terça-feira, 3 de junho de 2008

Prêmio Açorianos de Literatura Adulta e Infantil

O Prêmio Açorianos de Literatura Adulta e Infantil estará recebendo inscrições entre os dias 28 de maio e 30 de junho. Na sua décima quinta edição, mantém as regras consolidadas nos últimos anos, inclusive no que se refere ao prêmio em dinheiro, no valor de R$ 10.000,00 (valor bruto, passível de impostos) para o Livro do Ano, escolhido entre as obras vencedoras nas várias categorias.

Nessa edição, podem concorrer as obras publicadas entre janeiro de 2007 e junho de 2008, que ainda não tenham sido inscritas na edição anterior, desde que mantenham vínculo com a cidade de Porto Alegre. O edital traz algumas novidades: fica instituída a categoria destaque em mídia digital (blogs e sites); ensaio de literatura e ensaio de humanidades passam a constituir uma única categoria e os destaques apresentam algumas modificações.

Não há inscrição formal para os prêmios de destaque, mas o prazo para encaminhar o material de divulgação é o mesmo das demais categorias. Nas categorias capa e projeto gráfico/design o júri indica diretamente o vencedor.

A avaliação ocorrerá em três etapas. Na primeira, os Júris Específicos indicam os três finalistas nas categorias narrativa longa, especial, conto, crônica, poesia, infantil, infanto-juvenil, ensaio de literatura e humanidades, e os vencedores nas demais categorias. Na segunda etapa, os mesmos júris específicos indicam os vencedores entre os finalistas das categorias citadas. Na terceira e última etapa, entre os vencedores nas categorias narrativa longa, especial, conto, crônica, poesia, infantil, infanto-juvenil, ensaio de literatura e humanidades, o júri final indica o Livro do Ano, que recebe, além do Troféu Açorianos, o prêmio em dinheiro.

Os títulos finalistas serão divulgados na imprensa no final do mês de outubro e os premiados serão conhecidos na Noite do Livro, evento já tradicional na área de literatura, no mês de dezembro de 2008.
O edital está colocado abaixo.

Fontes:
Secretaria Municipal de Cultura de Porto Alegre. In
http://www2.portoalegre.rs.gov.br/smc/default.php
Plano Nacional do Livro e Leitura. Boletim n. 105. 26/05 a 1/6/2008. Recebido por e-mail.

Edital do Prêmio Açorianos de Literatura Adulta e Infantil - 15a. Edição 2008

I. DAS INSCRIÇÕES
1.1 - Podem concorrer ao Prêmio Açorianos de Literatura Adulta e Infantil, instituído pelo decreto número 10.982/1994, os livros publicados, em 1a edição, de janeiro de 2007 (desde que não tenham sido inscritos na edição anterior do Prêmio) até o encerramento do período de inscrições, conforme data constante na ficha catalográfica impressa na obra. O presente Concurso será regido pela Lei nº 8.666/93, no que couber a esta modalidade de licitação.

1.2 – É vetada a participação, como concorrentes, dos funcionários públicos municipais de Porto Alegre, exceção feita aos funcionários aposentados, devido ao princípio da impessoalidade, bem como à obediência da Lei nº 136 (Estatuto do Funcionário Público do Município de Porto Alegre). Por funcionário público municipal entende-se, além dos funcionários contratados e estatutários da Administração Centralizada e Descentralizada, também os funcionários de autarquias e fundações municipais, os estagiários e os funcionários terceirizados.

1.3 - Os concorrentes deverão ter algum vínculo com a cidade de Porto Alegre: (a) sendo nascidos ou residentes em Porto Alegre; (b) sendo publicados por editora porto-alegrense; (c) mantendo vínculo empregatício na cidade.
1.3.1 - Compreende-se por editora porto-alegrense a empresa responsável por edição de livros que esteja situada na cidade de Porto Alegre.
1.3.2 – No caso das categorias não-literárias de Capa e Projeto Gráfico/Design, o profissional responsável por essas atividades não precisará ter o vínculo descrito no item 1.3 se a obra estiver inscrita em categoria literária, mantendo, portanto, o vínculo necessário, através de seu autor.

1.4 - Serão avaliados e premiados os melhores trabalhos inscritos em cada uma das seguintes categorias do Prêmio Açorianos:
- Narrativa Longa (ficção: romance ou novela);
- Especial;
- Conto;
- Crônica;
- Poesia;
- Ensaio de Literatura e Humanidades;
- Literatura Infantil;
- Literatura Infanto-Juvenil;
- Capa;
- Projeto Gráfico/Design;
- Destaque para Editora;
- Destaque para Mídia Impressa e Rádio;
- Destaque para Projetos de Incentivo, Promoção e Divulgação da Literatura em Porto Alegre.
- Destaque para Mídia Digital (blogs e sites)

1.4.1 - Os livros vencedores nos diversos gêneros literários (narrativa longa, poesia, conto, crônica, ensaio de literatura e humanidades, especial, literatura infantil e literatura infanto-juvenil), e ainda, capa e projeto gráfico/design farão jus ao PRÊMIO AÇORIANOS DE LITERATURA, em sua respectiva categoria. Os vencedores das categorias narrativa longa, poesia, conto, crônica, ensaio de literatura e humanidades, especial, literatura infantil e literatura infanto-juvenil concorrerão ao prêmio de LIVRO DO ANO.

1.4.2 - Podem inscrever-se na categoria especial obras cujas particularidades não permitam seu enquadramento nas demais categorias do Prêmio, como novas mídias, literatura epistolar e biografias, por exemplo, excetuando-se obras de caráter técnico-científico.

1.4.3 – Nas categorias de capa e projeto gráfico/design é vetada a inscrição de livros de caráter técnico-científico, a menos que sejam tematicamente ligados à área de Literatura ou Humanidades.

1.4.4 - Nas categorias de livros de ensaio, concorrem obras não-ficcionais que resultem em esforço analítico de compreensão de tópico (s) da vida cultural, ficando sempre a cargo do Júri Específico respectivo a arbitragem de casos especiais.

1.4.5 – Não há inscrições para os prêmios de destaque. No entanto, os interessados nessas categorias poderão encaminhar à Coordenação do Livro e Literatura materiais de divulgação de suas entidades/instituições e/ou projetos de maneira a subsidiar o trabalho dos júris. A entrega desses materiais de divulgação obedecerá ao calendário de inscrição do Prêmio. São levados em consideração para esta premiação os trabalhos desenvolvidos entre janeiro de 2007 e o final do período de inscrições.

1.4.6 – O prêmio destaque para mídia será atribuído a veículo ou profissional (mídia impressa e rádio) que tenha contribuído para a divulgação de livros da área de abrangência do Prêmio Açorianos, podendo também ser premiada a melhor produção de lançamento de livros.

1.4.7 – Editoras que estejam situadas em Porto Alegre, concorrem ao Prêmio Açorianos - destaque do ano pelo conjunto de sua produção, projetos de incentivo à leitura e evolução ou qualificação do trabalho da empresa no prazo estabelecido.

1.4.8 – O prêmio destaque para projetos de incentivo, promoção e divulgação de literatura será atribuído ao melhor projeto dessa natureza desenvolvido na cidade, não vinculado a editoras, livrarias e bibliotecas.

1.4.9 - O prêmio destaque para mídia digital (blogs e sites) será atribuído ao melhor trabalho desenvolvido nesta categoria.

1.4.10 - Podem concorrer livros editados pelo autor ou por organizações não-livreiras, desde que em acordo com o presente edital.

