domingo, 4 de dezembro de 2011

Gabriel Nascente (1950)


1950
23 de janeiro, nasce em Goiânia, Goiás, Gabriel José Nascente, quarto filho de Antônio Estrela Nascente e de Antônia Barbosa Nascente.

A infância do menino Bié foi literalmente vivida em contato com a rudeza operária da marcenaria do seu pai Tunico Nascente (Seu Tunico), erguida sobre rijos troncos de aroeira, à rua 75, nº 3, defronte à Escola Técnica Federal de Goiás, no antigo Bairro Popular, de Goiânia, onde funcionou ao longo dos anos 50. Ambiente propiciado ao fluxo de operários e estudantes, principalmente, onde o pequeno vate desenvolveu sua infância ao lado dos seus sete irmãos. Antônio Estrela Nascente pertenceu à saga de pioneiros da construção da nova capital goiana.

1956
Matriculado no Instituto Araguaia de Goiânia, aos seis anos de idade, onde fez o jardim da infância e o primário.

1958
Morre, prematuramente, aos 36 anos, seu pai Antônio Estrela Nascente, a 28 de dezembro, vítima da doença de Chagas, deixando numerosa prole (de oito filhos) e esposa na orfandade. A partir daí, com a morte do pai, o cérebro do então garoto se transforma numa caixa de tumulto, buscando aventuras arrojadas à sua tenra idade. Passa a dividir o tempo entre serviços braçais na marcenaria do seu tio José de Paula Nascente, e peraltices esdrúxulas, na infância.

1962
Aos doze anos fabricou, em estrutura de madeira revestida com lâminas de duratex, um submarino, o qual conduziu em carrinho de rolimã até às turvas águas do rio Meia Ponte — cachoeirinha da Usina do Jaó — local onde atirou o submersível às águas, com um colega a bordo: Joãozinho, que anos mais tarde se suicidara com fortes doses de formicida, às margens do córrego João Leite, em pleno matagal. Experiência essa que, por um fio, acabaria em tragédia, caso não aparecesse um pescador, no preciso momento em que o “aparelho” ganhava profundidade, levando ao afogamento seu piloto. O que, felizmente, ele voltou à tona, a salvo. Por causa disso, e também por outras travessuras de rebeldia na adolescência, o Bié da 75, foi alcunhado de cientista louco.

1963
Arquiteta (e lidera) uma fuga para a África, aos 13 anos de idade, comprando uma cartucheira de dois canos, calibre 22; arma que foi experimentada, à plena luz do dia, no brejo do bosque do Botafogo, coberto de folhagens, regos d’água e lama. Projeto que culminou com a prisão de alguns de seus integrantes (todos menores), e a fuga do seu líder, o poeta, para a vizinha cidade de Anápolis, escondido na carroceria de um caminhão, munido apenas de alguns livros escolares, um canivete, uma lanterna e alguns centavos em dinheiro.

1964
Aprovado nos exames de Admissão ao Ginásio Industrial da Escola Técnica Federal de Goiás - ETFG.

1965
Escreve seus primeiros poemas e torna-se companheiro de classe do poeta Aidenor Aires. Um ano mais tarde, o etefegeano reúne material suficiente para sua estréia literária, e publica o livro de poesias Os gatos, em 1966. Por paixão a tão louco projeto, o departamento pedagógico da ETFG o encaminhou ao consultório psiquiátrico do dr. Walter Massi. Diagnóstico: a doença era mesmo a poesia. Inscreve-se numa corrida de bicicleta (categoria adulto) e chega vitorioso ao pódium, aplaudido pela multidão de populares, no dia 24 de outubro, data consagrada ao aniversário de Goiânia. Não percebendo os acenos do fim da competição ciclística, o arrebatado atleta continuou correndo, sem se dar conta de que já era campeão.

1966
Sobe, pela primeira vez, ao palco da Escola Técnica Federal de Goiás e interpreta o poema Nordeste, de sua autoria. Apresentação que lhe rendeu calorosos aplausos. Naquele mesmo ano, vive o papel de vice-bruxo na peça teatral “A bruxinha que era boa”, de Maria Clara Machado, e mergulha na ficção de Franz Kafka, lendo-o apaixonadamente.

