domingo, 7 de outubro de 2012

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 690)



Uma Trova de Ademar 

Eu aprendi a perder
mesmo sem haver perdido,
também aprendi vencer
“sem humilhar o vencido!”
–Ademar Macedo/RN–

 Uma Trova Nacional 

Já não combato a ansiedade
que me consome e angustia;
a dor da minha saudade
eu a transformo em poesia.
–Almira Guaracy Rebêlo/MG– 

 Uma Trova Potiguar 

Para que Deus não me puna
por consciência intranquila,
só quero somar fortuna
se aprender a dividi-la.
–José Lucas de Barros/RN–

 Uma Trova Premiada 

1965   -   Bandeirantes/PR
Tema   -   SOLIDÃO   -   4º Lugar

Solidão, eu te bendigo!
À tua sombra querida,
eu marco encontro comigo
e acerto os passos da vida
–Carolina Ramos/SP–

 ...E Suas Trovas Ficaram 

Quero falar... retrocedo... 
pois tenho um pavor medonho,
de que ao contar meu segredo
você destrua meu sonho...
–Luiz Otávio/RJ– 

  U m a    P o e s i a  

Desde quando tornou-se racional
que o homem procura o par perfeito,
qualquer coisa lhe deixa insatisfeito
pois a imperfeição é que é normal;
mas o homem por ser esse animal,
só escolhe outro ser que lhe interesse,
as virtudes vitais não reconhece,
quando menos espera, já perdeu;
dê valor ao que tem, enquanto é seu,
pois talvez seja mais do que merece.
–Henrique Brandão/PE– 

 Soneto do Dia 

MÃOS QUE OS LÍRIOS INVEJAM...
–Alphonsus de Guimaraens/MG–

Mãos que os lírios invejam, mãos eleitas
para aliviar de Cristo os sofrimentos,
cujas veias azuis parecem feitas
da mesma essência astral dos olhos bentos;

mãos de sonho e de crença, mãos afeitas
a guiar do moribundo os passos lentos,
e em séculos de fé, rosas desfeitas
em hinos sobre as torres dos conventos.

Mãos a bordar o santo Escapulário,
que revelastes para quem padece
o inefável consolo do Rosário;

mãos ungidas no sangue da Coroa,
deixai tombar sobre a minha Alma em prece
a bênção que redime e que perdoa !

sábado, 6 de outubro de 2012

Mário Quintana (O Assunto)


Isabel Furini (Poema infantil: Poesia e Poema)


 (Leitura recomendável: a partir de 8 anos).

 Na porta do prédio,
 o poeta falava com Maria:
 - Poemas são ondas
 no oceano da poesia,
 mas há alguns dias
 eu não tenho inspiração.

 Nesse mesmo momento,
 uma gatinha sapeca
 que brincava no parapeito
 da janela
 deixou cair seu brinquedo...
 A boneca aterrissou na cabeça do poeta.
 Plaf!

 E de repente, uma luz:
 - Você quer me conhecer?
 Eu sou a Poesia.

 O poeta olhou o céu e começou a poetar:

 A poesia é deserto, céu, ar, luz, mar...
 Poemas são como areia,
 poemas são como o vento,
 poemas são como as ondas
 que agitam o belo mar.

 O poeta abriu os olhos
 e exclamou:
 - Os poemas são como pássaros,
 livres pássaros e pássaros prisioneiros,
 pássaros voando no céu,
 aprisionados nas letras,
 aprisionados nos livros,
 quase canções do mar.

 Rindo, a Maria falou:
 - Agradeça a esse gatinha,
 você estava na ruína.
 Dê a ela um brinquedo novo,
 mostre a sua gratidão,
 pois voltou a sua inspiração.