1.5 - Para efeitos de inscrição, a editora, o autor e/ou interessado deverão encaminhar à Coordenação do Livro e Literatura da Secretaria Municipal da Cultura (CLL/SMC):
A) 07 (sete) exemplares de cada obra concorrente, por categoria literária, e/ou 04 (quatro) exemplares por categoria não-literária (capa, projeto gráfico/design), indicando em quais categorias concorre.
B) identificação completa do autor e/ou do capista e artista gráfico (nome, endereços, telefones, e-mail, local de nascimento) e da editora (endereço, telefones, e-mail, nome do responsável);
C) termo de ciência de participação, que poderá ser assinado pelo editor ou pelo autor (anexos II e III do presente edital);

Sem esses procedimentos não serão realizadas as inscrições.

1.6 - Cada obra só poderá ser inscrita e, conseqüentemente, concorrer em uma única categoria literária, podendo, entretanto, concorrer concomitantemente nas outras categorias não-literárias (capa e projeto gráfico/design). Nesse caso é necessária a entrega de 11 (onze) exemplares do título inscrito.

1.7 - As inscrições serão realizadas no período de 28 de maio a 30 de junho de 2008, de segundas a sextas-feiras, das 9h às 12h e das 14h às 18h, na Coordenação do Livro e Literatura – SMC (Av. Érico Veríssimo, 307 – Bairro Menino Deus – POA), mediante preenchimento da ficha de inscrição e entrega dos exemplares citados no item 1.5.

1.7.1 – As inscrições enviadas pelo correio deverão cumprir todas as disposições presentes neste Edital, inclusive obedecer aos prazos estipulados. Neste caso, os comprovantes de inscrição serão enviados por e-mail ou pelo Correio.

1.7.2 – Todas as inscrições que não forem realizadas pelo próprio autor da obra ou pelo profissional autor do projeto (no caso de capa e projeto gráfico/design) deverão ser acompanhadas pelo Termo de Ciência, devidamente assinado (Anexo II deste Edital) por esses ou pelo editor responsável (Anexo III deste Edital).

1.7.3 – Não serão realizadas inscrições pela Internet.

1.8 – Após o encerramento das inscrições, a listagem de inscritos será publicada no Diário Oficial de Porto Alegre (DOPA).

1.9 – Os livros entregues no momento da inscrição não serão devolvidos, sendo destinados aos integrantes das Comissões Julgadoras e, os restantes, ao acervo da Biblioteca Pública Municipal Josué Guimarães/SMC.

II. DOS JÚRIS
2.1 - A escolha dos vencedores do Prêmio Açorianos de Literatura far-se-á em três etapas: a primeira através da avaliação dos Júris Específicos, que indicarão três finalistas em cada categoria, os quais serão divulgados na imprensa. Numa segunda reunião os mesmos júris específicos reunir-se-ão para indicar, entre os finalistas, o vencedor em cada categoria, posteriormente enviado ao Júri Final. Na terceira etapa, o Júri Final indicará, entre os vencedores das categorias literárias, o Livro do Ano.
2.1.1 - A nominata dos Júris Específicos e do Júri Final será oficializada por Portaria da Secretaria Municipal da Cultura, publicada no Diário Oficial de Porto Alegre (DOPA).

2.2 - Haverá 08 (oito) Júris Específicos, formados por 03 (três) integrantes cada, para o Prêmio Açorianos de Literatura Adulta e Infantil, de acordo com as inscrições, a saber:
1) Narrativa Longa (ficção: romance ou novela);
2) Categoria Especial;
3) Conto;
4) Crônica;
5) Poesia;
6) Ensaio de Literatura e Humanidades;
7) Literatura Infantil e Literatura Infanto-Juvenil;
8) Capa e Projeto Gráfico/Design.

2.2.1 - A nominata dos Júris Específicos é de competência da CLL/SMC, obedecendo aos seguintes critérios: a) os componentes do júri não podem estar inscritos ao Prêmio, seja qual for a categoria; b) não podem estar vinculados diretamente a nenhum dos concorrentes; c) não podem ter participado como jurados na mesma categoria da edição anterior; d) não podem ter nenhum grau de parentesco com os concorrentes.

2.2.2 - Um dos componentes de cada um dos Júris Específicos poderá ser nomeado com base nas sugestões apresentadas pelas seguintes entidades/instituições da área cultural: Clube dos Editores, Câmara Rio-Grandense do Livro (CRL), Associação Gaúcha de Escritores (AGES), Instituto de Letras da UFRGS, Faculdade de Letras da PUCRS, Curso de Letras da FAPA, Curso de Letras da UniRitter, Instituto Estadual do Livro (IEL), Secretaria Municipal da Educação (SMED), Casa do Poeta Rio-Grandense, Associação Rio-Grandense de Imprensa, Estância da Poesia Crioula, Academia Literária Feminina, Associação Cyro Martins, Fundação Fernando Pessoa, Academia Rio-Grandense de Letras, SESI, Grêmio Literário Castro Alves, SINPRO, CPERS, Partenon Literário, ACERGS, Academia Literária Gaúcha (ALGA), União Brasileira de Escritores (UBE), Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infanto-Juvenil (AEILIJ) e Associação Jornalística de Escritores do Brasil – Região Sul (AJEB). Entretanto, a decisão final de formação dos Júris é de competência da CLL/SMC.

2.2.3 - A referida sugestão para composição dos júris deverá ser encaminhada à CLL/SMC através de ofício contendo dados completos do indicado (nome, endereço, telefone, e-mail, local de nascimento) e currículo, até o último dia de inscrição para o Prêmio. Não serão aceitas as sugestões que não contenham os dados solicitados, nem as que chegarem fora do prazo de inscrição.

2.2.4 - As entidades/instituições estabelecerão critérios próprios para a escolha de suas sugestões de componentes para os Júris Específicos.

2.2.5 - É vetado a qualquer pessoa representar mais de uma entidade ou instituição.

2.3 - Cabe aos Júris Específicos: (a) em separado, avaliar os livros inscritos e, na primeira reunião, indicar três finalistas para cada uma das seguintes categorias: narrativa longa, especial, conto, crônica, poesia, infantil, infanto-juvenil, ensaio de literatura e humanidades e, ainda, os vencedores em capa e projeto gráfico/design; (b) numa segunda reunião, indicar o vencedor para o Açorianos de Literatura na (s) respectiva(s) categoria(s) em que não houver ainda indicação; (c) em conjunto, indicar os premiados nas categorias Destaque do Ano para Editora, Destaque em Mídia Impressa e Rádio, Destaque para Projetos de Incentivo, Promoção e Divulgação de Literatura e Destaque para Mídia Digital (blogs e sites); (d) observar sigilo absoluto até a divulgação dos selecionados para o Prêmio;

2.3.1 – Para cada componente dos Júris Específicos será destinado um cachê no valor de R$ 500,00 (valor bruto, passível de impostos), pago mediante contratação.

2.4 - O Júri Final será composto por 03 (três) membros indicados pela Secretaria Municipal da Cultura obedecendo, também, aos seguintes critérios: (a) os componentes do júri não podem ser concorrentes, seja qual for a categoria; (b) não podem estar vinculados diretamente a nenhum dos concorrentes; (c) não podem ter participado do Júri Final na edição anterior do Prêmio.

