domingo, 1 de agosto de 2010

Marita França (1915 – 2009)



Maria Aparecida Taborda França, nasceu a 1 de julho de 1915, em Curitiba, filha do poeta paranaense Heitor Stockler de França e Brasília Taborda Ribas de França. Faleceu em 27 de julho de 2009.

Estudou em Curitiba, obtendo o Bacharelado em Direito pela Universidade Federal do Paraná.

Musicista e poetisa, ao formar-se trabalhou no escritório do jurista Dr. Pamphilo Assumpção durante três anos. Ingressou em 1 de julho de 1948 no quadro da Assistência Judiciária do SESI do Paraná, onde aposentou-se depois de 47 anos de dedicação.

Recebeu diversas homenagens na área jurídica e cultural.

Foi membro do Centro de Letras do Paraná, Academia de Letras José de Alencar, Pen Clubes do Brasil e do Paraná, Sala do Poeta de Curitiba, Academia Feminina de Letras do Paraná, Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil (PR), Elos Clube, Centro Paranaense de Cultura.

Tem músicas publicadas e discos gravados.
Compôs: Nossa Senhora da Luz de Curitiba, Virgem de Fátima, Viva Santo Antonio, Olhos verdes, Vem amor, Nas asas da Ilusão, etc.

Foi colaboradora assídua das revistas da Academia Feminina de Letras do Paraná e do Centro Paranaense Feminino de Cultura.

Fontes:
– Vasco José Taborda e Orlando Woczikosky (organizadores). Antologia de Trovadores do Paraná. Curitiba: O Formigueiro, 1984.
– Antologia dos Acadêmicos: edição comemorativa dos 60 anos. Academia de Letras José de Alencar. São Paulo: Scortecci, 2001.
– Pompília Lopes dos Santos. Sesquicentenário da Poesia Paranaense, Antologia. 1985

Ialmar Pio Schneider (Baú de Trovas II)


Na trova tudo acontece,
que o diga meu coração,
pois amei quem não merece
possuir minha paixão !

Lá na praia se encontraram
e viveram na ilusão,
pois apenas se tornaram
namorados de verão.

Quem namorou algum dia,
sabe o quanto se requer,
para ter a simpatia
e o coração da mulher.

O menestrel sem juízo
um dia nasceu em mim;
daquele instante preciso
me comunicar assim.

Depois de tantos caminhos
percorridos pela vida,
meu troféu são teus carinhos
que tenho em contrapartida.

Lobo da estepe sozinho
anda à procura de alguém,
seguindo pelo caminho
que agora mais lhe convém...

Outrora fui solitário,
não tinha grande vaidade,
mas, hoje, sou perdulário
de tanto amor e saudade !

Quem fizer a gentileza
de não levar por ofensa,
que me ame sem recompensa,
porque vivo na pobreza...

ou melhor

Quem fizer a gentileza
de não levar por ofensa,
que me ame até na pobreza
sem esperar recompensa.

PORTO ALEGRE - RS

Fonte:
Colaboração do Autor

Ana Lucila Maranhão (Lançamento do Livro “Histórias Maravilhosas de Homens Notáveis de A a Z”)


"Prezados Amigos e Familiares, com muita alegria e satisfação estou enviando-lhes o convite para o lançamento de mais um livro de minha autoria "Histórias Maravilhosas de Homens Notáveis de A a Z", será no dia 05 de Agosto, a apresentação feita é da Desembargadora Margarida Cantarelli, as orelhas pelo Professor Palhares Reis e pela poetisa Iara Melo, amiga pernambucana que mora em Portugal."

Os Homens Notáveis escolhidos são:

A = André Nóbrega - nascido em João Alfredo - de pobre balconista de mercearia a empresário de sucesso em medicamentos no Recife

B = Bartolomeu Melo - paraibano pobre de vendedor de eletrodomésticos a gerente geral norte e nordeste da Companhia Atlantic de Petróleo

C = Cláudio Viana - alagoano falecido, filho de motorista de ônibus, foi motorista de caminhão, e, chegou a ter fábrica e Companhia de transportes, um empresário bem sucedido no Rio de Janeiro

D = Danilo Cézar Aguiar Souza - pernambucano, criado no RJ, movido pelo sonho de ser alguém, chegou a coronel do exército, menino de família simples, caçula de cinco irmãos, cresceu com muito estudo e esforço.

E = Éfrem de Aguiar Maranhão - iniciou o magistério como professor de biologia , formou-se com sacrifício, é biólogo e médico, ex reitor da UFPE (Universidade Federal de PE), secretário de Educação do Estado de Pernambuco, ex Presidente do Conselho Nacional de Educação, ex Presidente da Sociedade Pernambucana de Cardiologia, subiu na vida com sacrifícios dele e dos meus pais, pobres.

F = Francisco de Albuquerque Maranhão - iniciou a vida ajudante de eletricista a Comissário de Policial e ajudou a fundar o SINPOL (Sindicato de policiais civis de Pernambuco)

G = Geraldo Freire - nascido no Ceará, criado em Mimoso, fugiu para Recife sem formatura, faz sucesso há muitos anos no Rádio como comunicador, líder de audiência no Estado de PE.

H = Humberto Bezerra - nascido em São José do Egito, estudou com sacrifício, criado sem pai no interior, formou-se em Direito, chegou a gerente da Caixa Econômica (falecido)

I = Monsenhor Isnaldo Alves Fonseca - caruaruense falecido, menino pobre que entrou com 12 anos no seminário, foi Vigário Geral da Diocese de Olinda e de Recife

J = João Alberto Martins Sobral - nasceu em Sergipe, assumiu a sua família após a morte do pai, de bancário a cronista social de sucesso há 40 anos no Diário de Pernambuco

K = Kidelmir Batista - um ex aluno deficiente físico

L = Luciano Cassimiro - dentista pobre, filho de relojoeiro, que subiu na vida pelo seu esforço

M = Magno de Aguiar Maranhão - irmão professor escritor e ex reitor SUAM, filho de pais sacrificados, conquistou tudo por sua capacidade intelectual

N = Nilton Lins - nasceu pobre, lutou para conseguir ser alguém em Manaus, foi professor e reitor, também fundador da UNinIlton no Amazonas, um Dom Quixote que concretizou sonhos.

O = Orlando Enedino Silva - paraibano pobre, filho de pescador, que realizou o sonho ser professor da Universidade Federal de Pernambuco, com muito sacrifício.