Fonte:
http://isabelfurini.blogspot.com.br/

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 689)



Uma Trova de Ademar  

Desde o tempo de menino 
vi o quanto eu sou machão; 
pois meu lado feminino 
é um tremendo sapatão! 
–Ademar Macedo/RN– 

Uma Trova Nacional  

Me chamam de cachaceiro 
mas eu juro, nem é tanto; 
nunca tomo um copo inteiro, 
a metade eu dou pro santo! 
–Petronilo Filho/PB– 

Uma Trova Potiguar  

Por uma acusação falsa 
fui levado pra cadeia. 
Lá ganhei a meia calça 
depois de uma surra e meia...! 
–Manoel Cavalcante/RN– 

Uma Trova Premiada  

1998   -   Nova Friburgo/RJ 
Tema   -   PREGUIÇOSO   -   4º Lugar 

Até no "terreiro" em prece,
é preguiçoso, o farsante: 
quando o "santo" dele desce,
só vem... de escada rolante! 
–Selma Patti Spinelli/SP– 

...E Suas Trovas Ficaram  

Que a mulher tem duas caras, 
isto não é mais segredo: 
a primeira mostra às claras 
e a outra – de manhã cedo. 
–Jorge Murad/RJ– 

U m a P o e s i a  

Numa farmácia outro dia, 
eu fui comprar um remédio 
para evitar o assédio, 
da grande disenteria. 
Lacto-Purga, o “Zacaria”, 
mandou eu tomar ligeiro, 
me cobrou um bom dinheiro, 
aquele cabra sacana. 
Eu passei uma semana 
da cama para o banheiro... 
–Francisco Macedo/RN– 

Soneto do Dia  

AZAR. 
–Renata Paccola/SP– 

Certo dia, acordei de mau humor – 
resquício de uma noite mal dormida. 
Peguei o carro, e então fundiu o motor, 
segui para o metrô, enfurecida. 

Tentei continuar com minha lida, 
mas fiquei presa num elevador. 
Neste compartimento sem saída, 
passei horas de angústia e terror, 

e saí sob o som de bate-estaca. 
Depois, no meio de um supermercado, 
senti a dor de um burro quando empaca. 

Foi aí que vi, quase ao meu lado, 
irônicos dizeres numa placa: 
“Sorria. Você está sendo filmado!” 

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Mário Quintana (Leitura 2)


Almanaque Paraná n.5 - 1a. Quinzena de Outubro (Errata)


Hoje enviei por e-mail este novo número e graças a irmã trovadora Dorothy Janson Moretti que carinhosamente me alertou:

Na trova da Amália Max, no segundo verso 
onde está escrito "sinhô", 
o correto é "sino".

O Almanaque já está disponível para download no site http://www.issuu.com, e em breve aqui no blog, este corrigido.

Obrigado e perdoem a falha
José Feldman

Olivaldo Junior (Um Menino, a Solidão e um Par de Asas com Frágeis Penas de Seda)


Este texto me foi enviado ontem, 4 de outubro, dia de São Francisco de Assis, mas me chegou tarde às mãos (mais precisamente, aos olhos). Quando Olivaldo se refere a Hoje, será na verdade ontem, e ao falar Amanhã, é hoje.

Hoje é Dia de São Francisco de Assis e, também, dos Animais. Animais são mais que figuras em volta de nós. Nossa vida é reanimada por eles. Amanhã é Dia das Aves. Aves são a chave da inspiração à liberdade. Não somos livres, mas levamos jornais, diria Drummond... Somos o Sonho, que Rodrigo Maranhão tão bem cantou. Cantar é minha forma de amar. E, se também toco, é porque não há quem o faça por mim. Minha solidão não tem se sentido acompanhada, como diria Chico Buarque à bela Iolanda. Ando, que as asas, suas penas, têm frágeis penas de seda e logo cedem.

UM MENINO, A SOLIDÃO E UM PAR DE ASAS COM FRÁGEIS PENAS DE SEDA

Era uma vez um menino que nasceu numa pequena cidade do interior. Altamente introspectivo, admirava os carros e pessoas que passavam na rua, sempre impossível para ele. O maior medo era o maior desejo, pois o Medo é o Desejo arruinado, sem jeito. Até que era bom, como, em potencial, são bons todos os homens. 