2.5 - Cabe ao Júri Final: (a) avaliar os livros vencedores, indicados pelos Júris Específicos, nas seguintes categorias: narrativa longa, especial, conto, crônica, poesia, infantil, infanto-juvenil, ensaio de literatura e humanidades; (b) em reunião, entre estes, indicar o Livro do Ano; (c) observar sigilo absoluto até a divulgação dos resultados do Prêmio Açorianos de Literatura Adulta e Infantil.

2.5.1 - Para cada componente do Júri Final será destinado um cachê no valor de R$ 500,00 (valor bruto, passível de impostos), pago mediante contratação.

2.6 – Funcionários da PMPA poderão, eventualmente, participar dos Júris desde que sem ônus para o município. Além disso, devem apresentar currículos qualificados para a atividade e não representar outra entidade que não a própria Secretaria.

2.7 - A Coordenação dos trabalhos de todos os júris ficará a cargo do Coordenador do Livro e Literatura ou de um representante da CLL/SMC, por ele indicado.

III. DO FUNCIONAMENTO
3.1 - A CLL/SMC marcará as reuniões de avaliação, providenciará as atas e planilhas para registro dos votos, bem como proverá o acesso dos integrantes dos Júris aos trabalhos inscritos.

3.2 – À CLL/SMC compete a coordenação das reuniões dos júris, através do Coordenador ou de pessoa por ele indicada.

3.3 - Todas as despesas decorrentes da realização do Prêmio Açorianos de Literatura Adulta e Infantil – 15a edição correrão por conta de Dotação Orçamentária própria da Coordenação do Livro e Literatura/SMC.

IV. DA AVALIAÇÃO, ESCOLHA E PREMIAÇÃO
4.1 - Após o encerramento das inscrições e do prazo de análise dos títulos inscritos, os Júris Específicos reunir-se-ão, em duas ou três ocasiões, conforme o júri, para indicar as obras finalistas e as obras vencedoras em cada categoria, se for o caso, conforme critério de qualidade literária.

4.2 - Após a indicação das obras vencedoras por categoria, essas serão avaliadas pelo Júri Final, que se reunirá para indicar o Livro do Ano, conforme critério de qualidade literária.

4.3 - A divulgação dos premiados se dará por ocasião da Noite do Livro, no mês de dezembro de 2008 e, após a premiação, a lista de vencedores será publicada no Diário Oficial de Porto Alegre (DOPA).

4.4 – As obras vencedoras em cada categoria receberão troféus criados pelo artista plástico Xico Stockinger, e o Livro do Ano receberá, além do troféu, um prêmio único de R$ 10.000,00 (valor bruto, passível de impostos), não importando o número de autores da obra.

4.4.1 – Aos vencedores será disponibilizada a arte do Selo Prêmio Açorianos de Literatura, especialmente criado para uso nas obras premiadas ou em materiais de divulgação da empresa/veículo agraciado.

4.5 - Anualmente, o calendário do Prêmio será divulgado junto aos órgãos participantes e imprensa.

V. DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
5.1 - Os integrantes dos Júris ficarão sujeitos ao presente edital.

5.2 - As decisões do júri são irrecorríveis e o mesmo é soberano, desde que em concordância com o presente Edital.

5.3 - O ato de inscrição implica conhecimento integral dos termos do presente Edital. Os casos omissos do presente edital serão resolvidos pela CLL/SMC, observada a legislação pertinente.

5.4 - Este edital será reavaliado anualmente pela comissão organizadora com base nas sugestões recebidas na edição anterior.

5.5 - Por se tratar de concurso público, qualquer pessoa interessada poderá pedir vistas ao processo de premiação do Açorianos de Literatura através do acesso às atas das reuniões. Tal requerimento deverá ser encaminhado por escrito à Coordenação do Livro e Literatura, após a divulgação dos resultados finais.

5.6 - O presente Edital poderá ser impugnado nos termos do art. 41, parágrafo 1º, da Lei 8.666/93, até 05 (cinco) dias úteis antes da abertura das inscrições. Os pedidos de impugnação deverão ser protocolados no Protocolo Central da PMPA (Rua Sete de Setembro, nº 1123 - 2º andar. Centro de Porto Alegre. Telefone: (051). Perderá o direito de impugnar o presente edital quem não o fizer no prazo previsto.

5.7 - Da decisão da Organização do Concurso que inabilitar as inscrições apresentadas em desconformidade com o exigido, caberá recurso administrativo de 05 (cinco) dias úteis, a contar da publicação da listagem de inscritos no DOPA. O referido recurso deverá ser protocolado no Protocolo Central da PMPA (Rua Sete de Setembro, nº 1123 - 2º andar. Centro de Porto Alegre. Telefone: (051- 3227.5288), sendo julgado no prazo máximo de 05 (cinco) dias úteis.

5.8 - Os prazos do Prêmio Açorianos de Literatura Adulta e Infantil – 15a edição - são os seguintes:
a. Inscrições: de 28 de maio a 30 de junho de 2008.
b. Divulgação dos Finalistas: última quinzena do mês de outubro de 2008.
c. Premiação: Noite do Livro - mês de dezembro de 2008.
Endereço para inscrições:
Centro Municipal de Cultura, Arte e Lazer Lupicínio Rodrigues
Coordenação do Livro e Literatura
Av. Érico Veríssimo, 307 - Porto Alegre – RS - CEP: 90160-181
Telefones: 32898072 e 32898073 - Fax: 32898077
E-mail: cll@smc.prefpoa.com.br
Site: www.portoalegre.rs.gov.br/cultura/livroeliteratura

Porto Alegre, 19 de março de 2008.

Sergius Gonzaga
Secretário Municipal da Cultura
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ANEXO I – FICHA DE INSCRIÇÃO
PRÊMIO AÇORIANOS DE LITERATURA ADULTA E INFANTIL
15a Edição - 2008 - Inscrição - N°
OBRAS:
Título:_______________________
Editora: ____________________
E-mail: ______________________
Endereço/CEP: ________________
Fone/Fax: ____________________
Autor(es): _____________________
Endereço residencial/CEP: ______________________
Fone/Fax: ______________________
E-mail: ________________________
Endereço profissional/CEP:______________________
Cidade: _____________ Estado: ___
Local de Nascim.: ____________Estado: __________
LITERATURA ADULTA - CATEGORIAS LITERÁRIAS:
( ) narrativa longa (ficção: romance/novela) ( ) especial
( ) crônica ( ) conto ( ) poesia
( ) ensaio de literatura e humanidades
[ ] entrega de ____ exemplares. [ ] entrega de ____ originais.
LITERATURA INFANTIL - CATEGORIAS LITERÁRIAS:
( ) livro infantil ( ) livro infanto-juvenil
[ ] entrega de ______ exemplares.
CATEGORIAS NÃO-LITERÁRIAS: [ ] Adulto [ ] Infantil
( ) capa ( ) projeto gráfico/design
Nome(s): ______________________________________
Endereço residencial/CEP:_________________________________
Fone/Fax:______________________________
E-mail: _____________________________
Endereço profissional/CEP:________________________________
Local de nascimento: _______________________
Estado: __________________________
[ ] entrega de ___ exemplares.
_________________________________
Data da inscrição: __________
Funcionário/Estagiário da CLL:___________________
Responsável pela inscrição: ______________________
Atesto a veracidade dos dados informados, bem como que o(s) concorrente(s) não é (são) funcionário(s) público(s) municipal(ais), sob pena de desclassificação da inscrição. Assinatura:____________________________
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PRÊMIO AÇORIANOS DE LITERATURA ADULTA E INFANTIL
15a Edição – 2008 - Inscrição - N°
( ) Literatura Adulta ( ) Literatura Infantil
Título: ________________________________
Autor(es): _____________________________
Editora: ________________________
Categoria(s): ___________________________
Data: ___________________________
Assinatura/CLL: ________________________
Obs.: A premiação acontecerá no mês de dezembro de 2008, na Noite do Livro.

