sexta-feira, 29 de maio de 2009

A Obra Poética de T. S. Eliot

Noah Mitchel (Garotas Gregas)
The Love Song of J. Alfred Prufrock (1915)

Em 1915 Ezra Pound, editor da revista "Poetry", recomendou a Harriet Monroe, fundadora da revista, que ela publicasse "The Love Song of J. Alfred Prufrock". Embora Prufrock parecesse tratar-se de um homem na meia idade, Eliot escreveu a maior parte do poema quando tinha apenas 22 anos. Os seus hoje famosos primeiros versos, que comparam o céu ao entardecer com "a patient etherised upon a table" (algo como "um paciente anestesiado sobre a mesa.") foram considerados chocantes e ofensivos, ainda mais numa época na qual a poesia Georgiana imperava, com suas derivações românticas do século XIX. O poema retrata uma experiência consciente de um homem, Prufrock, sob a forma de um "stream of consciousness" (figura de linguagem típica do modernismo, que consiste em mostrar por escrito o monólogo interior de um personagem). Prufrock lamenta sua inércia física e intelectual, as oportunidades que perdeu ao longo de sua vida e a falta de um progresso espiritual, recorrente de amor carnal que não conseguira atingir.

Os estudiosos não sabem dizer se o narrador sai de sua casa ao longo da narração, pois as localidades descritas podem ser interpretadas tanto como experiências reais, lembranças, ou mesmo imagens simbólicas do subconsciente, como por exemplo no refrão "In the room woman come and go / talking about Miguel Angelo".

A estrutura do poema foi imensamente influenciada por Dante Alighieri. Há ainda referências a Hamlet de Shakespeare e outras tantas obras literárias: essa técnica de alusão e citação foi muito usada em toda poesia posteriormente escrita por Thomas Stearns Eliot.


The Waste Land (1922)

Em outubro de 1922, Thomas Eliot publicou "The Waste Land" no jornal "The Criterion". Composto durante um período turbulento na vida do autor - seu casamento estava acabando, pois tanto ele quanto sua esposa Vivienne sofriam de uma desordem neural - este poema é muitas vezes lido como uma alegoria à desilusão experimentada pela geração pós-guerra. Mesmo antes de "The Waste Land" ser publicado como livro (em dezembro de 1922) Eliot já havia se distanciado da visão desesperadora do poema: "No que diz respeito a "The Waste Land", esse poema ficará no passado, pois agora estou trabalhando com formas e estilos diferentes", escreveu ele para Richard Aldington no dia 15 de novembro de 1922. A despeito da obscuridade do poema - que tem sátiras e profecias; mudanças abruptas de narrador, localidade e tempo; além de invocar uma vasta e dissonante gama de culturas e obras literárias - ele acabou se tornando referencial da literatura moderna, sendo considerado o reflexo poético de um romance publicada no mesmo ano: Ulysses, de James Joyce.

Entre seus muito famosos versos estão "April is the cruellest month" (referência ao fato que abril é o mês de recomeçar a plantar, e não há colheitas na Europa), "I will show you fear in a handful of dust" e "Shantih shantih shantih", (Sânscrito que deve ser lido pausadamente e de forma onamatopeica. Algo como "Xantir... Xantir... Xantir...". Shantih significa "paz" e o sânscrito segue uma súplica pela paz).

A obra de Eliot foi muito apreciada pelos poetas da geração de trinta. Em certa ocasião W.H. Auden leu em voz alta todo o poema durante um encontro social. A publicação do esboço do poema em 1972 mostrava uma grande influência de Ezra Pound sobre a sua forma final. A parte IV, "Death by Water", fora reduzida de noventa e duas linhas para dez apenas, e com dez linhas foi publicado. Pound repreendeu Eliot por ter rasgado a maior parte do poema. Eliot o agradeceu por "incentivar-me a fazer as coisas do meu jeito".

The Hollow Men (1925)

Publicada em várias partes e com vários títulos diferentes, a versão final de "The Hollow Men" data de 3 de março de 1925. O poema faz referências a diversas obras do próprio Eliot e, embora tenha grande densidade literária, muitos críticos o consideram somente como um post scriptum de "The Waste Land".

Seu conteúdo é metafórico e de difícil interpretação, mas estudiosos dizem tratar-se de um poema que filosofa sobre os aspectos da mente humana num contexto ora social, ora religioso. Trata ainda dos medos humanos, considerando-os "more distant and more solemn/than a fading star" (mais distantes e solenes/que uma estrela cadente) e mostrando que mesmo nos sonhos é difícil visualizá-los sem temor. São estes medos "Eyes I dare not meet in dreams/In death's dream kingdom" (olhos que temo encontrar em sonhos/e no reino de sonho da morte). Esses olhos são muito similarmente descritos aos olhos de Beatriz, em "A Divina Comédia".

Há ainda uma passagem que mostra um ritual dançante, "Here we go around the prickly pear" (andamos em torno da pêra espinhenta) que tem relação com os rituais missais, sendo a pêra a representação de um altar, sem ter portanto, centro exato, mas sendo o centro em si. O poema tem ainda grande musicalidade, com várias repetições e rimas eventuais.