P = Pe.Peters - paulista da capital São Paulo, professor padre e foi reitor Unicap-PE por 20 anos é presidente FEI/SP, um intelectual, predestinado ao sucesso

Q = Quito - amigo falecido um jovem bom que morreu aos 26 anos, coração de criança.

R = Robinson Cavalcanti - bispo episcopal professor aposentado da Ufpe e Unicap, intelectual, nasceu para brilhar.

S = Sebastião Rufino - nascido em Bom Jardim é deputado, foi juiz de futebol, trabalhou no mercado empacotando mercadorias, de soldado a coronel PM-PE

T= Tavares - tio falecido de vendedor prestanista, caixeiro viajante, a comerciante de sucesso no ramo do álcool

U = Ulysses Souza - nasceu em São Luís - MA , de vendedor de verdura a gerente e auditor geral do Banco do Estado do Maranhão

V = Veríssimo - nasceu no distrito de Panelas um dos fundadores da cidade de Cupira, ex prefeito, sem estudo mas, construiu várias escolas na cidade de Cupira

W = Wálter Nóbrega - paraibano engenheiro que se destacou na profissão e na COMPESA

Y = Ylo de Souza - menino pobre, vendia relógios a prestação, e, chegou a vender peixe na feira para pagar sua faculdade, dentista professor em Caruaru, sanitarista e advogado

X = Xaulin- Francisco Carvalho - cearense filho pescador, passou muitas necessidades básicas na vida, hoje chefe no IRH - PE

Z = Zadock Castelo Branco - jornalista político há 42 anos vida dura, pois, foi muito perseguido pelos poderosos, hoje é Editor no Diário de Pernambuco

–––––––––-
Gostaria de observar a originalidade do trabalho de Ana Lucila. As prateleiras das bibliotecas e das livrarias são cheias de biografias daqueles que a História enaltece com destaque, os seus heróis, ou dos que integram a galeria dos artistas nos mais diferentes campos de manifestação, e até mesmo dos vilões que todos rechaçam. A originalidade do livro de Ana Lucila está em buscar na sociedade, dentre os seus próximos, vidas que merecem ser conhecidas além dos círculos familiares e de amigos. Vidas exemplares e que permitem delas extrair lições de superação, de trabalho, de estudos, de obstinação, de coragem, enfim, bons exemplos num mundo onde os valores da dignidade, da honra e da honestidade faltam em muitos planos.

Ana Lucila, com essas histórias de vidas, faz um pedaço da História Social do nosso tempo e da nossa região. Apresenta-nos heróis do dia a dia, no mundo de pessoas simples, mas cheias de grande sabedoria. Li atentamente, cada biografia. Embora histórias diferentes, mas se pode identificar traços comuns – são histórias de superação, de limitações econômicas, sociais e até, para alguns, física. São pessoas que valorizaram o trabalho, os estudos, a responsabilidade profissional, a honestidade e o sentimento de família. É preciso enaltecer aqueles que, apesar dos percalços, se mantiveram no lado do bem, do certo, do justo e que podem ser modelos para a juventude e que orgulham todos os que os conhecem ou conheceram e os admiram.

Ana Lucila nos presenteia agora com este livro que é prenúncio de outros que, certamente, virão, frutos da sua sensibilidade de mulher, de escritora e, acima de tudo, de uma leal amiga.
(trechos do depoimento de Margarida Cantarelli – Professora de Direito Internacional, Desembargadora Federal do TRF 5ª Região)
Olinda, 18 de julho de 2010.

Fonte:
Colaboração de
Carlos Leite Ribeiro.

Esther Gonçalves (Cristais Poéticos)


HOJE EU QUERO FICAR...

Desculpe, hoje eu quero ficar quietinha,
Lendo, escrevendo, pensando, ouvindo,
Sonhando, vivendo, respirando, indo...
Sem alarde, sem música, mui quietinha...

Não quero sair por ai, nem festejar...
Tampouco pular de alegria ou cantar,
Não quero nada mais a não ser amar,
Com muitos beijos, a minha boca, calar...

E deixar o meu corpo inteiro respirar,
Este mesmo ar que existe em você...
Fazer do seu aconchego o meu também.

Porque hoje eu quero ficar para amar...
E ao amor me entregar, sem esquecer,
Que este amor me alimenta e faz bem!!!

'Hoje eu quero ficar
Envolvida apenas com o amor!'

[ao meu esposo Neto Castro].

UM BANHO DE ROSAS...

Dou-te um banho de rosas...
As mais belas do meu jardim,
Flores, orquídeas e jasmins,
Perfumadas, macias, formosas.

Para que... O teu corpo lindo,
Fique limpo e muito cheiroso,
Menino belo, homem formoso,
Em ti eu derramo este carinho.

Sinta todas as pétalas caindo...
Respire o aroma suave da rosa,
É um banho de carinho, gostoso.

Cubro-te com beijos e vá saindo,
Deste gostoso banho de rosas,
Menino belo, homem formoso!!!

'No jardim da vida,
Eu sou a tua rosa preferida!
Nos teus braços...
Viro pétalas da mais bela rosa...
A do amor!'

MEU MENINO...

Me pego pensando em você,
No mar infinito da saudade,
Tanta, que muito me invade,
E não deixa eu lhe esquecer.

Quando eu ouço a sua voz...
Ao meu ouvido, a sussurrar,
Louco, para comigo estar...
Vem esta vontade tão veloz,

Toma conta do pensamento,
Domina os meus sentidos...
E me faz sonhar acordada,

Com você a todo momento,
Fico sem palavras, sem juízo,
Com a saudade desenfreada!

LUZ DO SOL...

A madrugada se fora ao amanhecer do dia,
Começo a ver os primeiros reflexos do sol,
Surgindo no céu azul, e o formoso girassol...
Ao se abrir e procurar a luz que cobre o dia.

Manto sagrado que clareia as almas da Terra,
Fonte bendita, que aquece o corpo e a alma,
A fauna e a flora também, luz que mui acalma
O meu peito de criança, brilho que se encerra.

Quão grande é o seu brilho, percorre o Mundo,
Fonte de energia... Transforma o meu amor,
Em algo profundo e intenso, com o seu calor!

Brilho que traz-me vida, intenso e profundo...
Envolve todo o meu ser sem nenhum pudor,
Sol que espalha luz e calor, seja onde for!!!

