quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Academia Paulista de Letras (Conferências em Homenagem a Miguel Reale)



A ACADEMIA PAULISTA DE LETRAS convida para a série de conferências em homenagem a MIGUEL REALE, cujo centenário de nascimento se celebra em 6 de novembro de 2010.

Elas ocorrerão às 18,30 horas na sede do Largo do Arouche, 324, todas as quintas-feiras de novembro - 4, 11, 18 e 25 - e a primeira quinta-feira de dezembro - 2 de dezembro de 2010.

Falarão, pela ordem:
MIGUEL REALE JÚNIOR, EBE REALE, CLÁUDIO DE CICCO, CELSO LAFER, ADA PELLEGRINI GRINOVER e JOSÉ PASTORE.

O contexto equivale a um Curso de Extensão de 20 horas de duração.

Os que comparecerem a 4 conferências receberão um certificado expedido pela ACADEMIA PAULISTA DE LETRAS.

Inscrição pelo e-mail acadsp@terra.com.br

Venham e divulguem entre os amigos.

ACADEMIA PAULISTA DE LETRAS

José Feldman (Publicação do E-Book Santuário de Trovas vol.3)


Foi publicado o e-book Santuário de Trovas vol.3, contendo cerca de 90 trovas com imagens. Homenagens in memoriam, dedicatórias.

Organização e montagem por José Feldman.

Faça o download de seu exemplar aqui.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n.30)


Trova do Dia

Fiz de você minha musa
minha vida e coração,
meu pijama, minha blusa,
a taboa de salvação.
JOSÉ FELDMAN/PR

Trova Potiguar

Na fauna de estimação
tem bicho como tu és.
Com plumas feito pavão
mas sem olhar para os pés!
MARCOS MEDEIROS/RN

Uma Trova Premiada

2010 > Camboriú/SC
Tema > SEGREDO > Vencedora

Eu já fui um beija flor
em outras vidas passadas:
- era segredo em louvor
às flores desamparadas.
MARIA LUIZA WALENDOWSKY/SC

Uma Poesia livre

Suely Nobre Felipe/RN
UM SOPRO DE VIDA.

A vida jaz lá fora.
Aqui dentro,
Contento-me com o som das ruas.
Alenta-me o balé descompassado das nuvens
Levitando na pequena fenda da minha janela.
É o que me resta do dia.
Inerte, sinto um sopro de vida
Quando o vento beija o meu rosto
E, mançamente abraça o meu corpo.
Alegro-me também,
Quando de tempos em tempos
Um pequeno pássaro desfila inocente
Cruzando a pequena fenda da minha janela,
Assobiando uma bizarra cantoria
Ali donde antes,
Bailavam nuvens descompassadas
Trazendo a ilusão do movimento.
Inerte, porém, sinto a noite chegar
Sorrio para o último pássaro.
Aqui dentro,
A vida jaz em mim.
Lá fora,
O dia escurece.

Uma Trova de Ademar

Quando o amor se consolida,
mesmo que vire rotina;
termina tudo na vida,
mas esse amor não termina!...
ADEMAR MACEDO/RN

...E Suas Trovas Ficaram

Tudo é festa quando assomas
e com festa me seduzes,
teu beijo, festa de aromas,
teus olhos, festa de luzes!
VENTURELLI SOBRINHO/MG

Estrofe do Dia

Vi no jardim da poesia
Botões de versos se abrindo,
As rimas todas sorrindo,
Estrofes em harmonia...
Nesta cena de alegria,
A tristeza sobressai...
Uma borboleta cai
Na grande teia de aranha.
Vendo a agonia tamanha,
EU SOLTEI A BUTTERFLY.
DJALMA MOTA/RN

Um Sonetilho

Thalma Tavares/SP
UM DILEMA

Vivo um dilema terrível
entre a virtude e o pecado.
Quem dera fosse possível
voltar inteiro ao passado

Assim meu pecado horrível
seria, então, anulado
e eu, num milagre incrível,
voltaria imaculado.

Então não mais pecaria.
Sem transgressões não teria
remorsos a me culpar....

Mas quando tu apareces,
e me abraças e me aqueces,
eu quero mesmo é pecar.

Fonte:
O Autor

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

João Barbosa (Balaio das Letras)


MINHA MORADA

Encostada ao pé da serra,
Num pedacinho de terra,
Construí minha morada.
Vivo cheio de esperança,
Como vida de criança,
Não desconfio de nada.

Minha casa é amarela,
Bem na frente uma janela
E uma varanda espaçosa.
No meu pequeno jardim,
Um belo pé de alecrim
E muita flor perfumosa.

Uma coisa mui bonita,
Toda tarde nos visita,
Um casal de seriema.
São coisas da natureza,
Num recanto de beleza,
Num pedacinho de Extrema.

Tem muito amor e vida,
Nesta Terra querida,
Que me viu nascer.
É motivo de emoção,
Bate forte o coração
Que o peito faz doer.

EXTREMA

Subi no alto da serra
E não pude me conter,
As belezas desta terra
Que Deus fez pra se ver.

Vi os montes e as matas;
Também os vales e colinas;
Vi montanhas muito altas
E as verdejantes campinas.

Vi também minha cidade
Encostada ao pé da serra;
Quão grande felicidade
No meu coração encerra.

- Extrema cidade querida,
Berço de encantos reais;
Tu és a mais preferida
No Sul de Minas Gerais.

VIDA SOFRIDA

Meu amigo está velho
E muito cansado;
Quanta recordação
Do tempo passado!
Eu perguntei:
- E a sua vida?
Ele respondeu:
- Está muito sofrida!

Há tempos atrás
Eu vivia contente;
Sempre cantava
Muito sorridente;
Chegou a velhice
E a necessidade,
Deixei o sertão
E vim pra cidade.

Procurei meu direito
Na previdência;
Fiz meu pedido
Com certa urgência,
Que me concedesse
O meu benefício;
Pra conseguir
Foi um sacrifício.

Esta é a vida
De um trabalhador,
Que muito lutou,
Derramou suor,
E nunca enjeitou
Serviço pesado;
E hoje só vive
Num banco sentado.

NA SOMBRA DO BOSQUE

Na sombra do bosque
A brisa refrescante
Passa, a todo instante;
E as borboletas multicores
Ruflam as asas, com singeleza;
Saudando a natureza
Por entre as belas flores.

Na sombra do bosque
O garboso bem-te-vi
Pousando aqui e ali
Na ramagem perfumada
Solta seu belo canto,
Que se admira tanto
O caminheiro da estrada.

Na sombra do bosque
Tem pássaros canoros
De cantos sonoros
Com tanto queixume.
A relva florida
Tem beleza, tem vida,
E suave perfume.

HERÓIS DA LIBERDADE

Em terras estranhas,
Distante das montanhas
Desta Terra brasileira,
Muitos foram obrigados
A ficarem exilados
Além da nossa fronteira.

Alguém até inocente,
Longe da nossa gente,
Cabisbaixo e calado;
Enfrentou sério dilema,
Pra resolver o problema
E voltar ao nosso lado.

Os heróis da nossa Terra
Enfrentaram fortes guerras
E lutaram pra vencer;
Em busca da liberdade,
Lutaram com fidelidade
Sem jamais esmorecer.

A nossa liberdade,
Devemos na verdade,
Aos heróis altaneiros,
Que com grande glória,
Alcançaram a vitória
Neste país brasileiro.

Fonte:
http://www.balaiodasletras.com.br

João Barbosa (Lançamento do Livro Balaio das Letras vol. 2, em Extrema/MG)


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João Barbosa

Sou poeta, sou sonhador, como a trova que escrevi:

O poeta é um sonhador,
Que sonha acordado;
Inspirado no amor,
Sonha sonho rimado.


Nasci no município de Extrema, estado de Minas Gerais, no dia 23 de junho de 1948. Poeta desde a infância. Fui professor nas escolas municipais na zona rural. Fui também funcionário de indústrias e aposentei como autônomo.

Moro num recanto, no pé da Serra da Mantiqueira. Minha casa é amarela como as flores do ipê, no meio da natureza, entre árvores de verdejantes ramagens, onde tenho o privilégio de ouvir o cantar dos pássaros, principalmente o gorjeio do sabiá. Vez em quando, sou visitado por um casal de seriema, que quando vão se distanciando, de cima do morro, brinda-me com um canto forte e estridente. Também saracuras cantam um pouco mais longe.

E dentro de mim cantam meus versos, inspirado pelo amor, pela fé, pela natureza, pela saudade, pela família, pela Pátria, enfim... Por Deus, que me concedeu este dom de poder deixar nesta terra as minhas mais variadas páginas poéticas.