Four Quartets (1943)

O próprio Thomas Eliot considerava "Four Quartets" sua obra-prima, embora muitos críticos literários preferissem seus trabalhos anteriores.

"Four Quartets" é baseado nos conhecimentos de Eliot nas áreas de misticismo e filosofia. O poema consiste de quatro poemas longos, que foram publicados individualmente: "Burnt Norton" (1936), "East Coker" (1940), "The Dry Salvages" (1941) e "Little Gidding" (1942), cada um deles dividido em cinco partes. Embora seja difícil fazer comparações entre eles, nota-se que cada um tem uma descrição geográfica da localidade em seus títulos, todos especulam sobre a natureza do tempo, seja ela teológica, histórica ou física, e sobre a influência exercida pelo tempo nos humanos.

Além disso, cada um está associado a um elemento da antigüidade clássica: ar, terra, água e fogo, respectivamente. Eles se aproximam nas idéias, de forma variável porém intercalada. Os poemas não esgotam seu questionamento e nem obtêm respostas suficientes às perguntas feitas.

"Burnt Norton" (ar) questiona de que adianta considerar o que podia ter sido e não foi. Há nele a descrição de uma casa abandonada, e Eliot brinca com a idéia que todas essas possíveis realidades estão presentes simultaneamente, mas invisíveis para nós: todas as formas de atravessar o jardim se transformam numa vasta dança que não podemos ver, e crianças que não estão ali se escondem nos arbustos. Burnt Norton é uma casa de campo situada em Cotswold Hills, na cidade de Gloucestershire, Reino Unido.

"East Coker" (terra) continua a examinar o tempo e seu significado, mas agora focando também na natureza da linguagem e da poesia. Saído da escuridão, Eliot fortalece a sua idéia de solução: "I said to my soul, be still, and wait without hope" (algo como "Eu disse à minha alma: fique quieta, e espere sem esperança"). East Coker é uma pequena vila, no sul do Reino Unido.

"The Dry Salvages" (água) trata do elemento água via imagens de rios e mares. Nesse poema, os opostos parecem se aproximar de forma impossível, como no barroco: "...the past and future/Are conquered, and reconciled" (algo como "...o passado e o futuro/são conquistados e reconciliados"). The Dry Salvages são um grupo de rochas com um farol para navios em Cape Ann, Massachusetts, como explicado no prefácio do poema.

"Little Gidding" (fogo) é o mais antagonizado dos quartetos. As próprias experiências do autor como voluntário na equipe civil antiataque aéreo dão força ao poema, e ele se imagina encontrando com Dante no meio do bombardeio alemão. O cenário mostrado no começo dos quartetos ("Houses.../Are removed, destroyed" ou "Casas.../são removidas, destruídas.") haviam se tornado uma experiência cotidiana, o que cria uma série de imagens, entre elas a do amor: a força condutora de toda a experiência. O quarteto acaba então com uma frase de Julian of Norwich: "all shall be well and/All manner of things shall be well." ou "Tudo ficará bem e/todo tipo de coisa ficará bem". Little Gidding é uma igreja localizada em Huntingdonshire, Reino Unido.

Old Possum's Book of practical Cats (1939)

É composto por quinze poemas com a temática "Gatos". Cada um dos poemas conta a história em particular ou uma característica de um determinado gato. Eliot os escrevera ao longo da década de 1920 como presentes de aniversário para seus afilhados, herdeiros do dono da editora Faber & Faber. Os poemas são, no mais íntimo, metáforas com os testamentos da sociedade. Durante muito tempo os poema ficaram esquecidos dentro dos pertences dos afilhados, até que um deles já adulto, mexendo em velhos papéis, os encontrou e notou a grande possibilidade de publicá-los. Eliot, entretanto, ficou apreensivo com as críticas, pois considerava os poemas fracos e exclusivos para crianças. Uma semana antes da publicação mudou-se para uma vila no interior da Inglaterra, tamanho era o seu medo, mas, logo depois do lançamento em Londres, recebeu um telefonema do afilhado dizendo que o livro fizera o maior sucesso. Na década de 1970, já 10 anos após a morte de Eliot, o então jovem Andrew Lloyd Webber musicou aguns dos poemas e fez uma versão reduzida do musical Cats. A viúva de Eliot, Esme Valerie Eliot, após assistir essa prévia do musical, presenteou o jovem autor musical com rascunhos de um poema inacabado pelo falecido marido. Esse poema chamava-se Grizabella: The Glamour Cat, e foi determinante para a finalização do famoso musical, dando abertura para a composição Memory, gravada por mais de 170 artistas até hoje. Os quinze poemas que compõe o livro são:

The Naming of Cats;
The Old Gumbie Cat;
Growltiger's Last Stand;
The Rum Tum Tugger;
The Song of Jellicles;
Mungojerrie and Rumpleteazer;
Old Deuteronomy;
Of the Awefull Battle of the Pekes and Pollicles;
Mister Mistoffelees;
Macavity: The Mistery Cat;
Gus: The Theatre Cat;
Bustopher Jones: The Cat About Town;
Skimbleshanks: The Railway Cat;
The Ad-dressing of Cats;
Cat Morgan Introduces Himself.