SONETO AO AMOR

O meu coração é um jardim recheado de amor,
Flores perfumadas, grama verdinha, passarinhos,
E borboletas a voar pelo céu azul, tanto carinho...
Eu trago o brilho do sol no olhar, sinto o calor...

Que explode feito luz em meu corpo de menina,
Contagiando a todos à minha volta, amo e amo,
Este amor que há em mim e por amor reclamo...
Fonte inesgotável de rara beleza, água cristalina;

Bendito amor que me faz feliz e traz a minha paz...
Está escrito em meu olhar, em cada palavra, ser,
Pequenos gestos, simples toques, um sussurrar,

Ao pé do ouvido, tal qual, doce melodia que faz,
Com que eu viva para amar muito mais e fazer...
Do presente, o momento certo, pronto para amar!

O CAIR DA TARDE...

Veja, menino lindo, como é belo o cair da tarde...
A natureza festeja, o verde se alegra, a noite chega,
Nesta Terra tão amada por Deus, que mui alegra,
Com carinho e amor, canto, cheia de felicidade...

Pois o canto é a melodia que brota da alma e faz
Com que eu viva bem neste mundo de Deus,
De Jesus menino, e de todos os filhos seus,
Unidos numa mesma oração de união e mais...

Ao voltar para casa, após a jornada do trabalho,
É sempre bom ver os filhos, a casa, o nosso lar...
E com os entes queridos 'festejar' mais um dia...

Que trouxe consigo o esplendor do agasalho,
Do aconchego em família e que me faz cantar,
Esta canção pelo trabalho, alimento e moradia!
–––––-
'Obrigada, Senhor...
Por mais um dia!'

OS MEUS SONHOS...

Os meus sonhos ficaram perdidos
Na poeira do tempo, esquecidos...
N'algum lugar do passado sofrido,
Que vem ficar com o coração dolorido...

Já não posso mais sonhar assim,
Sem ter letrinhas nas mãos, em mim,
Tudo virou mera escuridão sem fim,
Quanto tormento, lamento... Enfim!

Cabisbaixa, sigo esta minha sina...
De jovem mulher, metida a menina,
Que não tem mais a alma cristalina,
Está marcada pela vida tão felina...

Oh, como estou triste e sozinha,
Que farei agora, se não sou rainha,
Tampouco princesa, ou a bonequinha,
Que a todos encantava, quando menina !?!

Meu olhos são somente lágrimas de dor,
Por um dia ter acreditado no tal do amor,
Que sorriu e se entregou com todo ardor,
E sentiu no céu, no mar, na terra, o calor.

Deste amor que com o tempo se desgastou...
Oh... Quanta dor em meu peito restou,
Já nem sei mais quem eu sou...
Ou, o que de mim restou!!!'

Fonte:
Esther Gonçalves

Esther Gonçalves (1967)



Esther Gonçalves dos Santos Castro. Nascida em 17/02/1967 em Coroatá-MA. Brasil. Filha de: Antônio Pedro dos Santos Neto [falecido em 13/06/1976] e Zulmira Lima Gonçalves dos Santos. Casada com Walmiro Castro Neto[16/10/1984], do qual tem uma filha: Walthênia Kellyne [também escritora].

Escreve poemas, contos, fábulas, romance, entre outros gêneros literários.

Sua formação: Pedagogia [UEMA].

Está nas Antologias: "Poemas à Flor da Pele II[com Soninha Porto]", "Poetas do Brasil [com Cacau Gonçalves]" Coordenação geral: Ademir Antonio Bacca.
Participa também do livro "Latinidade Poética, o Melhor da Poesia Latino Americana [Projeto de: Marcelo Puglia]".

Ama escrever poemas, chegando a escrever quatro a cinco por dia.

Criadora do seu próprio estilo o qual denomina "inovador", por não seguir estilos do passado, regras ou metrificação.

Fonte:
Esther Gonçalves

Antonio Roberto Fernandes (Sem Medida)


Quem diz que ama muito ou pouco, mente
ou não conhece o amor, na realidade,
pois não se mede o amor em quantidade,
se ama, ou não se ama, simplesmente.

Quem ama, embora sonhe com a eternidade,
ainda assim não sonha o suficiente
e em nada modifica o amor que sente,
seja na dor ou na felicidade.

Não há um meio olhar ou um meio beijo.
Ninguém tem dez por cento de um desejo
nem existe carícia desmedida.

E o amor, sem ter tamanho, é tão profundo
que podemos achá-lo num segundo
ou procurá-lo, em vão, por toda a vida.

Fontes:
Colaboração de Roberto Pinheiro Acruche. Trovas e Poemas - n. 18 - agosto 2010.
Imagem = Esther Gonçalves

Joaquim Cardozo (Espumas do Mar)


Cavalos ligeiros
De eriçadas crinas
Por que sobre as ondas
Passais sem parar?
Vencendo procelas,
Ressacas em flor,
Num fulgor de estrelas
A poeira das águas
Fazeis levantar.

Espumas do mar.

Nas serenas curvas
Da carne marinha
Há sopros, há fugas
De véus a ondular;
Vestidos de rendas...
Vestidos, mortalhas
De noivas morenas
Que em noites de lua
Virão se afogar.

Virão se afogar.

Se há fomes noturnas
Mordendo e chorando,
Lívidas, remotas
Fúrias soltas no ar,
Que os lábios do vento
Se abrindo devorem
A flor de farinha
Que as vagas maiores
Irão derramar.

Espumas do mar.

Nesse fogo verde
De cinza tão branca
Que se apure um mel

De brilho sem par;
Turbinas, moendas
No giro girando
E o açúcar nascendo
Na folha das ondas
Constante a rolar.

Constante a rolar.

Sobre os seios mansos
Das baías claras
Em puro abandono
Não hei de ficar;
Saudades das ilhas,
Amor dos navios,
Segredo das águas
Nas barras dos rios
Irei desvendar.

Espumas do mar.

Em mares incertos
Irei navegar;
E direi louvores
Às velas latinas
Por bem velejar;
Louvores direi
Aos lírios de sal
E às vozes dos búzios
Que sabem cantar.

Que sabem cantar.

Teu rosto esqueci,
Teus olhos? Não sei...
Da face marcada
O espelho quebrei
De muito sonhar;
Nos laços retidos
Das águas profundas
Tesouros perdidos
Quem há de encontrar?
Espumas do mar.