Publiquei três livros:

A VOZ DE UM POETA, lançado em 14 de novembro de 2005,
CANTIGA DE POETA, lançado em 30 de novembro de 2007 e
SÓ... SONETOS, lançado em 6 de novembro de 2009.

Para correspondência:
Caixa Postal, 154 – CEP 37640-000 – Extrema – MG.
E-mail: jbpoeta@hotmail.com

Fontes:
O Autor
Balaio das Letras

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n.29)


Trova do Dia

Melhor ser mais ponderado,
que ser altivo demais;
o barco mais equipado,
nem sempre retorna ao cais.
NEIDE ROCHA PORTUGAL/PR

Trova Potiguar

Eu creio que o cientista
que tenta o homem clonar,
vai ser mais um derrotista
tentando a Deus se igualar.
IVANISO GALHARDO/RN

Uma Trova Premiada

2002 > Amparo/SP
Tema > FOME > Menção Especial

Na rua, a infeliz criança
vagando, entre outras sem nome,
jamais provou a esperança,
mas sabe o sabor da fome.
THEREZA COSTA VAL/MG

Uma Poesia livre

Edla Feitosa Costa/PE
AMBIÇÃO

Da vida quero o hoje, o agora.
Do mundo, apenas amor.
Das flores, perfume e cor.
Da mata, seu verde e seu frescor.
Do céu estrelado quero apenas uma estrela.
Uma única estrela. A mais distante,
A mais sozinha, a mais quieta.
Com ela quero sonhar, quero voar,
Quero escapar, quero esquecer.
Do meu imaginário quero viver
E do meu futuro, nada prever...

Uma Trova de Ademar

Num cenário de beleza,
nas peripécias do Outono,
me apossei da natureza
como se eu fosse seu dono.
ADEMAR MACEDO/RN

...E Suas Trovas Ficaram

O tempo, com seu poder,
tudo altera sem clemência,
mas não me faz esquecer
os sonhos da adolescência.
REINALDO AGUIAR/RN

Estrofe do Dia

Um sutil vaga-lume reluzente
Ofertava os fulgores à criança;
O meu peito brotava a esperança
Me deixando feliz e mais contente.
Compreendi a grandeza da semente
Quando brota e depois revela a flor.
Vi que a vida se mostra com amor
Entre os ramos floridos do carinho,
Onde o afeto constrói plácido ninho
E recebe da aurora o seu fulgor.
GILMAR LEITE/PE

Soneto do Dia

Gilson Faustino Maia/RJ
CONFISSÃO

Eu já não minto, amor, eu me condeno.
Eu revelo o que sinto no meu peito,
que não sabe o que é certo e o que é direito
e não teve da sorte o nobre aceno.

Os mistérios do amor eu, tão pequeno,
envolvido por tantos preconceitos,
registrei no meu ser, quase desfeito,
Nas noites de luar tão puro e ameno.

És meu raio de luz na escuridão.
És um fato gravado, eu não te esqueço.
A pedra preciosa do meu chão.

E, nos braços da noite, eu, que enlouqueço,
confesso com meu grito à imensidão:
-Tu és, do amor, a essência que padeço!

Fonte:
Ademar Macedo

domingo, 24 de outubro de 2010

Trova 181 - Ialmar Pio Schneider (Porto Alegre/RS)

Montagem da trova sobre imagem de Iraima Bagni

Luiz Otávio (Aspectos da Trova Humorística)


Autor: Luiz Otávio (Editado pela U.B.T. - União Brasileira de Trovadores) designada para estudar alguns aspectos da Trova Humorística

1- A MALÍCIA:

Embora o conceito de malícia seja variável de pessoa para pessoa, há certo tipo de malícia que chova, de imediato, a quem a ouve. Assim, o leitor de alguma sensibilidade e cultura saberá distinguir a malícia fina, daquela que traz humorismo grosseiro.

A malícia, em nossa opinião, mesmo tendendo para o plano sexual, quando bem dosada, sutil, é perfeitamente aceitável em Trova.

Vejamos, por exemplo, esta trova de A. Bobela Mota, trovador português, em que há malícia com fundo sexual e que, entretanto, é plenamente aceitável:

“Graças a certo percalço,
Encontraste, enfim, marido...
Como vês, um passo em falso
Nem sempre é um passo perdido...”

Ou esta outra de Antônio Carlos Teixeira Pinto:

“Minha sogra é mesmo o fim,
eu digo e sinto vergonha:
dúvida tanto de mim,
que acredita na cegonha...”

De resto, até mesmo em trovas líricas, pode aparecer o erotismo explorado de maneira sutil e inteligente, emprestando força poética à mensagem, sem chocar a sensibilidade do ouvinte ou leitor.

2- A CRÍTICA, A SÁTIRA, A IRREVERÊNCIA

É inconveniente a trova que, de modo intencional, ofende, genericamente, um grupo, uma instituição, uma classe... Todavia, consideramos que é perfeitamente válida, aquela que toma, individualmente, um elemento pertencente a uma determinada profissão ou grupo, para desse indivíduo, assim isolado, fazer motivo de humor.

Como exemplo. Citaremos a conhecida trova de Antônio Salles, que satiriza, ao mesmo tempo, um militar e um médico, sem que, com esta sátira, ofenda a classe médica ou militar:

“ Eis um médico fardado
-que perfeito matador!-
quem escapar do soldado,
não escapa do doutor...”

Excepcionalmente, pode-se aceitar a trova, mesmo quando faz crítica a uma classe, porém sem premeditação de ofensa, isto é, com intenção, apenas, de fazer graça.

Tomemos, para exemplo, a Trova de Elton Carvalho que, por coincidência, é militar:

“ A mulher do militar
deve pagar mais imposto,
só pelo fato de usar
sempre um marido... com...posto...”

Ora, ainda que seja uma graça extensiva a toda uma classe – a mulher do militar - não há absolutamente , ofensa ou crítica, mas tão somente, o humorismo ingênuo de um trocadilho.

3- EMPREGO DE NOMES PRÓPRIOS

Os nomes próprios vêm sendo usados, sem discriminação, em vários gêneros literários. Na prosa, Machado de nomes adequados, para dar maior ênfase àquilo que escreviam. O sofrimento ou o riso, não raro se estampavam no nome que era dado ao personagem, principalmente o riso, pois Assis, Monteiro Lobato, Graciliano Ramos, Guimarães Rosa e outros, escolhiam os temas humorísticos facilitam enormemente a escolha do nome, vamos dizer, engraçado. Na poesia desde os clássicos, quantas vezes os nomes inventados ou verdadeiros passaram a ficar indissoluvelmente ligados aos autores, Quem não se recorda de Marília de Dirceu, de Laura de Petrarca, de Beatriz de Dante? Na música popular, vemos uma infinidade de nomes que se tornaram celebres, através de valsas, polcas, canções, no passado,e, em outros gêneros musicais, no presente. Branca, Gilca, Maria, Neusa, Nanci, Amélia, Dora, Aurora, Marina, e, Bem recentemente, Carolina, Luciana, Ana Maria, Isabela, etc... etc... São alguns dos nomes focalizados pela música popular. Nos anúncios de rádio e da televisão, anúncios muitas vezes estudados por equipes compostas de elementos formados em faculdades de comunicação, quantas vezes, o nome próprio aparece para facilitar a memorização daquilo que se pretende anunciar. Então aí os Apolônios, Jeremias, os Sugismundos...

Na própria trova lírica ou filosófica, quantas premiadas em concursos, ou consagradas pelo gosto popular, trazem nomes próprios!

Exemplo:
“ Maria, só por maldade,
deixou-me a casa vazia:
Dentro da casa a saudade,
E na saudade, -Maria!”

Esta trova, de Anis Murad, é uma das muitas que poderíamos citar e que foi classificada em 1º lugar, nos II Jogos Florais de Nova Friburgo. E quantas mais, não só em Nova Friburgo. Como em outras cidades, têm aparecido, principalmente, com o nome de Maria, quase um símbolo dos trovadores...

Há, além dos argumentos acima, outros que poderemos lembrar, em favor do aproveitamento de nomes próprios na trova humorística, tais como:

a- O nome próprio, em alguns casos, dá mais autenticidade ao assunto;

b- Há nomes próprios que, por si sós, pelo grotesco que apresentam, trazem mais humor à trova;

c- Em alguns casos, a trova gira, essencialmente, em torno do nome próprio usado;

d- Se encontramos, muitas vezes, trovas de rimas forçadas – humorísticas ou não – por que não usar o nome próprio que, além de facilitar a rima, pode trazer mais graça e fluência à trova?

Portanto, em nosso entender, é perfeitamente válido o uso de nomes próprios nas trovas, principalmente, humorísticas.