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ANEXO II
TERMO DE CIÊNCIA (assinado pelo autor)


Eu, _______________________________________, atesto que estou ciente da inscrição da obra ________________________, bem como das regras dispostas no Edital da 15a edição do Prêmio Açorianos de Literatura Adulta e Infantil, promovido pela Prefeitura Municipal de Porto Alegre, através da Secretaria Municipal da Cultura. Atesto também que não sou funcionário público municipal de Porto Alegre e que as informações prestadas pelo portador desse Termo são verídicas, sob pena de desclassificação da inscrição ou anulação de possível premiação.


Porto Alegre, _____ de ___________________ de 2008.


Nome:____________________________
Assinatura:________________________
R.G.:___________________
CPF:___________________

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ANEXO III – TERMO DE CIÊNCIA
(assinado pelo editor)


Eu, _______________________________________, responsável pela Editora __________________________, atesto que o(s) autor(es) abaixo relacionado(s) está(ão) ciente(s) da inscrição da(s) obra(s) abaixo referida(s), bem como das regras dispostas no Edital da 15a edição do Prêmio Açorianos de Literatura Adulta e Infantil, promovido pela Prefeitura Municipal de Porto Alegre, através da Secretaria Municipal da Cultura. Atesto também que o(s) autor(es) não é (são) funcionário(s) público(s) municipal(ais) de Porto Alegre e que as informações prestadas pelo portador desse Termo são verídicas, sob pena de desclassificação da inscrição ou anulação de possível premiação.

(Listar autores e obras)



Porto Alegre, _____ de ___________________ de 2008.


Nome:______________________
Assinatura:_________________________________________
R.G.:_____________________

Milton Hatoum (Uma novela exemplar)

Na literatura brasileira, não são numerosos os prosadores que conquistaram um grande público leitor. Desse punhado de best-sellers, nenhum foi tão popular como Jorge Amado. E isso se deve a vários aspectos. O escritor baiano não se preocupou em criar uma linguagem inovadora, nem mesmo em estruturar ou organizar a narrativa com ousadia, como fez Osman Lins em Avalovara, Nove, Novena e A rainha dos cárceres da Grécia. No entanto, se a obra de Amado é carente de forma e de rigor na linguagem, é rica no universo ficcional. Em seus primeiros romances, ele se aproximou de um regionalismo empenhado em registrar a vida da gente pobre da Bahia urbana e rural.

A partir da década de 1950, sua obra dá uma guinada: a denúncia social passa a ser vista por outro ângulo e a ser trabalhada por outro viés, subtraindo ou atenuando a intenção ideológica para encontrar no exotismo, no humor, na sensualidade e no autoritarismo da sociedade baiana as forças de sua nova ficção. Em romances como Gabriela, cravo e canela e Dona Flor e seus dois maridos, o lugar dos personagens sofridos de Capitães de areia e dos pobres-diabos que se amontoam no cortiço de Suor torna-se mais restrito. O novo romance de Amado é povoado de prostitutas, rufiões, malandros, vagabundos, funcionários públicos, poetas, jogadores, marinheiros, cafetões, coronéis e proprietários poderosos e inescrupulosos.

A facilidade com que Amado escrevia, seu jeito bonachão, sua alegre e despretensiosa obsessão de apenas narrar boas histórias, tudo isso gerou comentários implicantes e irritadiços de alguns críticos e até mesmo escritores. Mas nada disso diminuiu seu público leitor, pois em todos os continentes a obra de Amado ainda é a mais lida, conhecida e traduzida da literatura brasileira. Quanto aos críticos e escritores, não se deve omitir os comentários relevantes e certeiros de Graciliano Ramos, Antonio Candido, Alfredo Bosi, José Paulo Paes, Ferreira Gullar e Vinicius de Moraes, entre outros. Isso sem contar a produção de críticos mais jovens, que têm publicado dezenas de teses e ensaios sobre a obra de Amado. Sem dúvida, algumas restrições são legítimas. Por exemplo: o narrador idealiza com freqüência os pobres e humildes da Bahia; um exotismo exagerado pode transmitir a muitos leitores um sentimento de exaltação dos valores e da cultura africana e baiana, que, afinal, fazem parte da cultura brasileira. Uma mudança de tom e dicção separa o narrador culto das personagens populares, e essa disparidade pode ser um problema. Apesar das falhas, a obra de Jorge Amado se impôs. Ele soube traduzir sua experiência cultural e lingüís tica numa prosa que parece não ter excluído nenhum estrato social da imensa pirâmide humana presente em seus romances. Nesse sentido, ele lembra um romancista prolífico da Europa do século XIX e anterior a Flaubert. Ou seja, um prosador despreocupado em erigir um monumento estético, mas com a vantagem de possuir a verve e a imaginação de um narrador oral do Norte da África.

Aos que nunca leram um livro de Amado, sugiro começar por uma novela: A morte e a morte de Quincas Berro Dágua. Nesse breve relato, além de ter encontrado o tom e o tamanho apropriados ao gênero, não há o desenho irregular de alguns romances excessivamente longos. A novela, mais próxima da concisão e da intensidade do conto, evita digressões, descrições e diálogos excessivos. Também nesse aspecto, A morte e a morte de Quincas Berro Dágua é uma narrativa bem realizada. Como diz o título, a novela refere-se a duas mortes do mesmo personagem. Há ainda uma terceira, que é a morte moral da família depois que o protagonista abandona o lar. Antes de ser o “cachaceiro-mor de Salvador”, o “rei dos vagabundos da Bahia”, jogador, marinheiro e farrista, Quincas foi Joaquim Soares da Cunha: o pacato e correto pai de família e funcionário público.

Morto, os familiares tentam recuperar a dignidade do outro, quando vivo. A novela trabalha com esses dois registros: a vida exemplar e a vida vagabunda. A primeira refere-se ao tedioso cotidiano de uma família de classe média de Salvador: a mulher rabugenta de Joaquim, sua filha não menos ranzinza, seu genro e seu irmão. Dois personagens na mesma pessoa, e dois passados de vidas opostas, no mesmo morto. Mas trata-se realmente de um morto? Durante o velório no quartinho de um cortiço na ladeira do Taboão, o defunto dirige a sua filha “um sorriso cínico, imoral, de quem se divertia”; xinga a tia Marocas com um apelido nada edificante e faz com o polegar um gesto de deboche. Quando os amigos chegam ao velório, não acreditam que Quincas está morto.

É notável o diálogo entre o “defunto” e os amigos. E não menos notável a andança dos vivos com o morto pelas ruas de Salvador até o cais, onde Quincas, velho marinheiro, embarca num saveiro para uma viagem ao fundo do mar. Durante uma tempestade, Quincas Berro Dágua se deixa envolver por sua própria vontade “num lençol de ondas e espuma”. Essa reviravolta do destino – o morto que se revela vivo e escolhe a hora e a maneira de morrer – é típica da novela enquanto gênero.

