quinta-feira, 5 de abril de 2012

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 524)


Uma Trova de Ademar

Eu vejo um filme passando
sem ter falhas, nem emenda;
nele, eu me vejo brincando
nos aceiros da fazenda!
–ADEMAR MACEDO/RN–

Uma Trova Nacional


Pior é a dor que me assalta
neste momento de adeus,
pois além de tua falta,
eu sinto a falta de Deus!
–CLENIR NEVES RIBEIRO/RJ–

Uma Trova Potiguar


Feliz quem vai, lance a lance,
á glória de um jubileu,
lendo e relendo um romance
que um grande amor escreveu.
–SEBASTIÃO SOARES/RN–

Uma Trova Premiada


1990 - São Paulo/SP
Tema - VERSO - M/E


Mandei meu amor em versos,
e choro entre os teus guardados
ao ver meus sonhos dispersos
por envelopes fechados.
–ALBA CHRISTINA C. NETTO/SP–

...E Suas Trovas Ficaram


Morre a voz dentro de mim,
fica mais triste a canção
quando os versos dizem sim
mas a vida diz que não.
–CARMEN OTTAIANO/SP–

Simplesmente Poesia

Entre Rosas e Espinhos
–MARIA DO ROSÁRIO BESSAS/MG–


Olhei a rosa, mas só vi o espinho.
Senti o perfume que inundava o jardim,
uma natureza quase morta,
atravessando o meu caminho.
Os jardins de hoje, são lacunas verdes,
entre o concreto que cresce
de encontro ao céu, na cidade grande.
agonizam entre os túmulos verticais
que os homens erguem por falta de espaço.
lá se enterram em vida,
na solidão de poucos metros quadrados.
E como eu, passam frios pelas ruas,
quando atravessam jardins
e não enxergam as rosas,
porque tem medo de espinhos.

Estrofe do Dia

“A primeira vez que a pequena Angélica me viu!”
Angélica causou-me uma emoção,
foi Talvez, a maior da minha vida;
quando ela olhando assim enternecida,
me perguntou com ar de compaixão:
Por que só tens uma perna e não duas?
Se das pessoas que andam pelas ruas
nunca vi uma assim igual a tu;
mas por favor não vá se entristecer,
vou comprar uma perna pra você
Quando eu for com vovô no “Carrefu.”
–ADEMAR MACEDO/RN–

Soneto do Dia

Na Linha do Horizonte!
–SILVA FILHO/PI–


Poesia... procurei nos escaninhos
em escrínios e lugares insuspeitos
em recintos com rumores rarefeitos
incluindo os barrancos ribeirinhos.

Entrementes... ao fitar o horizonte
vi a Terra abraçada com o Céu
a grandeza que compõe o mundaréu
e o meu estro socorrido no remonte.

Finalmente... entendi que a Poesia
nada mais que a voz da Natureza
e somente um neurônio da magia.

Sendo assim... o poeta tem certeza
que empresta toda a sua serventia
a uma causa revestida de nobreza.

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