Fontes:
http://www.joaquimcardozo.com.br/
Imagem = http://www.milcores.pt/

Cláudio Willer (Lançamento do livro “Um Obscuro Encanto: gnose, gnosticismo e poesia moderna”)

Com especial satisfação, convido para o lançamento e sessão de autógrafos do meu novo livro, Um obscuro encanto: gnose, gnosticismo e poesia moderna, publicado pela editora Civilização Brasileira.

LOCAL: Será na Livraria Cultura (Loja Record) do Conjunto Nacional, à Av. Paulista 2073 (a Loja Record fica na galeria, em frente à entrada principal da Cultura, onde era a loja de livros de informática; há estacionamento conveniado no Conjunto Nacional).

DATA: Dia 11 de agosto, quarta-feira, a partir das 19 h.

O livro tem 462 páginas, e já está à venda por R$ 59,90. É a versão editada (com alguma redução e também acréscimos) da minha tese de doutorado em Letras, apresentada à USP em 2008. Na primeira parte, examino e discuto as doutrinas gnósticas (e as polêmicas recentes sobre gnosticismo); na segunda, trato de suas conexões, heterodoxas e paradoxais, com uma diversidade de autores, do Romantismo até hoje: William Blake, Novalis, Nerval, Baudelaire, Rimbaud, Lautréamont, Mallarmé, Pessoa, Breton e surrealistas, Dario Veloso, Hilda Hilst etc.

Com a perícia consumada de um piloto e a paciência meticulosa de um cartógrafo, este navio-livro de Cláudio Willer percorreu a belíssima costa de um continente raramente visitado na crítica literária do Brasil. [...]Como se destas páginas emergisse uma espécie de Atlântida esquecida, com suas altas colunas, e toda uma arqueologia de objetos latentes, que iluminam a leitura na criação de belos e mais vastos horizontes.
Marco Lucchesi

Poesia, diríamos, como práxis libertária que dinamiza as recíprocas relações entre sujeito e objeto, motivada, nos poetas aqui estudados, por um sempre móvel obscuro encanto. Poesia como liberdade formal implicada com a heterodoxia, inerente à poesia, discorre Claudio Willer, isto é, como uma busca aberta de sabedoria.
Benjamin Abdala Junior
–––––––––––––––––-
CLAUDIO WILLER é poeta, ensaísta e tradutor. Seus vínculos são com a criação literária mais rebelde e transgressiva, como aquela representada pelo surrealismo e geração beat. Além de Um obscuro encanto: gnose, gnosticismo e poesia, tem, à venda em livrarias, Geração Beat (L&PM Pocket, coleção Encyclopaedia, 2009); Estranhas Experiências, poesia (Lamparina, 2004); Volta, narrativa (Iluminuras, terceira edição em 2004); Lautréamont - Os Cantos de Maldoror, Poesias e Cartas (Iluminuras, nova edição em 2008) e Uivo e outros poemas de Allen Ginsberg (L&PM Pocket, nova edição em 2010).

Fonte:
Colaboração do Autor.

Ciranda das Trovas (Equilíbrio)


(As trovas foram separadas pelos estados a qual pertencem os trovadores, colocados em ordem alfabética de seus respectivos nomes)

PARANÁ

Num equilíbrio perfeito,
cidadania há de ser
amar e honrar o direito,
levar a sério o dever.
ANTONIO AUGUSTO DE ASSIS
MARINGÁ - PR

Perdeu-se um dia a ternura
que mantinha o teu olhar,
mas o Equilíbrio é ventura
que não perde o seu lugar...
CIDINHA FRIGERI
LONDRINA – PR

Neste nosso caminhar,
equilíbrio tem que ter:
em nossa forma de amar
e no nosso proceder!
CYROBA C.B. RITZMANN
CURITIBA – PR

O amor é sempre traiçoeiro
e compete com a razão
e o equilíbrio verdadeiro
se perde com a emoção.
ELISA SANTOS
PONTA GROSSA – PR

Quem sempre em tudo exagera,
comete um autoludíbrio.
Em todo caso e esfera
é necessário equilíbrio.
GERALDO PEIXOTO DE LUNA
LONDRINA – PR

Dá-se equilíbrio e vigor,
quando há perfeita equação,
entre uma vida interior
e sua real ação.
LAIRTON TROVÃO DE ANDRADE
PINHALÃO – PR

É o equilíbrio a harmonia
Entre mente e coração;
Bom-senso e sabedoria
No pensamento e na ação.
LEONILDA YVONNETI SPINA
LONDRINA – PR

Para ser feliz, na vida,
bem alegre, a todo instante,
sem causar qualquer ferida,
o equilíbrio é importante.
NEI GARCEZ
CURITIBA – PR

Com muita dedicação,
equilíbrio é sintonia,
acalenta o coração,
no casal é harmonia.
NICOLAU ABICALAF NETO
PINHAIS – PR

Equilíbrio? Quem diria...
nunca tive, em dose certa.
Poucos notam, todavia,
pois eu tenho a mente aberta!
ROSE MARI ASSUMPÇÃO
CURITIBA – PR

Equilíbrio deve haver
mesmo no auge da paixão,
mas difícil é conter
nosso pobre coração !...
SÔNIA DITZEL MARTELO
PONTA GROSSA – PR

Equilíbrio, um dom da vida,
dos sábios, grande virtude
junto a afeição consolida,
seu poder de plenitude.
VÂNIA MARIA SOUZA ENNES
CURITIBA – PR

SANTA CATARINA

Ter equilíbrio é preciso
para poder viver bem.
Entre lágrima e sorriso
existe a pausa, também!
GISLAINE CANALES
CAMBORIÚ – SC

Duas forças em meu ego
tem a mesma intensidade
e em equilíbrio as carrego:
O sonho e a realidade.
MIGUEL RUSSOWSKY
JOAÇABA – SC

RIO GRANDE DO SUL

Equilíbrio de talento,
autocontrole, harmonia,
domínio, comedimento,
enriquecem nosso dia!
DELCY CANALLES
PORTO ALEGRE – RS

Com dose medicinal
e um equilíbrio perfeito,
não há carinho anormal
e nenhum homem sem jeito!
MARILENE BUENO
ELDORADO DO SUL – RS

Manter-se a justa medida
em tudo quanto se faz,
promove e harmoniza a vida:
- O Equilíbrio leva à Paz!
MARISA VIEIRA OLIVAES
PORTO ALEGRE – RS

