sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Caldeirão Poético XIV



A BOCA 

A boca,
onde o fogo 
de um verão
muito antigo cintila,
a boca espera
(que pode uma boca esperar senão outra boca?) 
espera o ardor do vento
para ser ave e cantar.

Levar-te à boca,
beber a água mais funda do teu ser 
se a luz é tanta,
como se pode morrer?


DEFICIÊNCIA "VISUAL"

Um sujeito apaixonado
Parece não enxergar
Com distinção e clareza;
Pois diz ser uma “beleza”
A "feia", que tem no lar.

Ao meu oftalmologista
Pedi uma explicação:
Doutor, me dê uma pista;
Será que tem jeito a "vista"
Do apaixonado em questão?

Respondeu meu oculista,
Que da visão é doutor:
No caso particular,
Não vejo como explicar
Esta "cegueira de amor"!

Aos olhos da medicina
Não vejo uma explicação
Porém dou o meu palpite:
Deve ser uma "neurite"
Nos olhos do coração!


ACORDAR TARDE

tocas as flores murchas que alguém te ofereceu
quando o rio parou de correr e a noite
foi tão luminosa quanto a mota que falhou
a curva - e o serviço postal não funcionou
no dia seguinte

procuras ávido aquilo que o mar não devorou
e passas a língua na cola dos selos lambidos
por assassinos - e a tua mão segurando a faca
cujo gume possui a fatalidade do sangue contaminado
dos amantes ocasionais - nada a fazer

irás sozinho vida dentro
os braços estendidos como se entrasses na água
o corpo num arco de pedra tenso simulando
a casa
onde me abrigo do mortal brilho do meio-dia


PODER

Posso indicar o mar como consolo
a vista como alcance e a companhia
como distração. Mentir amizades
e razões. Dialogar palavras
de desengano.

Posso ficar no silêncio
de escuros quartos. Desdenhar
o esquecimento e omitir
fatos desenhados.

Posso refazer as paredes
e entre tábuas enxergar
o lado de fora.


AMIGO

Mal nos conhecemos
Inauguramos a palavra amigo!

Amigo é um sorriso
De boca em boca,
Um olhar bem limpo,

Uma casa, mesmo modesta, que se oferece.
Um coração pronto a pulsar
Na nossa mão!

Amigo (recordam-se, vocês aí,
Escrupulosos detritos?)
Amigo é o contrário de inimigo!

Amigo é o erro corrigido,
Não o erro perseguido, explorado.
É a verdade partilhada, praticada.

Amigo é a solidão derrotada!

Amigo é uma grande tarefa,
Um trabalho sem fim,
Um espaço útil, um tempo fértil,
Amigo vai ser, é já uma grande festa!


S I L Ê N C I O

Quando eu pensei que tudo estava certo...
eis que você, na calma de serpente,
virou meu mundo assim tão de repente
numa miragem plena de um deserto.

Meu pensamento sóbrio, tão presente,
não alertou-me como estava perto
um coração fechado... e bem aberto
à pequenez de um sopro tão latente!

Me refazendo aos poucos, fui olhando
nas passarelas de um mundo nefando
desfiles frágeis, quem olha e não vê.

Hoje agradeço sua insensatez
silenciando o vazio de vez
feliz por mim e triste por você!


ANJO ÉS

Anjo és tu, que esse poder
Jamais o teve mulher,
Jamais o há-de ter em mim.
Anjo és, que me domina
Teu ser o meu ser sem fim;
Minha razão insolente
Ao teu capricho se inclina,
E minha alma forte, ardente,
Que nenhum jugo respeita,
Covardemente sujeita
Anda humilde a teu poder.
Anjo és tu, não és mulher.

Anjo és. Mas que anjo és tu?
Em tua frente anuviada
Não vejo a c'roa nevada
Das alvas rosas do céu.
Em teu seio ardente e nu
Não vejo ondear o véu
Com que o sôfrego pudor
Vela os mistérios d'amor.
Teus olhos têm negra a cor,
cor de noite sem estrela;
A chama é vivaz e é bela,
Mas luz não tem. - Que anjo és tu?
Em nome de quem vieste?
Paz ou guerra me trouxeste
De Jeová ou Belzebu?