O menino tinha pai, mãe e um irmão mais novo, o qual queria muito que houvesse, pois sempre se sentia só. Coitado... O menino dessa história não sabia que a Solidão, sempre atenta, à espreita, em todos nós se ajeita com o passar do Tempo. O Tempo é grande amigo dela e sempre lha reserva um lugar legal no futuro. A Solidão, em alguns, nem precisa esperar tanto, pois, desde cedo, passa a ter todos. 

Passou-se o tempo, e os carros da rua ficaram mais rápidos, tanto quanto os passos, lépidos, de todos que conhecia. Meio tonto, tão tolo quanto um par de asas com frágeis penas que se tem como seus, o menino foi ficando triste. A Tristeza é uma prima do Tempo, que, em certos casos, também ama a Alegria. Não, o menino não era amigo de festas, de coisas da moda, mas de coisas do tempo em que as rodas rondavam as noites de inverno, ou verão, das casas de então. Fora do tempo, e cansado de tantas por que havia passado na vida, o menino, quase um rapaz, trancou-se no quarto e, de lá, não saiu por longo tempo. O Tempo vinha bater palmas à porta do quarto, mas nada. O menino, irredutível, reduziu-se a isto: um triste jovem com um par de asas com frágeis penas, que jamais serviam de chaves para outros ares de vida. A Morte, até mesmo a Morte, por diversas vezes, cantou seu cântico de mortandade para o triste amigo de nem um amigo. Amigos... eis o que sempre esperou aquele pobre coração vadio, vazio como um ponteiro de relógio marcando o tempo para o fim das roseiras.

O par de asas com frágeis penas de seda sempre esteve no quarto, bem ao lado do pobre. Mas os olhos nem sempre dão conta de enxergar o que existe. Existir era uma luta constante com flores e estrelas em volta da cama, no canto das portas, em cima das telhas, vermelhas, de casa onde mora um rapaz que esteve, desde cedo, atrasado.

Foi que um dia, de tanto chorar, teve secas suas lágrimas, vendo livre a sua estrada, porque há léguas que somente os pés que temos podem, ainda que não se tenha carro, ter no velocímetro em nós. As horas são mais que ponteiros.

Acordando para a vida, vendeu o Medo sem nada ter em troca e partiu. Esse pobre rapaz, tão pobre quanto quem tem o chão sem nada como seu, esse homem partiu para a vida, videira nem sempre em uvas, mas sempre em vívidas folhas. A folha em que o menino se via não era nem verde, era branca. O branco das folhas carregava o que ele mais tinha e mantinha no cerne de árvore nascida gente, gente com ares de pássaro, pássaro passando um tempo entre os presos. Presa fácil para sonhos, o homem conhecera o amor que não se pode, nem se deve tocar, mas, nem por isso, é menor. O Amor nunca é mínimo, sempre é o máximo. No entanto, cansado de nunca ser correspondido, o homem foi ficando escuro como um domingo sem sol, até que a Solidão pousasse outra vez em suas asas, tão frágeis, no quarto. O quarto de um homem é seu parto para o mundo lá fora. Fora isso, tinha sempre um por que não parar. Vai que, um dia, faz sol, e ele, lá fora, possa, enfim, se iluminar... Tinha um amigo, sim, alguém que lhe dera um raio de luz entre as horas de bruma. Mas também triste era essa estrita amizade com quem sequer, quase nunca, estava. O Tempo, suspeitoso, era sempre vão.

Queria, enfim, que o par de asas funcionasse e, Deus do Céu, ali ao lado houvesse alguém voando além. Mas nada, qual nada, nunca nada! O som da Solidão, impregnando os sons da vida em torno dele, impulsionava o coração a ser mais Ícaro e a ganhar o ar. O ar pode ser muito para um par de asas com frágeis penas de seda confundindo os ventos, se arrastando à toa para qualquer canto. Cantar era o bastante? Não sabia. Mas cantava e tocava um pouco, mesmo só, para que alguém, mesmo não lá, pudesse ouvi-lo, pudesse olhá-lo e, quem sabe, levantá-lo e devolvê-lo para ele ao fim.

