência de Sherlock Holmes, a inigualável sutileza do genial Hercule Poirot. São 23 histórias de tirar o fôlego de qualquer leitor, conduzidas pela inconfundível habilidade de Agatha Christie em criar, a partir do banal e corriqueiro, as situações mais extraordinárias.

Assassinato na Casa do Pastor
Murder at the Vicarage

“Qualquer pessoa que matasse o coronel Protheroe estaria prestando um grande serviço ao mundo”. Pronunciadas incidentalmente pelo pastor Clement, estas palavras, para surpresa de todos, logo viriam a se tornar realidade: o coronel é encontrado assassinado... na casa do próprio pastor. Mas para a sorte de Clement e azar do verdadeiro culpado, entra em cena a simpática velhinha Miss Jane Marple. Com apenas duas armas — um conhecimento profundo da natureza humana e um formidável poder de observação — ela descobre a verdadeira identidade do assassino, surpreendendo os moradores da pequena St. Mary Mead.

O Misterioso Sr. Quin
The Mysterious Mr. Quin

Harley Quin é um homem estranho, com um poder quase sobrenatural de mostrar a uma pessoa o que ela viu ou ouviu e já não é mais capaz de lembrar. Sr. Satterthwaite é um homem inteligente, com uma incrível intuição para sempre estar por perto de acontecimentos inusitados. Juntos, nos doze casos reunidos neste livro, eles desvendam crimes intrincados, desaparecimentos suspeitos, assassinatos sem solução e suicídios inexplicáveis, fatos nebulosos que nem a Scotland Yard consegue resolver. O único problema é que o Sr. Quin sempre desaparece sem deixar vestígios...
A Chegada do Sr. Quin
Durante a festa de véspera de final de ano, o caso do suicídio do Sr. Derek Capel. É nesse momento que aparece o Sr. Quin e os ajuda a desvendar a misteriosa morte.
A Sombra na Vidraça
O Sr. Quin e o Sr. Satterthwaite terão que resolver o caso da incrível morte de um homem e de uma mulher encontrados os dois no jardim, aparentando um duplo suicídio.
Na Estalagem Bells e Motley
Tendo que se hospedar na estalagem, Satterthwaite ouve a relato do desaparecimento do Capitão Harwell. Por um acaso, o Sr. Quin também está na tal estalagem e os ajuda a descobrir onde se encontra o Capitão desaparecido.
O Sinal no Céu
Satterthwaite terá que ajudar um homem condenado por um assassinato que não cometeu. No seu restaurante favorito, Satterthwaite encontra novamente o Sr. Quin que o ajuda a resolver o caso.
A Paixão do Crupiê
Neste caso, um crupiê conta sua estória a Satterthwaite e ao Sr. Quin, visitamdo Monte Carlo. A estória do crupiê se confunde com a de uma condessa deixando todos bastante entusiasmados.
O Fim do Mundo
O Sr. Quin e o Sr. Satterthwaite conseguem, meio sem querer, descobrir uma jóia roubada e livrar um homem que está a um ano na cadeia por um crime que não cometeu.
A Voz no Escuro
Passando uma temporada com uma condessa, Satterthwaite descobre uma trama muito perigosa. Para conseguir seu objetivo, um frio assassino mata a condessa e já tem armado seu próximo crime.
O Rosto de Helena
Assistindo a uma ópera, Satterthwaite se encontra com o Sr. Quin. Eles acabam sendo levados a correr contra o tempo para tentar salvar uma mulher de ter uma morte trágica.
O Arlequim Morto
Durante uma exposição de quadros, o Sr. Satterthwaite compra um quadro que lhe lembra uma casa em que ocorreu um suicídio. Ele convida o pintor e outro amigo para janterem juntos e começam a falar sobre esse acontecimento. À medida que vão conversando, vão descobrindo que talvez a verdade seja diferente.
O Pássaro da Asa Quebrada
Sr Satterthwaite vai como convidado à casa de Madge Keeley, onde ela hospeda outros convidados. Pela manhã, uma moça é encontrada enforcada em seu próprio quarto. Mas existem pontos que não estão esclarecidos e a suspeita começa a pairar sobre todos.
O Homem Que Veio do Mar
Durante uma estadia em um hotel, Sr Satterthwaite terá de convencer um homem e uma mulher a não se suicidarem, convencendo cada um de que a vida ainda vale a pena. Conversando com eles, consegue um resultado ainda mais interessante.
Alameda do Arlequim
Sr Satterthwaite é envolvido em uma trama onde dança e música se misturam. Harley Quin fica junto dele e ambos assistem à escolhas que mudam a vida dos personagens do conto.

O MISTÉRIO DE SITTAFORD
The Sittaford Mystery

Isoladas por uma grande tempestade de neve, duas estranhas inquilinas da mansão rural de Sittaford se reúnem com os poucos habitantes da minúscula aldeia vizinha com o propósito de passarem juntos a tarde. Como o ambiente é propício a fantasmas, decidem realizar uma sessão de espiritismo, e uma presença misteriosa comunica que acaba de ocorrer um assassinato a seis milhas de distância, fato que é comprovado poucas horas depois. O sagaz e minucioso inspetor Narracott, que desconfia das mensagens do além-túmulo, prende aquele que as pistas indicam como o único culpado possível. Por sorte do acusado, sua namorada — a bela, enérgica e corajosa Emily Trefusis — acredita na inocência do amado e decide demonstrá-la, descobrindo o verdadeiro assassino. Como costuma acontecer nos romances — às vezes também na realidade —, o criminoso acaba sendo o menos suspeito.

A CASA DO PENHASCO
Peril at End House

As férias de Poirot na Costa das Cornualhas trilha caminhos inusitados quando ele encontra a jovem e bela Senhorita Nick Buckley. Poirot percebe que há alguém tentando matá-la, e decide então protegê-la. Porém, mesmo tentando escondê-la em uma clínica de repouso, parece que não é possível evitar mais um atentado contra a vida de Nick. Poirot deve usar de toda a sua astúcia para resolver este complicado caso.

Quem queria a morte da belíssima Nick? Tentaram matá-la 3 vezes e a última tentativa foi em frente à Hercule Poirot e seu fiel amigo Hastings. Por que todos os seus amigos pareciam esconder alguma coisa sobre a jovem? Por que todos tentavam mentir ou mudar tudo sobre ela? E quem eram os devotados australianos que moraram na pequena casa na entrada da mansão de Nick? Misteriosas perguntas serão respondidas no final, quando Poirot encrontra o assassino cruel da Casa do Penhasco...

A bela dona da casa do penhasco, Nick, sofre uma série de atentados. Ou seriam apenas acidentes? A falta de um motivo, parece indicar a segunda solucao. Mas seria coincidência de mais uma bela jovem escapar da morte quatro vezes? Para desvendar este misterio e tentar protegê-la, entra em cena Hercule Poirot, revelando um final surpreendente!

OS TREZE PROBLEMAS
The Thirteen Problems

Com seu profundo conhecimento da natureza humana e uma excepcional capacidade dedutiva, Miss Marple consegue desvendar “doze mistérios insolúveis”, ocorridos em lugares distantes e narrados por seus amigos e vizinhos da pequena localidade de St. Mary Mead, que criam em torno da adorável anciã o chamado Clube das Terças-Feiras. Mas um inesperado assassinato ocorrido na própria St. Mary Mead, torna-se, o décimo-segundo mistério a desafiar a inteligência de Miss Marple.

TREZE À MESA
Lord Edgware Dies

Num mundo de aristocratas excêntricos e de atrizes e atores famosos se tecem os fios da complexa e inquietadora intriga deste romance que poderia levar como subtítulo um baile de máscaras, porque na realidade transforma-se em um cenário macabro de mutantes e enganosas aparências, sob as quais se oculta o rosto de um implacável assassino. Entre os assistentes a esse perverso teatro se encontra um espectador muito difícil de enganar: Hercule Poirot, quem, além de utilizar outros sutis recursos, vale-se como de um espelho, do cérebro estritamente normal de seu amigo íntimo, o capitão Hastings — reencarnação moderna do doutor Watson —, para ver, refletido nele, o que o assassino quer que os outros vejam. Com uma modéstia inusitada, Poirot, por uma vez na sua vida, priva-se, injustamente, de todo merecimento, pois diz que pôde desmascarar o autor de três assassinatos, não pelo bom funcionamento dos seus neurônios, mas sim por ter ouvido, na rua, uma conversa trivial. A verdade é que, se o ouvinte não tivesse sido o detetive bigodudo, um inocente, e não o verdadeiro assassino, teria morrido na forca.

POR QUE NÃO PEDIRAM À EVANS?
Why Didn't They Ask Evans?

Frances Dewent e Bobby Jones formam uma dupla de jovens destemidos à procura de novas aventuras. Dessa vez, os dois descobrem o cadáver de um homem que pode ter sofrido um acidente ou ter sido assassinado. Frances e Bobby decidem investigar o caso, tendo duas pistas. Uma é a fotografia de uma bela mulher. A outra é uma estranha frase pronunciada pelo homem antes de morrer: “Por quê não pediram à Evans?”. Em busca da mulher misteriosa e do tal Evans, a dupla se envolve com um perigoso assassino. A solução do crime parece estar cada vez mais próxima... e as vidas da dupla por um fio.

ASSASSINATO NO EXPRESSO DO ORIENTE
Murder on the Orient Express

A ação de Assassinato no Expresso do Oriente, um dos romances mais famosos de Agatha Christie, transcorre, integralmente, no mais famoso dos trens, e serviu de argumento para um célebre filme, no qual todos os numerosos personagens da narração — quase não há personagens secundários — foram interpretados, algo muito pouco freqüente no cinema, por figuras de primeira. Ao se passar num trem, a sua apaixonante intriga é ao mesmo tempo concentrada e dinâmica porque se desenvolve sempre num mesmo lugar, que tem a particularidade de ser um lugar em movimento. Através desta longa viagem, o inefável e sedentário detetive belga Hercule Poirot goza da oportunidade de resolver um dos seus casos mais misteriosos, tendo ao seu alcance, sem necessidade de deslocar-se, tanto a vítima como todos os possíveis assassinos.