Não respondes - e em teus braços
Com frenéticos abraços
Me tens apertado, estreito!...
Isto que me cai no peito
Que foi?... Lágrima? - Escaldou-me...
Queima, abrasa, ulcera... Dou-me,
Dou-me a ti, anjo maldito,
Que este ardor que me devora
É já fogo de precito,
Fogo eterno, que em má hora
Trouxeste de lá... De onde?
Em que mistérios se esconde
Teu fatal, estranho ser!
Anjo és tu ou és mulher?


APENAS VI DO DIA A LUZ BRILHANTE

Apenas vi do dia a luz brilhante
Lá em Setúbal no empório celebrado,
Em sanguíneo caráter foi marcado
Pelos Destinos meu primeiro instante.

Aos dois lustros a morte doravante
Me roubou, terna mãe, teu doce agrado;
Segui Marte depois, e em fim meu fado
Dos irmãos e do pai me pôs distante.

Vagando a curva terra, o mar profundo,
Longe da pátria, longe da ventura,
Minhas faces com lágrimas inundo.

E enquanto insana multidão procura
Essas quimeras, esses bens do mundo,
Suspiro pela paz da sepultura.


COM CERTEZA!

Meus amigos de infância e de folguedos, 
já não os vejo há mais de uns oitenta anos;
se foram..., e até deixaram os seus brinquedos...
Será que carregaram os desenganos?

Meus colegas de escola e seus enredos
de amor, de sonhos e de lindos planos
sumiram todos com os seus segredos...
Nem gosto de saber..., me causa danos!

Quem nem chegou à aposentadoria,
também sumiu!  Que coisa! Que agonia!
Quase ninguém ficou..., mas que tristeza!

Sinto  saudades, em Dois de Novembro,
de quase todos eles eu me lembro...
- Mas no Céu nos veremos, com certeza!

Vinicius de Moraes (De Pombos e de Gatos)


Um dos meus grandes encantos em Florença, onde, em 1952, passei cerca de um mês, era ver da janela do meu quinto andar, no Hotel Nazionale, a madrugada toscana romper sobre a Piazza Santa Maria Novella. Habituei-me de tal modo a isso que, nos meus hábitos de noctâmbulo, esticava a noite até o amanhecer, só pelo prazer de ver a luz rósea do sol florentino descobrir e incendiar os mármores da fachada da igreja de Santa Maria Novella, bem como o claustro verde que fica à sua esquerda e as elegantes arcadas do fundo, onde existem as terracotas de Andrea e Giovanni della Robbia. Mas o prazer desse minuto de luz acabaria por resultar monótono, não se lhe seguisse um dos mais extraordinários divertissements a que já me foi dado assistir, misto de balé, cinema e circo romano, sem falar que cheio de ensinamentos sobre a vida e arte de viver perigosamente. 

O caso é que, aos primeiros vestígios de luz, começava-se a ouvir por ali em torno um brando ruflar de asas que, com o despontar do Sol, crescia num espesso burburinho ao qual vinham se unir doces arrulhos. E o ambiente, em suas cores rosa, verde, laranja e terracota, adquiria uma maciez de plumas, e logo asas brancas e trigueiras começavam a tatalar em largos voos e algumas desciam em voos rasantes, e toda uma população de pombos, habitantes daqueles mil escaninhos, como só pode proporcionar à arquitetura antiga, vinha pousar na praça. 

A coisa ficava assim por uns poucos minutos, e em breve apareciam, infalivelmente, no belo logradouro, três padres e cinco gatos. Cabe dizer, em nome da verdade, que os padres chegavam bem menos sorrateiramente que os gatos e, estou certo, com intenções muito menos maléficas, pois se vinham os padres para se aquecer um pouco ao sol e ler seus breviários, os gatos surgiam, esgueirando-se das ruas laterais, para cumprir uma fatalidade do seu destino, que é de comer pombos. E com a malícia que lhes é peculiar, colocavam-se pacientemente em posições estratégicas, sob automóveis encostados ao meio-fio, à espera do momento azado para o bote. 

