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MOTE
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Profetizaste, é verdade,
que o nosso amor findaria
mas esqueceste a saudade
nessa amarga profecia.
Alonso Rocha
Belém/PA, 1926 – 2011
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GLOSA
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Profetizaste, é verdade,
numa certeza que grita,
o fim da felicidade
de nossa história bonita!
Previste com muito afã,
que o nosso amor findaria.
Não restaria amanhã,
nem sombra dessa alegria!
Falaste com suavidade:
do fim – da separação,
mas esqueceste a saudade
que machuca o coração!
Depois do adeus, que é tão triste,
sobrará só nostalgia...
que, na verdade, omitiste
nessa amarga profecia.
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EU QUISERA...
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MOTE
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Eu quisera ser feliz,
ser feliz como ninguém,
como ninguém, sempre eu quis,
ser feliz com outro alguém!
Dalvina Fagundes Ebling
Cruz Alta/RS, 2020+
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GLOSA
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Eu quisera ser feliz,
nesse mundo sofredor
e ser eterna aprendiz
na faculdade do amor!
Viver somente alegrias,
ser feliz como ninguém,
e nessas minhas poesias
levar esse amor, além!
Quisera um novo matiz
pra minha realidade,
como ninguém, sempre eu quis,
achar a felicidade!
Sempre estarás junto a mim,
pois o meu sonho contém
o desejo de, em meu fim,
ser feliz com outro alguém!
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CHORO AMORES...
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MOTE
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Choro meus sonhos perdidos
e os meus desejos frustrados,
pelos anos mal vividos
entre amores fracassados!
Delcy Canalles
Porto Alegre/RS
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GLOSA
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Choro meus sonhos perdidos
porque os sonhos que sonhei,
sempre em nadas, convertidos,
foi o tudo que ganhei!
Meu pranto se faz mais triste,
e os meus desejos frustrados,
me mostram que não existe
nenhum sonho em meus guardados!
Meus cantos, viram gemidos
em dorida nostalgia,
pelos anos mal vividos
que entristecem o meu dia!
Eu vivo sem emoção.
Tenho os olhos já cansados.
Soluça o meu coração
entre amores fracassados!
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VELHICE... AO VENTO...
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MOTE
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Nas curvas do desalento
quando a paixão me convida
eu largo a velhice ao vento
e bebo o sopro da vida!
Eduardo Toledo
Pouso Alegre/MG
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GLOSA
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Nas curvas do desalento
eu procuro desviar
para ver, se assim aguento
o tempo triste a passar!
Mas fico atento e feliz
quando a paixão me convida
a fazer tudo que eu quis,
numa emoção comovida.
Sentindo esse doce alento,
me apegando de verdade,
eu largo a velhice ao vento
e vivo a felicidade!
Vivo, agora, o meu depois,
junto à quimera esquecida,
no cálice de nós dois,
e bebo o sopro da vida!
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RI, PALHAÇO...
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MOTE
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Ri, palhaço, que o teu riso
vai, à dor, dar acolhida,
transformando em paraíso
teu picadeiro da vida.
Giselda Medeiros
Fortaleza/CE
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GLOSA
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Ri, palhaço, que o teu riso
tem sempre um eco profundo
quando te ouço, idealizo
um sorriso para o mundo!
O teu riso, diferente,
vai, à dor, dar acolhida,
diminuindo a dor da gente,
curando qualquer ferida!
Em teu gargalhar, diviso,
tudo o que de bom existe,
transformando em paraíso
este nosso mundo triste!
Faze, então, doce palhaço
dessa alegria nascida,
sobreviver, sem fracasso,
teu picadeiro da vida.
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CUMPLICIDADE
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MOTE
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É quando a noite se aquieta
que eu sinto a cumplicidade,
do amor que me faz poeta,
com a dor que me faz saudade!
João Paulo Ouverney
Pindamonhangaba/SP
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GLOSA
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É quando a noite se aquieta
na languidez das estrelas
que a minha visão de esteta
me deixa feliz, por vê-las!
É sempre em noite silente,
que eu sinto a cumplicidade,
pareço um adolescente,
sonhando em profundidade!
Encontro na estrada reta,
os pedacinhos de sonhos,
do amor que me faz poeta,
que faz meus dias risonhos!
Me identifico também,
com a dor e a ansiedade
e sofro, como ninguém,
com a dor que me faz saudade!
Fonte> Gislaine Canales. Glosas Virtuais de Trovas XI. In Carlos Leite Ribeiro (produtor) Biblioteca Virtual Cá Estamos Nós. http://www.portalcen.org. Setembro de 2003.
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Levo a prosa e a poesia,
através de um boletim,
e também toda a magia
que elas trazem para mim.