O DETETIVE PARKER PYNE
Parker Pyne Investigates

Especialista em estatística, dono de uma mente muito viva e um grande conhecedor da natureza humana, Parker Pyne utiliza estas qualidades para ser uma espécie de vendedor de felicidade. Mas o bondoso e aparentemente inofensivo detetive não se limita a solucionar os problemas de mulheres ciumentas, maridos fracassados ou militares da reserva: também cabe a ele enfrentar ladrões, seqüestradores e assassinos. Para eles, Pyne prepara as armadilhas mais engenhosas, demonstrando que uma mentira oportuna pode ajudar a descobrir a verdade. Estas doze histórias variadas e divertidas sobre o curioso personagem mostram o inigualável senso de humor que tornou Agatha Christie famosa em todo o mundo.
O Caso da Esposa de Meia-Idade
Depois que a Sra. Packington descobre que o marido está saindo com outra mulher, ela decide procurar Parker Pyne para tentar resolver seu problema. Com um pouco de artimanhas, o detetive finalmente consegue seu objetivo de uma maneira muito interessante.
O Caso do Soldado Insatisfeito
Um major do exército entra em contato com Parker Pyne pois se sente entediado. O detetive pede para ele ir a um certo endereço se encontara com um tal de Jones. Lá ajuda uma mulher que o coloca numa grande aventura. No final vemos como foi que tudo foi tramado.
O Caso da Senhora Angustiada
Uma senhora pede que Parker Pyne lhe ajude a devolver um diamante que roubara sem que ninguém saiba, pois poderia acabar com seu casamento. Parker Pyne a ajuda e descobre outras coisas que a senhora não teve coragem de contar.
O Caso do Marido Desgostoso
O Sr. Wade não quer se separar de sua mulher que já tem um amante. Assim, procura Parker Pyne para tentar ajudá-lo a reconquistar a mulher. Com um plano muito simples, o detetive consegue seu objetivo mas deixa o Sr. Wade em uma situação muito constrangedora.
O Caso do Empregado de Escritório
Um empregado de escritório está cansado da monotonia do dia-a-dia e procura Parker Pyne para resolver seu problema. Com um pouco de criatividade, o detetive faz o empregado viver muitas aventuras que o fazem ver como a vida pode ser emocionante.
O Caso da Milionária
Depois da morte de seu marido, uma milionária se sente infeliz mesmo tendo tudo o que o dinheiro pode comprar. Chama o detetive para ajudá-la, e ele faz a milionária fazer uma pequena viagem que muda completamente sua vida.
Você Tem Tudo o Que Quer?
Numa viagem de trem, o detetive Parker Pyne tenta resolver o mistério do desaparecimento das jóias de uma jovem senhora. Depois de algumas investigações, ele descobre a identidade do ladrão e resolve mais um caso.
O Portão de Bagdad
Viajando pelo Oriente, Parker Pyne se defronta com um assassinato muito curioso e que desperta sua curiosidade. Apenas conversando com alguns passageiros ele consegue descobrir a identidade do assassino e o motivo que o levou a fazer o que fez.
A Casa de Shiraz
Ainda no Oriente, Parker Pyne tenta resolver o mistério de uma inglesa que não deseja voltar nunca mais à Inglaterra. Com um único detalhe, o detetive descobre os motivos da inglesa e a faz mudar de idéia.
Uma Pérola Valiosa
No Oriente, Parker Pyne tem que resolver o caso do desaparecimento de uma pérola muito valiosa, perdida durante um pequena viagem que todos fizeram. Como sempre, o ladrão é sempre o menos suspeito.
Morte no Nilo
Senhora pede ajuda a Parker Pyne pois acredita estar sendo envenenada pelo marido. Sua enfermeira fala com ele sobre a mesma suspeita. Com uma simples análise, Parker Pyne descobre quem está envenenando a senhora.
O Oráculo de Delfos
O filho da Sra. Peters é sequestrado e seus raptores pedem uma colar que vale 100 mil dólares. Pedindo a ajuda de Parker Pyne, ela tem de volta seu filho e a identidade dos sequestradores.

TRAGÉDIA EM TRÊS ATOS
Three Act Tragedy

Durante uma festa na casa do famoso ator Sir Charles Cartwright, o reverendo Stephen Babbington cai morto, envenenado, diante dos convidados. Este crime cruel é apenas o primeiro ato de uma tragédia macabra, que envolverá ainda outros dois misteriosos assassinatos, sempre por envenenamento. Três grandes desafios para o genial detetive Hercule Poirot, que rouba a cena com sua arguta inteligência, para arrancar a máscara sob a qual se esconde o insuspeitado assassino.

MORTE NAS NUVENS
Death on the Clouds

Uma velha senhora é assassinada quando viajava de avião de Paris a Londres. A causa da morte foi uma pequena ferida provocada por um dardo envenenado lançado de uma zarabatana. O assassino somente poderia ser um dos dez passageiros restantes do avião, mas, para desgraça do criminoso, entre eles estava o único que poderia descobri-lo: um baixinho de grandes bigodes e aspecto um tanto ridículo, chamado Hercule Poirot. Duas são as principais perguntas que se colocam para o grande detetive belga: 1) Por que o assassino escolheu arma tão estranha e exótica para cometer o homicídio? 2) Como pôde disparar a zarabatana dentro de um espaço tão reduzido sem ser visto por nenhum dos outros passageiros? Completamente desconcertada a polícia considera que, mesmo que o assassinato sendo um fato, sua execução parece impossível. Poirot, para quem nada é impossível, descobre o engenhoso recurso usado pelo assassino para matar a vítima e, como conseqüência, sua insuspeitada identidade.

OS CRIMES ABC
The ABC Murders

Um misterioso e metódico assassino comete seus crimes de acordo com três normas: escolhe suas vítimas e as cidades onde moram seguindo rigorosamente uma ordem alfabética; deixa junto aos cadáveres um guia de trens, chamado ABC na Grã-Bretanha e anuncia cada um dos assassínios através de uma carta dirigida a Hercule Poirot, indicando o lugar e o dia em que cometerá o crime. Tudo leva a supor que se trata de um estranho e aterrorizador psicopata, tão louco quanto inteligente e frio, que os jornais comparam a Jack, o Estripador. Porém o cruel criminoso não sabia que, ao enviar cartas a Poirot, brincava com fogo, desafiando um inimigo que o superava em inteligência. E Poirot imagina se a maneira de agir do assassino não constitui uma perigosa cortina de fumaça para ocultar alguém mais perverso do que um sanguinário doente mental. Poirot lança a pergunta e, como sempre, termina encontrando a surpreendente resposta.

O pequenino gênio Hercule Poirot desvenda uma série de assassinatos muito intrigantes. São assassinadas pessoas cujos nome e cidade onde moram estão de acordo com a ordem alfabética e, junto de seus corpos é sempre encontrado o guia de trens ABC. O mais estranho, porém essencial para a solução dos crimes por Poirot, é que o misterioso assassino sempre avisa ao detetive quando irá matar suas vítimas indefesas. A polícia acha que Sir Alexander Bonaparte Cust é o assassino, mas Hercule soluciona esses crimes com um desfecho absolutamente incrível.

MORTE NA MESOPOTÂMIA
Murder in Mesopotamia

Na misteriosa e fascinante Bagdá, uma expediçãoo arqueológica procura vestígios de uma antiga cidade assíria. Mas a arqueologia pouco pode ajudar, quando a bela e encantadora Louise Leidner, esposa do chefe da expedição, é brutalmente assassinada. É preciso que entre em cena o maior de todos os decifradores de enigmas: um conhecido detetive belga... Morte na Mesopotâmia é uma das mais sensacionais aventuras de Hercule Poirot, o genial investigador criado pela imaginação da “velha dama” do crime, Agatha Christie.

Mrs. Leidner é assassinada em uma expedição arqueológica em Bagdá. Fora algo muito estranho pois ninguém vira pessoas circularem no pátio do local que dava acesso a cena do crime. Quem teria feito tal monstruosidade com a bela Louise? Só uma pessoa poderia responder: Hercule Poirot. Este livro é extremamente fantástico e como disse a narradora da história, a Enfermeira Amy, na revelação: “ficamos boquiabertos”. Não percam essa leitura emocionante que envolve mortes, roubos e até um pouco de ácido goela abaixo...

Durante uma expedição arqueológica à Bagdá, Poirot é chamado para solucionar um misterioso enigma: A mulher do chefe da expedição é assassinada em seu próprio quarto, só que o acesso parece impossível sem que o assassino seja visto, pois todos os ambientes da casa, sem exceção, tem ligação com um enorme pátio, onde o criminoso poderia ser visto facilmente por qualquer um. Além disso, a vítima, antes de morrer, estava assustada porque vinha recebendo cartas ameaçadoras de uma pessoa aparentemente morta. Um final realmente surpreendente!!! Não percam!!!

CARTAS NA MESA
Cards on the Table

Para investigar o inesperado assassinato do extravagante Mr. Shaitana durante uma partida de bridge, ninguém melhor do que seus próprios convidados: quatro detetives particulares — e entre eles se encontra o melhor de todos, Hercule Poirot. O problema é que sobre cada um desses homens paira a sombra de crimes não esclarecidos no passado. Neste jogo de cartas marcadas, em que todos são virtualmente suspeitos, caberá ao genial detetive belga dar a cartada final.

O ricaço Mr. Shaitana, que tem costumes um tanto bizarros, convida para um jantar em sua residência quatro detetives particulares (entre eles Hercule Poirot) e quatro assassinos que nenhum juiz conseguiu alcançar por falta de provas. E foi nessa noite que Mr. Shaitana assinou seu decreto de morte, foi assassinado por uma das oito pessoas ali presentes, mais provavelmente pelos quatro assassinos impunes. Hercule Poirot desvenda o crime descobrindo o assassino onde ninguém poderia imaginar.

POIROT PERDE UMA CLIENTE
Dumb Witness

Todos responsabilizaram o acidente que Emily sofreu na escada a seu cachorro, um terrier. O mais que Emily pensava sobre o acidente, mais ela se convencia que alguém da sua família tentava matá-la. Assim, no dia 21 de Abril, ela escreve uma carta a Hercule Poirot contanto suas suspeitas. Misteriosamente ele não recebe a carta até o dia 28 de Junho, quando ela já estava morta.