Deus sabe que, entre gatos e pombos, eu sou francamente pela primeira espécie. Acho os pombos um povo horrivelmente burguês, com o seu ar bem-disposto e contente da vida, sem falar na baixeza de certas características de sua condição, qual seja a de, eventualmente, se entredevorarem quando engaiolados. Mas no caso especial da piazza de Santa Maria Novella, devo confessar que era torcida incondicional dos pombos, e só passei a torcer pelos gatos no final, quando, defrontado com a realidade de sua terrível humilhação, e provável neurose subsequente, achei que não faria nenhuma falta à comunidade o desaparecimento de uma meia dúzia de columbinos, em beneficio do sistema nervoso dos pobres gatos. Pois era quase doloroso ver o fracasso constante de suas desesperadas tentativas de caçar um pombinho que fosse. E garanto que eles empregavam todas as técnicas tradicionais dos gatos, desde a paciente emboscada, até a carreira às cegas, com saltos desordenados para todos os lados. 

Tudo em vão. Porque, a cada arremetida, os pombos limitavam-se a dar pequenos voos que criavam verdadeiros túneis para os gatos, que os percorriam em furiosas e inúteis investidas. E o pior é que cada pombo, passado o rojão, pousava como se nada tivesse havido, e continuava na sua estúpida ciscação do chão da praça, na mais total indiferença diante de seu velho inimigo. Coisa que, positivamente, devia deixar os gatos loucos. Haja visto um que um dia eu vi, depois de numerosos ataques frustrados, a morder como um possesso o pneu de um Chevrolet, e por cuja sanidade mental não poria da maneira alguma a mão na Bíblia.

Fonte:

Gerson Cesar Souza (Poemas DiVersos)


DONA DO MEU CORAÇÃO

1. Onde o Brasil é mais Sul,
Onde o vento sopra frio
Onde o céu é mais azul
Onde o Sol encontra o Rio
Onde as noites duram mais
Há uma Cidade formosa
Que é Leal e Valorosa
Porto eterno dos Casais.

Porto Alerta, Porto Certo,
Porto de Início e de Fim
Para o mundo um Porto Aberto
Porto Alegre para mim.

2. Onde a praia virou Rua
E a Usina virou cultura
Onde a história continua
Na tradição que perdura
Há um Porto onde a paixão
Me faz ficar ancorado
Capital do meu Estado
Dona do meu coração.

MELODIA

Os filhos são quais notas musicais
de uma canção que na vida tocamos.
Mas como os sons, depois que os libertamos
não há maneira de prendê-los mais.

E quando vão ao mundo, é que notamos
que nossa “afinação” deixa sinais,
os filhos são espelhos de seus pais,
nos bons e maus exemplos que ora damos.

Por isso o nosso orgulho mais profundo
é ver um filho, nos “palcos” do mundo
viver sua “canção” com harmonia.

Sempre que um filho, em sua caminhada,
escolhe a trilha honesta e afinada
a nossa vida ganha melodia.

FILHO PRÓDIGO

Um dia resolvi ganhar a estrada...
Ardia em mim uma revolta interna,
busquei nas ruas a vida moderna,
andei sem rumo, sem rota traçada...

E em cada noite, no bar, na taberna,
uma amizade falsa era encontrada.
Fui enganado... e ao ficar sem nada
restou-me o rumo da casa paterna.

E ao encontrar, justo ao abrir a porta,
o beijo doce, o abraço que conforta,
fui entendendo, após andar demais:

Mesmo que os filhos vivam a vagar
eles somente vão chamar de “LAR”
a casa onde reside o amor dos pais!

LEGADO

Das coisas que ficaram na distância
Eu lembro bem, que lá na minha infância
Meu pai abria livros para mim...
Com lobos, com porquinhos e com fadas
Eram histórias simples e engraçadas
E todo mundo era feliz no fim!

Os livros eram sempre amarelados
Por serem tanto velhos quanto usados,
Trocados por centavos... Coisa assim...
Porém, em cada livro que eu pegava,
A minha mente livre viajava!
Meu pai abria livros para mim...