4- USO DE GÍRIA

No capítulo da gíria, cabem as mesmas considerações que fizemos com relação aos nomes impróprios. Tanto na poesia humorística, como na prosa e, principalmente, no teatro, a gíria está presente.

Não esqueçamos, também, que a gíria de hoje, amanhã poderá estar incorporada ao vernáculo. Assim tem acontecido em várias épocas, no processo evolutivo das línguas.

Chega-nos, agora, através do rádio, a notícia que o DNER do Ceará, numa experiência inusitada, está, em alguns lugares, substituindo as clássicas advertências de “cuidado”, “devagar”, por outras, bem modernas, onde a gíria é o principal ingridientes: ”manera aí, bicho!”, ou “vá em marcha de paquera”, etc...

Portanto, achamos perfeitamente natural o uso da gíria em trova humorística, por sua característica eminentemente popular.

5- PORNOGRAFIA

Muito embora o teatro moderno venha usando, ostensiva e abusivamente, a pornografia, quer parecer-nos que quase tudo isto é feito com fins comerciais ou sensacionalistas. Devemos, ainda, considerar que ao Teatro, comparecem aqueles que, com conhecimento de causa, estão dispostos a ver de perto tudo aquilo. Devemos frisar ainda que, muitas vezes, a censura faz imposições, limita a entrada a pessoas de determinadas idades. Isto acontece, também, em livros do mesmo estilo, em que se exige sejam os mesmos colocados em envelopes lacrados, com etiquetas proibitivas de venda a menores, Tal porém, não acontece com a trova pornográfica que, se declamada em público ou colocada em livro, poderá surpreender, desagradavelmente, o ouvinte ou o leitor.

Embora nos itens anteriores, tenhamos demonstrado nossa compreensão quanto ao uso da malícia, irreverência, do emprego de nomes próprios, da gíria, achamos que a trova nada lucraria com o uso de palavras obscenas, ainda que veladas.

6- ANEDOTAS

Embora seja aceitável a publicação em livros, jornais, revistas, etc, as trovas humorísticas calcadas em anedotas, julgamos que, em concursos e jogos florais, há outros aspectos importantes a considerar, além da graça, como seja a criatividade, a originalidade, enfim. Nessa ordem de idéias, é desaconselhável a classificação de trovas com aproveitamento de anedotas.

Acontece porém, que as comissões julgadoras poderão não conhecer as anedotas aproveitadas pelas trovas, o que torna interessante, portanto, o apelo que, ultimamente, os organizadores de concursos vêm fazendo, durante a classificação preliminar, no sentido de que, concorrentes ou leitores cooperem com as comissões, indicando as trovas que apresentem idéias já conhecidas (como anedotas), desde que, devidamente comprovadas, a fim de serem eliminadas do concurso.

7- USO DO “PRA”

Sabemos que a União Brasileira de Trovadores pretende criar Comissão para, entre outros assuntos, examinar o discutido emprego, em trovas, da palavra “pra”. Entrementes, julgamos essa “síncope” perfeitamente aceitável, principalmente nas trovas humorísticas, por ser expressão essencialmente popular.

Comissão de estudos: Luiz Otávio, Carlos Guimarães, Elton Carvalho, Joubert de Araújo Silva, Maria Nascimento Santos, P. de Petrus, Colbert Rangel Coelho. O relatório foi aprovado pelo Conselho Nacional da UBT- União Brasileira de Trovadores

Fonte:
Nilton Manoel

Nelson Fachinelli (Eu Sou Apenas Um Operário)


Da vida eu ainda sou aprendiz
Não sei tudo o que ela ensina.
Tenho procurado ser feliz
e ver os outros felizes me fascina.

Sigo o que meu coração diz,
a razão nem sempre predomina.
Me faz mal ver alguém infeliz,
a fraternidade me domina.

Não sou santo, nem mesmo demônio,
me preocupa a camada de ozônio,
a violência que corrói a humanidade.

Eu sou apenas um operário
cumprindo na terra seu fadário,
na busca eterna da felicidade.

Fontes:
Casa do Poeta Rio Grandense

Dino Franco (Capricho do Destino)


Considerações de Pedro Ornellas:
Considero o clássico "Capricho do Destino", do meu amigo Dino Franco, uma das melhores músicas de todos os tempos.
Ganhou destaque na década de 70 com Belmonte e Amaraí que também foi minha dupla sertaneja preferida. Teve diversas regravações. Gravei em duas vozes, com arranjos do maestro Netinho, de Cianorte e fiz formatação do vídeo para o Youtube.
Convido você a assistir, e caso não conheça a música, preste atenção à história que ela conta.
http://www.youtube.com/watch?v=3xxq2jTHm3k
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Capricho do Destino
Autor: Dino Franco

Depois de três anos que eram casados
Nasceu um filhinho que tanto sonharam
Por mais alguns tempos viveram felizes
Depois cruelmente os dois se apartaram
Ele foi embora para bem distante
E não mais souberam do seu paradeiro
Ela ficou so com o filhinho
Chorando a saudade do seu companheiro

Um dia porem já muito cansada
Do triste martírio que ela sofria
Por falsa ilusão deixou de ser nobre
Passou a viver so na boemia
Num triste abandono ficou o menino
Longe dos seus braços sem os seus carinhos
Enquanto os seus pais seguiram outro rumo
Ele foi crescendo só em maus caminhos

E foi numa noite quando o trem noturno
Fez a parada naquela estação
Um passageiro sacou de uma arma
E sem piedade matou um ladrão
Entre a multidão que ali se ajuntou
Ela foi tambem pra ver o ocorrido
E com grande espanto sem vida encontrou
Na plataforma seu filho caido

Tal qual uma louca chorando e gritando
Focou os seus olhos ao criminoso
E neste momento reconheceu
Que aquele homem era o seu esposo
Assim é o capricho da vida enganosa
Que o destino exibe em cenas reais
Crianças de crescem desamparadas
Pagam os erros que devem os seus pais

Fonte:
Pedro Ornellas

Workshop "Técnicas para Escrever Ficção"


Onde e quando: Salvador - 27/11/2010 (sábado - 09:00/18:00), Recife - 04/12/2010 (sábado - 09:00/18:00), São Paulo - 11/12/2010 (sábado - 09:00/18:00), Rio de Janeiro - 15/01/2010 (sábado - 09:00/18:00).

Quem: Julio Rocha (escritor)

Informações: www.jrocha.com.br/workshop

VAGAS LIMITADAS.

Após o lançamento de Teia Negra, surgiu a idéia de publicar uma newsletter com dicas para escritores de ficção. Logo de cara, foi um sucesso. Milhares de pessoas se interessaram e as dicas tornaram-se um sucesso de público e crítica. Isso me ajudou a vender livros e, principalmente, demonstrou a carência de informações sobre como escrever e publicar trabalhos de ficção aqui no Brasil. Quando as dicas atingiram um número de leitores estimado em mais de 100.000 pessoas, percebi que podia fazer algo mais, surgindo a idéia do workshop. Durante o workshop, tenho a oportunidade de transmitir conhecimento de uma forma muito mais efetiva e personalizada, ajudando escritores ou candidatos a escritores a agregarem as poderosas técnicas utilizadas pelos grandes autores ao seu talento e estilo. Sendo estes últimos pessoais e intransferíveis.

O conteúdo do workshop é ministrado em 8 horas de teoria e prática através de exercícios monitorados. Na semana seguinte, são oferecidas consultas individuais por e-mail (ilimitadas) para dúvidas e reforço do aprendizado.

O workshop trata dos seguintes tópicos principais:

Como Escrever as Primeiras Linhas
é muito bom quando sentamos em frente ao teclado e começamos a escrever imediatamente. As idéias parecem surgir como mágica em nossa mente e conseguimos progredir bastante em um curto espaço de tempo. Pena que isso não acontece todos os dias, pelo menos para a maioria de nós. E quando a inspiração não aparece, o que fazer?

Como Escrever um Bom Início
Você já reparou como um livro é analisado por um possível comprador em uma livraria? Ele olha a capa, lê a sinopse no verso e procura por informações nas orelhas. Além disso, na maioria das vezes, o leitor lê as primeiras páginas e toma sua decisão de ficar ou não com o livro com base no início da história! O papel do primeiro capítulo ou prólogo é fazer com que o leitor tenha vontade de continuar lendo.

Como Descrever Personagens, Locais e Objetos
Este costuma ser um ponto em que o escritor torna-se superficial demais ou acaba exagerando nas descrições e deixa o leitor cansado e desanimado com a leitura. Bom, encontrar um meio termo nem sempre é fácil, mas temos algumas coisas para levar em conta antes de descrever um local, um objeto ou personagem.