MORTE NO NILO
Death on the Nile

A parte principal deste romance desenvolve-se a bordo de um barco, que navega pelas águas do Nilo, em cujas margens se levantam ruínas milenárias, restos de uma civilização dedicada ao culto dos mortos; e lá nesse ambiente fúnebre, uma deslumbrante garota, que tinha tudo - juventude, beleza, riqueza e felicidade —, perde tudo, num repente, ao ser assassinada na sua cabine. O assassinato foi cuidadosamente planejado, para que seja impossível descobrir o assassino, quem teve a má sorte de que Hercule Poirot estivesse de férias no Egito, e pudesse investigar seu crime - aliás, seus crimes, porque há mais de um — com uma maior atenção da que se tinha empregado em cometê-los. Para aumentar a intriga e o suspense, sabemos que entre os passageiros do Karnack, se encontra um famoso assassino profissional, que é perseguido pelo Coronel Race, amigo de Poirot e sagaz agente do Serviço Secreto inglês.

Poirot sai de férias. Embarca no Karnack para um cruzeiro nas águas do velho Nilo. Mas o que seria um belo passeio transforma-se em uma série de assassinatos que assustam o detetive pela frieza como são executados. Mas como se faz um arqueólogo ele encontra fragmentos, espana-os tirando o supérfluo e chega a verdade.

ASSASSINATO NO BECO
Murder in the Mews

Quatro estranhos casos desafiam a inteligência de Hercule Poirot. No primeiro, que dá título ao livro, o detetive belga investiga a morte de uma mulher. Todas as pistas indicam que se trata de um suicídio, mas Poirot desconfia de assassinato. Em O Roubo Inacreditável, Hercule Poirot é contratado para desvendar o desaparecimento de documentos secretos do governo inglês. Em O Espelho do Morto, ele se depara, mais uma vez, com um estranho suicídio. Agora, a vítima é um excêntrico aristocrata, encontrado morto dentro do próprio quarto com todas as portas trancadas pelo lado de dentro. O último caso é Triângulo de Rodes. Um assassinato brutal é cometido, e um inocente está prestes a ir para a cadeia. Hercule Poirot põe suas “pequenas células cinzentas” para funcionar até descobrir a verdadeira identidade do culpado.

ENCONTRO COM A MORTE
Appointment with Death

O crime parece perseguir Hercule Poirot: onde quer que o grande detetive se encontre, ali será cometido um assassinato. É o que acontece novamente enquanto ele está de férias no Oriente. Desta vez, a vítima é a senhora Boyton, uma mulher repulsiva e perversa, ex-vigia de uma prisão feminina. Os principais suspeitos são seus próprios filhos, que viveram submetidos à tirania da mãe. Mesmo sem nutrir qualquer simpatia pela morta, Poirot não admite que alguém queira fazer justiça com as próprias mãos, e decide cumprir seu dever. Assim, depois de uma investigação minuciosa e angustiada, ele descobre e revela, para assombro de todos, a insuspeitada identidade do assassino.

O NATAL DE POIROT
Hercule Poirot's Christmas

As festas do fim de ano costumam ser sinônimo de paz e tranqüilidade. Mas nem todos pensam assim. Na véspera de Natal, o velho milionário Simeon Lee é brutalmente assassinado em seu quarto. E o mais estranho é que todas as saídas do aposento estavam trancadas por dentro. Intrigado com o crime aparentemente insolúvel, o chefe da polícia local pede ajuda ao detetive Hercule Poirot. Mais uma vez, Agatha Christie engendra uma trama que fascina pelo inusitado, pelas situações originais e pela elaborada construção do perfil psicológico dos personagens, criando uma obra prima do gênero.

Após o cruel e horrendo assassinato de um pai de família, Hercule Poirot solucina mais um crime em sua grande carreira. Qualquer um na casa teria um motivo para matá-lo, mas apenas um de seus parentes praticou esse crime de uma maneira tão perversa e no final o detetive descobre quem foi.

É FÁCIL MATAR
Murder Is Easy

Graças à sua sagacidade e a um aguçado talento psicológico, a velha solteirona Miss Fullerton consegue descobrir a identidade de um criminoso, responsável por quatro assassinatos, e garante saber inclusive o nome da próxima vítima. É isso, pelo menos, o que ela conta a seu companheiro de viagem Luke Fitzwilliam, um ex-policial aposentado que retorna de trem a Londres depois de uma longa ausência do país. Fitzwilliam está disposto a desfrutar do sossego da aposentadoria, mas quando, logo em seguida, descobre que Miss Fullerton foi assassinada, desconfia que terá que abandonar o merecido descanso e voltar à ação.

O CASO DOS DEZ NEGRINHOS
Ten Little Niggers

Dez pessoas recebem um estranho convite para passar um fim de semana na remota Ilha do Negro. Na primeira noite, após o jantar, elas ouvem uma voz, aguda e desafiadora, acusando cada uma delas por crimes cometidos no passado. Todas entram em pânico e mortes inexplicáveis se sucedem. Como na canção infantil dos Dez negrinhos, cada um dos convidados é eliminado e, a cada execução, também desaparece um dos negrinhos de porcelana que enfeitam a mesa de jantar. Mas quem seria o juiz de tal sentença? O Caso dos Dez Negrinhos é uma das obras-primas de Agatha Christie e foi adaptado para o cinema pelo diretor René Clair, em 1945, com o título O vingador invisível.

Por motivos diferentes, dez pessoas vão parar na ilha do negro, Anthony Marston, Emily Brent, Ethel Rogers e seu marido, Philip Lombard, Henry Blore, Vera Claythorne, o general Macarthur, Lawrence Wargrave e o dr. Armstrong. Eles nunca haviam se encontrado antes, o que possibilitou uma boa convivência, será mesmo? Era boa até irem morrendo de acordo com uma perversa historieta infantil, diante disso Agatha Christie mais do que nunca desemrola o mistério fazendo de o caso dos dez negrinhos o melhor livro de sua carreira.

O Caso dos Dez Negrinhos conta a história de dez pessoas que ficam presas em uma ilha. Ninguém vem resgatá-los, então começam a se desesperar. Se assustam mais ainda quando começam a morrer um por um, de acordo com um quadro localizado acima da lareira da sala, que conta um poema de como dez negrinhos morreram. Os perdidos devem desvendar quem é o assassino, alguém entre as dez pessoas, antes que chegue a hora da morte. O livro promete muito suspense e angústia até acharem uma garrafa com uma carta do assassino contando tudo à polícia.

UM ACIDENTE E OUTRAS HISTÓRIAS
The Accident and Other Stories

Autora de mais de 80 livros, Agatha Christie se notabilizou por sua capacidade incomum de criar enigmas humanos aparentemente indecifráveis. Um Acidente e Outras Histórias traz nove dos melhores contos da chamada “rainha do crime”. Algumas destas histórias são protagonizadas por três dos mais famosos personagens da autora: o genial e arrogante detetive belga Hercule Poirot, a sagaz solteirona Miss Marple e o “especialista em infelicidade” Parker Pyne.

CIPRESTE TRISTE
Sad Cypress

À primeira vista, o amor parece ser a causa do assassinato de uma linda e atraente mulher. E todas as circunstâncias apontam como culpada uma outra jovem, igualmente encantadora, motivada em princípio pelo medo de perder o homem que ama. Mas nada costuma ser assim tão óbvio para o imbatível detetive belga Hercule Poirot, que põe suas “células cinzentas” em ação para elucidar mais este caso — e mostra que, por trás de sua aparência de homem frio e racionalista, esconde-se um grande sentimental.

UMA DOSE MORTAL
One, Two, Buckle my Shoe

Suicídio ou crime? O Dr. Morley era um homem satisfeito, respeitado pelos colegas, amado pela família e pelos amigos. Uma pessoa que não tinha nenhum inimigo nem motivos para se matar. No entanto, ele foi encontrado morto com um tiro na cabeça e um revólver na mão. O inspetor Japp acredita na hipótese de suicídio, mas o detetive Hercule Poirot desconfia das estranhas circunstâncias em que seu dentista morreu. As suspeitas aumentam quando um dos pacientes do Dr. Morley é assassinado e outro desaparece misteriosamente. O detetive belga tem que desvendar o caso antes que seja tarde demais.

MORTE NA PRAIA
Evil Under the Sun

Nem sempre a maldade se esconde nas sombras da noite: às vezes, ela pode surpreender os incautos e ingênuos em plena luz do dia. Mas o detetive Hercule Poirot, que nada tem de ingênuo e está passando férias de verão numa praia paradisíaca, sabe que o Mal costuma estar sempre à espreita sob o sol. Por isso, ele será o mais indicado para desvendar o mistério do assassinato de uma linda mulher, provável vítima de sua própria beleza. Morte na Praia é mais uma genial criação de Agatha Christie, a “velha dama” do crime, que continua conquistando milhões de leitores em todo o mundo.

Para finalmente relaxar, Hercule Poirot vai a um hotel e se vê com um monte de pessoas estranhas e com passados desconhecidos, como o Comandante Kenneth, Arlena e Linda Marshall, Patrick e Christine Redfern, Horace Blatt, Rosamund Darnley entre muitos outros. Acontece então um previsível assassinato, que leva Poirot a retomar o seu trabalho em pleno descanso.

M OU N?
N or M?

Um agente é friamente assassinado na Escócia depois de descobrir indícios de atividade nazista na Inglaterra no início da Segunda Guerra Mundial. Suas últimas palavras: “M ou N”. Com as missão de colaborar com o Serviço Secreto inglês, os jovens aventureiros Tommy e Tuppence seguem para a Escócia e se hospedam na pensão Sans Souci. A princípio, senhoras tricotando em cadeiras de balanço e homens que só falam de negócios não parecem ter qualquer relação com o crime. Mas essa é a única pista para solucionar a intrincada trama de crime e espionagem. E eles precisam decifrar o mistério antes que o assassino volte a agir.

UM CORPO NA BIBLIOTECA
The Body in the Library

Membros respeitáveis da comunidade de Saint Mary Mead, o Coronel Bantry e a mulher descobrem certa manhã, na biblioteca de casa, o corpo de uma jovem, morta por estrangulamento. A polícia é chamada, mas quem se dedica a descobrir a identidade da desconhecida e identificar o criminoso é a simpática vizinha dos Bantry, a solteirona Miss Marple. Detetive amadora com um faro apurado para mistérios, ela segue a pista do estrangulador, que depois de assassinar outra mulher, é atraído para uma armadilha ousada e extremamente arriscada.

A MÃO MISTERIOSA
The Moving Finger

Lymstock é uma cidadezinha tranqüila do interior da Inglaterra. A rotina de seus moradores é calma e, aparentemente, todos estão felizes... até que provocadoras cartas anônimas começam a espalhar a calúnia e o desespero. Ninguém sabe de quem é a mão misteriosa que, dissimulada, semeia conflito, escândalo e até assassinatos. Em meio ao caos que se instalou em Lymstock, a simpática Miss Marple é a única que consegue manter a frieza para investigar o estranho caso.