Mas algo nos diz que ele realmente está morto. Essa ambigüidade, que a narrativa explora o tempo todo, é um dos grandes feitos da novela. A farsa que Joaquim, ainda vivo, arma para a família, arma de novo enquanto defunto. Para o leitor, esse jeito farsante de morrer permanece em suspenso, como a reiteração de uma dúvida anunciada na abertura dessa novela de fato extraordinária, como poucas na literatura brasileira.
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Sobre o autor:
Milton Hatoum é escritor, autor de Relato de um certo Oriente, Dois irmãos e Cinzas do Norte, com o qual conquistou os prêmios Jabuti, como o livro do ano na categoria ficção, e Portugal Telecom, em primeiro lugar
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Fonte:
Entrelivros. edição 16. agosto 2006. Duetto Editorial.
http://www2.uol.com.br/entrelivros/artigos/

Jorge Fregadolli (O Vendedor)

Admiro muito as pessoas que sabem vender coisas. Qualquer coisa. No balcão de uma loja ou indo diretamente ao encontro do comprador. O vendedor me impressiona pelo seu fôlego, pelo seu farto assuntário, pela sua inata psicologia, até muitas vezes pela sua cara-de-pau...

Tenha ele o nome que tiver: picareta, corretor, agente de negócios, é sempre um mágico, um diplomata, um genial lutador que, se for desafiado, é capaz de vender geladeira a esquimó.

De vez em quando um deles aparece na casa da gente ou no escritório. Fala, toma um tempo precioso, chega a irritar pela sua insistência em vender aquilo que não queremos comprar. Todavia, eu gosto de ouvir os vendedores, para analisá-los. São pessoas realmente singulares.

Impressiona-me a paciência deles. Não se importam em levar “chá-de-cadeira”. Sentam-se numa sala-de-espera, uma, duas, três horas, aguardando a atenção do cliente. Nunca perdem o bom-humor, nunca lhes falta aquela piada sensacional para quebrar o gelo. Sabem de tudo. Entendem de futebol, de política, de samba. Entendem de qualquer coisa que o cliente resolva discutir. E, se levam um ”fora”, agradecem do mesmo jeito e prometem voltar no mês que vem. Voltam como se nada houvesse acontecido. E transam o negócio compensador.

O Norte do Paraná é, de certa forma, o produto do trabalho de uma grande multidão de vendedores. Desde os vendedores de terras para lavouras e lotes urbanos, até os que vendem casas, apartamentos, automóveis, máquinas, adubos, inseticidas, material de escritório, produtos de beleza, geléia-real, sapatos, livros, publicidade, tudo enfim.

O vendedor anima a praça. Estimula os investimentos. Faz o dinheiro rodar. É um agente do progresso e, ainda que algumas vezes nos obrigue a comprar o que não queremos, nem podemos, ainda assim a gente gosta dele e o admira.

Um desses gênios do comércio me contou que, certa ocasião, vendeu dois tratores a um homem que nem terras possuía, e para que os tratores não ficassem inúteis, acabou vendendo também um sítio ao mesmo freguês. Depois, ainda ao mesmo dito-cujo, vendeu adubos, pesticidas, uma bela colheitadeira e sei-lá-que-mais. Deu tamanha sorte, que o homem enriquecera em pouco tempo com aquele sítio, comprando mais terras e é hoje um de seus maiores fregueses.

O vendedor é aquele que jamais deixa a peteca cair. Pode estar a maior crise do mundo e ele continua pregando otimismo. Você acaba comprando as coisas dele pelo entusiasmo que ele injetou em sua vida.
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Sobre o Autor
Membro da Academia de Letras de Maringá
Cadeira nº.30 – Patrono: Monteiro Lobato
Advogado, jornalista, editor da Revista Tradição. Nasceu em Quatá – SP, no dia 02 de março de 1938. Autor do livro: “De olho na história”.
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Fonte:
Academia de Letras de Maringá. http://www.afacci.com.br/

Editora de Jundiaí (SP) levará 50 obras para a Bienal

Os autores jundiaienses entendem que este é o momento de mostrar qualidade. "Um sonho realizado". É assim que Márcio Martelli, proprietário da editora In House e escritor, descreve sua emoção por conseguir montar um estande na 20ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo. O projeto se concretizou depois de o autor ´encasquetar´ que queria um espaço no evento. "Acordei um dia e pensei: quero expor na Bienal", conta. Ele lembra que a idéia parecia impossível. "Eu tinha isso como um anseio difícil de ser alcançado". Entretanto, Márcio provou que o impossível só existe para quem não corre atrás de seus objetivos. "Eu vi o preço do estande e resolvi alugar. Depois, comecei a reunir parceiros e autores que estão colaborando com a iniciativa", comenta.

Graças ao sonho do escritor, a In House é a primeira editora de Jundiaí a participar da Bienal do Livro. Mais de 300 escritores de Jundiaí e região vão expor seus trabalhos no local. "Temos muitos autores de qualidade. Todos estão muito empolgados. Eles querem muito participar", destaca.

Para a Bienal, a In House levará cerca de 50 títulos, entre poesias, prosas, antologias e infantis, sendo 30 lançamentos. "Também estaremos participando com parcerias com entidades e empresas que representam Jundiaí", comenta Márcio. Todos os visitantes que passarem pelo estande da In House serão presenteados com brindes: sacolas, postais, marcadores de páginas, revistas, catálogos e folders personalizados. Segundo Márcio, a editora fará pelo menos dois lançamentos por dia. Também haverá participação de escritores para autografar os livros e contadores de histórias.

Segundo Martelli, a presença da editora no evento é importante para divulgar o trabalho dos escritores de Jundiaí e região e levar o nome da cidade para um evento internacional. "É uma oportunidade para que outras editoras conheçam nosso trabalho. Nessa ocasião, algum escritor que publicou livros comigo pode ser contratado por uma editora maior", ressalta.

Fontes:
Jornal de Jundiaí. http://www.portaljj.com.br/interna.asp?int_id=50035
Douglas Lara. In: www.sorocaba.com.br/acontece

Concurso Literário: ´Desperte o Poeta que existe em Você´

Assim é denominado o VI Concurso Literário da Associação dos Aposentados e Pensionistas de Jundiaí, em parceria com a Academia Feminina de Letras de Jundiaí (Aflaj), Grêmio Cultural Professor Pedro Favaro, Fórum Qualidade de Vida e Academia Jundiaiense de Letras (Ajl). "Temos o objetivo de incentivar os autores. Tem gente que não tem coragem de escrever e precisa de estímulos e oportunidades como esta", comenta Paulo Alfredo Moraes Leite, presidente da AJL. Segundo ele, a iniciativa faz parte do projeto de tornar Jundiaí não só a cidade que mais lê, mas também a cidade que mais escreve no Brasil. "O número de pessoas participantes aumenta a cada ano. Dessa vez, esperamos mais de mil inscrições", prevê Paulo.

O tema do concurso é livre e as poesias devem ser entregues até o dia 30 deste mês. Podem participar pessoas com idade superior a 15 anos. Cada autor pode mandar duas poesias com três cópias de cada, com até 30 linhas, em papel sulfite (digitadas ou datilografadas). As 50 melhores serão publicadas em um livro, organizado em ordem alfabética, com o nome do autor. A sessão solene de entrega dos prêmios será no dia 20 de outubro. As poesias devem ser encaminhadas, pessoalmente ou pelos correios, à Associação dos Aposentados e Pensionistas de Jundiaí, que fica na rua XV de novembro, 1136, Centro, CEP 13201-305.