Como Estabelecer o Ponto de Vista
Este é um tópico muito importante para quem escreve romances ou textos que exigem a definição de um ponto de referência através do qual a cena que está sendo narrada irá ser filtrada. Ponto de vista, mais conhecido como POV (Point of View), quando não usado corretamente pode deixar o leitor confuso e tornar a leitura cansativa.

Como Escrever Diálogos
Aqui é que seus personagens ganham vida. é através dos diálogos que o leitor se aproxima do personagem e interage com ele mais intensamente. Um bom escritor deve saber como escrever um diálogo verdadeiro e compatível com os personagens e a com a trama.

Como Construir Personagens
Toda história tem ao menos um personagem. Pode ser uma pessoa, um animal, uma planta ou um objeto qualquer, mas ele sempre estará lá. é o personagem que trás vida para um livro. Faz rir, chorar, amar, respirar... Se você quiser contar uma boa história, terá que construir bons personagens.

Como Despertar Emoções
Você já ficou, alguma vez, com lágrimas nos olhos enquanto lia um livro? Creio que a maioria de nós já experimentou essa sensação de sofrimento diante de acontecimentos que envolvem os personagens de uma história. O principal motivo que leva o leitor a derramar lágrimas com o que está lendo é o seu vínculo com o personagem. Como criar este vínculo? Como fazer seu leitor chorar, rir e se apaixonar?

E ainda:
Como Escrever Finais, Como Escrever Lutas e Combates, Como Escrever Cenas de Sexo, Como Escrever Cenas de Suspense, Como Revisar seus Textos e Como Publicar Seus Trabalhos.

Acesse o site e assine a newsletter
"Dicas para Escrever Ficção": http://www.jrocha.com.br/
E siga as novidades pelo Twitter: http://twitter.com/juliowriter

Fonte:
Julio Rocha

Workshop “Como Publicar Seu Livro”



Se você é escritor, quer ser escritor ou tem apenas curiosidade sobre esta carreira, terá a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a profissão e o mercado literário.

Workshop: "Como Publicar seu Livro"

Onde e quando: São Paulo - 06/11/2010 (sábado - 09:00/18:00)

Quem: Tomaz Adour (Editora Usina de Letras), Sérgio Pereira Couto (escritor) e Julio Rocha (escritor)

Neste workshop, Tomaz Adour e Julio Rocha ensinam o "caminho das pedras" para quem quer publicar e vender livros. (faça sua inscrição)

Entre outros assuntos, serão abordados os seguintes tópicos:

Panorama do mercado editorial brasileiro e mundial
Editoras
Livrarias
Autores
Títulos publicados
Público alvo

Como conseguir uma editora
Agentes
Editoras tradicionais
Editoras sob demanda
Gráficas
Qual a melhor opção para cada caso?

O processo de publicação do livro
Revisão
Copidesque
Editoração
Capa, acabamento
Tiragem
Preço de venda

Distribuição e vendas
Lançamento
Divulgação
Sessões de autógrafos
Estratégia de marketing
Livrarias
Feiras, palestras, aulas
Sites, comunidades e redes
Vendas online
Direitos autorais e subsidiários (cinema, teatro, revistas, e-books, tradução)

Administração da carreira de autor
Novos livros
Agente
Viagens
Palestras pagas
Adoção em escolas
Vendas para o governo
Adiantamentos editoriais

Informações: www.jrocha.com.br/publique
VAGAS LIMITADAS.

Fonte:
Julio Rocha

Sessão de Autógrafos na Feira do Livro de Porto Alegre



CONVITE

Ialmar Pio Schneider tem o prazer do convidar você para a sessão de autógrafos do livro abaixo.

SESSÃO DE AUTÓGRAFOS
na Terça-Feira - 09/11/10
- dia dos 75 Anos de Nelson Fachinelli -

às 16 horas no

Memorial do Rio Grande do Sul
Praça da Alfândega

CONTAMOS CONTIGO!

Coletânea da Casa Do Poeta Rio-Grandense 46 anos/2010

Nossa Coletânea em Prosa e Verso

CASA DO POETA RIO-GRANDENSE 46 ANOS /2010

Organização : Ieda Cunha Cavalheiro

Editora Alternativa
.
Nossos Autores
Capa
: Velas - aquarela de Marlene Cafruny
Criação Gráfica: Neil Jouyssance
Poema: José Moreira a Silva
Prefácio Joaquim Moncks

Poetas e Prosadores
Adilar Signor - Alba Pires Ferreira - Alcione Sortica - Alda Mezeck - Alencar Torres Porto - Altayr Venzon - Ancila Dani Martins - Antonio Augusto Bandeira - Antonio Filipe Sampaio Neiva Soares - Antônio Vilela Pereira - Benedito da Costa Pereira - Carlos Alberto Fontoura Luis - Carlos da Silva Santos Neto - Cida Valadares - Clair Alves - Clarisa Rosa Ibarra Chaves - Clevane Pessoa - Dalva Leal Martins - Edison da Silva Boeira - Eloísa Rodrigues Porazza - Fídias Telles - Ialmar Pio Schneider - Iára Pacini - Ieda Cunha Cavalheiro - Ilda Maria Costa Brasil - Ilzoni Cunha de Menezes - Inalda Peters da Silva - Isabelle Cavalheiro de Mello - Joaquim Moncks - Jorge Duarte Barbosa - Jorge Ricardo Peixoto - José Araújo - José Moreira da Silva - Kátia Chiappini - Lígia Antunes Leivas - Maira Vicenzi Knop - Margarete Soares da Silva - Maria Clara Segóbia - Maria da Glória Jesus de Oliveira - Marísia de Jesus Ferreira Vieira - Mariza Nonohay - Milton José Pantaleão - Moacir Índio da Costa - Nara Regina Latorre - Neida Rocha - Neil Jouyssance Ribeiro - Odone Antônio Silveira Neves - Rosângela Cunha de Menezes - Rozelia Scheifler Rasia - Sonia Lucia de Souza Gomes - Tati Telles - Vany Campos - Yeda Araújo Pereira
Mensagens
Clevane Pessoa - Belo Horizonte
Édison Almeida - Ilha da Madeira - Portugal
Luciana Carrero - Viamão

AGRADEÇO A SUA PRESENÇA.

Fonte:
Ialmar Pio Schneider

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n.28)


Trova do Dia

Quis dar-te amor... Sofri tanto
e tantas mágoas carrego
que, hoje, desfeito o quebranto
até o desprezo eu te nego!
THEREZINHA DIEGUES BRISOLLA/SP

Trova Potiguar

Era espinho o seu amor,
mas tinha a flor da ternura;
há tempos morreu a flor
mas o espinho ainda fura.
JOSÉ LUCAS DE BARROS/RN

Uma Trova Premiada
2010 > Rio de Janeiro/RJ
Tema > CONVITE > Vencedora

Um desencontro, acredite,
o meu passado marcou:
O nosso amor foi Convite
que o destino extraviou!...
HERMOCLYDES S. FRANCO/RJ

Uma Poesia livre

J. G. de Araújo Jorge/AC
NADA MAIS...

Nada mais que isto: sentir em meu corpo
teus braços, como longas amarras
me prendendo...

Chegar... E na boca salgada e vazia
a doçura da terra em teus lábios
a frescura das águas em teus beijos...

Nada mais que isto: depois dos dias inclementes
recolher-me à sombra dos teus cabelos,
e embalar _ como em macia rede - o infinito cansaço
para dormir em teu corpo, como uma criança
em paz...

Nada mais que isto, nada mais...

Uma Trova de Ademar

De tanto não ver chover,
vertendo prantos aos molhos,
fiz uma seca nascer
na cacimba dos meus olhos.
ADEMAR MACEDO/RN

...E Suas Trovas Ficaram

Meu mundo de fantasias
me faz viver mais feliz!
Finjo ouvir todos os dias,
o que você não me diz!
VERA MARIA BASTOS/MG

Estrofe do Dia

Pelo destino grosseiro
a vida jamais lhe agrada,
se sente a alma picada
tem que ir ao picadeiro,
não pode ser altaneiro
nem tem repouso uma hora,
chagas dentro, rosas fora,
guarda espinhos mostra flor;
misto de alegria e dor,
palhaço que ri e chora.
LOURIVAL BATISTA/PE

Soneto do Dia

Palmira Wanderley/RN
BEM-TE-VI

Todas as tardes, sempre à mesma hora,
vem visitar-me um passarinho amigo...
Canta cantigas que eu cantava outrora,
canta coisas que eu sinto, mas não digo.