Note o senso de humor no último poema, feito exclusivamente para finalizar o livro, na última estrofe:

"So if yo 'ave business with Faber - or Faber - I'll give yu this tip, and it's worth a lot more: You'll save youself time, and you'll spare yourself labour If jist you make friends with the Cat at the door. MORGAN."

Fontes:
Wikipedia

T. S. Eliot (26 Setembro 1888 – 4 Janeiro 1965)


[Minha poesia] não seria o que é se eu tivesse nascido na Inglaterra, e não seria o que é se eu tivesse permanecido nos Estados Unidos. É uma combinação de coisas. Mas, nas suas fontes, na sua força emocional, ela vem dos Estados Unidos.

Thomas Stearns Eliot (St. Louis, 26 de setembro de 1888 — Londres, 4 de janeiro de 1965) foi um poeta modernista, dramaturgo e crítico literário britânico-norte-americano. Em 1948, ganhou o Prémio Nobel de Literatura.

Nascido nos Estados Unidos, Thomas Stearns Eliot se sentia culturalmente ligado à Europa. Membro de uma família puritana de origem britânica, naturalizou-se inglês em 1927 e morou em Londres a partir dos 22 anos de idade. Os Eliot eram ligados às tradições da Igreja Unitária e membros da elite industrial e mercantil. Filho Henry Ware Eliot e Charlotte Chauncey Stearns,o poeta, ensaísta e dramaturgo recebeu o Prêmio Nobel em 1948.

Em 1906, aos 18 anos de idade, seguiu para Boston para estudar em Harvard, onde se dedicou a estudar literatura e filosofia. Editou a revista universitária "The Harvard Advocate", na qual publicou alguns trabaIhos. Após diplomar-se em letras clássicas, em 1909, foi a Paris, onde fez cursos de língua e literatura francesas, na Universidade Sorbonne. De volta a Harvard, voltou à filosofia e às letras, com ênfase na literatura sânscrita e na filologia indiana, o que o ocupou de 1911 a 1913.

Em 1915 o poeta publica seu primeiro poema mais conhecido, The Love Song of John Alfred Prufrock, na revista Poetry, da cidade de Chicago, depois aproveitado por Pound em sua obra Catholic Anthology. Neste mesmo ano, Eliot contrai matrimônio com a dama da sociedade londrina Vivienne Haigh-Wood. Lecionou no Highgate College, pequena escola para crianças nos arredores de Londres, mas depois o deixou para se tornar funcionário do Lloyds Bank Ltd., de Londres. Ele também atuou como editor-assistente do veículo Egoist, de 1917 a 1919, além de colaborar com outros impressos literários, entre eles The Athenaeum.

Em 1917, publicou "Prufrock and Other Observations" ("Prufrock e Outras Observações"), obra ao mesmo tempo satírica e pessimista. O poema "The Love Song of J. Alfred Prufrock" ("A canção de amor de J. Alfred Prufrock"), é o mais conhecido do volume de crítica à cultura de sua época.

Em seguida, começou a satirizar o passado da Europa com a coletânea "Poems" (1919; Poemas) e "The Waste Land" (1922; "A Terra Devastada").

Em 1920, um ano após a publicação de um pequeno estudo sobre Ezra Pound, ele reuniu, em "The Sacred Wood", alguns de seus melhores textos críticos da juventude. Seu trabalho como crítico começou com o ensaio "The Metaphysical Poets" (1921), sobre a poesia de John Donne e outros metafísicos.

Um de seus poemas mais famosos, The Waste Land, lançado em 1922, guardava vestígios da ascendência de Ezra Pound sobre a obra deste poeta, principalmente em seus esboços manuscritos. Esta publicação é considerada uma autêntica fonte de ensinamentos sobre a poética, e logo se torna um clássico, consagrando o autor nos meios literários, principalmente os de língua inglesa. Neste momento de sua existência, Eliot era descrito por seus companheiros como um verdadeiro britânico, no modo de agir, de se vestir, de pensar, fugindo do padrão inglês apenas no sotaque e na nacionalidade.

Sua formação religiosa se manifestou nos livros seguintes: "Ash Wednesday" (1930; "Quarta-feira de Cinzas") e, "Four Quartets" (1935-1943; "Quatro Quartetos"). O verso livre na obra de Eliot foi instrumento de uma renovação das estruturas formais.

Publicou também "Homage to John Dryden" (1924; Homenagem a John Dryden), e colaborações na revista "The Criterion" (1922-1939).

Na década de vinte, no pós-guerra, Eliot passa a freqüentar assiduamente a cidade de Paris, ao lado de vários outros artistas famosos desta época. O poeta Charles Baudelaire influencia definitivamente a obra de Eliot. Seu retrato da existência parisiense torna-se para o poeta norte-americano uma fonte de inspiração para sua própria reprodução da vida em Londres. Quando ele se torna membro da Igreja Anglicana, sua produção literária ganha contornos nitidamente religiosos e tradicionais, marcas que se refletem na tentativa de manter o inglês arcaico e certos valores cultivados na Europa.