Passou o tempo... E a força do destino
Deixou pra trás os livros de menino
Me transformando em um homem maduro.
Porém, agora, entendo o seu legado,
Meu pai, abrindo livros no passado,
Abriu pra mim as PORTAS DO FUTURO.

POEMA PARA MINHA MÃE

Queria dar-te o que é teu por direito:
a poesia bem metrificada
feita com rima rica e rebuscada
e que outra igual, jamais se tenha feito.

Queria dar-te o verso mais perfeito,
criar aquela estrofe iluminada
que fosse bela, simples e inspirada
nesta emoção que mora no meu peito.

Mas sabes, mãe, nenhuma poesia
vai conseguir dizer o que eu queria,
porque este sentimento que é tão meu

somente o coração pode guardar.
E o coração eu não posso te dar...
Não posso dar-te o que sempre foi teu!

CAMINHOS

Eu vivo andando em diversos caminhos
estradas longas, num país gigante.
Eu busco o novo a cada novo instante,
enfrento a dor e destinos mesquinhos.

Se a vida impõe o rumo dos sozinhos,
busco um amigo em cada alma errante,
como uma flor, que encontra o viajante
ao caminhar entre as pedras e espinhos.

Colhendo amigos, planto o meu futuro,
descubro neles o porto seguro
para ancorar as dores da saudade.

Quem tem as malas prontas pra partida
será feliz ao navegar na vida
quando encontrar o cais de uma amizade.

Fonte:
Gérson César Souza. Dons DiVersos. 
Cachoeirinha/RS: Texto Certo.

Antonio Brás Constante (Cheios de tudo)


Existem pessoas tão cheias de si, que até suas caixas de recados são cheias. Tratam os outros com a mesma intolerância fria proferida nos recados de suas máquinas vazias. Gostam de arrotar educação, com fina crueldade, mas discriminam qualquer um que não seja de seu status social. Sua arrogância está estampada em suas faces macias tratadas com creme especial.

Sabem se portar à mesa, porém desconhecem as virtudes da simplicidade excluída na periferia. Dos muitos que eles poderiam auxiliar, dos muitos que poderiam auxiliar, dos muitos que vivem sem lar, dos muitos que vivem sem poder sonhar.

Falam diversas línguas, mas desconhecem a língua universal da humildade. Vestidos como reis, escondem a própria pobreza de seus sentimentos egoístas, que acabam expostos nos seus pontos de vista, na sua fala esnobe, na empáfia de suas vidas.

Pobres animais pensantes! Pobres vítimas de sua soberba sem pudor! Pobres de nós quando encontramos estes seres sem amor! Que tratam a todos com ironia, que maltratam sua própria chance de viver com seus semelhantes em harmonia. Cheios de tudo, donos de um mundo que não é seu. Enaltecem futilidades, muitas vezes vendendo sua dignidade em troca de glamour. Negam-se a beber do cálice da benevolência. Não sabem o que é clemência. Proclamam a si mesmos como doutores, como se um mero título fosse provar que por direito são melhores do que seus irmãos de carne e sangue. Apresentam-se como senhores da decência, maquiando a própria decadência com suas requintadas máscaras de cinismo e podridão.

Existem muitos seres assim, na riqueza e na pobreza. Entre ateus e religiosos. Entre todas as raças do planeta. Trajando uma armadura de espinhos feita de ofuscante orgulho. Abrem caminho para um falso futuro, sonhando com o topo, mas vivendo em um túnel escuro, abraçando a solidão tecida por sua amargura, por acharem que neste mundo são as únicas criaturas.

Fonte:
Constante, Antonio Brás.  Hoje é o seu aniversário! “Prepare-se” : e outras histórias. 
Porto Alegre, RS : AGE, 2009.

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

II Concurso de Trovas "Memorial Luiz Otávio" (Resultado Final) Nacional / Internacional



VETERANOS
TEMA: RESPEITO

1º.
Jerson Lima de Brito
Porto Velho/RO

Sobre opiniões e crenças,
a sensatez nos diria
que o respeito às diferenças
tece teias de harmonia.

