O velho ditado de que “a pressa é inimiga da perfeição”,
parece cada vez mais válido. Até mesmo uma grande Trovadora, e querida Irmã,
foi vítima... 
         Num artigo
intitulado “Os Temas das Trovas” ela afirma: “Falo das repetições constantes
dos Temas nas Trovas”.  Se tivesse feito
um levantamento, só dos últimos três anos, 2006, 2007 e 2008, teria constatado
que tivemos 160 Temas de Concursos; destes, apenas 11 foram repetidos e um foi
usado três vezes. Portanto apenas 7.5% dos Temas foram repetidos, o que ,
convenhamos é um número bastante aceitável.     
         Mais adiante
ela continua: “Se um tema é bonito, ele favorece à criação de Trovas bonitas, é
lógico”. Será mesmo? O que serão Temas bonitos? Amor? Saudade? Carinho?
Destino?      
         Creio eu
que, dentro destes Temas “bonitos” será muito mais fácil o aparecimento do
“lugar comum”. Talvez os Temas “originais” façam com que tenhamos “Trovas
antológicas”. 
         Por exemplo,
se o Tema fosse “PAPALVOS” teríamos Jacy Pacheco: 
Olhai, racistas, papalvos, 
das mães o exemplo de amor; 
seios negros, seios alvos, 
dão leite da mesma cor...      
                   E,
convenhamos, “papalvos” não é uma palavra bonita... ou, se o Tema fosse
“ELETROCARDIOGRAMA”, teríamos V. C. Soares de Souza: 
Prova o eletrocardiograma, 
com seus riscos desiguais, 
que o coração que mais ama, 
é sempre o que sofre mais...
                   Com
certeza, “eletrocardiograma” não é uma palavra bonita ou, pasmem, o Tema fosse
“CIBERNÉTICA”, e Madalena Léa dissesse: 
Uma pergunta patética 
acode às mentes insanas, 
no tempo da cibernética, 
que farão as mãos humanas?      
                   E,
cá pra nós, “Cibernética” é de doer! Vamos concluir com “CARDIOLOGIA” e com
Athos Fernandes: 
Meu coração desafia 
vossa perícia, Doutor; 
não cura a Cardiologia, 
cardiopatias de amor...
                   Neste
caso o tema poderia ser, também, “cardiopatia”, o que daria no mesmo! Também
sou contra a repetição de Temas em Concursos; também sou contra o uso de temas
“menos poéticos” em Concursos, mas, primeiro, acho o número de repetições
pequeno, e, segundo, tenho dúvidas se é o tema “poético” ou o tema “original”
que “obriga” o Trovador a fazer Trovas melhores.
                   Talvez
até não seja bem assim, mas, é bom pensar no assunto.
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