Eliot se tornou editor em 1923, quando assumiu a diretoria da Faber & Faber, à frente da qual se manteve até a morte. Este cargo lhe propicia a oportunidade de agir como um incentivador de estudos no campo da estética, um mecenas da moderna literatura de língua inglesa.

Muito vinculadas à sua poesia, as obras para o teatro ganharam destaque com "The Rock" (1934; "O Rochedo") e "Murder in the Cathedral" (1935; "Assassinato na Catedral").

Ele ganha, em 1948, o Prêmio Nobel de Literatura.

Dez anos após se tornar viúvo, ele se casa novamente, em 1957, desta vez com Valerie Fletcher, sua secretária na Faber & Faber. Com o passar do tempo, ele se torna mais introspectivo, isolando-se gradualmente em Kensington, bairro de Londres onde residia.

No dia 4 de janeiro de 1965, morre o poeta T S Eliot, na cidade que adotou em sua juventude, Londres.

Carreira literária

T. S Eliot residia em Londres. Depois da guerra, nos anos vinte, ele passou muito tempo com outros grandes artistas na avenida Montparnasse, em Paris, onde foi fotografado por Man Ray. A poesia francesa exerceu grande influência na obra de Eliot, em particular o simbolista Charles Baudelaire, cujas imagens da vida em Paris serviram de modelo para a imagem de Londres pintada por Eliot. Ele começou então a estudar sânscrito e religiões orientais, chegando a ser aluno do renomado armênio G. I. Gurdjieff.

A obra de Eliot, após a sua conversão ao cristianismo pela Igreja Anglicana, é frequentemente religiosa em sua natureza e tenta preservar o inglês arcaico e alguns valores europeus que ele julgava serem importantes. Publicou o poema The Waste Land em 1922; em 1927 obteve a nacionalidade britânica.

Em 1928, Eliot resumiu suas crenças muito bem no prefácio de de seu livro "Para Lancelot Andrews": "O ponto de vista geral [dos assuntos do livro] pode ser descrito como classicista na literatura, monarquista na política e anglo-católico na religião." Essa fase inclui trabalhos poéticos como Ash Wednesday, The Journey of the Magi, e Four Quartets.

Fontes:
Infoescola
Uol Educação

Tércia Montenegro (Poema para um Gato)

Foto: José Feldman

Teus olhos de cobre -
Dois riscos de pupila -
Se fixam nos meus,
Tão menores.

Miram o mundo em transições
De luz e fundura, no ócio
Dos que têm a vida ganha
Em corpo de pluma.

Sob um focinho róseo, a boca
Se desenha em linhas oblíquas,
Num bocejo de serpente.

As orelhas se torcem ao menor ruído,
Baixam-se para o ataque
E relaxam em triângulos
No tempo longo de de descanso.

as patas, com a suave textura
De borracha, e as unhas
Violentas de renhuras, escondem
A dupla face de um caráter
Tranquilo mas astuto.

O silêncio da tua presença
E teu andar impressentido,
No aspecto de escultura,
Concentram a beleza da poesia
Em felina ternura.
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Fonte:
- Volante (Veículo Original Litero Alternativo Nascido Totalmente Emancipado). Periódico Bimestral. ano 1 - n.2, documental - Fortaleza,CE, março/abril 2009.

SIMPOESIA - II Simpósio de Poesia Contemporânea


Experiência literária de quatro dias que reunirá vozes das mais relevantes da poesia e da crítica literária internacional, além de uma feira de editoras independentes de poesia do Brasil e Argentina promovida pela revista Grumo. Um encontro que envolve a troca de idéias, a exposição da diversidade intelectual e o intercâmbio artístico e cultural entre diversas expressões da poesia contemporânea.

PROGRAMAÇÃO:

04 DE JUNHO

19:30h - Apresentação e abertura do evento

20h - Recital com Horácio Costa, Maria Esther Maciel, Micheliny Verunsck, Alfredo Fressia, Virna Teixeira

21h - Show: Polivox, com Rodrigo Garcia Lopes Local: Casa das Rosas

05 DE JUNHO
19:30h - Debate: Editoras Independentes de Poesia Com: Gustavo López, Virna Teixeira e Vanderley Mendonça. Mediação: Paloma Vidal

21h - Recital: Rodolfo Hasler, Rodrigo de Haro, Efrain Rodrigues Santana, Luís Serguilha, Victor Sosa. Após o recital haverá o lançamento da revista Grumo.

Local: Instituto Cervantes

06 DE JUNHO

COLÓQUIO – POETAS DE LÍNGUA INGLESA

14:30h - Debate: Brazilian poetry in translation. Com Steven Buttermann, Stefan Tobler, Flávia Rocha e Rodrigo Garcia Lopes. 16h - Palestra: Language poetry Professor William Alegrezza

17h - Palestra-Editing Contemporary Poetry – Litmus Press Experience Com E.Tracy Grinnell e Julian Brodanski

18h - Recital- Poetry reading Com William Allegrezza, Tracy Grinnell, Julian Brodanski e Stefan Tobler. Stefan Tobler lerá traduções para o inglês do poeta Antônio Moura. Os demais poetas serão traduzidos para o português por Virna Teixeira.