OS CINCO PORQUINHOS
Five Little Pigs

Amyas Crale era famoso por sua paixão pela pintura e pelas mulheres. Dezesseis anos atrás ele foi assassinado. Sua esposa foi julgada e condenada como sendo a autora do crime, não sendo enforcada porque havia circunstâncias atenuantes. Contudo, a pena foi comutada em trabalhos forçados para o resto da vida, o que não chegou a acontecer, pois faleceu um anos após o julgamento. Agora a filha do casal, Carla, convencida da inocência de sua mãe, propôs a Hercule Poirot um grande desafio: limpar o nome de sua mãe retornando à cena do crime e encontrando a falha de um crime aparentemente perfeito.

Em “Os cinco porquinhos”, o brilhante detetive Hercule Poirot precisa voltar ao passado para provar que a bela Mrs. Crale, condenada pela morte do marido há 16 anos atrás, era inocente, mesmo com todos as provas de culpa e descobrir a identidade do cruel envenenador do famoso pintor Charles Crale, que pode ser qual quer uma das 5 pessoas que estavam naquela casa no dia 18 de setembro.

Amyas Craile foi morto há dezesseis anos atrás e sua mulher foi condenada e morreu na prisão. Antes de falecer deixa uma carta para a sua filha Caroline de 5 anos jurando inocência. Caroline sabe que só o melhor detetive do mundo pode resolver este caso a procura do verdadeiro assassino. Hercule Poirot aceita a missão e se lembra de uma antiga canção de ninar. Leia este livro magnífico e descubra quem realmente matou Amyas Craile.

HORA ZERO
Towards Zero

A aristocrata Lady Tressilan é brutalmente assassinada em sua casa. Pouco tempo depois, Mr. Trevis, um experiente advogado criminalista de 80 anos, também é morto quando estava prestes a revelar uma pista sobre o crime. O superintendente Battle, da Scotland Yard, entra em ação e descobre que está diante de um perverso assassino. Seguindo cinco pistas aparentemente desconexas, o superintendente Battle inicia uma perigosa investigação para descobrir a identidade do criminoso.

E NO FINAL A MORTE
Death Comes as the End

Renisenb decide retornar à casa de seu pai no vale do Nilo buscando por paz após a morte de seu marido. Mas debaixo da superfície aparentemente calma de sua próspera família se esconde a ganância, a luxúria e o ódio. E com a chegada da arrogante Nofret as paixões desta família se extravazam em homicídio.

UM BRINDE DE CIANURETO
Sparkling Cyanide

Duas mortes acontecem no mesmo lugar, duas vezes com a presença das mesmas pessoas — exceto a primeira vítima, até certo ponto... —, constituindo praticamente a mesma situação. Assim é o contexto deste romance que desafia a sagacidade dos investigadores profissionais e a inteligência do leitor, porque todos tinham motivos para matar, mas, nos dois casos, ninguém teria aparentemente condições de colocar cianureto na taça de champanhe. Seria possível que a bela e sensual Rosemary se suicidara durante o jantar naquele luxuoso restaurante, quando comemorava o aniversário com os amigos mais íntimos? Alertado por pessoas desconhecidas, seu apaixonado e enganado marido fez repetir, exatamente um ano depois, a fatídica reunião, e deixou diante da mesa uma cadeira vazia, para nela se sentar o espírito de Rosemary, e descobrir-se a autoria do envenenamento. Não suspeitava o infeliz que isso chamaria as forças do mal, e o cianureto voltou à misturar-se na espumosa champanhe. O leitor saberá a solução dos casos... e quem os esclarece.

A MANSÃO HOLLOW
The Hollow

Numa magnífica casa solarenga de províncias, propriedade de um abastado aristócrata, reúne-se um grupo de pessoas da melhor sociedade inglesa, para passar um agradável final de semana. Porém, entre a “gente fina”, há quem faça coisas más e que, com muitas boas maneiras, pode cometer os piores assassinatos. Isto é o que acontece na mansão de sir Enrique Angkatell: um assassino oculta-se entre seus elegantes convidados e um deles é a sua vítima. Felizmente, também lá se encontra um homenzinho pequeno, de grandes bigodes e com um cérebro privilegiado: Trata-se do famoso detetive Hercule Poirot, que descobre o culpado e impede, na última hora, que este cometa um segundo assassinato.

OS TRABALHOS DE HÉRCULES
The Labours of Hercules

Prestes a se aposentar, o genial detetive Hercule Poirot decide aceitar 12 casos, selecionados de modo a lembrar os 12 trabalhos de Hércules, o célebre héroi grego. A semelhança entre os dois? Apenas a origem do nome de batismo. Mas, quando o pequeno e elegante Poirot percebe que suas “pequenas células cinzentas” estão sendo desafiadas, ele ganha a força do semideus. De “O Leão da Neméia” até “As Profundezas do Inferno”, o leitor vai se divertir e se surpreender com as peripécias do meticuloso belga, umas das mais famosas criações de Agatha Christie.

SEGUINDO A CORRENTEZA
Taken At The Flood

No outono de 1944, Gordon Cloade, dono de uma vasta fortuna, morre durante um bombardeio aéreo a Londres. Sem ter deixado testamento, tudo o que tinha passa para a sua jovem mulher Rosaleen. No entanto, outras cinco pessoas precisam desesperadamente do dinheiro do Sr. Cloade. Um violento assassinato é cometido, mas a vítima não é a viúva. Contratado para desvendar o crime, entra em ação o pequenino detetive Hercule Poirot. O que ele não desconfia é de que está prestes a se envolver em uma série de mortes. Seguindo a Correnteza é mais uma misteriosa trama bolada pela genial Agatha Christie.

A CASA TORTA
Crooked House

Num conhecido subúrbio de Londres, ergue-se uma casa torta, desproporcional e grotesca. Sobre a extravagante família que a habita, parece haver desabado uma maldição: a culpa do envenenamento de seu chefe, o milionário Aristide Leonides. Qual dos parentes o teria assassinado? A própria mulher? Um dos seus filhos? Seus netos? Todos se entreolham desconfiados, enquanto aguardam que o criminoso, um monstro de “alma torta”, volte a se manifestar naquela casa torta... Com estes ingredientes de mistério e uma galeria de personagens inquietantes, Agatha Christie constrói outra de suas histórias marcadas pelo encantamento e o mistério.

OS TRÊS RATOS CEGOS E OUTRAS HISTÓRIAS
The Three Blind Mice and Other Stories

Às vezes uma inocente canção infantil pode ocultar um sentido sombrio e macabro. É o caso da cantiga dos “três ratos cegos” de cauda cortada, que serve de sinistro prefixo musical para uma série de assassinatos misteriosamente cometidos numa solitária hospedaria de estrada, isolada pela neve. Os Três Ratos Cegos, irresistível história que abre esta coletânea de contos, deu origem à peça A ratoeira, sucesso de Agatha Christie há várias décadas nos palcos de Londres.
Os Três Ratos Cegos
Série de assassinatos que ocorrem em uma solitária hospedaria de estrada, isolada pela neve.
Estranha Charada
Casal tenta encontrar fortuna deixada por um tio-avô. Como não conseguem, chamam a bondosa velhinha Miss Marple que os ajuda a encontrar o local da herança deixada para eles.
O Crime da Fita Métrica
Mulher é assassinada e as suspeitas caem sob seu marido que irá ganhar um bom dinheiro. Até Miss Marple é envolvida no caso, tendo que desvendá-lo para acabar com todo o mistério.
O Caso da Empregada Perfeita
Depois do desaparecimento de um broche, a empregada é despedida do emprego e pede a Miss Marple que a ajude a encontrar o broche, pois senão ela pode ser acusada de roubo.
O Episódio da Caseira
Depois de uma gripe, Miss Marple está meio chateada e seu médico lhe dá uma pequena historieta de um assassinato e pede a Miss Marple que desvende o segredo. A velhinha resolve o problema como sempre.
Os Detetives do Amor
O Sr. Satterthwaite junto com seu amigo, o coronel Melrose, investigam a morte de Sir James Dwighton, encontrado morto em sua biblioteca.
O Sinal Vermelho
Durante uma sessão espírita, um espírito avisa aos participantes não voltarem para casa pois alguém irá morrer. Após a chegada da polícia, descobre-se que o crime não foi cometido por nenhum espírito.
O Quarto Homem
Um advogado, um padre e um médico ficam na mesma cabine de um trem e discutem sobre uma menina que tinha quatro personalidades. Só então percebem a existência de um outro homem no quarto que conheceu a tal menina. Ele relata uma estória surpreendente sobre a menina, coisas que nenhum dos outros senhores sabia.
O Rádio
Senhora começa a receber mensagens de seu marido morto enquanto ouve a programação da rádio. Na verdade um assassino estava agindo e por pouco não consegue seu objetivo.
Testemunha de Acusação
Tendo sido acusado de assassinato, Leonard Vole procura um advogado que o ajude. Tudo leva a crer que o Sr. Vole realmente matou uma velha senhora para ficar com seu dinheiro. Depois das investigações, o advogado tem uma grande surpresa. Certamente o melhor caso do livro.
O Mistério do Vaso Azul
Sempre que vai jogar golfe, Jack Hartington ouve uma voz pedindo ajuda. Segundo a voz estaria acontecendo um assassinato. Encontra uma jovem que diz sonhar com a mesma coisa e pede ajuda a Jack. Com sua bondade, Jack a ajuda e acaba em maus lençois.
A Última Sessão
Na última sessão de uma médium, ela tem que receber o espírito de uma menina, para sua mãe ficar mais tranqüila. Mas algo estranho acontece e a médium sofre graves conseqüências.
SOS
Tendo que se refugiar em uma casa, Mortimer Cleveland acaba descobrindo uma trama que irá resultar em um assassinato. Apenas ele poderá acabar com essa trama e salvar uma pobre vítima.