Fonte:
O Autor

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 688)



Uma Trova de Ademar 

Quase toda madrugada, 
Já vendo os raios do dia, 
busco um verso à minha amada 
numa fonte de poesia... 
–Ademar Macedo/RN– 

Uma Trova Nacional 

Voltas com outra proposta,
mas, eu, fingindo altivez,
uso o poder na resposta
e digo não, outra vez! ...
–Clenir Neves Ribeiro/RJ– 

Uma Trova Potiguar 

Saudade - seja onde for, 
sempre é saudade, meu bem. 
Um sentimento de amor 
que dói no peito de alguém! 
–Prof. Garcia/RN– 

Uma Trova Premiada 

2008   -  Caicó/RN 
Tema   -  ESTRADA   -  15º Lugar. 

São tantas encruzilhadas!...
Por isso eu me perco assim,
ao trafegar nas estradas
que existem...dentro de mim!...
–Newton Vieira/MG– 

...E Suas Trovas Ficaram 

Finda a noite, e o sol nascente
se espreguiça na folhagem;
beija o orvalho, docemente,
e recomeça a viagem...
–Manita/RJ– 

Uma  Poesia 

Eu já passei dos Sessenta 
cheio de felicidade, 
e não escondo a ninguém 
que hoje estou, na verdade, 
sem ter mágoa e sem queixume 
sentindo o doce perfume 
da flor da terceira idade!... 
–Ademar Macedo/RN– 

Soneto do Dia 

NA TASCA. 
–Raimundo Correia/MA– 

Dentro, na esconsa mesa onde fervia 
fulvo enxame de moscas sussurrantes 
num raio escasso e tremulo do dia 
espanejando as azas faiscantes. 

Vi-o; bêbado estava e, inebriantes 
e capitosos vinhos mais bebia, 
em tédio, como os fartos ruminantes 
a boca larga e estúpida movia. 

Eu pensativo, eu pálido, eu descrente, 
aproximei-me do ébrio, com tristeza, 
sem ele quase o pressentir sequer, 

e vi seu dedo, aos poucos, lentamente 
no vinho esparso que ensopava a mesa 
ir escrevendo um nome de mulher. 

UBT Seção Bragança Paulista (Primavera é…)


Prefácio por Cida Moreira

Mais este livreto amigo,
cheio de flores e cor,
traz alegria consigo:
carinho de trovador! 
–––––––

Marina Menezes Santos

Esta linda primavera
sempre aparece com flores
e eu fico à sua espera,
para lhe dar meus amores.
–––––––
Antonio Miguel Cestari

Na primavera as flores
repletas de encantos mil,
exalam perfume e cores
por este imenso Brasil.

O sol se anuncia agora,
a lua já vai dormir.
Primavera foi embora,
o verão está por vir.

Mais energia no ar,
mais esperança na vida,
maior tempo para amar:
A primavera é nascida! 

Chega a primavera em flor
que no Brasil é mais bela,
cresce com muito fulgor
desfilando em aquarela. 

A primavera florida 
renasce em nossa memória, 
reanima nossa vida
revivendo nossa história.
––––-

Cida Moreira

Antecedendo o verão
vem a doce primavera,
tinge de cor nosso chão
e perfuma a atmosfera. 
––––-

Fábio Siqueira do Amaral

Flores, flores, tantas flores:
pulcra primavera atesta!
No vergel repleno em cores:
colibris, canções e festa!

Primavera cheira à infância
da estação mais colorida;
beija-flores (Que elegância!)
fazem festa e esbanjam vida...

São as flores com seus frutos
dons fecundos da estação:
Primavera, cala os brutos
num louvor à criação!

Quando chega a prima Vera,
cada dia ainda mais bela,
faz luzir a primavera
com mil cores da aquarela.

Abelhas em burburinhos
no verdor que se acelera
e o trinar dos passarinhos
são núncios da primavera...

Alteza dentre as demais,
de perfume insinuante, 
temporada de esponsais:
primavera fascinante!
––––-

Henriette Effenberger

Na primavera me animo
sou colibri, beija-flor,
sou menina-passarinho
buscando por teu amor...