19h - Poesia: palavra impacto. Palestra com Frederico Barbosa

20h - Recital: Sérgio Medeiros, Carlos Augusto Lima, Marco Vasques, Silvia Iglesias, Tatiana Fraga, Marcelo Tápia.

21h - Show: grupo de jazz Patavinas

Local: Casa das Rosas

07 DE JUNHO

16h - Debate: Poesia, Sadomasoquismo e Diversidade Sexual. Com: Steven Buttermann, Antônio Vicente Pietroforte e Glauco Mattoso. Mediação: Contador Borges

17h30 - Debate-Poesia e Fronteiras geográficas Com Silvia Iglesias, Carlos Augusto Lima e Marco Vasques Mediação: Edson Cruz

19h - Recital: Edson Cruz, Contador Borges, Andréa Catrópa, Luis Roberto Guedes, Donny Correia, Antônio Vicente Pietroforte, Greta Benitez.

Local: Casa das Rosas

Convidados Internacionais: Alfredo Fressia (Uruguai) Efraín Rodríguez Santana (Cuba) Julian Brodanski (EUA) Luís Serguilha (Portugal) Gustavo López (Argentina) Rodolfo Hasler (Espanha) Silvia Iglesias (Argentina) Stefan Tobler (Inglaterra) Steven Butterman (EUA) Tracy Grinnell (EUA) Victor Sosa (México) William Alegrezza (EUA)

Convidados brasileiros: Andréa Catrópa Antônio Vicente Pietroforte Carlos Augusto Lima Contador Borges Donny Correia Edson Cruz Flávia Rocha Frederico Barbosa Glauco Mattoso Greta Benitez Horácio Costa Luís Roberto Guedes Marcelo Tápia Marco Vasques Maria Esther Maciel Micheliny Verunschk Paloma Vidal Sérgio Medeiros Rodrigo Garcia Lopes Rodrigo de Haro Tatiana Fraga Virna Teixeira

SITE DO EVENTO: www.simpoesia.wordpress.com

Casa das Rosas - Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura
Av. Paulista, 37 - Bela Vista
F: (11) 3285-6986 contato.cr@poiesis.org.br & www.casadasrosas-sp.org.br
Estacionamento conveniado Patropi: Al. Santos, 74

Instituto Cervantes
Av. Paulista, 2439 / 7º Bela Vista - São Paulo
01311-300 - SP Tel.: 55 11 3897 96 00 Fax.: 55 11 3064 22 03 informasao@cervantes.es

Fontes:
Luiz Alberto Machado. Varejo Sortido.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Trova X

1º Concurso de Trovas do Salim (Resultado Final)

Realização: UBT de Tremembé-SP

Sábado, dia 23 de maio, em Taubaté, no Restaurante Salim, no encerramento do I Concurso de Trovas e Poesias do Salim. Organização da UBT Tremembé, sob o comando de Luiz Antonio Cardoso, com presenças importantes dos membros da UBT Taubaté. O próprio Bispo Dom Antonio Afonso de Miranda, premiado, lá compareceu para declamar seu soneto. Houve música ao vivo. Muitas declamações.
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Nível: Municipal
Tema: Imigrante
(Todos os premiados deste nível são da UBT de Tremembé-SP)

Vencedoras

1º Lugar
Salve gentil imigrante!
que em nossa terra chegou,
você foi elo importante
do progresso que ficou.
Alda Lopes

2º Lugar
O progresso no País
foi impelido bastante.
Ninguém nega que a raiz
foi a garra do imigrante.
Loris Turrini

3º Lugar
Está triste em terra estranha...
saudades no coração!
Este é o preço da façanha
na procura da emoção.
Lamarque Monteiro

4º Lugar
Vida e alma aventureira
vai, nosso imigrante amado,
buscar em terra estrangeira
a conquista do Eldorado.
Lamarque Monteiro

5º Lugar
Vindo de terra distante,
aqui se estabeleceu.
Conheceu povo vibrante,
Mas o seu, nunca esqueceu!
Cláudio De Morais

Menções Honrosas

Nosso Brasil fez sucesso
ao trazer nosso imigrante
assim se deu o progresso
desta nação tão brilhante.
Alda Lopes

Todo imigrante cultiva,
levado pela esperança,
voltar à terra nativa,
que pisou quando criança,
Cláudio De Morais

Longe da terra distante,
querido berço natal,
suspira o pobre imigrante
saudoso de seu pessoal.
Martinho Monteiro

Lembrando a terra distante,
sonhando mesmo acordado,
o coração do imigrante
bate até descompassado.
Martinho Monteiro

Menções Especiais

Alimento tem de sobra...
o fazendeiro garante.
Quem é o autor da grande obra?
Nosso querido imigrante.
Benedito Dimas Ferreira

Culinária no Brasil,
é o que há melhor no mundo.
Nas receitas, mais de mil,
o imigrante foi fecundo.
Loris Turrini

Meus quereres, imigrantes,
em teu coração fugaz,
hoje são vis retirantes
chorando um sonho... que jaz !!
Luiz Antonio Cardoso