CONVITE PARA UM HOMICÍDIO
A Murder is Announced

Nas pequenas aldeias costumam ocultar-se grandes paixões, capazes de cometer os piores crimes. No entanto, nessas enganosamente tranqüilas comunidades rurais também moram solteironas idosas, que, enquanto fazem croché, observam tudo, e podem valer mais do que mil policiais juntos. O exemplo mais extraordinário dessa classe de mulheres é Miss Marple, tão sagaz como Poirot e mais modesta do que ele. Defrontada a uma série de homicídios que começam com um assassinato anunciado — como se se tratasse de um jogo macabro — a simpática e bondosa Miss Marple, que sabe descobrir a maldade escondida sob as mais honestas e inocentes aparências desmascara o culpado, algo que não tinham conseguido fazer os investigadores profissionais mais experientes.

Numa pequena comunidade um assassinato é anunciado num jornal local... Todos pensavam que era uma brincadeira mas um assassinato acontece de verdade no local marcado, que era uma casa que estava cheia de suspeitos... Quem poderia ser o verdadeiro culpado... Nenhum detetive foi capaz de descobrir mas uma velhinha tão esperta quanto Poirot mas mais modesta do que ele entra em ação... Nessa trama Miss Marple vai ter que desenterrar o passado dos suspeitos para descobrir o verdadeiro assassino. Ela fica numa corrida contra o tempo para que não aconteçam mais assassinatos...

Nas pequenas aldeias costumam ocultar-se grandes paixões, capazes de cometer os piores crimes. No entanto, nessas enganosamente tranqüilas comunidades rurais também moram solteironas idosas, que, enquanto fazem croché, observam tudo, e podem valer mais do que mil policiais juntos. O exemplo mais extradinário dessa classe de mulheres é miss Marple, tão sagaz quanto Poirot e mais modesta do que ele. Defrontada a uma série de homicídios que começam com um assassinato anunciado — como se se tratasse de um jogo macabro — a simpática e bondosa miss Marple, que sabe descobrir a maldade escondida sob as mais honestas e inocentes aparências desmascara o culpado, algo que não tinham conseguido fazer os investigadores profissionais mais experientes.

INTRIGA EM BAGDÁ
They Came to Baghdad

O pior — ou o melhor? — dos defeitos da bela, inteligente e ousada Verônica Jones é a sua tendência a dizer mentiras, impulsionada pelo seu afã de criar situações romanescas, que lhe permitem fugir, imaginariamente, da existência cinza e monótona de uma datilógrafa. Porém o que não pode supor é que o destino — que, às vezes, também é um romancista — vai levá-la a Bagdá para viver uma real e perigosa aventura, na qual participam terroristas, espiões, arqueólogos, tumbas muitos antigas e o cadáver, muito recente, de um homem que morre num quarto do hotel onde ela se aloja. Induzida a improvisar-se como agente do Intelligence Service, Verônica deve se confrontar a uma poderosa e sinistra organização, de alcance internacional, cujo objetivo é desestabilizar o pacífico relacionamento entre as grandes potências, com o intuito de provocar uma Terceira Guerra Mundial. Felizmente para o mundo, lá, no centro da ação, está Verônica, que colabora decididamente, na derrota dos inimigos da paz e consegue desmascarar o mais astucioso e implacável deles.

Bagdá foi o cenário escolhido para uma conferência secreta entre os líderes das superpotências. Infelizmente, houve vazamento de informações e uma organização clandestina, instalado no Oriente Médio, está planejando sabotar esse encontro de cúpula.
No meio dessa situação explosiva, aparece Victoria Jones, uma jovem que adora a perspectiva de viver uma aventura. No entando, ela vai ter muito mais do que buscava a partir do momento em que um agente ferido morre em seu quarto de hotel. Agora, se ao menos ela conseguisse decifrar o sentido das últimas palavras do rapaz:... Lúcifer... Basrah... Lefarge...
'Uma heroína bem comum, mas dotada de uma inventividade inesgotável, exatamente como a de sua criadora.' Times Literary Supplement.

A MORTE DA SRA. MCGINTY
Mrs. McGinty's Dead

James Bentley estava desempregado, sem dinheiro e devia dois meses de aluguel à Sra. McGinty. Assim, o assassinato dela parecia um caso muito simples, já que Bentley tinha todos os motivos para cometer o crime. Levado a julgamento, ele é considerado culpado e condenado à morte. Mas o superintendente Spence duvida do veredicto e pede a Hercule Poirot que investigue o crime. Poirot se depara com um assassino impiedoso e sabe que precisa trabalhar depressa para evitar que um homem inocente seja enforcado e, também, para salvar sua própria vida.

UM PASSE DE MÁGICA
They Do It with Mirrors

Uma atmosfera estranha ronda a velha mansão de Stonygates. Assustada, a proprietária Carrie Louise — uma mulher gentil, rica e bondosa que trabalha com jovens delinqüentes e é incapaz de cometer qualquer injustiça — recorre à velha amiga Miss Marple. Três dias depois da chegada da simpática velhinha de St. Mary Mead, um dos funcionários da casa é assassinado, e ela começa a suspeitar que a amiga está sendo lentamente envenenada.

CEM GRAMAS DE CENTEIO
A Pocket Full of Rye

Na Vila do Tejo tinha acontecido três assassinatos, quando uma velha senhorita — “encantadora, inocente, branca e risonha” — chegou à porta da luxuosa e sinistra mansão. O elegante e eficiente inspetor Neele, encarregado da investigação dos três homicídios, não imaginava que essa doce velhinha, a senhorita Marple, possuía um olfato especial para o crime, um profundo conhecimento das paixões humanas e uma mente extraordinariamente lúcida. Poucos minutos depois da chegada, Marple descobre a relação e a coerência de alguns detalhes, aparentemente absurdos e incongruentes, que o assassino deixou nos corpos das suas vítimas: um punhado de grãos de centeio, num bolsinho da primeira, e um pregador de roupa preso ao nariz da terceira. Baseando-se na letra de uma antiga canção infantil, Marple emprega sua infalível lógica para revelar ao inspetor Neele a identidade de um criminoso aparentemente livre de qualquer suspeita.

DEPOIS DO FUNERAL
After the Funeral

Considerada desequilibrada e tola pelos parentes. Cora Albernethie tem o estranho costume de sempre acertar em seus inusitados palpites. Se este “hábito” muitas vezes lhe traz pequenos problemas e inimizades, um dia ocorre o pior: ela acaba tendo que enfrentar a própria família quando decide afirmar, após o enterro de seu irmão Richard, que ele foi assassinado. Todas as evidências estão contra esta nova “intuição” de Cora, mas o incansável detetive Hercule Poirot sabe que os fatos mais evidentes podem às vezes funcionar como uma cortina de fumaça, por trás da qual a verdade costuma se esconder.

Simplesmente o melhor livro que já li até hoje. A estória é ótima, os personagens também, e novamente Poirot dá um show. Com suas células cinzentas, ele desvendou um mistério que nem a própria Scotland Yard foi capaz de elucidar.

UM DESTINO IGNORADO
Destination Unknown

Um a um, os maiores gênios da ciência somem misteriosamente. O último é Thomas Betterton, um jovem pesquisador, responsável pela descoberta de um novo processo de fissão nuclear. Intrigada com o caso, a Scotland Yard convoca o agente Jessop para investigar a motivação por trás dos desaparecimentos. Mas isso não seria suficiente. O serviço secreto inglês também recorre à bela Hilary Craven, enviada para uma missão suicida: assumir a identidade da esposa de Betterton, partindo para um destino ignorado...

MORTE NA RUA HICKORY
Hickory, Dickory, Dock

Três erros de datilografia numa carta, escrita pela eficiente secretária Srta. Lemon, chamam a atenção do perfeccionista patrão Hercule Poirot. Uma série de pequenos furtos cometidos em uma pensão de estudantes atormentam a supervisora. Dois fatos aparentemente sem ligação são as peças principais de um quebra-cabeça, que vai sendo montado por Poirot. Aos poucos, o jogo vai tomando forma e o detetive percebe que está na trilha de um perigoso assassino.

A EXTRAVAGÂNCIA DO MORTO
Dead Man's Folly

Tão perigoso quanto brincar com fogo é brincar de assassinato, uma vez que esse tipo de brincadeira pode se transformar em uma trágica realidade. A personagem Ariadne Oliver, autora de romances policiais, organiza um jogo na mansão do milionário George Sttubs, uma variante do Caça ao Tesouro, então transformado em Caça ao Assassino. Mas, logo, ela tem a intuição de que um assassino de verdade poderia se aproveitar do jogo para matar alguém. Por isso, convida Hercule Poirot para fazer a entrega dos prêmios. Confirmando as suspeitas de Ariadne, uma vítima de mentira torna-se um cadáver de verdade. Quem terá estrangulado a pobre menina? O infalível Poirot acaba encontrando a resposta para esta e outras perguntas, embora não possa impedir que o assassino mate outras vezes. Afinal, como diz o grande detetive, “o assassinato é um hábito”.

TESTEMUNHA OCULAR DO CRIME
4.50 from Paddington

Os criminosos deveriam tomar cuidado com as velhas senhoras, cujos olhos cansados tudo vêem, e cujas mentes, conhecedoras da natureza humana, podem supor as piores intenções por trás da mais inocente aparência. O assassino deste romance cai na besteira de estrangular uma mulher em um trem enquanto é observado discretamente pela velha senhora Macgillicuddy. Mas o azar do estrangulador não termina aí, porque a senhora Macgillicuddy é amiga da solteirona Miss Marple, uma simpática Poirot de saias, tão sagaz quanto o grande detetive belga.

PUNIÇÃO PARA A INOCÊNCIA
Ordeal by Innocence

Um incidente inesperado impede Jacko Argyle de cumprir pena de prisão perpétua pelo assassinato de sua mãe adotiva, a milionária Rachel Argyle: ele morre de pneumonia na cadeia, poucos meses depois da condenação. Mas algum tempo depois o caso, que já parecia encerrado, sofre uma súbita reviravolta com a chegada de um desconhecido, o estranho Dr. Calgary, que afirma a inocência de Jacko. Quem seria então o culpado? Caberá a Calgary desvendar o mistério, que a própria família Argyle insiste agora em esconder.

UM GATO ENTRE OS POMBOS
Cat Among the Pigeons

O colégio Meadowbank, um símbolo da tradição britânica, está prestes a fechar as portas. O motivo: três assassinatos inexplicáveis no pavilhão de esportes da instituição. A polícia local não consegue explicar os crimes e nem encontra uma pista que possa ajudar a solucionar o enigma. Até que entra em ação o detetive belga Hercule Poirot. Ele põe as suas “pequenas células cinzentas” para funcionar e segue uma trilha de sangue e espionagem que começa em Ramat, no Oriente Médio, e vai até os muros de Meadowbank.