Fontes:
http://www.portaljj.com.br/interna.asp?Int_IDSecao=1&Int_ID=50203
Douglas Lara. In www.sorocaba.com.br/acontece

Laurentino Gomes faz palestra em Maringá no dia 6 de junho

Seu livro, que aborda os 200 anos desde a vinda da família real portuguesa ao Brasil, lidera há 30 semanas a lista dos mais vendidos no segmento não-ficção no País e é sucesso também em Portugal

Autor de "1808", um dos livros mais badalados dos últimos anos e há 30 semanas no topo da lista dos campeões de venda no segmento não-ficção no País, o jornalista Laurentino Gomes vem a Maringá no dia 6 de junho para uma palestra sobre a obra, que aborda os 200 anos da vinda da família real portuguesa.

O evento, programado para as 20h no Teatro Luzamor (ao lado do Parque do Ingá), é uma iniciativa da Academia de Letras de Maringá e Rádio CBN, com apoio de O Diário e Rádio Cultura AM.

Laurentino tem uma agenda concorrida e vem cumprindo nos últimos meses uma extensa programação de palestras, inclusive no exterior. Em Maringá, o jornalista vai fazer também o lançamento de "1808", best-seller que consumiu dez anos de pesquisas e já teria alcançado a venda de 300 mil exemplares até o final de abril. A obra também faz sucesso em Portugal, onde foi lançada no início do ano.

Laurentino Gomes (Maringá, 1956) formado pela Universidade Federal do Paraná com pós-graduação em Administração pela Universidade de São Paulo e cursos nas universidades de Cambridge, na Inglaterra, e Vanderbilt, nos Estados Unidos. Tem 30 anos de experiência como repórter e editor de alguns dos principais veículos de comunicação do Brasil, incluindo o jornal O Estado de S. Paulo e a revista Veja. Responsável por uma divisão da Editora Abril que responde por 23 revistas especializadas, Laurentino viveu em Maringá até os 18 anos, transferindo-se em seguida para Curitiba, onde cursou jornalismo na Universidade Federal do Paraná. Ele trabalhou também no jornal O Estado de S. Paulo.

Fontes:
http://www.paranashop.com.br/
Colaboração da presidente da Academia de Letras de Maringá, Olga Agulhon por e-mail.

Laurentino Gomes [1808: uma resenha]

"Como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a História de Portugal e do Brasil"

Depois de uma exaustiva pesquisa em fontes as mais diversas durante mais de 10 anos, Laurentino Gomes nos brinda com esta narração definitiva sobre a fuga da Família Real Portuguesa para o Brasil, sob a escolta da Marinha Britânica.

Antecedentes

Portugal – uma das nações mais atrasadas da Europa em inícios do século XIX – encontrava-se freqüentemente diante da possibilidade concreta, estimulada e aconselhada por muitos a ter a sede de seu governo transferida para o Brasil, colônia da qual se tornara totalmente dependente. A cada crise no Continente Europeu a idéia se renova, mas somente a partir dos ecos da Revolução Francesa, mais particularmente em seu período Napoleônico, a idéia ganhou força e premência. Com maior vigor a partir de 1801 a idéia freqüentemente era cogitada. No entanto o Príncipe Regente D. João era fraco demais – inclusive fisicamente – medroso demais e indeciso demais para adotar medida de tão graves monta e repercussão.

Os monarcas "perdem a cabeça"

O Rei Jorge III, da Inglaterra, tinha ataques constantes de demência, amplamente relatados: trazia ao colo uma almofada que informava ser uma criança; criou uma "Nova Teoria da Santíssima Trindade" incluindo a si mesmo e a um criado, além de Deus; passava por vezes 3 dias sem dormir, tempo durante o qual passava a maior parte do tempo falando sem parar – e poucos compreendiam bem o que exatamente estava ele a dizer.

Em Portugal, D. Maria I, a Rainha Mãe, informava ver o fantasma de seu pai com freqüência, ensangüentado e clamando vingança; seus gritos – talvez a palavra "urros" expresse melhor o volume em que se expressava durante os ataques de demência – eram tão lancinantes que ela foi recolhida a um convento, declarada demente e seu segundo filho, despreparado para assumir o trono, D. João, foi nomeado Príncipe Regente.

Na França e em outros pontos da Europa reis e rainhas eram decapitados. Como bem o enfatiza Laurentino Gomes, "era um tempo em que os monarcas, literal e metaforicamente, perdiam a cabeça"

Decisão às pressas

Somente quando pressionado pelo avanço das tropas napoleônicas do General Junot, em fins de 1807 e pressionado pela Inglaterra, a decisão foi tomada de maneira tão apressada e atabalhoada que muitos bens dos fugitivos para o Brasil ficaram empilhados no cais: bagagem, livros da Real Biblioteca, prataria saqueada de igrejas, etc. Além disso, as embarcações vieram todas apinhadas de gente, sem os cuidados técnicos necessários a uma tão longa travessia (levaria cerca de 3 meses para atravessar o Atlântico nas rústicas naus da época): pelo menos dois navios sequer conseguiram zarpar e o suprimento dos que zarparam no dia 29 de novembro de 1807 mal eram suficientes para 2 ou 3 semanas. Foi sem dúvida uma fuga apressada e decidida às pressas e, sem a escolta britânica a prover quase tudo o que faltava, a viagem estaria fadada a uma tragédia.

Travessia conturbada e escala em Salvador

Enfrentando as saunas em que os navios selados da época se transformavam nos Trópicos, com água e refeições racionadas, condições sanitárias precaríssimas, a Corte e seus inúmeros lacaios e bajuladores – de ministros a clérigos e oportunistas com suas numerosas famílias – penou 3 meses de céu e mar. O escorbuto (falta de vitamina C) e outras moléstias ceifaram vidas, uma infestação de piolhos obrigou a todos a raspar a cabeça, uma tormenta provocou um desvio de rota que a muito custo foi retificada – sempre com o apoio logístico da Marinha Britânica – e finalmente, a 22 de janeiro de 1808 os navios aportaram em Salvador.

Um fato curioso é que a princesa Carlota Joaquina, suas filhas e damas da corte desembarcaram com uns turbantes rústicos enrolados na cabeça para disfarçar a calva a que foram reduzidas pela infestação de piolhos. As damas da sociedade soteropolitana consideraram ser aquela uma moda européia e aderiram com tal entusiasmo que até hoje as Baianas usam a indumentária...

A escala em Salvador proporcionou momentos de repouso após viagem tão longa e penosa e, aconselhado pelos seus ministros, D. João decidiu receber autoridades do Norte-Nordeste Brasileiro para as esquisitas cerimônias de "beijão-mão": filas de fidalgos esperando a vez para oscular as extremidades dos braços do Príncipe Regente – uma constante na vida de D. João, que exigia estas demonstrações de fidelidade e submissão com regularidade enquanto governou. Era preciso fortalecer os vínculos entre as províncias do Brasil colônia que, aos poucos, viria a se transformar numa nação, sede do governo português no exílio.

A chegada ao Rio de Janeiro

No dia 7 de março de 1808 a esquadra de D. João chega à Baía de Guanabara, mas o desembarque ocorre somente no dia seguinte. Os puxa-sacos que sempre cercam esse tipo de acontecimento no Brasil prepararam uma recepção retumbante, com muitos tiros de canhão, fogos de artifício e festas populares para saudar "a chegada do primeiro monarca Europeu a terras americanas".

Portugal foi saqueada pelos fugitivos de Napoleão antes de embarcar para o Brasil, mas mesmo assim os recursos eram insuficientes para sustentar uma das maiores cortes que qualquer monarca da época ousava manter em torno de si. Todos dependentes dos cofres governamentais e sequiosos de um enriquecimento rápido por aqui para uma volta a Portugal à primeira oportunidade.