Alto-mar... e o continente
na imensidão a sumir,
é imigrante em minha mente,
que teima em nunca partir.
Luiz Antonio Cardoso

Nível: Regional
Tema: Monteiro Lobato


Vencedoras

Lobato: sacis... pigmeus...
sua memória persiste!
- Quantas crianças, meu Deus,
havia num homem triste!
José Valdez De Castro Moura
(UBT de Pindamonhangaba-SP)

Lobato, enquanto costuras
contos com habilidade,
num sítio de travessuras,
comigo brinca a saudade...
Élbea Priscila De Sousa E Silva
(UBT de Caçapava-SP)

Bela leitura em família,
que recordo com carinho:
as travessuras de Emília...
Reinações de Narizinho!
Keisy Santos
(UBT de Tremembé-SP)


Por ser grande literato
versando o tema infantil,
ficou, Monteiro Lobato,
famoso em todo o Brasil.
Argemira F. Marcondes
(UBT de Taubaté-SP)

Menções Honrosas

Qual um mago foi Lobato,
que em suas obras previu:
Presidente negro, é fato
o petróleo, aqui surgiu!
Angélica Villela Santos
(UBT de Taubaté-SP)

Hoje, relendo Lobato,
chego a sentir a fragrância
de sonho e um pouco resgato
da minha perdida infância...
Élbea Priscila De Sousa E Silva
(UBT de Caçapava-SP)

Foi Lobato, o pioneiro,
e está mais do que provado,
que o petróleo brasileiro,
foi seu sonho e seu legado!
Enivaldo Borges Da Silva
(UBT de Pindamonhangaba-SP)

Emília, Cuca, Saci,
o sítio, o campo, e o regato
dos meus sonhos de guri...
- Isso é Monteiro Lobato!
João Paulo Ouverney
(UBT de Pindamonhangaba-SP)

Foi herói, foi escritor,
- dizer, com certeza, eu posso -
de quem, para um ditador,
gritou: - o petróleo é nosso!
João Paulo Ouverney
(UBT de Pindamonhangaba-SP)

Menções Especiais

Nosso Monteiro Lobato
foi cantado em verso e prosa,
sua obra foi de fato
bem profunda e preciosa.
Alfredo Barbieri
(UBT de Taubaté-SP)

Lobato encantou crianças,
no mundo do faz de conta,
ante a infância de esperanças,
em que o seu sonho desponta!
Enivaldo Borges Da Silva
(UBT de Pindamonhangaba-SP)

Um mundo de fantasia
e que encantou gerações,
Lobato trouxe alegria,
Narizinho e as reinações.
José Guarany Rodrigues
(UBT de Pindamonhangaba-SP)

Monteiro Lobato faz
muita criança feliz,
no Sítio que exala paz
para o mestre ou aprendiz.
Judite De Oliveira
(UBT de Taubaté-SP)

... E foi com tamanha audácia,
que provei sonho infantil:
bolos da Tia Nastácia...
os melhores do Brasil !
Keisy Santos
(UBT de Tremembé-SP)

LOBATO, ponta de lança,
desta nossa Pátria imensa,
é também toda esperança,
do Continente que pensa.
Lygia Fumagalli Ambrogi
(UBT de Taubaté-SP)

Com histórias envolventes
Lobato fez muito mais:
ao lançá-las, quais sementes,
criou jardins perenais.
Maurício Cavalheiro
(UBT de Pindamonhangaba-SP)

Comissões Julgadoras

Trovas - Municipal – “Imigrante”
- Ademar Macedo – UBT Natal-RN
- Dorothy Jansson Moretti – UBT Sorocaba-SP
- Gislaine Canales – UBT Balneário Camboriú-SC
- José Ouverney – UBT Pindamonhangaba-SP

Trovas - Regional – “Monteiro Lobato”
- Luiz Antonio Cardoso – UBT Tremembé-SP
- Cláudio de Morais – UBT Tremembé-SP
- Marina Bruna – UBT São Paulo-SP
- Vanda Queiroz – UBT Curitiba-PR
- Delcy Canales – UBT Porto Alegre-RS
- Renato Alves – UBT Rio de Janeiro-RJ
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Fontes:
– Luiz Antonio Cardoso. UBT de Tremembé-SP

IV Encontro das Academias de Letras do Paraná e Premiação do IV Concurso Literário "Cidade de Maringá"


PROGRAMAÇÃO:

DIA 19 de junho de 2009 (sexta-feira)

- Manhã: recepção/chegada ao Bristol Metrópole Hotel.

- 12h00/12h30: almoço no restaurante do hotel, Piso “L”.

- 14h00 às 17h00, no salão Rio de Janeiro, Piso “L”:
IV ENCONTRO DAS ACADEMIAS DE LETRAS DO PARANÁ.

- 17h15: Lanche

- 19h30: Noite Cultural, no Auditório Hélio Moreira - Paço Municipal.
Programação:
- Lançamento da Coletânea 2009 da ALM.
- Apresentação da peça premiada.
- Show de lançamento do 2º CD Trovadores do Campo, da dupla Pedro Ornellas e Campos Sales, de São Paulo – SP.

