quarta-feira, 3 de junho de 2009

Branquinho da Fonseca (1905 – 1974)

Antes seja afastado do que já alcancei que o seja daquilo para que vou. A posse é um declínio.
Antes um pássaro a voar que dois na mão. Dois pássaros na mão são o que já não falta. Um pássaro a voar: é ir com os olhos a voar com ele; ir sobre os montes, sobre os rios, sobre os mares; dar a volta ao mundo e continuar; é ter um motivo de viver — é não ter chegado ainda.
(As Viagens – Branquinho da Fonseca)

Filho de D. Clotilde Branquinho e do escritor Tomás da Fonseca, Antônio José Branquinho da Fonseca nasceu em Mortágua, Portugal, no dia 4 de maio de 1905.

Depois de cursar os primeiros anos do Liceu em Lisboa, parte para Coimbra, onde termina os seus estudos secundários. Em seguida matricula-se na Faculdade de Direito. Ainda como estudante participa da fundação da revista "Triplico" (1924 - 1925), que teve 9 números publicados.

Em 1926 passa a exercer a função de Conservador no Museu Biblioteca Conde de Castro Guimarães - Cascais. Ainda nesse ano faz sua estréia literária com a obra "Poemas". No ano seguinte, mais precisamente no dia 10 de março, quando ainda era estudante de Direito, funda, juntamente com Adolfo Casais Monteiro, José Régio e João Gaspar Simões, a revista Presença, que é considerada o marco inicial da segunda fase do modernismo português.

A revista Presença foi dirigida por Branquinho da Fonseca até o ano 1930. Quando a revista estava no seu 27º número, Branquinho da Fonseca, por considerar haver imposição de limites à liberdade criativa, abandona a direção, que fica a cargo de Adolfo Casais Monteiro. Ainda Nesse ano Branquinho da Fonseca Licencia-se em Direito e, junto com Miguel Torga, funda a revista Sinal, que teve apenas um número publicado.

Falece em Lisboa no dia 16 de maio de 1974.

A enciclopédia Barsa define Branquinho da Fonseca como "um dos fundadores e principais colaboradores da revista Presença, porta-voz do modernismo no país".

Os primeiros textos de Branquinho da Fonseca foram assinados com o pseudônimo António Madeira. Abaixo temos algumas de suas obras mais importantes:

Poesia
Poemas - 1926;
Mar Coalhado - 1932;
Teatro
Posição de Guerra - 1928;
Teatro I - 1939.

Contos
Zonas - 1931;
Caminhos Magnéticos - 1938;
Bandeira Preta - 1956.

Romances
Porta de Minerva - 1947;
Mar Santo - 1952.

Fonte:
Mundo Cultural

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