RIO GRANDE DO NORTE

Um amor inconsequente
quando vira uma paixão,
tem equilíbrio na mente
mas não tem no coração!
ADEMAR MACEDO
NATAL – RN

O equilíbrio que proponho,
tem em uma extremidade,
o irrealismo do sonho
e na outra a realidade!
FRANCISCO NEVES DE MACEDO
NATAL – RN

Só ficaremos de pé,
ante os percalços da vida,
quando o equilíbrio da fé
nos mostrar uma saída.
HÉLIO PEDRO SOUZA
NATAL – RN

Que o equilíbrio consagre
paz, entre crentes e incréus.
E, que o mundo por milagre,
una-se ao reino dos céus!.
PROF. GARCIA
CAICÓ – RN

PERNAMBUCO

Harmonia equilibrada
com justiça social
pode ser considerada
equilíbrio imparcial!
LUIZA S. BENÍCIO DE MORAES
RECIFE - PE

BRASÍLIA

Quem age com equilíbrio,
moderação e presteza
dispensa força e ludíbrio
pra afirmar sua grandeza.
CYRO MASCARENHAS RODRIGUES
BRASÍLIA – DF

BAHIA

Você pode até amar
aos limites do impossível,
mas ao se relacionar,
equilíbrio, imprescindível.
RAYMUNDO SALLES BRASIL
SALVADOR – BA

ESPÍRITO SANTO

O equilíbrio mais perfeito,
que tara o amor e a paixão,
pesa no limite estreito
entre o prazer e a afeição!
GENILTON VAILLANT DE SÁ
VITÓRIA – ES

PIAUÍ

Ensina a sabedoria
o equilíbrio se manter
e dosar com harmonia
a fortaleza e o viver.
GISLENO FEITOSA
TERESINA – PI

ACRE

Muito equilíbrio e nobreza,
num Cristão pode ser visto.
também adornou a mesa
da Santa Ceia de Cristo.
RENÃ LEITE PONTES
RIO BRANCO - ACRE

MINAS GERAIS

Vendo o equilíbrio perfeito
das forças da natureza,
pôs-se o homem, em seu despeito,
a destruir-lhe a grandeza.
ALMIRA GUARACY REBÊLO
BELO HORIZONTE – MG

O equilíbrio nesta vida
conseguimos se tivermos
Deus como única guarida,
Luz dos exemplos que dermos.
ANGELA TOGEIRO
BELO HORIZONTE – MG

No equilíbrio a lei é essa:
sempre andar devagarzinho.
Quem corre, muito tropeça,
acaba errando o caminho.
CÔNSOLI
BELO HORIZONTE – MG

Pensa em Deus, se vês defeito
neste mundo tão perverso,
para o equilíbrio perfeito
entre os planos do universo!
GABRIEL BICALHO
MARIANA – MG

Vejo entre o branco e o preto
uma imensidão de cores
num equilibro completo ,
mais de mil formas de amores.
MARIA THEREZA NEVES
JUIZ DE FORA - MG

Eu e você, amor-criança
navegando em manso rio;
pratos da mesma balança
no mais perfeito equilíbrio.
OLYMPIO COUTINHO
BELO HORIZONTE – MG

RIO DE JANEIRO

Equilíbrio, marco fiel
no romance com lealdade.
É gostoso como mel,
expondo sinceridade.
AGOSTINHO RODRIGUES
CAMPOS – RJ

Diminuir a pobreza?
O equilíbrio é solução:
quem sobrar, em sua mesa,
dê ao mais pobre o seu pão!
ALBA HELENA CORRÊA
NITERÓI - RJ

Ter equilíbrio na mente,
a maior felicidade;
findar a vida da gente
depois da terceira idade!
DIAMANTINO FERREIRA
CAMPOS DOS GOYTACAZES – RJ

Opostos os sentimentos
são eles ódio e paixão.
Mas, temos que estar atentos
com equilíbrio e razão...
DILMA SUERO
ESTÁCIO – RJ

Siga firme nessa lida,
no equilíbrio e sensatez,
soboreie sempre a vida,
se orgulhando do que fez!
DIRCE MONTECHIARI
NOVA FRIBURGO - RJ

"Na corda bamba da vida,
o equilíbrio nos conduz
à esperança renascida,
num rumo feito de luz!..."
HERMOCLYDES SIQUEIRA FRANCO
NOVA FRIBURGO – RJ

Teu equilíbrio produz
um clima que me deslumbra
e, em laivos de treva e luz,
eu sonho, envolto em penumbra!
JOSAFÁ SOBREIRA DA SILVA
RIO DE JANEIRO – RJ

Não importa missa ou reza
para o equilíbrio mental,
aquilo mesmo que pesa
e tentar ser natural!
LUCIA SERTÃ
NOVA FRIBURGO – RJ

Ter equilíbrio na vida
faz bem para o coração;
ser a Deus agradecida,
demonstra ter emoção.
NEIVA FERNANDES
CAMPOS DOS GOYTACAZES - RJ

Quando o Equilíbrio no Amor
- como dizem os antigos -
tira o seu melhor sabor...
Melhor sermos só amigos!
RENATO ALVES
RIO DE JANEIRO – RJ

A amizade não dispensa
equilíbrio de afeição,
pois lhe garante a presença
de um amor "sem proporção"...
RUTH FARAH NACIF LUTTERBACK
CANTAGALO – RJ

Quem tem nobres sentimentos
e equilíbrio na afeição,
evita grandes tormentos
e mágoas no coração.
SÔNIA MARIA SOBREIRA DA SILVA
RIO DE JANEIRO

Perco a paz... não a retenho,
tonteio... fico sem norte,
se o equilíbrio eu não mantenho
na minha emoção mais forte.
THEREZINHA TAVARES
NOVA FRIBURGO – RJ

SÃO PAULO

Tem equilíbrio a pessoa
que com muito engenho e arte,
quem chega acolhe na boa,
sente falta de quem parte.
ADAMO PASQUARELLI
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS – SP

Na corda bamba da vida
meu equilíbrio anda perto
de descobrir a medida
entre um tombo e um passo certo
ALBA CHRISTINA
SÃO PAULO - SP

Quando se tem equilíbrio
é melhor a compreensão,
isso traz um grande alívio
aos males do coração.
ALDA LOPES DE OLIVEIRA REZENDE
TAUBATÉ – SP