Bom seria cada dia
viver como a primavera,
trazendo luz e alegria,
pois o verão nos espera...
––––-

Ignez Freitas

Setembro é o mês do amor, 
de flores em profusão;
ganha mais vida e mais cor 
na linda flor em botão.
Setembro! Tudo é encanto,
borboleta beija as flores.
É a primavera chegando
com arco-íris de cores.
––––-

Joarez de Oliveira Preto

Preferiste a primavera,
quando surgem os botões.
Esqueceste quem lhe dera
nos outonos, emoções.

Gosto de lembrar das flores,
do perfume de jasmim
que ficou dos meus amores,
das primaveras sem fim.

Vi nascer na primavera
um lindo botão de rosa.
Vi o espinho na quimera
com o fim de nossa prosa.
––––-

José Solha

Primavera, mês das flores,
isso não posso negar.
Tempo de novos amores,
tempo pra gente se amar.
––––-

Leda Montanari Céu 
Desta vida, a primavera
é a mais bonita estação;
acaba-se toda espera,
vai-se toda a ilusão!
––––-

Leonilda Spina

Quem nasce na primavera,
ao doce embalo da brisa,
não vive só de quimera,
busca o sonho e o concretiza.

Primavera, quem me dera,
que como renasce a flor,
depois de uma longa espera
reflorisse meu amor.

Quando me vejo a teu lado
na primavera florida,
meu coração, remoçado,
tem novo sopro de vida.

A primavera ilumina
toda a terra e a alma da gente. 
Volto a ser uma menina
com belos sonhos na mente. 

A primavera florida
reveste o mundo de cores.
Nas almas - sopros de vida.
Nos corações - mais amores.

Sonhei, nesta primavera,
que cessaram os terrores
e nos canhões (oh! quimera!)
nasceram botões de flores.
––––-

Lóla Prata

Bem na metade do mês
de setembro, mês das flores,
cultuamos o que fez
Nossa Senhora... das Dores!

Traduzindo primavera
como: primeira verdade,
desejo que esta galera
vote a Deus, grande amizade.

Subindo o Monte Serrat
de modo jovem e afoito,
dou à Virgem meu “olá”
em setembro, dia oito.

Na esperança, eis a quimera
de uma feliz existência,
de ser sempre primavera
numa plena benquerença!

Na existência tão sofrida
de uma pessoa excluída,
a primavera florida
fica exilada da vida!

Martins Fontes desejava
morrer em dia de sol;
isso que tanto almejava
se fez ao vate de escol.
––––-

Maria Cestari

Na estação da primavera
a vida em mim refloresce;
com as cores da aquarela
tristeza torna-se prece.

As flores da primavera 
me alegram com suas cores
e os campos em aquarela
elevam os meus louvores.

Esqueço meus tristes ais
sentindo-me embevecida,
entre as flores naturais,
a primavera traz vida!

Caminho pelos jardins,
desatenta e esquecida,  
por entre as rosas carmins
na primavera da vida.

Tece a pauta, escreve a clave:
eis a primavera em flor!
Em tom maior bem suave
desenha notas de amor.

As flores da primavera,
no inverno adormecidas,
despertam em aquarela
ao reflorescer da vida.
––––-

Marina Valente

Plante uma árvore, amigo,
que ela é sinal de esperança.
Se não lhe servir de abrigo,
servirá a uma criança.

Protegida, a natureza
dará frutos a granel,
flores de rara beleza
e favos prenhes de mel.

Engrinaldada de flores,
surge a mais bela estação,
e a alegria chega a cores
a cantar no coração.
As árvores são sagradas,
são um milagre da vida; 
no entanto, são derrubadas 
pela ambição desmedida.
Rosa é a rainha das flores, 
outra mais bela não há;
nem mesmo, com seus primores, 
a flor do maracujá.
Um trevo de quatro folhas 
nascido no meu jardim, 
trouxe entre tantas escolhas, 
muita sorte para mim.

Dama da noite, de branco, 
com as vestes de cetim,
enfeita à noite o barranco 
transformando-o num jardim.

Camélia é flor delicada, 
tal qual um floco de neve.
Sentida, fica queimada, 
mesmo com um toque leve.
 