Casas foram requisitadas pela coroa portuguesa que nelas colava cartazes com as iniciais P.R. (casa requisitada pelo Príncipe Regente) que a irreverência carioca rapidamente entendeu como "Ponha-se na Rua!" Os impostos foram aumentados a níveis até então inusitados; nada comparável aos 40% que os brasileiros pagam hoje para os mensaleiros e sanguessugas e portadores de cartões corporativos de Lula da Silva, mas uma taxação severa para a época e, tal qual hoje, todos desconfiavam que os impostos não seriam empregados para o bem público e sim para o benefício privado dos dependentes do governo.

Medidas progressistas

Uma vez que a sede do governo português situava-se no Rio de Janeiro, foram necessárias algumas medidas – muitas das quais adrede acertadas com a Inglaterra pela "cortesia" da escolta – progressistas para a época, como a Abertura dos Portos às Nações Amigas, decreto Régio de 28 de janeiro de 2008. "Nações Amigas" eram basicamente Portugal e a Inglaterra. Pelo acordo acertado com antecedência, o Brasil seria o principal escoadouro do excedente comercial britânico e a Inglaterra contava com benefícios alfandegários ainda superiores aos dos portugueses. Em pouco tempo os cais brasileiros estavam atulhados de coisa absolutamente inúteis para nosso clima tropical: patins para gelo, aquecedores de colchões e outras bugigangas caríssimas que muitos acabavam empregando em outras finalidades – um viajante da época informa que percebeu uma maçaneta de uma casa modesta modelada a partir de um patim para gelo, por exemplo...

Foi necessário ainda criar um órgão para cunhar a moeda que circularia por aqui: o Banco do Brasil. Como foi criado na base do compadrio e muita corrupção, teve vida efêmera. Em 1820 teve seus cofres saqueados pela Família Real de volta para Portugal, faliu e acabou sendo liquidado em 1829. Somente em 1835, já no governo de D. Pedro II o Banco do Brasil foi recriado.

Hábitos esquisitos

Havia as esquisitíssimas e regulares cerimônias de beija-mão, acima relatadas.

D. João VI era gordo, flácido e devorador voraz de franguinhos que trazia fritos e desossados nos bolsos de seus uniformes sempre sujos e engordurados. Não conseguia caminhar a pé mais de alguns metros sem sentir extrema fadiga e era, na mais completa acepção do termo, um dos homens mais fracos que já governaram esta nação, mas, surpreendentemente, logrou ser o único a enganar Napoleão Bonaparte e realizou um governo medianamente satisfatório.

Uma vez encontrar-se já em situação de separação definitiva de corpos da princesa Carlota Joaquina, o Autor Tobias Monteiro, apontado por Gomes na obra hora em análise, informa que D. João mantinha relações homossexuais "de conveniência", particularmente com um de seus camareiros, Francisco Rufino de Souza Lobato: recebeu títulos, pensões portentosas e promoções sucessivas.

Numerosas salvas de canhão eram ordenadas a cada entrada de navio na Baía de Guanabara. Um estadunidense surpreso comenta o quanto os portugueses gostavam de gastar sua pólvora, a ponto de se ouvir o troar dos canhões à entrada da Baía ao longo de todos os dias.

Sem esgoto sanitário o lixo era invariavelmente jogado às ruas pelas janelas e, não raro, um passante recebia o "batismo" de dejetos humanos. Classes mais abastadas contavam com escravos encarregados de levar seus dejetos acumulados para despejar na Baía de Guanabara. Ficavam conhecidos como "carijós" pois quando o ácido de urina misturada com fezes caía sobre suas costas deixava em suas peles negras algumas manchas brancas.

Imprensa

Enquanto a Europa se encaminhava a passos largos para a ampliação dos Direitos da Pessoa Humana e do Cidadão, o Brasil recebia um dos mais atrasados representantes do Antigo Regime...

Como a oposição ao governo era um crime gravíssimo, o único jornal com alguns eivores críticos que, mais tarde, contudo, precisou ceder ao governo português, era o Correio Braziliense, que Hipólito da Costa editava em Londres.

Legado

Com todas as fraquezas, todo o medo e covardia, além de toda a corrupção que cercou a fuga da Família Real para o Brasil, devemos o princípio de nossa emancipação política (vulgarmente conhecida como "Independência") a este episódio, a esta travessia de 1808.

Através de brutais repressões e da concentração autocrática o Brasil – ex-colônia portuguesa – manteve sua integridade territorial, lingüística e, em alguns aspectos "cultural", ao contrário do Império Colonial Espanhol que se fragmentou em dezenas de Nações distintas.

Quando as cortes em Portugal, já livres de Napoleão Bonaparte e de seus "protetores" ingleses exigiram a volta da Família Real para o Continente além do juramento a uma constituição com alguns lustros de republicanismo, D. João VI – já então na posição de Monarca Português após o falecimento de D. Maria I, "a louca" – deixou o Brasil a cargo de seu filho D. Pedro com a recomendação de, em caso de revolta ou tentativas mais autonomizantes que o desejavam as cortes portuguesas, D. Pedro tomasse a coroa "antes que algum aventureiro o fizesse". Assim, o Brasil simplesmente passou de pai para filho sem grandes azedumes em 1822. Por incrível que pareça – se é que a palavra "incrível" pode se aplicar a alguma situação no Brasil – os únicos problemas armados envolvendo o episódio conhecido como "Independência", o 7 de setembro de 1822, quando D. Pedro rompeu com as cortes portuguesas, foram de alguns portugueses e brasileiros nativos que se rebelaram contra a autonomia desejosos de continuar mamando nas tetas de Portugal. Estes foram repelidos, novamente, com a ajuda de mercenários ingleses contratados pois nossa Marinha estava ainda em projeto...

De mais a mais, como Portugal devia 2 milhões de libras esterlinas à Inglaterra, para reconhecer a autoridade de D. Pedro I sobre o Brasil a ex-metrópole exigiu o repasse da dívida para a nova Nação Brasileira, dando o pontapé inicial em nossa interminável dívida externa

Fonte:
Lázaro Curvêlo Chaves. 1808 - uma resenha. Disponível em
http://www.culturabrasil.pro.br/1808-laurentino.htm

Mary Del Priore (O ano que definiu o Brasil)

1808, do jornalista Laurentino Gomes, lança luz sobre a fuga da família real portuguesa para o Rio – fato que mudou o destino nacional

Efeméride é uma palavra antiga e fora de uso que designa um fato importante ocorrido em determinada data. Em geral, é acompanhada de festejos, discursos e foguetórios. As comemorações do bicentenário da Revolução Francesa, por exemplo, levaram a um autêntico frenesi. Nenhuma pequena cidade escapou de plantar uma "árvore da liberdade", símbolo da igualdade entre os cidadãos. Esse élan comemorativo despertou, contudo, muitas críticas. Houve quem dissesse que a paixão dos festejos na verdade deixava em segundo plano o inventário dos acontecimentos históricos. E que estes nem sempre foram tão gloriosos. Pois no ano que vem os brasileiros terão sua grande efeméride. Em 2008, comemora-se a chegada da família real bragantina às praias tropicais. Preparam-se, em toda parte, congressos e festivais. Fala-se até mesmo na restauração da fragata que teria transportado dom João VI. Mas o leitor tem a mínima idéia do que está por trás disso? Se a resposta for não, já tem um guia: é 1808 (Planeta; 408 páginas; 39,90 reais), do jornalista Laurentino Gomes. Trata-se de um livro que se lê com um sorriso nos lábios.

