Raimundo
Alonso Pinheiro Rocha nasceu
em Belém em 15 de dezembro de 1926 e morreu em 23 de fevereiro de 2010, filho
do poeta Rocha Júnior e Adalgiza Guimarães Pinheiro Rocha. Foi casado com
Rita Ferreira Rocha e pai de cinco filhos. Conhecido como príncipe os poetas,
Raimundo ocupou a cadeira número 32 da Academia Paraense de Letras desde 22
de Novembro de 1996, participou da diretoria da Academia desde o ano de 1996,
ininterruptamente, com mandato até 2010. Por profissão, trabalhou como
bancário, atuando também no sindicalismo no período de 1954 a 1976, tendo
sido diretor do Sindicato dos Bancários do Pará e membro-fundador da
Federação dos Bancários do Norte-Nordeste.
Foi o IV Príncipe dos Poetas do Pará, escolhido após
consulta a um colégio eleitoral constituído de 200 personalidades integrantes
dos círculos culturais, científicos e sociais do Estado, pessoas essas ligadas
às artes e selecionadas por uma comissão especial formada pelos escritores
Georgenor de Sousa Franco Filho, Pedro Tupinambá, Victor Tamer e Albelardo
Santos. O resultado de votação através de voto assinado foi apurado em 1987,
tendo recebido na sessão solene de 21 de julho de 1989 (sesquicentenário de
Machado de Assis) a comenda de 35 gramas de ouro, oferecida pelo governo do
Estado do Pará.
Na adolescência, em 1942, fundou a Academia dos Novos em
companhia de Jurandyr Bezerra, Max Martins e Antônio Comaru Leal. Ao grupo
vieram juntar-se jovens intelectuais da época, como Benedito Nunes, Haroldo
Maranhão, Leonan Cruz, Raimundo Melo, Fernando Tasso de Campos Ribeiro, Arnaldo
Duarte Cavalcante, Gelmirez Melo, Edmar Souza, Benedito Pádua, Otávio Blatter
Pinho, Antero Soeiro, Eduálvaro Hass Gonçalves, Alberto Bordalo e Lúcia
Clairefort Seguin Dias.
Seu livro de poesias Pelas Mãos do Vento, obteve os
prêmios Vespasiano Ramos (1954) da Academia Paraense de Letras e Santa Helena
Magno (1955) do governo do Estado do Pará. Em (2004) foi presidente (por 4º.
Mandato) da União Brasileira de Trovadores – seção Belém, tendo promovido em
1997 o I Jogos Florais de Belém, bem como o XIII Concurso nacional de Trovas no
ano de 2002/Belém-Pará.
A trova, forma poética que cultivou somente há pouco tempo,
proporcionou a Alonso Rocha inúmeras vitórias em Jogos Florais e concursos pelo
Brasil, notadamente no Pará, no Ceará, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo,
Paraná, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul.
Como sonetista, foi apontado como um dos melhores dos
últimos tempos e um dos maiores dos últimos 50 anos do Pará.
Malba Than, no livro A Lua (editora Luz, Rio, 1955)
publicou o seu soneto à “Lua Cheia” e o classificou como “autêntico Príncipe da
Poesia Contemporânea.
Alonso Rocha queera sócio-correspondente das: “Academia
Norte Rio-Grande de Letras, Academia Municipalista de Letras do Brasil,
Academia Sete-Lagoana de Letras, Academia Eldoradense de Letras, do Cenáculo
Brasileiro de Letras e Artes, sócio honorário da Academia Piauiense de Letras e
cidadão honorário do Município de Marapanim-PA.
Poeta eclético, não aprisionado a escolas e sem
preconceito com qualquer forma de manifestação poética, Alonso Rocha foi
dinâmico colaborador da gestão e representatividade da Academia Paraense de
Letras.
Sua derradeira participação em atividades literárias
aconteceu em 2009 em Belém representando a Academia Paraense de Letras como
Júri do II Prêmio AP de Literatura, da Assembleia Paraense.
Recebeu vários troféus, medalhas e diplomas, resultantes
de certames poético como: 1º. Lugar no concurso promovido pelo jornal “A
Província do Pará” e Prefeitura Municipal de Belém (1961); 2° Concurso do Norte
e Nordeste de Poesia, patrocinado pelo jornal “Folha do Norte”; Palma de Ouro e
Palma de Bronze, no concurso Poetas do Mundo Lusíada da Academia de Poemas de
Massachusetts (Estados Unidos da América -1987); Medalha de Bronze, no concurso
Evolução da Cultura Brasileira, na segunda metade do século XX, do Cenáculo
Brasileiro de Letras e Artes (Rio de Janeiro, 1933); 1º. Lugar, por
unanimidade, do 1º. Concurso Nacional de Poesia do Clube dos Magistrados do Rio
de Janeiro (1997) e honrosas classificações em concurso de sonetos em Minas
Gerais, Espírito Santo e Rio de janeiro; Medalha condecorativa José Veríssimo;
Medalhas culturais Olavo Bilac, Paulino de Brito, Dr. Acylino de Leão, D. Pedro
I; Centenário do Teatro da Paz; Bicentenário da Igreja São João Batista;
Centenário da Fundação da Biblioteca e Arquivos Públicos do Pará, conferidos
pelo governo do Estado do Pará; Conselho de Cultura do Pará e Academia paraense
de Letras; Medalha Olavo Bilac, do Cenáculo Brasileiro de Letras e Artes;
Medalha condecorativa da Academia Municipalista de Letras do Brasil e Diploma
de Honra ao Mérito do Instituto de Educação do Pará.
Livros
Publicados
"Pelas Mãos do Vento" (poesia) 1955; e
"Bruno de Menezes" ou a Sutileza da Transição (Ensaio ao lado de Célia Coelho Bassalo, J.
Arthur Bogéa, João Carlos Pereira e Joaquim Inojosa) 1994, "O Tempo e o
Canto" (poesia) 2009.
Fonte:
Academia dos Poetas Paraenses
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Levo a prosa e a poesia,
através de um boletim,
e também toda a magia
que elas trazem para mim.