O equilíbrio na afeição,
vale como um bom tempero,
dá sabor à relação
vai fugindo do exagero.
ALFREDO BARBIERI
TAUBATÉ – SÃO PAULO

Com equilíbrio caminho
pensando no que escrever
para mostrar o carinho
que sinto sempre ao te ver.
ANA PAULA SOUZA SANTOS.
PARAIBUNA – SP
EE. “Cel. Eduardo José de Camargo”

Com compasso e equilíbrio
andarei pela cidade.
Se tiver desequilíbrio
sairei da realidade.
ARIANE APARECIDA DOS SANTOS MACIEL
PARAIBUNA – SP
EE. “Cel. Eduardo José de Camargo”

A verdade é Jesus,
equilíbrio é bom senso;
quando encontro sua luz,
eu sinto um amor intenso.
BARÃO DE JAMBEIRO
JAMBEIRO – SP

Estava andando na rua
quando perdi o equilíbrio.
Riram todos, até a lua,
desse meu desequilíbrio.
CARLOS MAGNO BATISTA DA SILVA
PARAIBUNA – SP
EE. “Dr. Cerqueira César”

Com equilíbrio caminho
num único movimento.
Sigo sempre tão sozinho
com todo o meu sentimento.
CAROLINE GONÇALVES DOS SANTOS.
PARAIBUNA – SP
EE. “Cel. Eduardo José de Camargo”

Equilíbrio faz contraste
entre o sentido e a razão,
ligados na mesma haste
que comandam a emoção!
CÉLIA APPARECIDA SILLI BARBOSA
RIBEIRÃO PRETO – SP

Agindo em plena razão
para o equilíbrio buscar,
controle sua emoção
e deixe o bom senso atuar.
CLÁUDIO DE MORAIS
TAUBATÉ - SP

Com equilíbrio e sozinho
buscando um mundo melhor
sigo sem dor e espinho,
com as lembranças de amor.
DAIANA CRISTINA RIBEIRO
PARAIBUNA – SP
EE. “Cel. Eduardo José de Camargo”

Queria ter equilíbrio
para atravessar o mar,
mas, só o desequilíbrio
é que me faz lamuriar.
DÉBORA EVELIN SILVA DE SOUZA.
PARAIBUNA – SP
EE. “Cel. Eduardo José de Camargo”

Nosso amor (meu, na verdade,)
mal se equilibra num leito
onde finjes, sem piedade,
que não mais te diz respeito...
DIVENEI BOSELI
SÃO PAULO – SP

Na balança da afeição
equilíbrio tem que haver
pra medir com precisão
o valor do bem-querer.
EDINA DUARTE SILVA DO PRADO
RIBEIRÃO PRETO – SP

Me equilibro sobre o muro,
nas garras da sedução...
Buscando um porto seguro
que ancore o teu coração!
ELISA ALDERANI
RIBEIRÃO PRETO – SP

O equilíbrio alí mantendo
conseguiu seu bem estar,
Pois o bem pra si trazendo
Outros irá ajudar...
GERTRUDES GRECO
GUARATINGUETÁ – SP

Nunca faças nada a esmo,
usa sempre de equilíbrio;
não transformes a ti mesmo
num réu do próprio ludíbrio!
HUMBERTO RODRIGUES NETO
PIRITUBA – SP

Pra ajudar a sua mente
no equilíbrio se manter,
faça bem serenamente
o que tiver que fazer.
ILZE SOARES
CATANDUVA – SP

Nem só equilíbrio e paz
em teu rosto contemplei.
Sentindo que sou capaz:
com mais amor agirei.
ISABELLE C. G. GALVÃO SILVA
PARAIBUNA – SP
EE. “Dr. Cerqueira César”

No amor é um grande suporte
O equilíbrio é um desafio
Entre o nascimento e a morte
Pra quem tem curto o pavio
IVANA MARIA FRANÇA DE NEGRI
PIRACICABA – SP

O equilíbrio é o esteio
que suste o amor e a afeição,
na frente, atrás e no meio
sem qualquer imposição.
JAIR PEREIRA DA SILVA
PILAR DO SUL – SP

O equilíbrio na afeição
e o amor na dose certa,
harmonizam a paixão,
quando no peito desperta.
JOEL HIRENALDO BARBIERI
TAUBATÉ – SP

Quem o equilíbrio cultua,
não vive vagando ao léu;
percebe que a prece sua
alcança mais cedo o céu!
JOSÉ VALDEZ CASTRO DE MOURA
PINDAMONHANGABA - SP

Equilíbrio traz a paz...
Presente vindo de Deus.
Quero sempre ser capaz
de passá-lo para os meus.
LARISSA ALVES
PARAIBUNA – SP
EE. “Dr. Cerqueira César”

O equilíbrio é a balança
de quem sabe bem viver,
com ele sempre se alcança
coragem para vencer.
LEDA COLETTI
PIRACICABA – SP

Ajustar a temperança,
o equilíbrio e a sensatez,
é mostrar mais segurança
e viver com fluidez.
LÍDIA VARELA SENDIN
PIRACICABA - SP

Tive o equilíbrio e sem pressa
passei sozinho no frio.
Você demorou `a bessa,
sem sua presença é o vazio.
LUANA GABRIELA SANTOS DE FARIA.
PARAIBUNA – SP
EE. “Cel. Eduardo José de Camargo”

Como levar esta vida
sem equilíbrio e bom senso?
No mundo há tanta ferida,
mas no amor me recompenso.
MÁRCIA SANCHEZ LUZ
ARARAS – SP

Equilíbrio é preciso
para andar de bicicleta
para ter também juízo
e tornar- se um bom atleta
MARGARETE APARECIDA DOS SANTOS CARDOSO
PARAIBUNA – SP
EE. “Dr. Cerqueira César”

Que seja sóbrio o afeto
Não de gestos, mas de falas
Num equilíbrio discreto
Entre o que dizes e calas
MARIA CECILIA GRANER FESSEL
PIRACICABA – SP

O equilíbrio até perdi
quando me fixaste o olhar!
Teu coração invadi
no intuito de lá ficar.
MARIA CONCEIÇÃO DE PAULA
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - SP

O mais lindo dos romances
entre pessoas mantém,
diante das várias chances,
seu equilíbrio também.
MARIA DIVA FONTES RICO
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS – SP

Equilíbrio nas ações,
palavras e pensamentos,
enlaçam os corações
nos mais puros sentimentos ...
MARIA EMÍLIA LEITÃO MEDEIROS REDI
PIRACICABA – SP