O famoso e mundialmente conhecido colégio Meadowbank pode ficar com sua reputação arrasada após uma série de assassinatos que poderiam parecer impossíveis aos olhos das professoras e alunas, mas que foi solucionado graças às fantásticas células cinzentas do pequeno e incrível Hercule Poirot.

A AVENTURA DO PUDIM DE NATAL
The Adventure of the Christmas Pudding

Durante um Natal que prometia ser monótono e aborrecido, Hercule Poirot lança mão de sua inteligência e seu senso de humor para impedir o roubo de um valiosíssimo rubi... Com seu faro inconfundível, Miss Marple investiga o cruel assassinato de uma mulher... No interior de um baú espanhol, um cadáver desafia as autoridades e o talento do genial detetive belga... Estas e outras aventuras integram a nova coletânea de contos que trazem a marca registrada da “velha dama” Agatha Christie, e que os leitores certamente hão de saborear com indiscutível prazer.
A Aventura do Pudim de Natal
Para tentar resolver o caso do roubo de um rubi, Poirot é convidado a passar o Natal em uma casa que celebra a festa da forma tradicional inglesa. No dia de Natal ele recebe um bilhete avisando a não comer o pudim de passas. Analisando o comportamento das pessoas da casa Poirot tenta descobrir onde está o rubi desaparecido e quem o roubou.
O Mistério do Baú Espanhol
Na manhã seguinte à uma reunião informal na casa do Major Rich, seu mordomo William Burgess encontra o Sr. Clayton morto dentro do baú espanhol da sala de estar. O Major Rich é preso por suspeita do assassinato. A Sra Clayton pede a Poirot que descubra quem realmente matou seu marido, pois não acredita na culpa de seu amigo.
O Reprimido
O Sr Reuben Astwell é encontrado morto no seu escritório. Antes de sua morte, ele tinha discutido com seu irmão, sua mulher e seu secretário. Mas quem acaba sendo incriminado é o seu sobrinho, pois o mordomo o ouviu chegar em casa antes da morte do tio. Hercule Poirot é chamado para descobrir se o sobrinho realmente matou o Sr Astwell ou se foi outra pessoa.
O Caso das Amoras Pretas
Durante um jantar com o seu amigo Henry Bonnignton, Hercule Poirot conversa com a garçonete e descobre que um cliente sempre vai ao restaurante nos mesmos dias e horários e sempre pede os mesmos pratos há 10 anos. Quando fica sabendo que o cliente mudou seus hábitos repentinamente fica desconfiado e resolve investigar o motivo da mudança.
O Sonho
Hercule Poirot é chamado à casa do Sr. Benedict Farley para um encontro. Lá ele diz a Poirot que sempre sonha que se mata com um tiro. Pouco tempo depois o sonho se torna realidade e o detetive investiga essa morte para tentar confirmar se foi um suicídio ou se alguém se aproveitou desse sonho para assassinar o Sr. Farley.
A Extravagância de Greenshaw
A estranha moradora de uma casa mais estranha ainda é assassinada com uma flecha no pescoço, e nenhuma das pessoas que moram na casa tiveram a oportunidade de matá-la. Ninguém sabe quem ficará com sua herança. Felizmente Miss Marple está por perto para desvendar esse mistério.

O CAVALO AMARELO
The Pale Horse

Um sacerdote ancião é assassinado em um subúrbio de Londres. Um crime aparentemente comum. Porém, um papel escondido no sapato do morto desperta a atenção do inspetor Lejeune: uma lista com nomes de pessoas que aparentemente haviam morrido de causas naturais e outra relação de vítimas potenciais. A investigação o leva a Pale Horse, onde vivem três mulheres estranhas — uma espécie de reencarnação moderna das bruxas de Macbeth. Lá ele descobre uma organização criminosa que pratica crimes através de telepatia. Utilizando métodos pouco ortodoxos, Lejeune consegue desvendar uma das tramas mais surpreendentes de Agatha Christie.

Mark Easterbrook é um historiador inglês de vida pacata e sossegada, até um reverendo idoso morrer misteriosamente em uma noite de nevoeiro, intrigado pelo caso, ele, Ariadne Oliver e uma moça chamada Ginger, tentam resolver o mistério que paira na antiga pensão chamada o cavalo amarelo. Onde as pessoas são mortas por telepatia.

A MALDIÇÃO DO ESPELHO
The Mirror Crack'd From Side To Side

A maldição do espelho parece se abater sobre Marina Gregg, linda estrela de cinema, quando ela decide comprar a antiga mansão vitoriana Gossington Hall. No novo lar, em vez da tranqüilidade campestre que sonhou desfrutar ao lado do marido, a atriz se depara com uma série apavorante de sustos e assassinatos. A Maldição do Espelho é mais uma irresistível aventura de Miss Marple, a simpática detetive anciã que já consquistou o coração dos leitores de Agatha Christie.

OS RELÓGIOS
The Clocks

Um homem desconhecido é encontrado morto na casa de uma senhora cega. Na cena do crime, quatro relógios parados na mesma hora: quatro e treze. Sem qualquer pista do assassino ou da identidade da vítima, o detetive Colin Lamb, do Serviço Secreto inglês, pede ajuda a Hercule Poirot. Ao iniciar a investigação, o detetive afirma que o caso é muito simples, mas ele logo percebe que a solução não é tão óbvia, principalmente quando outros dois assassinatos são cometidos em circunstâncias misteriosas.

MISTÉRIO NO CARIBE
A Caribbean Mystery

Os hóspedes do Goldem Palm Hotel, que passam as suas férias na ilha antilhana de Trinidad pensam que estão gozando das delícias de um verdadeiro paraíso, sem suspeitar que, de acordo com a tradição bíblica, nesse paraíso terrenal também se oculta uma serpente, na pessoa de um assassino que, depois de ter matado três vezes, já escolheu a sua quarta vítima entre os felizes veranistas. Porém o frio criminoso não podia imaginar era que seria descoberto graças à sagacidade extraordinária da mais inofensiva, pelo menos aparentemente, destes veranistas: uma velhinha solteirona, com um aspecto bondoso e tímido, Miss Marple, cuja vida passou no pequeno povoado de St. Mary Mead, onde aprendeu tudo o que era necessário sobre as virtudes, os vívios e as paixões que consituem o miolo da natureza humana. Para desmascarar o assassino e chegar a tempo para salvar a última das suas vítimas, a famosa Miss Marple conta, esta vez, com a mais inesperada das ajudas.

O CASO DO HOTEL BERTRAM
At Bertram's Hotel

O luxuoso hotel Bertram é um dos poucos edifícios de Londres a conservar o charme da Inglaterra do início do século e, mesmo freqüentado por duquesas e barões arruinados, ainda é um dos símbolos da aristocracia britânica. Quando Miss Jane Marple se hospeda no hotel Bertram, sua única intenção é recordar os bons tempos de sua juventude passados lá. O que a simpática velhinha de Saint Mary Mead não pode imaginar é que está para se envolver com uma série de crimes e roubos misteriosos: uma ameaça à reputação do tradicional hotel e à própria vida de Miss Marple.

A TERCEIRA MOÇA
Third Girl

A jovem Norma Restarick visita o detetive Hercule Poirot para confessar um crime que acredita ter cometido, embora não tenha certeza. Porém, depois de fazer esta estranha declaração, a moça vai embora sem dar maiores explicações e achando Poirot “velho demais”. Instigado em sua curiosidade — e atingido em seu amor-próprio —, o grande detetive resolve fazer uma investigação que o levará por caminhos intrincados e sombrios. Afinal, quem é Norma? Uma doente mental ou apenas uma vítima inocente na teia que alguém teceu para destruí-la? Poirot não descarta qualquer possibilidade e, mais uma vez, consegue desvendar a trama sinistra para encontrar uma surpreendente resposta.

NOITE SEM FIM
Endless Night

Lugares malditos, casas assombradas, mortos que se levantam das tumbas, amores funestos e pessoas que fazem pacto com o diabo são temas freqüentes na literatura inglesa. Agatha Christie segue a tradição com esta história ambientada em uma grande mansão rural, erguida numa região marcada por uma antiga maldição: o Campo do Cigano. Sob o efeito do lugar, Michel Rogers fica fascinado ao conhecer a dominadora Ellie. No ardor da paixão, os dois resolvem erguer ali sua casa, sem dar atenção às advertências de uma cigana que os aconselha a se afastarem para evitar a desgraça. Mas a morte marca sua presença na figura de um assassino que parece sentir prazer em matar, atraído pelo abismo da Noite sem fim.

UM PRESSENTIMENTO FUNESTO
By the Pricking of My Thumbs

Envolver-se em tramas perigosas é uma especialidade do casal de aventureiros Tommy e Tuppence Beresford. Desta vez, durante uma visita a um asilo de senhoras, Tuppence vê um quadro que retrata uma casa que não lhe parece totalmente estranha. Lá, também conhece uma anciã que lhe fala de um menino morto escondido em uma chaminé. Pouco tempo depois, a velha senhora abandona o asilo sem dar qualquer explicação. Disposta a descobrir o paradeiro dela, Tuppence decide encontrar a casa misteriosa e acaba deparando-se com um assassino perverso.

NOITE DAS BRUXAS
Hallowe'en Party

A escritora de livros policiais Ariadne Oliver foi convidada para ir a Woodleigh Common, onde uma festa das bruxas ('Halloween') tinha sido organizada para alguns adolescentes, dentre os quais estava uma jovem conhecida por fazer revelações sobre assassinatos e intrigas. Mas quando a garota é encontrada morta dentro de uma tina com maçãs cortadas, Ariadne imagina quão grande teria sido a última revelação que a menina teria feito. Agora, qual dos convidados da festa queria mantê-la calada é uma questão para Hercule Poirot. Mas desmascarar este assassino não será nada fácil, ainda mais que ninguém em Woodleigh Common sequer acreditava que a jovem contadora de histórias tivesse sido assassinada.

PASSAGEIRO PARA FRANKFURT
Passenger to Frankfurt

Aquele parecia ser apenas mais um dia na rotina do vôos internacionais. Mas um encontro inesperado no aeroporto de Frankfurt traz à tona uma trama diabólica que aponta para a possível existência de uma poderosíssima organização internacional, dedicada a semear o caos e criar uma nova ordem maligna sob o comando do “Jovem Siegfried”, anunciado como o filho de ninguém menos que... Adolf Hitler. Crimes, extorsões, contrabando de armas e tráfico de drogas são alguns dos ingredientes deste romance em que Agatha Christie faz a imaginação do leitor voar livremente.