De onde ele vem, não sei; nem onde mora;
se lembranças me traz, guarda-as consigo.
Sinto, no entanto, quando vai-se embora,
que a minha alma não quer ficar comigo.

Hoje tardou... Há chuva nos caminhos,
mas chuva não faz mal aos passarinhos
e ele há de vir, a tarde festejando...

Lá vem ele, ligeiro como um sonho...
Canta coisas tão minhas, que eu suponho
ser o meu coração que vem cantando.

Fonte:
O Autor

sábado, 23 de outubro de 2010

José Cláudio Adão (Tá Certo, Mestre)


Tá certo, seu Rubem, “da tristeza é que brota a poesia
Onde então, meu mestre, enfio eu a minha alegria
quando, incontida, me invadir o peito?
Numa prosa desvairada, num canto de euforia?

Eu faço uns versos com tristeza, isso eu faço sim
Mas também tem momentos que o que me contagia
É um desafogo, uma mania fora de contexto
não me resta outra saída, enfim

Descarrego então, com júbilo, sem pretexto
de ensinar ou dividir, é apenas sentimento
E vai saindo um ou outro excerto
dos confins de meu pensamento.

Deixo ao sabor do vento,
que sopra dos olhos de quem lê
E concedo a quem acredita e a quem não crê
a prerrogativa do depoimento.

Fonte:
http://marimilaxavier.blogspot.com/

Silviah Carvalho (Estigma)


Construís-te sua casa na areia,
Serei a tempestade a jogá-la no chão,
Até que me libertes, pois não ando em nuvens,
Clamo, tire sua vida das minhas mãos.

Não sou da vida o presente, pouco estimo o passado,
Num branco vazio da manhã, direi adeus a este mundo,
Desfaça dessa imagem que de mim tens criado,
Assim, seguirei meu próprio rumo.

Sou do mar a fúria, do vulcão as lavas,
Sou da moeda a outra face, procurando achar-me neste espaço,
Sou a carta na manga de quem ganhou
Do que perde sou a dor - não me verás em qualquer braço.

Olhei na água, vi meu reflexo,
Paradoxo do que sou,
Os olhos são as janelas da alma!
Abri os seus, ainda assim, não sabe quem sou.

Diga meu amor que não consegue me ver quando me olha
Parece bom, me fiz enigma, me satisfaz,
Se for um jogo darei as cartas, se não for, perderá ainda mais!

Não sou a aura que vês, nem a calma que criaste,
Não sou o esteio, nem o principio, penso não poder sustentar-te,
Procura achar felicidade nisto, porque mais, não posso dar-te.

Fonte:
A Autora

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n.27)

Trova do Dia Maria-mole gigante sonhou comendo, o doceiro... Quando acordou, ofegante - faltava-lhe o travesseiro! PEDRO ORNELLAS/SP Trova Potiguar Virgindade, com certeza tornou-se coisa banal; existe enquanto está presa no cordão umbilical. HELIODORO MORAIS/RN Uma Trova de Ademar Numa aflição extremada num desespero doído, deixou na beira da estrada Tudo o que tinha comido... ADEMAR MACEDO/RN ...E Suas Trovas Ficaram Ela foi tão apertada quando ainda era mocinha, que ficou apelidada de botão de campainha! NEY DAMASCENO/RJ Estrofe do Dia Pra não morrer de saudade, Vou voltar pra minha gente. Tomar banho na nascente, Desnudo da vaidade. Já me cansei da cidade, Com fuligem de motor. Quero ser o condutor, Da vida que eu almejo. Regressar é o meu desejo, Cansei de ser sofredor. DAMIÃO METAMORFOSE/RN Soneto do Dia Miguel Russowsky/SC BAIRRO DAS FOFOCAS. O meu bairro tem gente fofoqueira... Viúvas, sei de três, sempre à janela, terríveis, cada qual mais tagarela e são formadas em falar besteira. Tem uma professora...mãe solteira, Que é linda de morrer!...Mas eu, com ela, fingimos não nos ver e por cautela erguemos entre nós uma barreira. Seu filho?...Há casos que o imprevisto apronta... Namoro ou não, ao pai ela não conta e sem... ou com razão... aconteceu. Que mulherão, ó céus! Um monumento! Quando ela passa, nem a cumprimento... Irão dizer que aquele filho é meu. Fonte: Ademar Macedo

Daniel Defoe (Moll Flanders)


Leia a sinopse e a análise desta obra em ANATOLI: Um blog Cultural. http://anatoli-oliynik.blogspot.com/

Moll Flanders é um romance do escritor ingles Daniel Defoe escrito em 1722. O título original é "The Fortunes and Misfortunes of the Famous Moll Flanders Who Was Born In Newgate, and During a Life of Continu'd Variety For Threescore Years, Besides Her Childhood, Was Twelve Year a Whore, Five Times a Wife [Whereof Once To Her Own Brother], Twelve Year a Thief, Eight Year a Transported Felon In Virginia, At Last Grew Rich, Liv'd Honest, and Died a Penitent. Written from her own Memorandums." .

Defoe escreveu essa obra após trabalhar como jornalista e panfletário. Ele tinha sido reconhecido como um novelista de talento após o sucesso do livro Robinson Crusoe, lançado em 1719. Se envolveu na disputa política entre o Whig ( British Whig Party) (liberais) e os Tory (da aristocracia). Com a ascensão ao governo de Robert Walpole, antigo partidário Whig, Defoe (e outros artistas) passaram a criticá-lo. A história de Defoe sobre uma prostituta, faz referências a esse momento da história inglesa.

Alguns definem a obra como um conto sobre o capitalismo, com diversas alusões a dinheiro, contratos, etc, que outros consideram como próprias da personalidade calculista de Moll, pois o conceito econômico não era familiar na época.

O tom do livro o torna um conto picaresco sobre a moralidade. Nesse segundo aspecto, a história de Moll possui dois ângulos: ao desejar ser uma dama (lady) ela comete adultério, prostituição, abandono de crianças e incesto. Por outro lado, ela pode ser vista como uma criminosa que alcança a paz com a confissão cristã e almeja a redenção. Dessa forma, a novela explora as ideologias conservadoras e liberais do século XVIII.

Fonte:
Wikipedia

Sérgio Rodrigues e Antônio Xerxenesky (em Autores & Idéias, de Novembro)


SÉRGIO RODRIGUES
Sérgio Rodrigues, escritor e jornalista, é autor de diversos livros e titular de duas colunas no site Veja.com: Todoprosa, referência da blogosfera literária brasileira, e Sobre Palavras, que trata de questões polêmicas e curiosas da língua portuguesa. Como ficcionista, estreou em 2000 com o volume de contos "O homem que matou o escritor" (Objetiva), cuja história-título foi publicada também na revista literária americana "Words Without Borders", e lançou ainda os romances "As sementes de Flowerville" (Objetiva, 2006) e "Elza, a garota" (Nova Fronteira, 2009), além da coletânea de contos satíricos "Sobrescritos" (Arquipélago, 2010). Como cronista dedicado a assuntos linguísticos, publicou "What língua is esta?" (Ediouro, 2005). "Elza, a garota" e "What língua is esta?" foram lançados também em Portugal pelas editoras Quetzal e Gradiva, respectivamente. Em sua longa carreira jornalística, trabalhou como editor ou colunista nas principais empresas de comunicação do país. Hoje dedicado à literatura, colabora esporadicamente para publicações como "Bravo!", "Piauí" e a revista americana "Vanity Fair". Sérgio nasceu em 1962, é mineiro de Muriaé e vive há trinta anos no Rio de Janeiro.

ANTÔNIO XERXENESKY
Antônio Xerxenesky (Porto Alegre, 1984) é ficcionista, autor do romance Areia nos dentes ( Não Editora , 2008; Editora Rocco, 2010). Já publicou narrativas curtas em antologias como Ficção de Polpa e no momento finaliza o volume de contos A página assombrada por fantasmas , que será lançado pela Editora Rocco em 2011. Seu conto "O desvio" foi adaptado para a TV por Fernando Mantelli em 2007. Atua como editor na Não Editora , onde organiza a revista online de crítica literária Cadernos de Não-Ficção . Já colaborou com artigos para a revista Vida Simples e para os jornais Estado de S. Paulo, Jornal do Brasil e Zero Hora.
Site pessoal: www.antonioxerxenesky.com
Twitter: www.twitter.com/xerxenesky

Laíde Cecilia de Sousa
Assistente de Atividades
SESC- Maringá
(44) 3262-3232
Ramal - 2755
http://www.sescpr.com.br

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Míriam Cris Carlos (Palestra na Oficina Cultural Grande Otelo, em Sorocaba)


A crônica, representada pelos autores Rubem Braga, Érico Veríssimo e Dalton Trevisan, é o tema da palestra que será realizada pela escritora e pesquisadora Míriam Cris Carlos, na Oficina Cultural Grande Otelo, na próxima sexta-feira, dia 22, a partir das 19h30.