- 22h00: Jantar no restaurante do hotel, Piso “L”, para os escritores premiados e participantes do Encontro das Academias.

Dia 20 de junho de 2009 (sábado)

- 07h00/08h00: Café da Manhã no restaurante do hotel, Piso “L”.

- 09h00: Oficina de Haicai, com a escritora Lena de Jesus Ponte (Rio de Janeiro – RJ),no salão Rio de Janeiro, Piso “L”.

- 12h00: almoço no restaurante do hotel, Piso “L”.

- Tarde Cultural.

14h30, no auditório da Biblioteca Municipal “Bento Munhoz da Rocha Netto”: Apresentação das crônicas premiadas.

A música erudita e seus poemas, com o pianista Júlio Enrique Gómez e a poetisa Roza de Oliveira.

16h00, no Teatro Reviver:
Espetáculo “O menino que ganhou uma boneca”, com a Cia. Teatral Tipos & Caras. Texto e direção de Majô Baptistoni. Duração: 40 minutos.

- Noite:

19h30: FESTA DE PREMIAÇÃO, nos salões Paris e Londres, “Cobertura”.
* Ao término da cerimônia de premiação, será servido o jantar, no local.

Dia 21 de junho de 2009 (domingo)

- 07h00/08h00: Café da Manhã no restaurante do hotel, Piso “L”.

- Passeio, de “jardineira”, pelos pontos turísticos de Maringá,
com saída em frente à Catedral.
09h00 às 10h30: 1ª turma
10h30 às 12h00: 2ª turma

- 12h30: almoço de despedida, no restaurante do hotel.

Fonte:
Academia de Letras de Maringá

Ailton Maciel (O Presente da Professora)



Durante muitos anos Dona Gracinha viveu no interior. Professora de muitas crianças pobres e algumas abastadas. Passados os anos, continuava a mesma, bondosa e sorridente, embora os cabelos brancos denunciassem os seus quase 60 anos. O seu epiderma, já metamorfoseado pelo tempo e pelas vicissitudes da vida, era prova de muitos anos de trabalho árduo e penoso. Porém não lhe faltavam sorrisos e gestos de amor para cada criança.

Já aposentada, ainda dava aulas, quase que sem remuneração, a filhos de operários. Sempre encontrava uma solução para todos os problemas. “Dona Gracinha, eu não tenho lápis, porque papai não...” Ela não deixava o menino prosseguir. Conhecia os problemas de cada um deles. A todos tratava sem distinção. A posição social, a cor, a conformação física, o traje, a dentadura, tudo o mais para ela passava a segundo plano. Por isso, os pais e as crianças adoravam Dona Gracinha. Simples e humanitária, gostava das crianças como se fossem seus filhos, que não os tinha. Encontrara, é certo, quando jovem, vários pretendentes, porém a todos deu uma resposta plausível e bem intencionada: muito jovem, tinha obrigações a cumprir. O tempo foi correndo, e ela nunca se dispusera para o matrimônio. Não que o renegasse. Não, ao contrario: achava o ato mais belo da vida. Mas havia a escola, as crianças pobres... E, casando, o marido poderia interpor-se entre ela e as crianças. Não, melhor não arriscar. E nunca se arrependeu do celibato. Embora solteira, tinha muitos filhos – seus alunos. Quando lecionava no interior deixara muitos rapazes e muitas moças, senhores comerciantes, senhoras casadas, que foram seus discípulos. Hoje, quando raras vezes se dispunha a fazer um breve passeio pelos lugares onde lecionara, muitas das vezes via homens chorarem de alegria e de tristeza, agradecendo-lhe os ensinamentos recebidos quando crianças. E a todos ela visitava. Era seu dever, achava. Porém chorava quando via pobres crianças raquíticas e barrigudas esquivarem-se do seu afeto. Mães que há trinta anos foram suas alunas hoje parecerem espectros humanos – mais velhas do que ela. Mulheres barrigudas, empalemadas e sifilíticas. Homens morrendo de inanição, trabalhando da madrugada ao pôr-do-sol, vergados ao peso do sofrimento, encabulados, tristes e semimortos. Crianças – suas amadas crianças – raquíticas, enfermas, bochechudas, morrendo, morrendo... morrendo, sim, lentamente, de fome e de doenças. Dona Gracinha chorava. Tinha ímpetos de pegar uma autoridade e levá-la a ver aquele inferno. Continha-se, entretanto, a velha professora. Era do amor, da calma e da paz; nunca do ódio e da violência. Ajudava-os, então, no que podia: dinheiro, amor, carinho ou conselho. Dona Gracinha: boa e piedosa. E regressava à capital, triste e pensativa.

Três de fevereiro: dia inesquecível para todos os alunos de Dona Gracinha – o dia de seu aniversário. Não se sabe quem divulgou a notícia nem tampouco como tomou conhecimento daquela data. O fato é que para ela aquele dia parecia mais triste do que os outros. Não gostava de manifestações públicas. Não gostava, repetia, era velha, esquecessem tal coisa. Sinceramente, não gostava. Os meninos sorriam e no dia três lá estavam a cantar "parabéns pra você” e a trazer-lhe humildes presentes: uma galinha, um pato, um sabonete, e outras coisinhas.