2º.
Élbea Priscila de Souza e Silva
Caçapava/SP

Não acumulei tesouros,
mas derrotei empecilhos,
minha coroa de louros
é o respeito de meus filhos.

3º.
Messias da Rocha
Juiz de Fora/MG

No amor, sempre a vida cobra
uma taxa extrema e alta,
não quando a ternura sobra,
mas quando o respeito falta.

4º.
José Ouverney
Pindamonhangaba/SP

Hoje, entre filhos e pais,
o amor é o mesmo, no entanto,
quando o respeito era mais,
amar não doía tanto!...

5º.
Dulcídio de Barros Moreira Sobrinho
Juiz de Fora/MG

Cada passo, uma pegada,
e o respeito é consequência
da correta caminhada
no percurso da existência.

6º.
Arlindo Tadeu Hagen
Juiz de Fora/MG

Na opinião divergente,
respeito é considerar
que quem pensa diferente
também merece pensar!

7º.
Luiz Moraes
São José dos Campos/SP

Respeito não custa nada
e cabe em qualquer lugar,
com ele o degrau da escada
é mais fácil se galgar.

8º.
Edmar Japiassu Maia
Nova Friburgo/RJ

- Não quero mais!... É verdade
e o meu orgulho assim lavra.
Mas em respeito à saudade,
descumpro a minha palavra!

9º.
Marcia jaber de Barros Moreira
Juiz de Fora/MG

O respeito à dor alheia
forja o espírito de luz,
que vem ao mundo e semeia
as sementes de Jesus

10º.
Myrthes Mazza Masiero
São José dos Campos/SP

Três seres! Quanto respeito!
O pai, a mãe e a criança...
Um lar feliz e perfeito:
 a paz, o amor e a esperança!

11º.
Renata Paccola
São Paulo/SP

Cuidando da natureza
com mais respeito e carinho,
poderemos, com certeza,
falar com Deus um pouquinho...

12º.
Maurício Cavalheiro
Pindamonhangaba/SP

Parte de um todo, respeito
as diferenças sociais:
o quebra-cabeça é feito
de pedaços desiguais.

13º.
Sonia Regina Rocha Rodrigues
Santos/SP

Trate a todos com respeito,
se quiser ser respeitado.
Quem se comporta direito
tem sempre um amigo ao lado.

14º.
Dalva Maria de Araújo Salles
Santos/SP

Desde a infância o preconceito
terá que ser trabalhado.
O cidadão com respeito...
será sempre respeitado.

15º.
Mario Moura Marinho
Sorriso/MT

O casal que, com rigor,
aos filhos prega o respeito,
semeia o balizador
para o fim do preconceito.

NOVO TROVADOR
TEMA: AMIZADE 

1º.
Myrthes Neusali Spina de Moraes
Atibaia/SP

A verdadeira amizade
tem a semente da flor,
germina com a bondade
e traz na raiz o amor.

2º.
Josoeverton Ramos Lopes
Sydney/Austrália

Muitas vezes, a amizade,
dispensa qualquer razão.
Pode ser a claridade,
em noites de escuridão.

3º.
Katia Sentinaro
Campinas/SP

Bom amigo tem valor
quando sabe conhecer
onde está o poder do amor,
não o amor pelo poder.

4º.
Mariangela da Silva Santos
Saquarema/RJ

As pérolas da amizade
vão tecendo meu colar...
Quanto mais sinceridade,
mais amigos a ganhar!

5º.
Nadja Cristina Lenzi Gadotti
Balneário Camboriú/SC

Nada se deixa na vida,
só caráter e amizade,
mostrando a contrapartida
do valor da lealdade.

6º.
Marciano Batista de Medeiros
Serra de São Bento/RN

Amizade é sol que brilha,
mesmo em coração ausente;
só se perde nessa trilha
quem tem alma indiferente.

7º.
Marco Aurélio Goulart
Itapecuru-Mirim/MA

Falta espaço na memória
para pôr tantas saudades…
são quais registros da história
de minha vida: amizades!