1967
11 de janeiro, lançamento do seu primeiro livro de poemas Os gatos, na antiga livraria Bazar Oió, de Goiânia, quando reuniu numerosas autoridades, intelectuais e amigos, autografando mais de uma centena de exemplares. Primeiras leituras da poesia de Augusto dos Anjos, Guerra Junqueira, Antero de Quintal e Edgar Alan Poe. Conhece o professor, poeta e crítico literário Domingos Félix de Souza, o qual, a partir daquele ano, lhe orienta no caminho das letras, ajudando-o pessoalmente a publicar seus livros. Também é deste ano a viagem que o jovem poeta empreendeu sozinho, ao Rio de Janeiro, onde se fez hóspede do renomado poeta brasileiro Moacyr Félix — outro guia intelectual de sua obra poética ao longo dos anos futuros. Com ambos os Félix, sedimentou fidedigna amizade, que perdura. Em dezembro, recebe o diploma de formando do Ginásio Industrial da ETFG.

1968
Entra pela primeira vez na redação de um jornal, o semanário Cinco de Março, onde conhece e trava amizade com o jornalista Batista Custódio e tantos outros da linha de combate às atrocidades militares deflagradas contra a liberdade de imprensa em todo o país, durante o período da recessão imposto pelo Golpe de 64. Naquele ambiente de jornal impresso à base de linotipo, o poeta estreante aprende, na prática, suas primeiras noções de jornalismo. Tenta adaptar para o teatro o texto da novela A metamorfose, de Franz Kafka. Já enturmado à equipe de redatores daquele jornal, ensaia seus primeiros passos de repórter, escrevendo textos e matérias.

1970
Conhece os editores Irmãos Oriente (Taylor e José Modesto, o Zezinho, ambos falecidos) e publica pela Ed. Oriente o livro Reflexões do conflito, poemas em parceria com o poeta Aidenor Aires. Nesse mesmo ano, sai pela Imprensa da Universidade Federal de Goiás, o livro, também de poesias, Menino de rua — composto nas oficinas do jornal Cinco de Março, e impresso com papel cedido pela Ed. Oriente. Em novembro, o poeta Carlos Drummond de Andrade aplaude retumbante, por carta, o aparecimento do livro Reflexões do conflito, onde, segundo ele, encontrou “a marca de uma personalidade poética intensamente mergulhada no drama do mundo contemporâneo”.

1971
Deixa Goiás, numa espécie de auto-exílio, na busca de novas perspectivas para os seus planos de vida transferindo-se para a grande São Paulo em companhia do poeta e jornalista Brasigóis Felício. Ali, após meses de penúria e desempregado, é recebido pelo poeta Menotti Del Picchia, da Academia Brasileira de Letras, que lhe arranja emprego na hoje extinta Livraria Martins Editora; tornando-se amigos. Escreve os poemas de Colméia de anônimos. Nos meses em que viveu (sobreviveu) na paulicéia desvairada, partiu para o corpo a corpo, vendendo pessoalmente seus livros na Feira Hippie da Praça da República bem como em restaurantes, choperias e boates, da populosa capital. Retorna à Goiânia, em caráter de visita, durante os festejos dezembrinos, e decide não mais voltar para São Paulo. Novamente desempregado, refugia-se numa fazenda às margens do rio Claro, no sudoeste goiano, onde se entrega desesperadamente à leitura das obras de Albert Camus.

1972
É publicado pela Editora Oriente, Viola do povo (Cadernos de Poesia I), com patrocínio do Centro dos Professores de Goiás. Obra, inclusive, lançada no Bar do Mercado Central de Goiânia, com pastel e chope para o povo. Meses depois, veio à tona, pela mesma editora, o livro A Escalada Poética de Gabriel Nascente - seleção de estudos sobre a poesia de GN, organizada pelo professor Manuel Jesus de Oliveira. A revista Hispano-Americana, em sua edição de nº 15, publica o poema Reminiscências da terra, de sua autoria, na seção Un Minuto para la Poesia.