Míriam explica que, na contemporaneidade, fica cada vez mais difícil falar sobre gêneros estanques, já que há uma grande mistura entre as formas literárias e ressalta que escolheu estes escritores para sua abordagem pela singularidade de suas obras, que misturam a crônica, o conto e até mesmo a poesia na prosa, como é o caso de Rubem Braga.

A palestra será dividida com um panorama histórico sobre a narrativa e suas características, acompanhado de exemplos extraídos dos autores escolhidos e que, muitas vezes, destoam do panorama, por irem de encontro aos conceitos pré-estabelecidos para o gênero crônica; desta forma, o que se pretende, também, é incitar o debate sobre a validade da categorização da literatura em gêneros.

A palestra interessa a professores, estudantes de letras e apreciadores da literatura.

Míriam Cris Carlos é graduada em Letras, mestre e doutora em Comunicação e Semiótica e professora / pesquisadora do programa de Mestrado em Comunicação e Cultura da Universidade de Sorocaba. Autora de “Quase tempo”, “Comunicação Antropofágica”, “Arteiras Sorocabanas” e “A pele palpável da palavra”.

Mais informações podem ser obtidas na Oficina Cultural Grande Otelo:

Praça Frei Baraúna - s/nº - Sorocaba/SP
Telefone: (15) 3224-3377
e-mail: gotelo@oficinasculturais.sp.gov.br
Funcionamento: segunda a sexta-feira – 10 às 22 h.

Fonte:
Luciana Lopez

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n.26)


Trova do Dia

Quando a tristeza me invade
o passado abre a janela,
solta as peias da saudade
e me faz entrar por ela!
DÁGUIMA VERÔNICA DE OLIVEIRA/MG

Trova Potiguar

Larga a tristeza e acalanta
teus sonhos, por onde fores.
Nada no mundo suplanta
teus lindos sonhos de amores!
PROF. GARCIA/RN

Uma Trova Premiada

2007 > Ribeirão Preto/SP
Tema > ÁRVORE > Menção Honrosa

Árvore... da terra abrigo,
que insensato o homem destrói,
pondo a vida ao desabrigo...
desatino, que corrói!
MARIA DA CONCEIÇÃO FAGUNDES/PR

Uma Poesia livre

Vicente Alencar/CE
QUE MUNDO.

Entro na Medina
vejo homens,
mulheres,
crianças,
trapos humanos,
miséria,
absurdos,
operários,
animais,
gritaria,
sujeira,
fim do mundo.
Saio da Medina
sem ver esperanças.

Uma Trova de Ademar

Eu me perdi num caminho
de tortuosos lamentos.
Depois me encontrei sozinho,
perdido em meus pensamentos...
ADEMAR MACEDO/RN

...E Suas Trovas Ficaram

Não desdenhes, orgulhoso,
do pobre que te rodeia;
vê que o mar, tão poderoso,
beija, humilde, o grão de areia.
VASQUES FILHO/PI

Estrofe do Dia

Pra não morrer de saudade,
Vou voltar pra minha gente.
Tomar banho na nascente,
Desnudo da vaidade.
Já me cansei da cidade,
Com fuligem de motor.
Quero ser o condutor,
Da vida que eu almejo.
Regressar é o meu desejo,
Cansei de ser sofredor.
DAMIÃO METAMORFOSE/RN

Um Soneto

Emílio de Menezes/PR
NOITE DE INSÔNIA

Este leito que é o meu, que é o teu, que é o nosso leito,
Onde este grande amor floriu, sincero e justo,
E unimos, ambos nós, o peito contra o peito,
Ambos cheios de anelo e ambos cheios de susto;

Este leito que aí está revolto assim, desfeito,
Onde humilde beijei teus pés, as mãos, o busto,
Na ausência do teu corpo a que ele estava afeito,
Mudou-se, para mim, num leito de Procusto!…

Louco e só! Desvairado! — A noite vai sem termo
E estendendo, lá fora, as sombras augurais,
Envolve a Natureza e penetra o meu ermo.

E mal julgas, talvez, quando, acaso, te vais,
Quanto me punge e corta o coração enfermo
Este horrível temor de que não voltes mais!…

Fontes:
Ademar Macedo
Banco da Poesia (Soneto de Emílio de Menezes)

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n.25)


Trova do Dia

Quando a neblina é mais densa
e a luz parece tão mansa,
na estrada o que a gente pensa
é que o sol ainda descansa.
OLGA AGULHON/PR

Trova Potiguar

O poeta, com certeza,
é um fingidor, na verdade.
Quando sorri de tristeza,
chora de felicidade.. .
BOB MOTTA/RN

Uma Trova Premiada

2010 > Maranguape/CE
Tema > FLOR > 1º Lugar

No jardim quando passeias
exalando teu perfume,
as flores tornam-se alheias
quem sabe, até, por ciúme!
FRANCISCO JOSÉ PESSOA/CE

Uma Poesia livre

Maria de Fátima A. de Carvalho/RN
CHUVA DE VERÃO!

Sensibilidade...
Quero docemente te sentir
A molhar meu coração
No calor deste verão

Surpresa...
E podes chegar de repente
Pois não vou me incomodar
Quando você me tocar

Toque e cheiro...
Banhe-me! Sob a luz deste sol
Com cheiro de terra molhada
Em meus braços te abraço

Sensação !!!
Nem sei como explicar
Mas se a chuva vem com sol...
Quem será que vai casar?

Uma Trova de Ademar

De sonhar eu não me oponho
nem se quer me desiludo.
Quem faz de Paz o seu sonho,
já fez metade de tudo!...
ADEMAR MACEDO/RN

...E Suas Trovas Ficaram

A vida que nós sonhamos
nunca tem cruz nem calvário.
A vida que nós levamos
é justamente ao contrário.
RENÊ BITTENCOURT/RJ

Estrofe do Dia

No peito nasce a saudade
Que invade o coração
E nele nasce o perdão
E paz para a humanidade
Quem cultiva a humildade
Irradia a alegria
Porque se beneficia
Faz-se bênção sua dor
Onde se planta uma flôr
Nasce um pé de poesia.
PETRONILO FILHO/PB

Soneto do Dia

Francisco Macedo/RN
MINHAS DIGITAIS.

Sorrateiro, qual nau, que chega ao cais,
fui chegando, em silêncio, de mansinho...
Mas, fui me aproximando, com jeitinho,
te amando muito, muito... Sempre mais!

Neste corpo de curvas sensuais,
eu deixei muitas marcas de carinho,
na pele, minha mão, fez um caminho,
de impressões, totalmente digitais.

Quero às vezes fugir, mas, ele insiste,
duvidei deste amor, mas, ele existe.
E é tão lindo que nem sei se o mereço.

Eu creio que este amor não terá fim,
e digo para o mundo e para mim,
E se ele fenecer, também feneço!...

Fonte:
Ademar Macedo

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Dia do Poeta

Antonio Manoel Abreu Sardenberg (Queria Ser)


(Homenagem ao Dia do Poeta - 20 de Outubro)

Queria ser um poeta
Para cantar o amor
E ofertar todo prosa,
Como se oferta uma rosa,
Ainda tenra em botão,
À mulher, amante, amada,
Musa, desejo e paixão...

Queria ser um poeta
Para cantar a candura
Da mãe que alimenta o filho,
Dando com tanta ternura
O leite que sai do peito
E que escorre pelo leito
De tão doce criatura!

Queria ser um poeta
Para cantar a beleza
De todo esse universo
E em prosa, trova e verso,
Cantar a doçura da vida,
Toda saudade sentida
Que machuca tanto a gente,
Que chega despercebida
Mas que dói quando se sente!

Queria ser um poeta
O mais nobre trovador
Para cantar com fervor
O sonho e a esperança,
O futuro da criança
Gerada com tanto amor!

Queria ser um poeta
Para fazer poesia
Da forma doce e discreta
E ofertar ao poeta
Um poema no seu dia.

Fontes:
O Autor
Imagem = arte final de Rita Bello

Ithalo Furtado (A Alma do Poeta)


Fizeram da minha alma
um amontoado de emoções
podaram as dores mais fortes
coloriram as lembranças perdidas
atiçaram uma saudade insuportável
que eu preferi guardar
entre os meus portões interiores por toda a vida

Fizeram de mim um poeta
E a alma do poeta é como a lágrima sobre o papel
- beleza que dissolve beleza.

