Voltei ao lugar onde nasci.
Revi rostos, matei saudades.
Muitos não estão mais aqui,
partiram em tenras veleidades.
2
O meu silêncio está no seu rosto,
o meu dá para se ver também.
Meu Deus, que grande desgosto
para em você e em mim, meu bem.
3
Estou boquiaberto,
além de sozinho,
me vejo num deserto
sem você e sem carinho.
4
Parti sem dizer adeus
e agora bateu a saudade...
Ainda recordo os olhos seus
perseguindo-me pela cidade.
5
Foi uma noite de tormento,
a saudade de você apertou,
a ponto de até em pensamento
esquecer que você me abandonou.
6
Volte para mim,
não me abandone...
Sem você será meu fim,
sem falar na dor que me consome.
7
O que eu fiz da minha vida?
Perdi tudo e aqui estou...
Minha estrada se fez perdida,
tudo o que eu tinha desmoronou.
8
Você chegou
de repente, do nada
e eu sorri...
de felicidade.
Contudo, logo depois
você se foi,
e ainda agora
aqui estou
acorrentado em enorme saudade.
9
Sou a saudade
que você deixou
à hora amarga do seu adeus...
Hoje sou “o tudo
que restou do nada” ,
além das lágrimas dos olhos seus.
10
Vai, me leva pra sua casa,
quero ser o seu amor.
Com você a minha imaginação cria asas
apesar desse seu desamor...
Porém, não sou desistir,
nem entregar os pontos,
um dia você vai descobrir
que fomos em matéria de amor... dois tontos.
Por fim, para terminar,
entre dois olhares,
a distância se estendeu como um suspiro.
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Aparecido Raimundo de Souza, natural de Andirá/PR, 1953. Em Osasco, foi responsável, de 1973 a 1981, pela coluna Social no jornal “Municípios em Marcha” (hoje “Diário de Osasco”). Neste jornal, além de sua coluna social, escrevia também crônicas, embora seu foco fosse viver e trazer à público as efervescências apenas em prol da sociedade local. Aos vinte anos, ingressou na Faculdade de Direito de Itu, formando-se bacharel em direito. Após este curso, matriculou-se na Faculdade da Fundação Cásper Líbero, diplomando-se em jornalismo. Colaborou como cronista, para diversos jornais do Rio de Janeiro e Minas Gerais, como A Gazeta do Rio de Janeiro, A Tribuna de Vitória e Jornal A Gazeta, entre outras. Hoje, é free lancer da Revista ”QUEM” (da Rede Globo de Televisão), onde se dedica a publicar diariamente fofocas. Escreve crônicas sobre os mais diversos temas as quintas-feiras para o jornal “O Dia, no Rio de Janeiro.” Acadêmico da Confraria Brasileira de Letras. Reside atualmente em Vila Velha/ES.
Fontes:
Versos enviados pelo autor.
Imagem criada por Jfeldman com Microsoft Bing
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