sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Luiz Bacellar (1928 - 2012)

   Luiz Franco de Sá Bacellar nasceu em Manaus no dia 4 de setembro de 1928. Depois de passar a infância em Manaus, foi para São Paulo e lá realizou o antigo curso Colegial. Mais tarde, no Rio, foi bolsista do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, INPA, quando fez o curso de Aperfeiçoamento de Pesquisador Social, na área de Antropologia Cultural, no Centro Brasileiro de Pesquisas Educacionais, sob a orientação do Prof. Darcy Ribeiro. Voltando a Manaus, exerceu o jornalismo, foi portuário e comerciário, antes de se tornar Professor de Literatura e Língua Portuguesa no Colégio Estadual D. Pedro II e Professor de História da Música no Conservatório Joaquim Franco, da Universidade do Amazonas. Por volta de 1954, sua atividade literária se intensificou e, juntando-se a um grupo de jovens interessados no desenvolvimento cultural do Estado, participou da criação do Clube da Madrugada, cujo nome teria sido por ele sugerido. Com seu livro de estreia, Frauta de Barro, que só foi editado quatro anos mais tarde, foi laureado em 1959 com o Prêmio Olavo Bilac, conferido pela Prefeitura do antigo Distrito Federal (Rio de Janeiro), de cuja comissão julgadora fizeram parte Manuel Bandeira e Carlos Drummond de Andrade.  
Seu segundo livro, Sol de Feira, várias vezes reeditado, recebeu o Prêmio de Poesia do Estado do Amazonas, em 1968.
Um dos fundadores da União Brasileira de Escritores do Amazonas, estava envolvido com a escrita de poesia desde os doze anos e teve vários de seus poemas musicados. O poeta, cultor da música e do desenho, membro da Academia Amazonense de Letras, foi um dos estudiosos do patrimônio artístico e cultural da cidade de Manaus, onde viveu e trabalhou.
Além dos já citados, é autor de Quatro movi­mentos (Manaus, 1975), O Crisântemo de cem pétalas (em parceria com Roberto Evangelista, Manaus, 1985), Quarteto (Manaus, Valer, 1998) e Satori (Manaus, Valer, 2000).
Faleceu em 9 de setembro de 2012.