sábado, 16 de maio de 2009

Ronald de Carvalho (16 Maio 1893 – 15 Fevereiro 1935)

Ronald de Carvalho (Rio de Janeiro, 16 de maio de 1893 — Rio de Janeiro, 15 de fevereiro de 1935), foi um poeta e político brasileiro.

Filho do engenheiro naval Artur Augusto de Carvalho e de Alice Paula e Silva Figueiredo de Carvalho, Ronald de Carvalho nasce na cidade do Rio de Janeiro - RJ no dia 16 de maio de 1893.

No ano de 1899 inicia o curso secundário no Colégio Abílio (Rio de Janeiro), formando-se em 1907. No ano seguinte, ingressa no curso de Direito da Faculdade Livre de Ciências Jurídicas e Sociais, formando-se bacharel no ano de 1912. Nessa época já colaborava com a revista A Época e com o jornal "Diário de Notícias", de Rui Barbosa.

Em 1913 vai para Paris estudar Filosofia e Sociologia. Nessa cidade faz sua estréia literária com a publicação da obra "Luz gloriosa", que mostra uma a forte influência de Charles Baudelaire e Paul Verlaine.

No ano de 1914 começa a exercer atividades diplomáticas e estabelece-se em Lisboa - Portugal. Conhece então os membros do grupo modernista desse país e, em 1915, já integrado a esse grupo, participa do lançamento da revista "Orpheu", marco inicial do modernismo português.

De volta ao Brasil, publica, em 1919, a obra "Poemas e Sonetos" que revela um certo contato com a estética parnasiana.

A experiência de fincar o marco inicial modernismo em Portugal parece ter agradado a Ronald de Carvalho, pois em 1922 participa ativamente da SAM (Semana de Arte Moderna), marco inicial do Modernismo no Brasil.

Na noite de 15 de fevereiro, segundo dia da SAM, Ronald de Carvalho causa o maior escândalo ao declamar o poema "Os Sapos", de autoria de Manuel Bandeira. Isso ocorre porque o poema satiriza violentamente a poesia e, sobretudo os poetas parnasianos, que são comparados a sapos coachando.

Depois da sua participação explosiva na SAM, Ronald dá novos rumos sua poesia: ainda em 1922 publica "Epigramas irônicos e sentimentais"; dois anos depois, é vez de "Toda a América". Nesta última obra percebe-se que o poeta está sob forte influência de Walt Whitman, pois seus versos agora são amplos e com ritmo livre.

Em 1924, dirigiu a Seção dos Negócios Políticos e Diplomáticos na Europa. Durante a gestão de Félix Pacheco, esteve no México, como hóspede de honra daquele governo.

Em 1926, foi oficial de gabinete do ministro Otávio Mangabeira. Exerceu cargos diplomáticos de relevância, servindo na Embaixada de Paris, com o embaixador Sousa Dantas, por dois anos, e depois em Haia (Países Baixos).

Foi secretário da Presidência da República, cargo que ocupava quando morreu. Em concurso realizado pelo Diário de Notícias, em 1935, foi eleito Príncipe dos Prosadores Brasileiros, em substituição a Coelho Neto. Colaborou, com destaque, em O Jornal. Casou com Leilah Accioly de Carvalho, com quem teve quatro filhos.

Ronaldo de Carvalho falece a 15 de fevereiro de 1935, no Rio de Janeiro, vítima de um acidente de automóvel, ocorrido em 19 de janeiro

No campo da literatura, além de poesia, Ronald de Carvalho dedicou-se aos ensaios, à crítica literária, e aos estudos de história da literatura.

Obras
Luz Gloriosa (1913)
Pequena História da Literatura Brasileira (1919)
Poemas e Sonetos (1919)
Epigramas Irônicos e Sentimentais (1922... )
Espelho de Ariel (1923), crítica literária
Toda a América (1926)

Fontes:
http://pt.wikipedia.org/
http://www.mundocultural.com.br/

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