domingo, 27 de dezembro de 2009

Luiz Antonio de Assis Brasil (1945)


Nascido em Porto Alegre, em 1945, Luiz Antonio de Assis Brasil passa parte da infância em Estrela, com a família, que de lá retorna à capital em 1957. Cinco anos mais tarde começa a estudar violoncelo.

Em 1963 termina o Curso Clássico no colégio Anchieta, em Porto Alegre, dos padres jesuítas. Em 1964, ano do golpe militar, ocorre sua entrada no exército, para o serviço militar obrigatório. Um ano mais tarde Luiz Antonio ingressa no curso de Direito da PUCRS e também passa a fazer parte da OSPA - Orquestra Sinfônica de Porto Alegre – como violoncelista, lá permanecendo por 15 anos. Forma-se em Direito em 1970. Advoga por dois anos. Em 1975 ingressa como Professor na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, função na qual atua até hoje; no mesmo ano inicia a colaborar na imprensa com artigos históricos e literários.

Estréia em 1976 com o romance Um quarto de légua em quadro, lançando-o na 32ª Feira do Livro de Porto Alegre, e que lhe dá o Prêmio Ilha de Laytano. Em 1976 inicia sua trajetória de administrador cultural, primeiramente na Prefeitura de Porto Alegre [Chefe da Secção de Atividades Artísticas] e depois no Estado do Rio Grande do Sul [Diretor do Instituto Estadual do Livro - 1983]; 1978 é também o ano de lançamento de A prole do corvo. Em 1981 publica Bacia das almas. No ano seguinte, Manhã transfigurada. Em 1981 Luiz Antonio de Assis Brasil assume a direção do Centro Municipal de Cultura de Porto Alegre

No inverno 1984/1985 vai à Alemanha, como bolsista do Goethe-Institut [Rothenburg-ob-der-Tauber, na Francônia]. Em 1985 lança aquele que, segundo o autor, é seu livro com maior carga emocional, As virtudes da casa. Começa a coordenar a Oficina de Criação Literária do Programa de Pós-Graduação em Letras da PUCRS, em atividade até hoje, e que recebeu o Prêmio Fato Literário, da RBS/Banrisul ao completar 20 anos de atividades ininterruptas. Em 1986 sai mais uma obra, O homem amoroso, uma novela com forte acento autobiográfico. Cães da província, em 1987, retoma o ciclo histórico, adotando Assis Brasil o dramaturgo José Joaquim de Campos Leão, o Qorpo-Santo, como personagem e evocando os tenebrosos crimes da Rua do Arvoredo. O romance dá o título de Doutor em Letras ao autor e faz jus ao Prêmio Literário Nacional, do Instituto Nacional do Livro.

Em 1988 Assis Brasil recebe da Câmara Municipal de Porto Alegre o Prêmio Érico Veríssimo pelo conjunto de sua obra. Videiras de cristal, que recria a saga dos Muckers, é lançado em 1990. Nova experiência é o romance em três volumes Um castelo no pampa, que se divide em Perversas famílias [1992 - ganhador do Prêmio Pégaso de Literatura, da Colômbia], Pedra da memória [1993] e Os senhores do século [1994]. Concerto campestre, Breviário das terras do Brasil e Anais da Província-boi saem em 1997, ano em que o romancista é eleito Patrono da 43a Feira do Livro de Porto Alegre.

Em 1998 é palestrante convidado na Brown University, em Providence, USA e em 2000 participa do programa Distinguished Brazilian Writer in Residence, na Berkeley University, Califórnia.

Em 2001 publica O pintor de retratos, que recebe o Prêmio Machado de Assis, da Fundação Biblioteca Nacional.

Em 2003 lança o livro A margem imóvel do rio, o qual é contemplado com três prêmios: Prêmio Portugal Telecom de Literatura Brasileira [o único romance dentre os três primeiros classificados], Prêmio Jabuti [finalista menção honrosa] e Prêmio Açorianos de Literatura.

Ainda em 2003 acontecem três publicações no Exterior: O pintor de retratos sai em Portugal pela Editora Ambar, do Porto; O homem amoroso é publicado pela Editora l´Harmattan, de Paris [l´Homme Amoureux], e na Espanha, pela Editora Akal, de Madrid, lança a tradução de Concerto campestre [Concierto Campestre]. Também em 2003 publica um livro de ensaios literários pela Editora Salamandra, de Lisboa: Escritos açorianos: tópicos acerca da narrativa açoriana pós-25 de abril. Em 2005 sai na França, pela editora Les temps des Cérises, o Breviário das terras do Brasil [Bréviaire des Terres du Brésil.]

Em 2006, Assis Brasil participa, com conferências na Alemanha [Tübingen, Leipzig, Berlim] de programa oficial do Ministério da Cultura do Brasil.

Música perdida é lançado em 2006, o qual vence, em 2007, a Copa de Literatura Brasileira e recebe indicação ao Jabuti. Em 2008 segue com sua coluna quinzenal no jornal Zero Hora, de Porto Alegre, e publica Ensaios íntimos e imperfeitos, uma coleção de pequenos textos de caráter poético e ensaístico.

Obras
1976 - Um quarto de légua em quadro
1978 - A prole do corvo
1981 - Bacia das almas
1982 - Manhã transfigurada
1985 - As virtudes da casa
1986 - O homem amoroso
1987 - Cães da província
1990 - Videiras de cristal
1992 - Perversas famílias
1993 - Pedra da memória
1994 - Os senhores do século
1997 - Concerto campestre
1997 - Anais da Província-Boi
1997 - Breviário das terras do Brasil
2001 - O pintor de retratos
2003 - A margem imóvel do rio
2006 - Música perdida

Premiações

Entre outros, recebeu os seguintes prêmios:
Prêmio Ilha de Laytano
1977, por Um quarto de légua em quadro

Prêmio Literário Nacional do Instituto Nacional do Livro
1988, por Cães da Província

Prêmio Literário Erico Verissimo
1988, pelo conjunto de sua obra, concedido por unanimidade da Câmara de Vereadores de Porto Alegre

Prêmios Açorianos de Literatura
1994/1995, o melhor romance e melhor obra do ano, com Pedra da Memória e Senhores do século

Prêmio Pégaso de Literatura Latino-americana
1994, Bogotá, Colômbia: Menção especial do júri, por Pedra da memória

Prêmio Machado de Assis
2001, Biblioteca Nacional, por O pintor de retratos

Livro do ano,
pela Associação Gaúcha de Escritores, 2004 (romance) para A margem imóvel do rio

Prêmio Jabuti 2004
2° classificado com A margem imóvel do rio

Prêmio Portugal Telecom 2004
Único romance classificado entre os três vencedores: A margem imóvel do rio

Fato Literário 2005,
Rede Brasil Sul de Comunicações/BANRISUL, pelos 20 anos da Oficina de Criação Literária

Prêmio Jabuti, 2007
Finalista, com Música perdida

Prêmio Copa de Literatura Brasileira 2007
Vencedor, com Música perdida

Adaptações para o cinema
Vários de seus livros foram levados ao cinema:
– Concerto campestre, com o mesmo título;
– Videiras de cristal, com o título de A paixão de Jacobina
– Um quarto de légua em quadro, com o título de Diário de um novo mundo.
– Manhã Transfigurada, com o mesmo título.

Fontes:
– wikipedia
http://www.laab.com.br/bio.html

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