Fonte:
http://poesiadiaria.wordpress.com/2009/05/02/a-alma-do-poeta/

Sônia Maria Grillo (O Poeta)


Ora vejamos,
o que mais dizer dos poetas e suas poesias?
Tudo já foi dito, pelo menos é o que acreditamos,
pois se fala de poetas e poemas, todos os dias.

Já até disseram que,
de poeta e de louco
todos nós, simples mortais como eu e você,
possuímos lá no âmago, um pouco...

O poeta é poeta em todos os momentos,
desde que adormece até a hora que desperta
e consegue ter inspiração
até mesmo contemplando uma simples pedra

ele respira poesia
não sobrevive sem poetar
e escrevendo o que sente, dia após dia,
é a maneira que encontrou, para com Deus, conversar...

Vitória-ES

Fonte:
http://orebate-martaperes.blogspot.com/

Reinaldo Lamenza (O Poeta)


Não fantasia suas emoções
Ele declara-as
Em prosas e versos
Os seus sentimentos
Que nascem do fundo
De uma alma sonhadora
Por amores ou paixões ou tristezas
Pela energia que nasce e brota
Das profundezas do seu ser
Não das suas periferias
Mas da sua alma de Poeta
Encarnada em nossos corpos
Para que possam fluir
Dos Universos da sua mente
A beleza das suas emoções
Uma energia Cósmica Universal
Que nada mais é que a tradução
Mais pura de uma palavra chamada
AMOR

Fonte:
http://brasilpoesias.ning.com/profiles/blogs/a-alma-do-poeta

Ialmar Pio Schneider (Mensagem ao poeta)


Vai em frente, segue a estrada
sem muito esperar da glória,
vida simples, devotada...
Se alguém ouvir tua estória
nostálgica e merencória,
canta sempre, até por nada !...

Faze como o passarinho
que saúda a natureza,
enquanto busca um raminho,
com afã e singeleza,
pra construir o seu ninho:
- maior prova de beleza !

Sejam teus versos cantigas
que a gente escuta na rua,
pobres canções, mas amigas
como as estrelas e a lua;
pois a terra será tua
longe de dor e fadigas...

Não temas crítica austera
e nem te afastes do tema,
sempre alcança quem espera;
prosseguir seja teu lema
e verás a primavera
coroar-te com seu diadema !

Fontes:
http://ialmarpioschneider.blogspot.com/
Imagem = http://poesiacomemocoes.blogspot.com/

Sílvia Araújo Motta (Quem é o Poeta Virtual?)


Quem é o POETA VIRTUAL? Timoneiro
De um teclado-barco da PAZ a navegar...
Aquele que pretende dar a vida primeiro
ao texto que irá fascinar o desconhecido!

Quem é o POETA VIRTUAL? Sinaleiro
De Nosso Senhor Deus do Universo...
Aquele que toca e escuta o Sino primeiro
para inspirar seu mais recente verso.

Quem é o POETA VIRTUAL? Conquistador
que se lembra do dia de São Valentim;
que é capaz de por o amor numa flor...
de despertar sonhos em lençóis de cetim...

Quem é o POETA? Escritor de Mensagens
Virtuais que alegram os destinatários;
que presta honrosas homenagens
com pensamentos extraordinários!

Quem é o POETA VIRTUAL? Mensageiro
de poemas que podem tirar solidão...
Aquele que faz amigos o ano inteiro
e que pode dar a mão e o coração.

Belo Horizonte, 20 de outubro de 2010.

Fontes:
A Autora

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n.24)



Trova do Dia

Bebo lembranças em tragos,
ao ponto da embriaguez,
para curar os estragos
que a sua ausência me fez!
ELISABETH SOUZA CRUZ/RJ

Trova Potiguar

Passastes, trem, mas por que
deixastes ficar assim?!
Vagões cheios em você;
vagões vazios em mim...?!
MANOEL CAVALCANTE/RN

Uma Trova Premiada

2010 > Camboriú/SC
Tema > SEGREDO > Vencedora

Nem brincando eu vou contar
o nosso grande segredo,
vou pôr no fundo do mar
onde o guardarei sem medo!
EFIGÊNIA COUTINHO/SC

Uma Poesia livre

Mifori/SP
O QUE MAIS POSSO DESEJAR?

Se de um inverno turbulento
nasceu a primavera...
E em teus braços tenho alento
a viver em nova era:
sem tristeza,
sem desencantos,
no colorido da natureza,
dos pássaros, ouvindo alegres cantos.
E ao sentir o perfume das flores,
pela suave brisa transportado,
caminho com as cores,
sob céu azul todo estrelado.
O que mais posso desejar?...
Estou pronta para viver!
Estou pronta para amar!

Uma Trova de Ademar

Ao compor uma poesia
sentimos no coração
que a própria taquicardia
regula a nossa emoção.
ADEMAR MACEDO/RN

...E Suas Trovas Ficaram

A descoberta, evidente,
causou impacto profundo:
Brasil, o país presente
que Portugal deu ao mundo!
WILSON MONTEMÓR/RJ

Estrofe do Dia

Uma lição luminosa
sempre tem me acontecido,
quando esbarro no meu ego
o meu querer atrevido
deixa o coração liberto,
busco Deus ali por perto,
passa a vida a ter sentido.
DÁGUIMA VERÔNICA DE OLIVEIRA/MG

Um Sonetilho

Pedro Ornellas/SP
MUNDOS.

Criamos sempre, em criança,
cismando, ingênuos, a sós,
cheio de paz e esperança,
um mundo dentro de nós!

Porém o tempo que avança
rude, implacável, veloz,
logo transforma a bonança
em tempestade feroz!

A inveja, o ciúme, a maldade,
a mentira e a falsidade,
juntam forças sem demora...

e aquele pequeno mundo,
vira presa, num segundo,
do mundo mau que há lá fora!

Fonte:
Ademar Macedo

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n.23)


Trova do Dia

Uma luz quase apagada...
Um sonho chegado ao fim...
Eis um pedaço do nada
que tu fizeste de mim!
CONCEIÇÃO A. C. DE ASSIS/MG

Trova Potiguar

Mesmo sendo transitória,
a vida, em seu transcorrer,
passa uma idéia ilusória
de que não vamos morrer.
HÉLIO PEDRO/RN

Uma Trova Premiada

2006 > Camboriú/SC
Tema > PESCADOR > Vencedora

Cristo, o maior pescador,
pescou peixes, pescou almas,
resgatou do mundo a dor,
em manhãs belas e calmas!
GLEDIS TISSOT/SC

Uma Poesia livre

Genildo Costa/RN
MEDO

Com qual cara
iremos passar pela vida?
Com qual vida
iremos viver o verde
das pichações dos muros?
Os muros
anoitecem cada dia
mais negros
do que o sentido
das palavras.
Os homens acontecem
mais sedentos,
dia a dia envelhecemos
a dor dos nossos filhos (morrendo de medo).

Uma Trova de Ademar

Minha casa muito pobre
sem sofá e sem mobília,
parece a mansão de um nobre
quando eu recebo a família.
ADEMAR MACEDO/RN

...E Suas Trovas Ficaram

As confissões mais secretas
que faz o mar às estrelas,
só os anjos e poetas
são capazes de entendê-las.
NEWTON MEYER AZEVEDO/MG

Estrofe do Dia

Rezo todo santo dia
por quem traz a sua ajuda
para um pobre bóia fria
que pouco tem quem acuda,
agradecendo ao bom Deus
que agracia aos filhos seus
nas horas de dor aguda.
MARCOS MEDEIROS/RN

Soneto do Dia

Diamantino Ferreira/RJ
POMBO CORREIO.

Ó pombo amigo, que no espaço vagas,
cortando as plagas, para a alguém distante
levar consolo em doloroso instante,
talvez da amante de longínquas plagas,

não te demores, que é mister que tragas
remédio às chagas de um sofrer constante...
Voa... Prossegue em teu labor maçante!
A todo instante, quanta dor apagas!...

Regressa breve... Eu desejava tanto
secar o pranto que ocultei comigo
pelo castigo de uma só mulher!...

Se ela voltar, não te enrouqueça o canto;
prova, no entanto, que és de fato amigo:
– Chora comigo, se ela não vier!

Fonte:
Ademar Macedo

Mostra Teatral Entreatus em Sorocaba


“Chocolate” (Núcleo Avançado)

Inspirado na obra de Joanne Harhis e na adaptação homônima para cinema, conta a história de Vianne Rocher, uma personagem misteriosa que chega sem aviso num vilarejo francês na década de 50. A sua chegada misteriosa e quase mágica além da habilidade em perceber os desejos das pessoas, abala as estruturas rígidas daquela sociedade e incita uma “batalha silenciosa” entre Vianne e o Conde de Reynaud, o austero prefeito de Lansquenet. Outros personagens são profundamente tocados pela magia e sabor do chocolate por ela preparado, mudando as suas vidas para sempre.