1973
Sai, pela Livraria Martins Editora, de SP, capital, o livro Colméia de anônimos, com prefácio de Menotti Del Picchia. É eleito Patrono do Clube de Leitura do Centro de Formação de Professores Primários de Morrinhos-CFPP, pelos bolsistas daquele Centro. Indicado pela Secretaria de Educação e Cultura do Estado para representar Goiás no Primeiro Concurso Nacional de Poesia Falada, em Salvador-BA. E ali, no Teatro Castro Alves, interpreta o poema O dia do julgamento.

1974
Aparece a 1ª edição de Um balde cheio de flores pra Manuela não chorar, pela Editora Oriente. É homenageado pela Prefeitura de Goiânia, com o título de “Personalidade do Ano 74”. O jornal Rio Negro, o diário mais antigo e de maior circulação da Patagônia, General Roca, Argentina, de novembro de 1974, dedica meia página à poesia de Gabriel Nascente, com notas e traduções de Natalio Kisnerman. Conhece o poeta Vinícius de Moraes, em Goiânia, e o acompanha durante três dias, em sua digressão etílico-teatral. Entrevista o romancista Jorge Amado durante as filmagens de um documentário sobre sua obra, no Mercado Modelo de Salvador, cidade baixa. A convite do Cerimonial do Governo do Estado de Pernambuco, visita Recife, e tem como anfitrião o poeta Marcus Accioly. Foi chamado a integrar a comitiva que acompanhou um cônsul japonês, numa caçada de baleias pelos mares do nordeste. “Ora vejam: — noticiou o jornalista José Elias, em sua coluna Comunicações de O Popular, edição de 1º de dezembro de 1974 - nosso menino de rua, às voltas com os problemas existenciais, convocado a participar de aventura tão fantástica como a caça à baleia, em suntuosos barcos japoneses”.

1975
Sai, pela Pd. Araújo - Livaria e Editora Cultura Goiana, o livro Os passageiros, poemas. Atravessa o Mar del Plata em direção a Argentina, onde cumpre missão cultural no Centro de Estudos Brasileiros de Buenos Aires e vê uma seleção de poemas de sua autoria vertidos para o castelhano pelo professor e poeta Dilermando Rocha. Trabalho este que resultou na publicação do livro El llanto de la tierra, 24 anos depois, na cidade de Concepción, no Chile. Em Buenos Aires, o poeta frequenta a sede da Agrupación Gremial de Escritores Argentinos. Sua passagem pela capital portenha foi saudada em versos pelo autor de El agua mansa, Dilermando Rocha. De volta ao Brasil, é recebido pelo poeta Carlos Nejar, em Porto Alegre-RS, e tornam-se amigos. Visita o escritor Érico Veríssimo, em sua casa, para entrevista jornalística. Participa, à convite do professor e poeta Gilberto Mendonça Teles, em agosto, no Rio de Janeiro, da tradicional reunião sabática, do sorvete com bolachas, na biblioteca do escritor Plínio Doyle, onde conhece Carlos Drummond de Andrade, Juscelino Kubitschek, Mário da Silva Brito, Homero Homem, Alfonsus de Guimaraens Filho, dentre outros.

1976
Nasce a 17 de janeiro sua filha Vanessa Rodrigues de Almeida Nascente. Candidata-se à cadeira de número 14 da Academia Goiana de Letras, aos 26 anos, e provoca polêmica entre os intelectuais goianos, na imprensa. Apesar de obter apenas um único voto, tumultuou a candidatura do seu concorrente. É publicado nas páginas 21 e 22 da Antologia, das ediciones Figaro, ano IV, nº 5, de Buenos Aires, como único figurante da poesia brasileira.

1977
Inicia correspondências com o poeta Ronald Cláver, de Belo Horizonte, MG; e com ele publica Exilados do sol — um livreto, em duplex, artesanalmente confeccionado. O jornal O Globo, do Rio de Janeiro, em sua edição de 10 de junho, o chama de “um fenômeno literário”. Também o jornal O Aspep - Órgão da Associação dos Servidores Públicos do Estado da Paraíba, em sua edição de agosto, o trata como “um dos maiores fenômenos poéticos de Goiás”.