Equilíbrio deves ter
ao julgares teu irmão,
pois não podes esquecer
das falácias da emoção!
MARIA MARLENE NASCIMENTO TEIXEIRA PINTO
TAUBATÉ – SP

Há na infancia brincadeiras,
equilíbrio e educação.
Pra não se fazer asneiras,
viva a equilibração.
MARIA REGINA MOURA RIBEIRO
SÃO PAULO – SP

Equilíbrio eu quero ter
para andar de bicicleta,
para um dia vir a ser
talvez, quem sabe, um atleta,
MARIA THEREZA MAZIERO DE OLIVEIRA
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS – SP
Escola: “Natural Vivência”

Equilíbrio, harmonia!
Meu estro vou pôr à prova ...
Vou dar cores à poesia!
E a doçura nesta trova.
MARLENE DE OLIVEIRA LOPES
MOGI DAS CRUZES – SP

O equilíbrio não existe
na guerra pelo poder;
é uma luta que consiste
em pensar só em vencer.
MARTINHO MONTEIRO
TAUBATÉ – SP

Crise gera desafio
e varias soluções pede
mas, o equilíbrio macio,
detona a crise e a despede.
MIFORI
MOGI DAS CRUZES – SP

Já no equilíbrio das ondas
vejo o mar agradecer,
os limites que lhe sondas
e que o faz aparecer.
MIFORI
MOGI DAS CRUZES – SP

Equilíbrio é harmonia,
prudência e moderação;
mantê-lo é manter em dia
mente sã em corpo são.
MYRTHES MAZZA MASIERO
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS – SP

Equilíbrio é por certo,
amigo da disciplina,
sem deixar canal aberto,
evita tanta ruína...
NADIR NOGUEIRA GIOVANELLI
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS – SP

Equilíbrio é o que preciso,
quando a razão escasseia,
porque a alma perde o siso,
e o coração cambaleia.
NAIDATERRA
OSASCO – SP

Neste mundo tão moderno
busca o equilíbrio, razão,
para tudo que é do inferno
nesta vida de cristão.
NILTON MANOEL
RIBEIRÃO PRETO – SP

Equilíbrio se requer
entre o querer e o poder;
só pode ter o que quer
quem quer o que pode ter!
PEDRO ORNELLAS
SÃO PAULO – SP

No batente a porta cabe
mas, estava tão aberta!...
Equilíbrio? Não se sabe.
Se não tem, a gente acerta.
RAFAELA RODRIGUES LOLO
PARAIBUNA – SP
EE. “Dr. Cerqueira César”

Com equilíbrio...Cai não!
Caminhando com cuidado
chegará, feliz irmão,
assim tão bem aprumado.
TAILA FERNANDA BITTENCOURT
PARAIBUNA – SP
EE. “Dr. Cerqueira César”

Quando vivo sentimentos
eu os vivo sem ludíbrio;
assim, vivo meus momentos
com firmeza e equilíbrio.
TARCÍSIO JOSÉ FERNANDES LOPES
DÉCIO RODRIGUES LOPES
MOGI DAS CRUZES - SP

A vida grata aventura,
pra quem ama de verdade
com equilíbrio, doçura
achará felicidade!
WANDA DUARTE DA SILVA
RIBEIRÃO PRETO – SP

Para opinar, se não mede,
deve incorrer em pecado...
Falta equilíbrio, se excede,
no dosar o certo e errado...
WANDERLEY GARCIA
JALES –SP

Estava na corda bamba,
e cai logo no chão.
Minha mãe me viu. Caramba!
Deu-me um grande beliscão.
WESLEY VINICIUS DE O. CLARO
PARAIBUNA – SP
EE. “Cel. Eduardo José de Camargo”

Sempre perco o equilíbrio
quando penso em voar,
ai vem desequilíbrio.
Não quero ficar no ar.
YASMIM SCARLAT RIBEIRO GONZAGA
PARAIBUNA – SP
EE. “Dr. Cerqueira César”

PORTUGAL

Numa família de bem
com falta de suprimentos,
equilíbrio é ganhar cem
e precisar de duzentos.
ANTÓNIO JOSÉ BARRADAS BARROSO
PAREDE – PORTUGAL

O equilíbrio perfeito,
no amor e no dever,
é jóia a trazer ao peito,
para toda a gente ver.
CÉLIA MARIA DA CUNHA SANCHES
PÉ-SALGADO GÓIS – PORTUGAL

Equilíbrio na afeição,
na justiça e no dever,
só assim, numa Nação,
valia a pena viver.
CLARISSE BARATA SANCHES
GÓIS - PORTUGAL

O equilíbrio entre a mente
e o mundo que nos rodeia
só se alcança plenamente
se de amor a alma é cheia.
DOMINGOS FREIRE CARDOSO
ÍLHAVO – PORTUGAL

Equilíbrio na afeição
é sinal de bem amar!
- Quando é grande a paixão
passa sem nada deixar!...
GISELA ALVES SINFRÓNIO
OLHÃO - PORTUGAL

Com a vida equilibrada,
a crise será vencida.
Um amor que do Céu brada,
não desliza na descida.
ISAURA MARTINS
LAMBERIAS TÁBOA/ PORTUGAL

Quem não se equlibra bem
e traz a alma perdida,
não sabe o valor que tem
o equilíbrio da vida!
JUDITE RAQUEL DAS NEVES FERNANDES
GÓIS -PORTUGAL

O equilíbrio é necessário
Sempre com justa medida
Será sempre um relicário,
Que deve manter na vida!
MARIA JOSÉ FRAQUEZA
OLHÃO – PORTUGAL

Tanto em crentes, como ateus,
há tanta gente perdida,
que apenas peço: - Meu Deus,
dá-lhe equilíbrio na vida.
OLÍVIA ALVAREZ MIGUEZ BARROSO
PAREDE – PORTUGAL

OUTROS PAÍSES

ESPANHA

É pura "necessidade"
equilíbrio do viver
compreender com humildade
que tudo deve morrer!
CARLOS IMAZ ALCAIDE
ALICANTE / ESPAÑA

ESTADOS UNIDOS

Todo homem deve saber,
que na mente, corpo e alma
EQUILÍBRIO há que ter,
para conservar a calma!
CRISTINA OLIVEIRA CHAVEZ
ESTADOS UNIDOS