As Musas de Hamlet” (Núcleo Intermediário II)

As nove musas inspiradoras das artes decidem vir à Terra para ajudar um mortal (Érick) a se desenvolver como ator e conquistar um importante papel por ele almejado. Ajudadas por Zeus, soberano do Olimpo, as musas realizam o seu trabalho, sempre com muita dança, música e situações cômicas. Apenas Euterpe, a musa da música, enfrenta seu pai, o próprio Zeus, para ficar na Terra e ceder ao amor que dedica a Érick.

Esta montagem tem a participação do elenco na escolha, pesquisa e criação do texto, além de coreografias especialmente criadas por Fernanda Chelles do Spaço da Dança para as músicas selecionadas.

Indicado para alunos entre 12 e 14 anos

Terças-feiras das 19h às 21h

“A Princesinha” (Núcleo Intermediário I)

Clássico de Francis Hodgson Burnett, assim como em “O Jardim Secreto”, apresenta o conflito sócio-cultural entre a Inglaterra e a Índia no período colonial. Em virtude da Primeira Guerra Mundial, o Capitão Crewe envia sua filha de dez anos, Sara, para continuar seus estudos numa escola interna em Nova York, enquanto ele segue para o front. Inesperadamente, ocorre uma terrível tragédia. Sara fica sem nenhum dinheiro e é esquecida por todos. Ela é obrigada a vestir roupas velhas e apertadas, passa fome e frio e começa a trabalhar para ter onde dormir. Com o apoio de suas novas amigas e de suas crenças, consegue ultrapassar os momentos mais difíceis. O final é inesperado e emocionante.

Indicado para alunos entre 10 e 12 anos

Quartas-feiras das 19h às 21h
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Em todas as montagens descritas estão presentes Marcello Marra (Direção Geral, Sonoplastia, Cenografia e Canto) e Eliséte Martins (Direção de Atores, Jogos Teatrais, Preparo Vocal e Interpretação) além é claro de professores especialistas nas áreas de Dança, Expressão Corporal e Sensibilização através da História .

O Grupo Teatral Entreatus, sob a coordenação de Marcello Marra e Eliséte Martins, conta com um espaço próprio dotado de escritório, salas de aula, salão para ensaios, palco para a apresentação de espetáculos, além de camarins, biblioteca, sala de figurinos e sala para criação de trilhas sonoras.

O espaço denominado “Entreatus – Núcleo de Artes Cênicas”, serve também de ponto de referência para o desenvolvimento dos projetos do Grupo Teatral Entreatus, tanto no aprimoramento artístico-expressivo de seu quadro de atores e técnicos, como também no desenvolvimento de pesquisa de linguagem, criação e montagem de artefatos cênicos, desenvolvimento de trilhas, maquiagem etc.

O endereço do Entreatus é: Rua Professor Daniel Pereira do Nascimento, nº 56, Jd. São Carlos – Sorocaba - SP. Quem tiver interesse em participar dos cursos e obter mais informações sobre a mostra, poderá entrar em contato com Marcello Marra através dos telefones (15) 3202.6622 ou 9113.5658 ou pelo e-mail entreatus@uol.com.br

Fonte:
Luciana Machado

1ª Bienal do Livro de Araçoiaba da Serra acontece com a presença da Caravana da Leitura


O mês de outubro é marcado por diversas manifestações literárias em todo o país. Em Araçoiaba da Serra, no dia 27, acontece a 1ª Edição da Bienal do Livro Unidas Professor Toledo, realizada pela Universidade Interativa de Araçoiaba da Serra Professor Toledo, um projeto desenvolvido pela Prefeitura Municipal, juntamente com a Anhanguera Educacional.

A 1ª Bienal do Livro do Município, com entrada gratuita, será realizada na Secretaria de Educação de Araçoiaba da Serra, Rua Luane Milanda Oliveira, 500, Jardim Salete, das 10h às 21h e tem como objetivo ampliar o acesso da população às novidades do meio editorial, além de incentivar a leitura, tanto para os habitantes de Araçoiaba da Serra, bem como toda a região.

Na ocasião, o evento contará com a participação do Projeto Caravana da Leitura, de autoria do escritor Laé de Souza, que disponibilizará livros pelo valor simbólico de R$1,99.

Para gerar ainda mais entretenimento aos visitantes, a Bienal trará ainda muitas atividades culturais para crianças e intervenções artísticas no palco, tendas de alimentação, diversão, leitura e relaxamento. Estarão presentes diversas editoras, além de livrarias da cidade de Sorocaba.

Para o escritor Laé de Souza, coordenador do Grupo Projetos de Leitura, poder participar da 1ª Bienal de Araçoiaba com a Caravana da Leitura, é uma honra, afinal, levar o livro até a comunidade é uma das “fórmulas” para contribuir no processo de formação de leitores. “Fico contente por participar da Bienal de Araçoiaba, pois, o nosso trabalho visa contribuir com a formação de leitores, além de usar a leitura como um grande instrumento de promoção da cidadania” destaca.

Interessados podem conhecer outras ações de incentivo à leitura, de Laé de Souza e o roteiro da Caravana da Leitura, em "Agenda", no site http://www.projetosdeleitura.com.br/

Fonte:
Laé de Souza

Encontro Marcado entre Filosofia e Literatura, em Florianópolis/SC

Clique sobre a imagem para ampliar
Data: 25, 26 e 27 de Outubro a partir das 14h.

Local: Auditório do CED/UFSC

O evento dará certificado de 30 horas a participantes com 75% de frequência

Tanto a filosofia quanto a literatura são áreas de saberes fundamentais para a formação e construção da capacidade crítica, psíquica e cultural dos indivíduos.

Da mesma forma, a Universidade Federal de Santa Catarina e a revista Escritores do Sul, promovendo a integração entre tais áreas de conhecimento, contribuirá de modo fundamental para fomentar o intercâmbio interdisciplinar entre a literatura e a filosofia, incentivando a união dos centros envolvidos para que ainda mais atividades desta natureza continuem a ocorrer e apoiar as interdisciplinaridades.

Assim, vimos convidá-lo a participar deste evento inédito em Florianópolis , o qual envolverá acadêmicos, estudantes de Ensino Médio e a comunidade em geral, e terá como foco principal os seguintes temas e palestrantes:
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Dia 25

14h
Thaise D. Alves e Leandro R. Rodrigues (UFSC)
"Filosofia e literatura: suas possíveis conexões."

15h
Profº Heronides Maurílio de Melo Moura (UFSC)
"Metáfora:entre o real e a ficção."

16h15
Profª Carolina Bithencourt Rubin (UNISUL)
"A linguagem como ferramenta na filosofia e na literatura."

17h15
Profª Roberta Pires de Oliveira (UFSC)
"Donald Davidson e Joyce."

19h
Profº Fábio Machado Pinto (UFSC)
"Projeto, desejo e saber- de-ser; um estudo da obra: As Palavras, de Sartre."

20h
Claudio Donato (UFSC)
"Nietzsche,Goethe e Heidegger: Niilismo, Morte e Nada."

Dia 26

9h30
Profº Pedro de Souza (UFSC)
"A voz na escrita filosofica. Estilos de ficcionalização."

10h30
Luan Corrêa (UFSC)
"Som, silêncio e ruído: insinuações metafísicas entre Arthur Schopenhauer e John Cage."

14h
Profº Nazareno Eduardo Almeida (UFSC)
"Conceitos para uma ontologia semiótica da literatura."

15h
Profª Maria de Lourdes Alves Borges (UFSC)
"Kant, Shakespeare e as Paixões Humanas."

16h15
Profº Jason de Lima e Silva (UFSC)
"Felicidade trágica: quem quer ser meu destino?"

17h15
Profº MarceloAlves (UNIVALI)
"O humano em Homero."

19h
Profº Nestor Habkost (UFSC)
"EscriVer pensiformes."

20h
Profº Alexandre Brasil Falcão Neto (UFSC)
"A literatura infanto-juvenil e a filosofia no ensino médio."

Dia 27

14h
Profª Dilma Juliano (UNISUL)
"Desterritorialização do suposto narrador em Narradores de Javé."

15h
Profº Fred Stepazzoli Jr. (UNISUL)
"A ética da palavra em Foucault."

16h15
Profª Marta Martins (UDESC)
"Entre Experimentação e deriva."

17h15
Camilo Prado (UFSC)
"Villiers de L'Isle-Adam."

Fonte:
Leandro Rodrigues, da Revista Escritores do Sul.