Chegando tal dia, os alunos já haviam preparado a humilde cerimônia de aniversário. Todos sentados, quando entrou D. Gracinha. Ergueram-se e começaram a entoar a canção propícia e invariável do “parabéns pra você”. Após isso, a professora proferiu pequeno discurso de agradecimento. Passaram, então, a colocar os presentes, um a um, sobre a mesinha: um bolo, um sabonete, uma pasta dentifrícia, uma escova.... Um dos garotos, o último a dirigir-se à mesinha, saiu a passo lento. Levava às mãos um embrulhinho fino e comprido. Como o papel fosse pouco, todos puderam ver facilmente o conteúdo: um pão. Todos, sem exceção, riram largamente. Dona Gracinha pediu silêncio: censurou a atitude dos meninos. E, sem conter os sentimentos, pôs-se a chorar. Os garotos se fizeram sérios e calados. “Este é o mais valoroso presente que recebi durante toda a minha vida, porque dado de coração. Crianças, nunca deveis zombar do próximo. Vejam: por causa de vocês ele esta chorando”. E, de novo, chorou ela. Os alunos baixaram a cabeça. Dona Gracinha foi até à carteira de Roberto e disse: “Meu filho, não chore. Eles não sabiam que iam ofender a mim e a você”. E deu um beijo no rosto do menino.

Setembro de 1968.

Fontes:
- Jornal de Poesia
- Imagem = http://aprendizagememacao.blogspot.com/

Ailton Maciel (Cinzas)



Que é feito do viver daqueles tempos?
Onde estão da casinha os habitantes?
A primavera, que arrebata as asas...
Levou-lhes os passarinhos e os amantes!...
Castro Alves

Aparece, ó visão de minha vida!
Vem decantar comigo o amor luzente...
Não vês, menina, a chaga dolorida
Que fervilha em meu peito penitente?...

O vem, ó vem, eu, louco, desespero!
Vem sentir desta vida os seus sabores...
Vem, açucena, eu todo dia espero
Os momentos ditosos dos amores!

Não te lembras, então, dos belos dias,
Que passamos felizes, lado a lado,
Só sentindo prazeres e alegrias
Sob o tempo, feliz, enluarado?!

Ainda recordo a nossa feliz vida:
Eu beijava a sorrir os teus cabelos.
Hoje o meu ser é chaga dolorida,
Hoje os sonhos são frios pesadelos!

Quão ditosos nos foram os momentos
Quando em tempo atrás juntos passamos...
Hoje restam visões e mil tormentos
Dos tempos auros em que nos amamos!

Hoje só restam cinzas... devaneios...
Recordações fatais pras nossas vidas:
Tu tens o corpo de carícias cheio,
E eu de chagas e fatais feridas!

Fortaleza, 7/10/64.
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Ailton Maciel (1943 – 1974)
Ailton Alves Maciel nasceu em Baturité em 7 de março de 1943. Em vida nada publicou, embora tenha escrito inúmeros poemas, romances e contos. Sua obra mais importante desapareceu. Talvez no incêndio doméstico que quase o matou, em Brasília, onde foi viver (e morrer) no início dos anos 1970. Sua morte clínica se deu no dia 22 de outubro de 1974. Apenas quatro contos se salvaram: "Santa Caçada", "O Touro", "O Careca" e "O Presente da Professora", publicado na revista Literatura n.º 24, de 2003. Outros onze fragmentos encontrados podem ser de contos e romances.

Fontes:
http://literaturasemfronteiras.blogspot.com/
– Jornal de Poesia
– Imagem = http://leninhaluz.blogspot.com

Curitiba em Destaque


Dia 28/05 – 15h00min
Realização: Academia Feminina de Letras do Paraná

“Valores Culturais Paranaenses” – Vida e Obra de Ceres de Ferrante.
Local: Auditório Leonor Castellano
Rua Visconde de Rio Branco, n° 1717 - Centro - Curitiba/Paraná

Dia 28/05 – 18h00min
Realização: Academia Paranaense da Poesia
Oficina permanente de poesia –

“A Poesia de Emiliano Perneta”
Palestrante: Mamed Assim Zauith
Local: Biblioteca Pública do Paraná – 3 andar

Dia 28/05 – 19h00min
Realização: Academia Paranaense da Poesia.
Oficina permanente de poesia – “Tribuna Livre”
Local: Biblioteca Pública do Paraná – 3 andar

Dia 30/05 - 12h30min (último sábado)
Realização: Academia Paranaense da Poesia
Almoçando com Música e Poesia –
Local: no Ponto Gira Grill churrascaria. – Buffet livre – R$ 11,50 por pessoa –
Endereço: Rua Alfredo Bufren 219 – Praça Santos Andrade em frente à UFPR –

Obs.: O local deste evento além de não possuir escadas situa-se entre dois estacionamentos.

Dia 30/05 – 15h00min
Lançamento do livro Altdeutschen de Zélia Sell

Local: Clube Concórdia
Rua Carlos Cavalcanti, 815 – Centro.
Curitiba- Paraná.

Fonte:
Andréa Motta. in
http://simultaneidades.blogspot.com