FRANÇA

Auto domínio da mente,
comedimento e prudência,
são o equilíbrio presente
em nossa sobrevivência!
MAIMA
TOULON – FRANCE

JAMAICA

Urge! A Terra convida
a aplacar ardor da grama,
restaurar o verde, a vida.
Equilíbrio é por que clama.
ISRAEL DOS SANTOS
KINGSTON - JAMAICA

PERÚ

Nosso equilíbrio da mente
procuremos nós, manter,
para viver plenamente
e penúrias nunca ter.
JAMIL PISCOYA AYALA
PERÚ

REPUBLICA DOMINICANA

Equilíbrio são teus beijos
minha grande fantasia,
a cor de novos Desejos
faz da trova a poesía.
GARIBALDY MARTÍNEZ
SANTO DOMINGO – UBT-REPÚBLICA DOMINICANA

SUIÇA

De equilíbrio já dei prova
pelo mundo, em toda a parte.
Mas, pra fazer uma trova,
falta-me o engenho e arte.
JORGE A. G. VICENTE
SUÍÇA

Fonte:
Teka Nascimento (Lençois Paulista-SP)

Antonio Cândido (Literatura e Cultura de 1900 a 1945: panorama para estrangeiro) Parte 1



Nota É preciso ter em mente que o "atual" deste estudo é o ano de 1950, quando foi redigido. Isso explica certos erros de avaliação e de perspectiva, bem como o sentido então diferente de algumas palavras, como é o caso de "nacionalismo".
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Se fosse possível estabelecer uma lei de evolução da nossa vida espiritual, poderíamos talvez dizer que toda ela se rege pela dialética do localismo e do cosmopolitismo, manifestada pelos modos mais diversos. Ora a afirmação premeditada e por vezes violenta do nacionalismo literário, com veleidades de criar Até uma língua diversa; ora o declarado conformismo, a imitação consciente dos padrões europeus. Isto se dá no plano dos programas, porque no plano psicológico profundo, que rege com maior eficácia a produção das obras, vemos quase sempre um âmbito menor de oscilação, definindo afastamento mais reduzido entre os dois extremos. E para além da intenção ostensiva, a obra resulta num compromisso mais ou menos feliz da expressão com o padrão universal. O que temos realizado de mais perfeito como obra e como personalidade literária (um Gonçalves Dias, um Machado de Assis, um Joaquim Nabuco, um Mário de Andrade) representa os momentos de equilíbrio ideal entre as duas tendências.

Pode-se chamar dialético a este processo porque ele tem realmente consistido numa integração progressiva de experiência literária e espiritual, por meio da tensão entre o dado local (que se apresenta como substância da expressão) e os moldes herdados da tradição européia (que se apresentam como forma da expressão). A nossa literatura, tomado o termo tanto no sentido restrito quanto amplo, tem, sob este aspecto, consistido numa superação constante de obstáculos, entre os quais o sentimento de inferioridade que um país novo, tropical e largamente mestiçado, desenvolve em face de velhos países de composição étnica estabilizada, com uma civilização elaborada em condições geográficas bastante diferentes. O intelectual brasileiro, procurando identificar-se a esta civilização, se encontra todavia ante particularidades de meio, raça e história nem sempre correspondentes aos padrões europeus que a educação lhe propõe, e que por vezes se elevam em face deles como elementos divergentes, aberrantes. A referida dialética e, portanto, grande parte da nossa dinâmica espiritual, se nutrem deste dilaceramento, que observamos desde Gregório de Matos no século XVII, ou Cláudio Manuel da Costa no século XVIII, até o sociologicamente expressivo.

Grito imperioso de brancura em mim de Mário de Andrade, — que exprime, sob a forma de um desabafo individual, uma ânsia coletiva de afirmar componentes europeus da nossa formação.

Dentre as manifestações particulares daquela dialética, ressalta o que se poderia chamar "diálogo com Portugal", que é uma das vias pelas quais tomamos consciência de nós mesmos. Na lenta maturação da nossa personalidade nacional, a princípio não nos destacávamos espiritualmente dos nossos pais portugueses. Mas, à medida que fomos tomando consciência da nossa diversidade, a eles nos opusemos, num esforço de auto-afirmação, enquanto, do seu lado, eles nos opunham certos excessos de autoridade ou desprezo, como quem sofre ressentimento ao ver afirmar-se com autonomia um fruto seu. A fase culminante da nossa afirmação — a Independência política e o nacionalismo literário do Romantismo — se processou por meio de verdadeira negação dos valores portugueses, até que a autoconfiança do amadurecimento nos levasse a superar, no velho diálogo, esta fase de rebeldia. Tomada de consciência, portanto, como rebeldia de um lado e despeitado menosprezo de outro. Os respectivos estereótipos se formaram lentamente. Do lado brasileiro, o "magano de Portugal" prenuncia, desde Gregório de Matos, o "marinheiro" dos dias da Independência e da Regência, o "galego" do Naturalismo e de todo o anedotário desenvolvido até os nossos dias, culminando, como última manifestação, na diatribe grosseira e ingênua de Antônio Torres, em As razões da Inconfidência (1925). Do lado português, veio desde o crudelíssimo "neto da rainha Ginga" de Bocage, contra o nosso pobre Caldas Barbosa, até o: "Entenderam? É claro como o mulato" — de Camilo Castelo Branco, divertido e agressivo desprezador de brasileiros.

Na verdade, esse longo e por vezes áspero diálogo de família apresenta outros aspectos, se, ainda aqui, passarmos da atitude literária para o mecanismo profundo das influências e das trocas culturais. Pode-se mesmo dizer que a nossa rebeldia estereotipada contra o Português, representando um recurso de autodefinição, recobria no fundo um fascínio e uma dependência. Todo o nosso século XIX, apesar da imitação francesa e inglesa, depende literariamente de Portugal, através de onde recebíamos não raro o exemplo e o tom da referida imitação. Quando o diálogo se despoja da sua aspereza, amainando-se em mesuras acadêmicas, convênios ortográficos, exaltações e louvores recíprocos, na retórica sentimental e vazia das missões culturais (estamos descrevendo o que se passa no século XX), podemos ver que a influência morreu, praticamente, tanto é verdade que a vida se nutre das tensões e dos conflitos.

Fonte:
CANDIDO, Antonio. Literatura e Sociedade. 9. ed. RJ: Ouro Sobre Azul, 2006.