sexta-feira, 2 de março de 2012

Ademar Macedo (Mensagens Poética n. 498)

Uma Trova de Ademar

Já cansado, de voz rouca,
ao encontrá-la novamente
minha emoção não foi pouca,
Apenas... Foi diferente!
–ADEMAR MACEDO/RN–

Uma Trova Nacional


Nosso sonho deu em nada,
mas nosso amor ergue a voz,
em busca de outra alvorada
que vive dentro de nós!
–RODOLPHO ABUDD/RJ–

Uma Trova Potiguar

Sorrindo, escondo uma dor
que ela deixou em meu peito;
e o peito guarda um amor
que teima em não ser desfeito.
–TARCÍSIO FERNANDES/RN–

...E Suas Trovas Ficaram


Saudade – lembrança triste
de tudo que já não sou...
Passado que tanto insiste
em fingir que não passou!
–EDGAR BARCELOS/RJ–

Uma Trova Premiada


2010 - Brag. Paulista/SP
Tema: CAMINHADA - Venc.


O reencontro... a caminhada...
a lua seguindo os dois...
a chama reavivada,
e o resto... eu conto depois...
–DARLY O. BARROS/SP–

Simplesmente Poesia

Falta de Ar
–J. G. DE ARAÚJO JORGE/AC–


Há dias que posso passar sem sol, sem luz,
sem pão,
sem tudo enfim...

( Tenho até a impressão de que não preciso de nada...
... nem mesmo de mim...)

Mas há dias, amor... ( e parece mentira)
- nem eu sei explicar o porquê
de tão grande aflição -

em que não posso passar sem Você
um segundo que seja!
- de repente preciso encontrá-la, é preciso que a veja -

- Você é o ar com que respira
meu coração !

Estrofe do Dia

Fui feito sob medida
para amar e ser feliz,
mas o destino não quis
que eu fosse feliz na vida;
com minha alma enternecida
e um coração sofredor
digo com todo amargor;
ninguém amou do meu tanto...
Eu nasci para ser santo,
mas me fazem pecador!
–ADEMAR MACEDO/RN–

Soneto do Dia

Via Crucis
–MARIA NASCIMENTO CARVALHO/RJ–


Foste embora e eu, sedenta de carinhos,
tentando alimentar minha ilusão,
fingia encontrar rosas nos espinhos
com que marcaste a minha solidão...

Depois, tentei seguir outros caminhos,
mas, sem achar a tua direção,
na “VIA CRUCIS” longas dos sozinhos
deixei pedaços de alma e coração...

E, nessa andança inútil, sem destino,
provei a dor cruel do desatino
e todo o dissabor dos desenganos...

Não te encontrei. Por isso, em poucos meses,
meu coração parou milhões de vezes,
minha alma envelheceu mais de cem anos...

Ademar Macedo (Mensagens Poética n. 497)

Antigo Mosteiro em Mossoró/RN

Uma Trova de Ademar

O amigo que nos quer bem
é aquele que, sem temor,
oculta uma dor que tem
e vem sanar nossa dor...
–ADEMAR MACEDO/RN–

Uma Trova Nacional


Ouço no vento o lamento
dos solitários tristonhos
que viram, da vida, o vento
amarrotar os seus sonhos!
–MARISA RODRIGUES FONTALVA/SP–

Uma Trova Potiguar


Meu cartão de identidade
está dentro de meu ser;
e, em meus olhos, a verdade
todo mundo pode ver.
–TARCÍSIO FERNANDES/RN–

...E Suas Trovas Ficaram


Quando na igreja, te fita,
tão meiga e linda rezando,
o próprio santo se agita
com medo de estar pecando.
–RENATO MARTONE JUNIOR/SP–

Uma Trova Premiada


2010 - Ribeirão Preto/SP
Tema: VIAGEM - 5º Lugar


Se a vida é apenas passagem
quero que me façam jus;
na minha última viagem
deixem que eu veja Jesus!
–ADEMAR MACEDO/RN–

Simplesmente Poesia

Despedida.
–THALMA TAVARES/SP–


No aceno discreto e mudo
que entre lágrimas fizeste,
teus olhos disseram tudo
do amor que nunca disseste...
Por esse amor eu desnudo
meu coração rude e agreste,
que se transforma em veludo
ante o teu olhar celeste.
Mas assim que tu partiste
a vida se fez mais triste
e o mundo um tédio medonho.
Sempre que lembro o teu pranto,
minha alma se encolhe a um canto
e chora a morte de um sonho.

Estrofe do Dia

A pior das piores sacanagens
que se pode a um poeta praticar
é roubar-lhe o direito de narrar
em seus versos, poemas e mensagens,
a beleza bucólica das paisagens
sobre a relva orvalhada e colorida,
sem ter isso o poeta não tem vida,
fica triste abalado e bem tristonho;
quer matar um poeta, mate um sonho,
que um poeta sem sonho se liquida.
–JUNIOR ADELINO/PB–

Soneto do Dia

A Solidão
–GABRIEL BICALHO/MG–


Trago comigo, neste corpo lasso,
as marcas do que fui, meu desatino.
Se tive uma mulher em cada braço,
não tive o grande amor do meu destino.

A solidão me sobe, passo a passo,
quando subo as ladeiras do Divino
e pesa mais que fardo este cansaço,
como dobres de morte em cada sino.

Ai!, quem me dera, nesta noite fria,
qual vate ilustre que também vadia,
revê-la agora como outrora a vi!

Tamborilava os dedos na agonia
de quem morre um pouquinho todo dia,
compondo os versos que não lhe escrevi!