Tão humilde, a margarida, 
sem perfume, sem magia,
para não ser esquecida, 
por entre os ramos, espia.

Gorjeiam os passarinhos 
na ramaria orvalhada.
Primavera, nos caminhos, 
vai despertando a florada.

Se fôssemos pontuais 
como a florada do ipê, 
seríamos também mais 
responsáveis, já se vê!
––––-
Myrthes Neusali Spina de Moraes 

Primavera, tu chegaste
florindo nossos jardins
e feliz tu nos deixaste,
quando colhemos jasmins!

Belas flores perfumaram
os jardins de nossas casas.
Os passarinhos cantaram,
bailando, a bater as asas.

Procurei no meu jardim
uma rosa pra lhe dar,
Só encontrei branco jasmim
perfumando todo o ar.

Se o homem quer conquistar,
à mulher entrega flor,
pois além de cativar,
vai conseguir seu amor.

Violetas e jasmins
florescem na primavera.
Alegram nossos jardins,
perfumando a atmosfera.

Se você tem um pomar,
guarde bem essa lição:
não deixe de acrescentar
bons sucos à refeição!
––––-

Therezinha Ramos de Ávila

A primavera chegou
trazendo cores em festa
e é nesta data que vou
ouvir a linda seresta.

É nesta data querida
da primavera em flor
que lembro datas vencidas
daquele primeiro amor.
––––-

Vladimir Inokov

Aguardando a primavera,
nossa mais bela estação,
até a velha prima Vera
faz florir seu coração.

Primavera em expansão:
cresce fauna, cresce flora;
com a beleza em extensão,
assim nossa vida aflora.

Primavera no Japão!
Exibem-se as cerejeiras,
turistas, muito povão,
sem as moscas varejeiras.

O que era verde, despiu-se;
a estação assim mostrou-se,
depois mudou: vestiu-se.
Foi assim: revelou-se!

O colorido arco-íris
no céu sempre aparece,
a deslumbrar nossa íris;
a nossa vida enobrece.


Flores, cores e a pureza,
com a nobreza do divino
completas em realeza,
doces graças do Deus Trino.
––––-

Wadad  Naief Kattar

As cigarras cantadeiras
anunciam a estação
e as mil cores nas floreiras
inspiram uma canção.

Você prometeu voltar
no tempo de primavera,
mas eu não pude esperar;
desculpe, a fila acelera.

=================
TEMAS DA COLEÇÃO É...
ESPORTE é...  - Novembro de 2009  √
CULTURA é...   - Março de 2010  √
MULHER é...   - Novembro de 2010 √
AMOR é...  - Novembro de 2010 √

2ª etapa - 2012
BRAGANÇA é...  
DESTINO é... 
FAMÍLIA é... 
INVERNO é...
NATAL é... 
OUTONO é...  
PAZ é...
PRIMAVERA é...
SAUDADE é... 
VERÃO é...


2ª DIRETORIA DA UBT 
SEÇÃO DE BRAGANÇA PAULISTA SP         2011 / 2013

Presidente: MARIA  DE LOURDES PRATA GARCIA 

Vice-presidente de administração:  HENRIETTE EFFENBERGER

Vice-presidente de cultura: WADAD NAIEF KATTAR

Vice-presidente de finanças: HELENA VALDEREZ SCANFERLA

Vice-presidente de relações públicas: VLADIMIR INOKOV

Secretária: MARINA GOMES DE SOUZA VALENTE

SUPLENTES 
Secretaria: LYRSS CABRAL BUOSO

Dos vice-presidentes: 
1- JOAREZ DE OLIVEIRA PRETO
2- vago

CONSELHO MUNICIPAL

1-MIGUEL GARCIA ALVES
2-APPARECIDA MOREIRA
3-vago

 SUPLENTES DO CONSELHO MUNICIPAL

1-NORBERTO DE MORAES ALVES
2-JOSÉ SOLHA
3-MARIA DAS DORES DE PAIVA CESTARI

Fontes:
Lola Prata
Formatação da imagem por J. Feldman