O autor Laurentino Gomes: boa idéia sustentada por uma metodologia sem falhas

Nascida da paixão pelo assunto, de dez anos de pesquisa e da sensibilidade do autor (que é diretor-superintendente da Editora Abril, que publica VEJA), a obra é um verdadeiro manual de viagem por todos os acontecimentos que envolvem esse mal conhecido episódio da história nacional. Mal conhecido porque, como bem diz Gomes, para entendê-lo é preciso despi-lo da rebuscada linguagem acadêmica com que é normalmente apresentado. E, convenhamos, nem todo mundo tem paciência para isso. Sua fórmula caminha no sentido contrário. Ela se vale de uma deliciosa mistura de bom humor e erudição para criar um amplo painel de acontecimentos e personagens que se cruzam durante os treze anos da aventura dos Bragança nos trópicos. Por meio de 29 capítulos curtos e cinematográficos, Gomes monta um quebra-cabeça em que cada peça se encaixa na precedente. E convida o leitor a cavalgar por uma sucessão de paisagens históricas. Assim, ele se vê no cais do Tejo, acenando para a família real que parte em caravelas caindo aos pedaços rumo ao Brasil. Cruza o Atlântico, em barcos apertados, onde faltam comida, água e sobram piolhos e baratas. Vê a esquadra se dispersar, graças às tempestades tropicais, e dom João, o rei tímido, supersticioso e feio, desembarcar em Salvador. Ali, em meio a recepções, o monarca assina a abertura dos portos que favorece comerciantes ingleses, mas também brasileiros, enriquecendo as duas pontas do comércio internacional. E o leitor compreende que a corte chega em pedaços. Maltrapilha, empobrecida e ansiosa por receber algo em troca do "sacrifício da viagem".

Depois das feéricas recepções no Rio de Janeiro, assiste-se, também, ao nascedouro de um estado perdulário e aos desmandos da má gestão. Mostra-se o início do compadrio e do toma-lá-dá-cá que dá origem ao Banco do Brasil: traficantes de escravos, fazendeiros e negociantes compram ações da instituição para ser compensados com títulos de nobreza. Vê-se surgir a prática das "caixinhas" nas concorrências e pagamentos de serviços públicos: 17% sobre saques do Tesouro. Vêem-se ainda as transformações pelas quais passa a colônia: a criação de escolas, de estradas, de hospitais. A europeização progressiva dos cariocas, que passam a consumir produtos importados, a vestir-se com a moda francesa e a copiar hábitos ingleses. Mas, por trás dos "progressos civilizacionais", a mancha da escravidão persiste: o sórdido mercado do Valongo a receber mais e mais africanos, fazendo a fortuna de empresários proeminentes e respeitados. Elias Antônio Lopes, que doou o palácio de São Cristóvão ao rei, foi um deles. O leitor acompanha, ainda, os viajantes estrangeiros que "descobrem" o Brasil, anotando em desenhos e livros de viagem suas impressões sobre nordestinos, paulistas e gaúchos; sobre negros e índios, homens e mulheres; sobre a natureza perpetuamente em festa. Ele acompanha, finalmente, o declínio de Napoleão, o todo-poderoso que expulsou dom João de Portugal, sua derrota na guerra peninsular e o exílio em Santa Helena. Mas também o ressentimento dos portugueses com seu rei, que os abandonou e esqueceu. O sentimento de orfandade alimenta o desejo pela revolução liberal que eclode na cidade do Porto em 1820, obrigando dom João VI ao retorno.

Além dos episódios históricos apoiados em fontes documentais e nos estudos mais atualizados sobre o tema, o autor faz saltar das páginas os personagens emblemáticos do período. Minibiografias contam a trajetória do próprio dom João, de sua famigerada mulher, Carlota Joaquina, do funcionário da Real Biblioteca, Joaquim dos Santos Marrocos, do Cabugá ou Antonio Gonçalves Cruz, mentor de uma revolução liberal em Pernambuco que incluía o resgate de Napoleão da Ilha de Santa Helena para lutar lado a lado com os insurgentes, ou do Padre Perereca, cronista de usos e costumes da época, que descreve como ninguém o encontro de dois mundos: o europeu e o americano.

Gomes não adere à cosmética atual que, para reabilitar dom João, recorre a eufemismos como "transmigração" ou "translado". Para ele, houve "fuga" mesmo, pois o rei não tinha alternativa. A pressão exercida pelo gênio de Napoleão não dava margem a estratégias arrojadas. Não por acaso, a resposta portuguesa foi, simplesmente: pernas para que te quero. Sobre esse rei tão mal conhecido, Napoleão registrou em suas memórias: "Foi o único que me enganou". Enganam-se também os que acham que aquele foi um período sem maiores novidades e transformações. 1808 desvenda os acontecimentos com graça e leveza, convidando o leitor a descobrir o real sentido desta efeméride tão próxima. É uma síntese histórica que brilha pela limpidez das explicações e pelo interesse de projetar o passado no presente. É uma boa idéia sustentada por uma metodologia sem falhas. Uma boa maneira de apreciar o foguetório que virá, sabendo, de antemão, do que se trata.

Fonte:
http://veja.abril.com.br/120907/p_126.shtml
Fotos de João Batista Perillo, Alexandre Battibugli
Dom João VI, num retrato clássico (foto maior) e em passeio com a corte pelas ruas do Rio: sua vinda trouxe progresso, mas também vícios como a prática das "caixinhas"

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Paulo V. Pinheiro (Um sempre na noite clara)

Como sempre, numa noite de fazer tremer, como se as outras não fizessem, as pessoas se unem e tramam o dia de amanhã.

Seja em oficinas, nas ruas, nos colégios, nos nos... como eu diria... nos lugares onde a gente anda... trama... pensa ou projeta a vida..., como se nesta ânsia a gente pudesse fazer que os sonhos se transformassem em vida.

A pessoa tem medo do amanhã. Como tem medo da morte e da escuridão. Tem medo mais ainda do desconhecido, da demência, do mal que não vê e que circunda a cada inalação ou baforada de um cigarro que não fuma, mas que sente a sua presença. Os crepitares do silêncio e a aurora que teima em adiar os seus raios, rasos, flácidos e... a gente se agarra a uma sobra do agora como os bêbados se agarram aos seus copos e garrafas ou coisas assim.

Fascinações de uma página, não mais. Um fascínio tal que dá angústia quando se sabe que quem escreve quer o contrário. O acordar do real pesadelo. O pesadelo de se ver a si, como se isso sempre tivesse de ser ruim. Como se isso tivesse de não ser bom.

O agora fascina e faz tremer. É onde a gente se olha de frente vê o verdadeiro tamanho que conquistou até o segundo anterior. Tal soma pode ser do maravilhoso ao esfarrapado e a maioria procura na embriaguês a celebração deste encontro. Peço perdão aos sóbrios a generalização.

O ordinário é buscar a luz como buscam as mariposas antes de morrerem. Ficam embriagadas nas luzes que não são delas e queimam suas patas e asas e quando algumas escolhem uma fogueira é um crepitar da valentia estúpida. Ébrios e heróis andam de braços dados...

Fontes:
http://paulovinheiro.blogspot.com
http://aghatadafne.loveblog.com.br (imagem)