8º.
Zé Salvador
São Gonçalo/RJ

Amor de amizade é leve,
não queima como a paixão;
vem na medida que deve,
sem ferir o coração.

9º.
Olga Maria Dias Ferreira
Pelotas/RS

Pela dádiva divina,
todo o valor da verdade
reluz feito lamparina,
na verdadeira amizade.


JULGADORES do NACIONAL/INTERNACIONAL
A. A. de Assis
Eliana Palma
Vanda Fagundes Queiroz
Coordenador (Fiel Depositário): José Feldman
_____________________________________
Atenção: A Delegacia de Arapongas, da UBT, entrará em contato com os premiados para o envio dos respectivos prêmios.

II Concurso de Trovas "Memorial Luiz Otávio" (Resultado Final) Estadual: Paraná


VETERANOS
TEMA: LÍDER OU LIDERANÇA

1º.
A. A. de Assis
Maringá
Carisma é um talento e tanto,
entretanto assustador:
– Faz o líder sábio ou santo,
mas também o ditador.

2O.
Vanda Fagundes Queiroz
Curitiba
Além de força e saber
para exercer liderança,
que haja o dom de oferecer
apoio, paz, esperança!

3º.
Leonilda Yvonetti Spina
Londrina
Para exercer liderança,
não basta a capacidade;
é preciso impor confiança
e respeito, sem vaidade!

4O.
Luiza Fillus
Irati
Liderança e liderados
formam  binômio  de aliança.
Princípios bem amparados:
A nação, enfim, avança.

5o.
Nei Garcez
Curitiba
Com equilíbrio pessoal,
e um carisma permanente,
o líder, com seu astral,
congrega um bom contingente.

6O.
Paulo Roberto Walbach Prestes
Curitiba
Liderança, algo valioso
e difícil de encontrar;
um dom muito precioso
para vencer ao lutar!

7º.
Odenir Follador
Ponta Grossa/PR
Toda ação final se alcança
com a equipe em união;
onde existe liderança,
há também satisfação.

NOVO TROVADOR
TEMA: LIÇÃO

1º.
Luiz Vieira
Irati/PR
 Doutora em ecologia,
gralha azul deu uma lição.
Planta bem, com maestria,
com o seu bico, um pinhão.

2º.
Luis Parellada Ruiz
Londrina/PR
Eu lembro da professora,
que me ensinou com amor
a lição cativadora...
Agora, eu sou professor.

3º.
Oly Cesar Wolf
Campo Largo/PR
 Num reverso de aprendiz,
eu sigo vivendo em vão.
Nada guardei do que fiz,
esqueci toda a lição.

4º.
Rubia Carla Sterza Versoza
Londrina/PR
Na palma de minha mão
está a letra gravada,
formando bela lição,
por minha mãe ensinada.

 ESTUDANTIL
TEMA: PROFESSOR

1º.
Hillary  Redvig Leini
9 anos
Projeto Dorcas – Curitiba/PR

Na escola tenho amizade,
aprendo e faço a lição.
Meu professor, com bondade,
tem muita dedicação.

2º.
Erick Henrique Costa dos Santos
12 anos
Projeto Dorcas – Curitiba/PR

Professor, um bom amigo,
leal para  minha vida,
me aconselha, quando brigo
e me dá uma acolhida. 

3º.
Kamille Ribas Benitz
10 anos
Projeto Dorcas – Curitiba/PR

Na classe aprendo a lição;
junto com o  professor,
conheço nova canção,
quando ensina com amor.

4º.
Nicole Fátima
12 anos
Projeto Dorcas – Curitiba/PR

Quem ajuda na lição,
nos ensina com  amor
e tem grande coração?
- Ele é o meu bom professor!


JULGADORES do ESTADUAL
Carolina Ramos (Santos/SP)
Prof. Garcia (Caicó/RN)
Therezinha D. Brisolla (São Paulo/SP)
Coordenador (Fiel Depositário) José Feldman

___________________________
Atenção: A Delegacia de Arapongas da UBT entrará em contato com os premiados para enviar os respectivos prêmios.

segunda-feira, 29 de outubro de 2018