NÊMESIS
Nemesis

“Nosso código, minha senhora, é a palavra Nêmesis”. Miss Jane Marple repetia em voz baixa a estranha frase, que a fazia lembrar de uma outra época: palmeiras tropicais, o mar azul do Caribe e ela correndo, pela noite quente e perfumada da ilha de St. Honoré, em busca de socorro para tentar salvar uma vida. Agora, colocando sua própria vida em risco, Miss Marple está de volta ao Caribe, na trilha de um perigoso assassino que já matou duas mulheres e está prestes a cometer um novo crime.

OS ELEFANTES NÃO ESQUECEM
Elephants can Remember

Nesta divertida e bem escrita novela, Poirot conta com a valiosa ajuda de Ariadne Oliver, autora de novelas policiais, e Agatha Christie, ironicamente, representa a si mesma, ainda que os papéis estejam invertidos: Agatha, como escritora, faz o papel da mítica Ariadne, que conduz Poirot pelo labirinto da intriga por ela inventada; e Ariadne Oliver, como personagem da ficção entra no labirinto de onde retira Poirot. A senhora Oliver propõe a Poirot investigar a verdadeira causa da morte de um casal, que segundo a polícia, teria se suicidado anos antes. Para isso, a senhora Oliver se dedica a procurar “elefantes” — ou seja, as pessoas que lembram os trágicos eventos do passado — que fornecem ao grande detetive os dados para ele processar na famosa massa cinzenta do seu cérebro. Quando por fim Poirot desenterra a terrível verdade, Agatha Christie diz, valendo-se dos lábios de Ariadne: “...graças a Deus, aos seres humanos foi concedida a faculdade de esquecer”.

O genial Hercule Poirot e a simpática Ariadne Oliver tentam desvendar um crime qua aconteceu há muito tempo, o assassinato do casal Ravenscroft, pai da afilhada de mrs. Oliver, Celia. Consultando elefantes (pessoas que segundo a lenda não esquecem) eles chegam a mais um triunfante e inesperado final.

PORTAL DO DESTINO
Postern of Fate

Tommy e Tuppence estão aposentados e decidem gozar a velhice em uma mansão na tranqüila cidade de Devonshire. Um dia, arrumando o sótão, descobrem num velho livro infantil o relato de um misterioso assassinato ocorrido na cidade durante a guerra. A vítima estaria envolvida em um escândalo de espionagem e teria passado segredos sobre a Marinha inglesa. Eles começam a investigar e descobrem que havia alguém interessado em que o caso não fosse reaberto. Agora, estão com a vida por um fio.

OS PRIMEIROS CASOS DE POIROT
Poirot's Early Cases

“Nunca se deve desprezar o trivial”, costuma afirmar o imbatível detetive Hercule Poirot. Inspirado por este conselho do amigo, o capitão Hastings se anima a contar, em breves relatos, as primeiras aventuras de Poirot, dos tempos em que sua reputação ainda começava a se firmar por toda a Inglaterra. São dezoito histórias estupendas, que trazem a marca inconfundível da “velha dama” do crime, Agatha Christie, presente aqui em alguns de seus melhores momentos.
O Caso do Baile da Vitória
Durante um baile a fantasia, Lorde Cronshaw discute com sua companheira Miss Coco Cortenay na frente de seus amigos. Ela volta para casa e ele continua na festa. Depois, os dois são encontrados assassinados. O Inspetor Japp pede que Poirot desvende o caso.
A Aventura da Cozinheira de Clapham
A cozinheira da Mrs Todd desaparece misteriosamente e ela pede a Hercule Poirot que a encontre. O caso parece irrelevante mas o detetive descobre uma trama por trás do desaparecimento que vai muito além de um simples caso.
O Mistério da Cornualha
Mrs Pengelley procura Poirot pois suspeita que está sendo envenenada pelo seu marido, que está tendo um caso com sua assistente. Hercule Poirot vai à cidadezinha onde Mrs Pengelley vive para tentar desvendar o caso.
A Aventura de Johnnie Waverly
A família Waverly recebe cartas dizendo que se um valor não for pago, seu filho será seqüestrado em um determinado dia. Eles chamam a polícia e mesmo assim o rapto é realizado. Dessa forma, vão ao encontro de Poirot e pedem a ele que descubra o paradeiro do menino desaparecido.
O Duplo Indício
Ao final de uma reunião informal em sua casa, Mr Marcus Hardman percebe que as jóias que estavam dentro de seu cofre foram roubadas. Como ele desconfia de um de seus amigos, vai ao encontro de Hercule Poirot e entrega o caso em suas mãos.
O Rei de Paus
Durante uma partida de bridge em que uma família se divertia, uma moça entra na sala de estar por uma porta envidraçada e fala: “assassinado” caindo em seguida. Um príncipe que deseja se casar com esta moça pede que Poirot descubra o que aconteceu.
A Maldição dos Lemesurier
Uma maldição se abate sobre a família Lemesurier. Nenhum primogênito jamais herdará as propriedades que lhe seriam de direito. E assim acontece; sempre ocorrem mortes matando os primogênitos. Mrs Lemesurier procura Poirot pois não quer que o mesmo aconteça com seu filho.
A Mina Perdida
Chinês é encontrado morto e os papéis sobre as condições de uma mina que está a muito tempo abandonada desapareceram. Poirot é chamado e, como sempre, descobre os papéis e desvenda a identidade do assassino.
O Expresso de Plymouth
Durante uma viagem de trem, a filha de Mr Ebenezer Halliday é encontrada morta em sua cabine pelo Tenente Alec Simpson e suas jóias roubadas. Mr Halliday pede a Poirot que descubra quem a matou e onde estão as jóias roubadas.
A Caixa de Chocolates
Poirot conta a Hastings um caso em que chegou a uma conclusão errada ao final das investigações. Depois da morte de um famoso deputado, Poirot é chamado para descobrir a verdadeira causa de seu falecimento. Ao esquecer de levar em conta um pequeno detalhe, Poirot falha. Apenas com a confissão do assassino é que ele descobre os erros que cometeu.
Os Planos do Submarino
O Ministro da Defesa pede a Poirot que descubra o paradeiro dos planos do novo submarino que a Inglaterra está para construir. O roubo se deu na casa do próprio Ministro num momento rápido de descuido.
O Apartamento do Terceiro Andar
Com problemas para entrar em seu apartamento, dois jovens acabam entrando sem querer no apartamento errado e descobrem o corpo de uma mulher assassinada. Poirot, que se encontrava por acaso no mesmo prédio, se propõe a ajudá-los a encontrar o assassino da mulher.
O Duplo Delito
Durante uma viagem que Poirot e Hastings fazem juntos, eles conhecem uma jovem chamada Mary Durrant que iria vender miniaturas valiosas. No meio da viagem as miniaturas são roubadas e Poirot tenta descobrir quem as roubou e como foram furtadas.
O Mistério de Market Basing
Durante um aparente período de descanso no campo, Poirot, Hastings e Japp terão de desvendar um suicídio em que a vítima não podia ter se matado. Utilizando suas “pequenas células cinzentas”, o crime é desvendado magistralmente.
A Casa de Maribondos
Neste caso, Hercule Poirot vai a casa de John Harrison para tentar evitar um assassinato em que a própria vítima não sabe que está correndo perigo. Atuando de forma discreta, Poirot consegue evitar que uma tragédia aconteça.
A Dama em Apuros
Lady Millicent vai a Poirot para que ele consiga reaver uma carta escrita por ela há muito tempo, que está em poder de um chantageador que pode acabar com seu noivado. Na carta existem declarações comprometedoras.
Problema a Bordo
Durante uma viagem de barco ao Egito, Mrs Clapperton é encontrada morta dentro de sua cabine. O problema é que a cabine estava fechada por dentro e somente uma pessoa que ela conhecia poderia tê-la matado.
Que Bonito é o seu Jardim
Amelia Barrowby envia uma carta a Poirot perguntando se ele poderia ajudá-la a resolver um problema, mas não especifica qual. Logo depois, ela morre subitamente. Desconfiado, Poirot vai até sua casa para tentar descobrir o que de fato aconteceu.

CAI O PANO
Curtain: Hercule Poirot's Last Case

Hercule Poirot encerra o círculo de sua vida na Grã-Bretanha. Sabendo que o fim está próximo, muda-se para Styles, tentando solucionar seu último caso, e o mais difícil, no mesmo lugar onde havia resolvido o primeiro. Um dos hóspedes daquela casa sinistra — na qual se respira o ar maligno de um antigo crime — é um assassino em série, diabolicamente inteligente, que matou cinco pessoas e está disposto a continuar. Transformado num pobre inválido, imóvel numa cadeira de rodas, Poirot parece inferiorizado frente a um astucioso e sutil matador, que precisa ser descoberto e também castigado, porque a justiça oficial nunca o condenaria. Poirot cumpre com o seu duplo propósito e morre, embora sua morte seja apenas aparente, pois os personagens de ficção não desaparecem, e sempre poderemos ler novamente as aventuras de um Sherlock Holmes, o Pai Brown, o delegado Maigret, Philipp Marlowe..., integram a mais seleta galeria dos detetives imortais.

É um dos livros mais intrigantes de Agatha Christie, porque chega a um ponto em que você pensa que é o fim de Poirot. Ele se vê cercado de ameaças do próprio assassino, que o desafia em cada caso, e Poirot, de mãos atadas, apenas assiste os crimes, desesperado. Ao final, com um cérebro digno de um gênio, Poirot entende toda a história, como sempre faz e descobre o tão misterioso homem.

Poirot está de volta a Styles mas não é a passeio. Agora inválido, o melhor detetive de todos encontra em seu último caso o assassino perfeito, aquele que nunca seria condenado e com muita classe encerra sua carreira definitivamente e faz deste o melhor livro de Agatha Christie.

Hercule Poirot, o famoso detetive belga, se encontra, em seu último caso, num estado deplorável. Velho e em uma cadeira de rodas ele tenta impedir, com a ajuda do cap. Hastings, um assassino lunático de matar todos os hóspedes da antiga Styles, local do seu primeiro caso. Após “O Caso dos Dez Negrinhos”, “Cai o Pano” é o livro mais interessante para mim, pois você começa a desconfiar de todos, mas todos tem um certo álibi. É impossivel parar de ler.