1978
Lança, em meio a móveis e eletrodomésticos, o livro A nova poesia em Goiás, antologia dos poetas goianos, editada pela Oriente. Nasce o seu filho Thiago Estrela Nascente. Viaja, em companhia do seu editor José Modesto Oriente, para João Pessoa, na PA, onde recebe da Academia Paraibana de Poesia o título de “Embaixador da Poesia Brasileira”.

1979
A revista Encontros com a Civilização Brasileira, número 13, da Editora Civilização Brasileira S/A, RJ, publica vários poemas seus. Lança a antologia dos poetas bissextos: Colheita (A Voz dos Inéditos), em edição da Unigraf.

1980
Publica, pela Editora Oriente, Pastoral, poemas, com prefácio de Moacyr Félix. É citado por Assis Brasil em O Livro de Ouro da Literatura Brasileira (400 Anos de História Literária), pág. 223, Grupo Ediouro / Editora Tecnoprint S.A., RJ.

1981
Sai, pela Civilização Brasileira - Massao Ohno / Editores, do Rio de Janeiro, Águas da meia ponte, também prefaciado por Moacyr Félix. Volume 48 da Coleção Poesia Hoje. Recebe o Troféu Tiokô, da União Brasileira de Escritores, Secção Goiás, como o autor que mais se destacou na área de literatura no ano de 1980. Entrevista, no Rio de Janeiro, os escritores Pedro Nava, José J. Veiga, Edilberto Coutinho e Moacyr Félix.

1982
Sai, pela Editora Civilização Brasileira S/A, RJ, Chão de espera, (segunda edição do livro Menino de rua, revisto e ampliado), volume 64 da Coleção Poesia Hoje, daquela editora. Conhece Maria D’Lourdes Silveira, com quem celebra união conjugal.

1984
Obtém premiação no I Concurso Nacional de Poesia Vinícius de Moraes para servidor público, e é publicado em antologia do referido certame, pela Editora Nova Fronteira. Recebe, ainda, o Troféu Júri Popular Vinícius de Moraes. Vence o Concurso Literário Cinquentenário de Goiânia, patrocinado pela Prefeitura. Concorre à presidência da União Brasileira de Escritores, liderando a chapa Combate; é derrotado.

1985
Crônica da manhã, poemas, é publicado pela Universidade Católica de Goiás.

1986
Aparece o seu primeiro livro de prosa, Um dia antes de mim, novela, publicado pela Universidade Católica de Goiás.

1987
Lança, pela Editora Líder, Madrugada nos muros, poemas. E ganha, pela segunda vez, o concurso de poesias promovido pela Prefeitura de Goiânia, no transcurso do aniversário da capital goiana. Conhece pessoalmente o líder do Partido Comunista Brasileiro, Luís Carlos Prestes.

1988
Publica Janelas da insônia, poemas, pela Editora O Popular. É eleito por aclamação o primeiro presidente-fundador do Conselho Municipal de Cultura, do qual ainda é membro. À convite do professor Ático Vilas Boas da Mota, empreende viagem à Macaúbas, no sertão da Bahia, onde é homenageado pela Fundação Cultural Professor Mota, ao lado do médico e artista plástico Getúlio P. Araújo. É selecionado pelo VII Prêmio Scortecci de Poesia e publicado na antologia Lauréis, volume IV, da João Scortecci Editora, São Paulo, 1989.

1989
A Editora Líder publica Trono de areia, poemas.

1990
Entrevista o poeta Ferreira Gullar.

1992
A Ediouro S/A, do Rio de Janeiro, publica Sentinelas do efêmero (Entrevistas Literárias). Participa da Antologia da Nova Poesia Brasileira, organizada por Olga Savary, Fundação Rio/Rio Arte, Editora Hipocampo. Distribui cerca de dez mil exemplares do livreto A valsa dos ratos, durante as eleições de 92, quando então disputou uma cadeira de vereador por Goiânia, e perdeu.

1993
A ponta do punhal, poemas, é publicado pelo Cerne/GO.

1994
Candidata-se à presidência da Associação Goiana de Imprensa-AGI, mas não chega a duelar o voto porque sua chapa não obteve registro.

