quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Fabio Weintraub (1967)



Fabio Weintraub (São Paulo, 24 de agosto de 1967) é um poeta e crítico literário brasileiro

Filho de pais judeus de origem polonesa, Fabio Weintraub formou-se em Psicologia pela Universidade de São Paulo (USP). Porém, trabalhou pouco tempo nessa área, e passou a se dedicar à literatura e à edição de livros.

Fez parte do grupo paulista de poesia Cálamo, do qual faziam parte também Ruy Proença, Priscila Figueiredo, Chantal Castelli e Ana Paula Pacheco. Publicou Toda Mudez Será Conquistada (1992); Sistema de Erros (1996), ilustrado por Fernando Vilela e apresentado por Viviana Bosi, com o qual ganhou o prêmio literário Nascente, promovido pela USP e editora Abril. Novo Endereço (2002), sua obra seguinte, ganhou o prêmio Cidade de Juiz de Fora - Murilo Mendes em 2002[2]. Em 2003, a obra Novo Endereço recebeu o prémio especial "Embajada de Brasil" do Prémio Casa de las Américas na categoria "Literatura brasileña".

Em 2004, foi publicada a edição bilíngüe, em português e espanhol (com tradução da escritora cubana Lourdes Arencibia) de "Novo endereço", desta vez com parceria da Casa de las Américas. Em 2006, ganhou Bolsa de Incentivo à Criação Literária do Governo do Estado de São Paulo, na categoria poesia.

Até 2003, coordenou a coleção de poesia Janela do Caos da Nankin Editorial. Nela, publicou Roberto Piva, Donizete Galvão, Glauco Mattoso, Ronald Polito, Heron Moura, Sérgio Alcides, Tarso de Melo, Ricardo Rizzo, entre outros. Na mesma editora, publicou também os dois últimos livros de Hilda Hilst, "Estar sendo ter sido" e "Cascos e carícias".

Tem poemas publicados em diversos jornais e revistas, nacionais e do exterior. Foi colaborador das revistas literárias Cult, Jandira e Cacto. Atualmente, é um dos editores de K Jornal de Crítica.

Poesia e ativismo

A sua poesia, de acordo com a poeta e crítica Priscila Figueiredo, une "perspectivas que em geral aparecem separadas no panorama recente da poesia brasileira: intensidade lírica e reflexão social" (apresentação a "Novo endereço"). Esssa combinação pode ser lida em versos como: "Desempregado há três anos/ no país do futuro" (poema "Pai", de "Novo Endereço") e "contornou cinco mendigos/ e os respectivos cachorros/ lavou o chão do último bar// só foi morrer muito adiante/ no muro da praça deserta/ onde a fome devasta a fronte/ de um camundongo cego." ("Calçada", do mesmo livro).

A sua preocupação social espelha-se também em seu ativismo. Em 2006 e 2007, participou de ações em prol dos sem-teto de São Paulo, mais especificamente em apoio à Ocupação Prestes Maia do Movimento dos Sem-Teto do Centro, onde foi um dos organizadores do ciclo de palestras "O Direito à Cidade", que ocorreu em abril e novembro de 2006 na própria ocupação. Participou, com fotos, do "Dossiê Violações dos Direitos Humanos no Centro de São Paulo", organizado e publicado em 2006 pelo Fórum Centro Vivo .

Livros de poesia

1992: Toda mudez será conquistada, São Paulo: Massao Ohno Editor.
1996: Sistema de erros, São Paulo: Arte Pau-Brasil.
2002: Novo endereço, São Paulo: Nankin Editorial.
2004: Nueva dirección/ Novo endereço (edição bilíngüe), Havana: Casa de las Américas; São Paulo: Nankin Editorial; Juiz de Fora: Funalfa.
2007: Baque, São Paulo: 34 Letras.

Organização de livros
2006: Poesia marginal, São Paulo: Ática, Coleção Para gostar de ler.
2006: Eu, passarinho, antologia da poesia de Mário Quintana org. com Fabricio Waltrick. São Paulo: Ática, Coleção Para gostar de ler.

Fontes:
– Wikipedia

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