O Capitão Hastings viaja à uma casa em que ele e seu velho amigo Hercule Poirot desvendaram crimes há alguns anos atrás. Quando chega lá, vê que seu velho amigo está muito doente, sem andar e quase morrendo. Quando novos crimes acontecem na casa, Hastings pede a ajuda de Poirot para tudo. No final, nem tudo era o que parecia ser ...

UM CRIME ADORMECIDO
Sleeping Murder

Frases pronuciadas numa peça de teatro causam uma reação inesperada e aparentemente inexplicável na jovem Gwenda. O mistério aumenta quando, em sua nova residência no sul da Inglaterra, ela experimenta uma estranha sensação de familiaridade ao entrar em cada cômodo, onde passa a ver o cadáver de uma mulher estrangulada. Loucura? Miss Marple acredita que não. Para a simpática velhinha — que desvenda aqui seu último mistério — Gwenda pode ter vivido a infância na casa e presenciado um terrível assassinato. As duas partem, então, em busca da verdade.

A MORTE DO ALMIRANTE
The Floating Admiral

Uma das obras mais importantes do gênero policial. A Morte do Almirante foi escrita por treze dos maiores autores de livros de mistério e de suspense, todos membros do Detection Club. Escrito por partes, cada escritor se encarregou de um capítulo, passando-o ao colaborador seguinte, que deveria resolver o mistério apresentado e criar outros. Agatha Christie contribuiu de modo brilhante para o sucesso dessa obra.

A RATOEIRA E OS DEZ INDIOZINHOS
The Mousetrap and Ten Little Indians

Ninguém melhor que a própria Agatha Christie para adaptar suas histórias para o teatro. Neste livro são apresentadas duas peças da autora. O argumento de A Ratoeira, que já foi encenada mais de 9 mil vezes em dez anos, é inspirada no conto “Os três ratos cegos”, no qual um assassino se diverte com os hóspedes de uma pensão isolada pela nevasca com uma cruel brincadeira de gato e rato. Já a peça Os Dez Indiozinhos é inspirada no famoso livro O Caso dos Dez Negrinhos. Convidadas por um homem misterioso, dez pessoas chegam para passar um fim de semana numa ilha remota e não demoram a descobrir que tudo não passa de um diabólico plano de vingança.

ENCONTRO COM A MORTE E O REFÚGIO
Appointment with Death and The Hollow

Além dos romances, Agatha Christie foi autora teatral. Neste livro são reunidas duas peças daquela que é universalmente conhecida como “a rainha do crime”. Com a ação passada em Jerusalém, Encontro com a morte apresenta uma das personagens mais cruéis da literatura policial e um crime igualmente perverso. Do quarto de um hotel, um homem ouve um diálogo curioso. Mas um assassinato é cometido e ele percebe que aquelas palavras continham um significado macabro. Encenada pela primeira vez em 1951, a peça O refúgio alia o refinado humor inglês a um final surpreendente.

TESTEMUNHA DA ACUSAÇÃO E A HORA H
Witness for the Prosecution and Towards Zero

Testemunha da acusação é uma das peças mais famosas de Agatha Christie. Leonard Vole, um sujeito tranqüilo e amável, é um dia acusado do assassinato de uma solteirona que morava com a governante e oito gatos. No testamento, ela fazia dele seu único herdeiro. Os fatos são simples e incontestáveis, e Leonard está prestes a ir para a prisão. Um detalhe, porém, pode mudar os rumos do seu julgamento. O argumento de A hora H é inspirado no livro A casa do penhasco, com uma diferença: a autora substitui Hercule Poirot pelo sagaz superintendente Battle por considerar que este personagem tem “uma personalidade mais apropriada para os palcos” do que a do detetive belga.

DESENTERRANDO O PASSADO
Come, Tell Me How You Live

Este livro nasceu do casamento de Agatha Christie com seu segundo marido, o jovem e brilhante arqueólogo Max Mallowan. Ao seu lado, a escritora percorreu todo o Oriente Médio. Desenterrando o passado é resultado de suas observações dos fatos ocorridos em quatro expedições arqueológicas à Síria e ao Iraque — sempre usando e abusando do típico senso de humor inglês. Agatha Christie jamais se limitou a ser uma espectadora aguda e privilegiada dos fatos: colaborou com prazer em todas as tarefas do seu marido. Afinal, um arqueólogo, de certa forma, não deixa de ser um detetive dedicado a desenterrar e solucionar os enigmas de um passado distante.

Ao narrar os fatos reais, a Sra. Christie Mallowan utiliza as suas habilidades de romancista para tornar extremamente interessantes os acontecimentos cotidianos, os lugares exóticos e os personagens inusitados que cercavam o casal. Com a grande virtude de não se levar a sério todo o tempo, Agatha Christie mostra que sabe rir, com uma ironia generosa, de tudo e de todos. Principalmente de si.

VEREDICTO E RETORNO AO ASSASSINATO
Verdict and Go Back For Murder

Na peça Veredicto, Agatha Christie cria uma trama diabólica. Agitada e doente, Anya Hendryk conserva traços do antigo encanto e beleza, mas, entrevada numa cadeira de rodas, tornou-se uma mulher amargurada. Um dia, é encontrada morta por envenenamento. Mas os fatos ainda não foram esclarecidos e uma dúvida paira no ar: foi suicídio ou assassinato? Encenada pela primeira vez em 1960, a peça Retorno ao Assassinato é inspirada no livro Os Cinco Porquinhos. Uma mulher é julgada e condenada pelo assassinato do marido, morrendo pouco tempo depois na prisão. Passados 16 anos, a filha deles quer reconstituir o passado e descobrir a verdade.

A MINA DE OURO
The Golden Ball and Other Stories

É um gesto de boa vontade ou uma armadilha sinistra que seduzem Rupert St. Vincent e sua família para uma propriedade magnífica? O quão desesperada está Joyce Lambert, uma jovem viúva despossuída cujo único recurso é se casar com um homem que ela despreza? Que circunstâncias inesperadas levam Theodora Darrell, uma esposa infiel para fugir com seu amante? Nesta coleção de pequenas histórias, as respostas são inesperadas a medida que vão aparecendo. A rainha do crime leva encontros românticos bizarros, visitações subrenaturais, e assassinatos clássicos à novos níveis inventivos.

O CADÁVER ATRÁS DO BIOMBO E UM FURO JORNALÍSTICO
The Scoop and Behind The Screen

A vida de Wilfred Hope, estudante de medicina, é tudo o que sempre sonhou. Tem pela frente uma carreira promissora e está noivo da encantadora Amy Ellis. Mas a partir do momento em que o sombrio Paul Dudden aluga um quarto na casa dos Ellis, a vida da família desmorona. Todos vivem sempre nervosos e apreensivos, como se temessem o misterioso hóspede. Um dia, quando visita a namorada, Wilfred descobre, atrás de um biombo na sala de estar onde todos se encontravam, o corpo ensangüentado de Dudden.
O cadáver atrás do biombo foi escrito por Agatha Christie e outros cinco mestres da ficção policial: Hugh Walpode, Dorothy L. Sayers, Anthony Berkeley, E. C. Bentley e Ronald Knox. Walpode apresentou a trama no primeiro capítulo. Seus colegas ficaram com a difícil missão de encontrar a solução para um mistério aparentemente insolúvel. Valeria a pena descobrir o assassino, ou Dudden merecia realmente morrer?
Um furo jornalístico, outro mistério presente nesta edição, é mais uma maravilhosa criação coletiva na qual sobressai o talento de Agatha Christie. Ao lado de outros gênios do gênero, fica ainda mais evidente a criatividade da grande Dama do Crime.
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OS PERSONAGENS

Hercule Poirot
Poirot estreou junto com Agatha Christie no livro O Misterioso Caso de Styles. Desde então, foram vários os livros em que Poirot esteve presente, sendo o último deles Cai o Pano. Hercule Poirot esteve presente também em muitos filmes. O primeiro a interpretá-lo foi Austin Trevor no começo dos anos 30 em três produções: O Assassinato de Roger Ackroyd, Black Coffee e Treze à Mesa.
Outros atores que também interpretaram Hercule Poirot no cinema foram Peter Ustinov em Morte no Nilo, Morte na Praia, Encontro com a Morte e algumas pequenas séries de TV, Tony Randall em Os Crimes ABC no ano de 1965 e Albert Finney em O Assassinato no Expresso do Oriente que acabou ganhando o prémio de melhor filme da Academia onde os suspeitos eram atores mundialmente famosos como Sean Connery, Ingrid Bergman, John Gielgud e Lauren Bacall. Muitos fãs acreditam que David Suchet (de uma série de TV) foi o melhor ator que representou Poirot.
Mas Poirot será sempre lembrado pelas suas inconfundíveis características: a habilidade de resolver mistérios bastante complicados com a ajuda de suas “pequenas células cinzentas”, pelo seu bem tratado bigode, pela sua cabeça em forma de ovo e pela opinião que tem sobre si próprio. E falando em Hercule Poirot, não podemos deixar de falar sobre o Capitão Hastings. Com sua ingenuidade, Hastings foi um dos grandes companheiros de Poirot e o acompanhou em diversos casos.

Miss Marple
A primeira aparição de Miss Marple foi no livro Assassinato na Casa do Pastor em 1930. Ela é uma senhora que vive vila inglesa de St. Mary Mead. Bem diferente de Poirot, ela não se vangloria de suas deduções, sendo bastante humilde. Em vez de procurar por pistas ela se concentra no instinto e no seu conhecimento sobre a natureza humana. Uma famosa frase de Miss Marple diz o seguinte: “A natureza humana é a mesma em qualquer lugar”. Agatha Christie escreveu uma dúzia de livros de Miss Marple como Um Corpo na Biblioteca, Convite para um Homicídio, Mistério no Caribe, Nemesis, O Caso do Hotel Bertram, Um Crime Adormecido entre outros.
No cinema, algumas atrizes tiveram o privilégio de interpretar Miss Marple: Margaret Rutherford atuou em algumas séries no início dos anos 60, Helen Hayes e Angela Lansbury também atuaram como Miss Marple. Mas Joan Hickson foi a mais famosa, tendo aparecido em séries de TV e outros papéis em outros filmes de Agatha Christie.

Fonte:
http://users.hotlink.com.br/pmgi/agatha/index.html