1995
Sai, pela Fundação Cultural Pedro Ludovico / Cerne, Ventania, poemas. É antologiado, simultaneamente, por duas publicações de âmbito nacional: Poesia Sempre, revista semestral de poesia, ano 3, número 5, da Fundação Biblioteca Nacional / Departamento Nacional do Livro; e Sincretismo - A Poesia da Geração 60, com introdução e organização de Pedro Lyra. Fundação Cultural de Fortaleza / Fundação Rio Arte / Editora Topbooks, RJ. Lança, em caráter pioneiro em todo o país, a idéia de se publicar fragmentos de poesia, nas contracapas (parte interna) dos talões de cheques. O Banco do Estado de Goiás S/A aprovou e executou o projeto.

1996
É o primeiro goiano a ganhar o maior prêmio literário de poesia, de todo o país: o Prêmio Cruz e Souza de Literatura, da Fundação Catarinense de Cultura, Santa Catarina, com o livro de poemas A Lira da lida. Por esta premiação o poeta recebeu dez mil reais, mais a publicação da obra. E lança, pela Editora Kelps de Goiânia, Sandálias de pedra, uma incursão poética ao minimalismo.

1997
É premiado pelo concurso literário da Bolsa de Publicações Hugo de Carvalho Ramos, com o livro de poemas Os aventais da púrpura. Recebe 20 salários mínimos, mais a publicação da obra. E lança, pela Editora Kelps, Goiás, meio século de poesia, antologia de poetas goianos. Participa, com substanciosa colaboração, da antologia A poesia goiana no século XX, organizada por Assis Brasil, publicada pela Imago Editora, do Rio de Janeiro.

1998
Pela Editora Kelps, publica mais dois novos títulos: A cova dos leões, romance e O anjo em chamas, poema dramático sobre a vida e a obra de Arthur Rimbaud.

1999
Lança, pela Editora Kelps, A taça derramada, poemas. É publicado, em Concepción, no Chile, o livro El llanto de la tierra (Prantos da Terra), seleção de poemas traduzidos para o castelhano pelo também poeta Dilermando Rocha, do Centro de Estudos Brasileiros de Buenos Aires, na década de 1970. Em edição de Sérgio Ramón Fuentealba e Cecília Zuñiga Sanhuesa. Por iniciativa do ministro Elias Bufaiçal, a Federação do Comércio em Goiás o homenageia, lavrando em monumento de aço escovado um poema de sua autoria. E a Assembléia Legislativa do Estado de Goiás lhe outorga a Comenda Prof. Colemar Natal e Silva, e o Troféu Cora Coralina, pelo seu conjunto de obras.

2000
É aprovado pelo Conselho Editorial do Centro Editorial e Gráfico da Universidade Federal de Goiás-Cegraf, com o livro inédito de poemas Boa-noite, crepúsculo, o qual será publicado pela Coleção Vertentes daquela editora.

Vence o concurso literário da Bolsa de Publicações Cora Coralina, com o livro de poemas O pão selvagem (inédito), promovido anualmente pela Agência Goiana de Cultura Pedro Ludovico Teixeira. Também, neste mesmo ano, vence o concurso literário da Bolsa de Publicações Wilson Cavalcanti Nogueira, da prefeitura municipal de Pires do Rio, GO., com o livro inédito, A Dança do Relâmpago, poemas. "... os poemas de Gabriel Nascente, imprevistos e lucinantes, explodem como brados de protesto e irreverência. Uma espécie de Fernando Pessoa da quadra atômica, não raro pedestrenante demagogo, mas original, ingênuo, espontâneo e sempre artista". Menotti del Picchia, 1973

"Sua poesia continua viva e atuante, e testemunho disto é Pastora, que recebi há pouco, e onde encontro muitas confirmações do seu engenho criador, sempre alerta diante da vida." Carlos Drummond de Andrade, 1980

"Não se trata de um poeta de iniciação tribal. Neste sentido, aliás, é o poeta mais solitário de Goiás ("Eu sou/uma solidão/que anda"). Daí também a sua força produtiva: escreve para si, para a Poesia e para esse além de si que é o povo, na sua mais alta concepção antropológica da poesia". Gilberto Mendonça Teles.

Fontes:
- www.palavrarte.com/equipe/equipe_gnascente.htm
- http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/goias/gabriel_nascente.html

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