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quarta-feira, 15 de outubro de 2025

Dicas de escrita para escritores, pelos famosos (Luís Fernando Veríssimo)


Luís Fernando Veríssimo, renomado escritor, cronista e humorista brasileiro, é conhecido por sua escrita leve, criativa e cheia de humor. Embora não tenha um manual formal para novos escritores, suas entrevistas, textos e obras oferecem lições valiosas para quem está começando na escrita. Aqui estão algumas dicas extraídas do estilo e das ideias de Veríssimo, com base em sua abordagem literária:

1. Leia muito e de tudo

Veríssimo frequentemente destaca a importância da leitura como base para a escrita. Ele é um leitor ávido e diversificado, o que enriquece sua obra.

Leia autores diferentes, de gêneros variados, para expandir seu vocabulário, seu estilo e sua visão criativa.

“A leitura é essencial. Não há escritor que não seja antes de tudo um leitor.” (LFV)

2. Escreva sobre o que você conhece

Ele acreditava que escrever sobre o que você conhece (seja experiências, comportamentos ou situações) torna o texto mais autêntico e envolvente. Ele usava muito do cotidiano em suas crônicas.

Observe pessoas, situações e diálogos reais ao seu redor. Transforme o comum em algo interessante.

“O humor está no cotidiano, no que vivemos todos os dias. Basta saber olhar.” (LFV)

3. Use o humor como ferramenta

O humor é a marca registrada dele. Ele usava o humor para criticar, questionar e até emocionar. O humor não precisa ser escancarado; pode ser sutil ou irônico.

Experimente inserir humor em situações inesperadas, como em uma conversa banal ou em um momento de tensão.

“O humor é uma forma de olhar o mundo. Às vezes, ele é o único jeito de suportá-lo.” (LFV)

4. Seja simples e direto

Veríssimo evitava floreios desnecessários. Sua escrita é clara, acessível e fluida, o que o torna compreensível para leitores de todas as idades.

Evite palavras complicadas ou frases muito longas. Priorize a clareza e a naturalidade.

“O mais difícil é escrever simples.” (LFV)

5. Observe e capture o comportamento humano

Muitas das histórias e crônicas de Veríssimo são baseadas no comportamento humano, com descrições precisas e engraçadas de situações do dia a dia.

Preste atenção em como as pessoas falam, se movem e reagem. Isso pode inspirar personagens e diálogos autênticos.

“O ser humano é fascinante, porque ele é previsível e imprevisível ao mesmo tempo.” (LFV)

6. Experimente diferentes gêneros e formatos

Sua escrita transita entre crônicas, contos, romances, quadrinhos e roteiros. Essa versatilidade o ajudou a alcançar públicos diferentes.

Se você escreve contos, experimente crônicas. Se escreve prosa, tente poesia. Expandir suas habilidades pode surpreender você.

“Eu gosto de experimentar. Às vezes funciona, às vezes não. Mas o importante é tentar.” (LFV)

7. Não se leve tão a sério

Veríssimo acreditava na leveza e no prazer de escrever. Ele não tentava ser pretensioso ou “literário” demais.

Escreva com naturalidade, sem se preocupar excessivamente com perfeição. Divirta-se no processo.

“Escrever é como contar uma boa piada: tem que fluir, senão perde a graça.” (LFV)

8. Cultive a curiosidade

Ele era curioso por natureza e usava isso para criar histórias e personagens. Ele observava o mundo com olhar atento e questionador.

Pergunte-se “e se?” com frequência. Por exemplo: “E se esse vizinho estranho fosse um espião?” ou “E se o mundo acabasse amanhã?”

“A curiosidade é o que move o escritor.” (LFV)

9. Não tenha medo de reescrever

Ele mencionava que reescrever faz parte do processo de escrita. Nem sempre o primeiro rascunho será perfeito.

Depois de escrever, deixe o texto descansar. Volte a ele com um olhar crítico e faça ajustes.

“Escrever é reescrever.” (LFV)

10. Seja um observador do tempo em que vive

Veríssimo usava suas crônicas para refletir sobre questões sociais, políticas e culturais. Ele transformava o contexto em ficção ou humor.

Olhe ao redor e escreva sobre o que está acontecendo no mundo – com crítica, ironia ou emoção.

“A crônica é um reflexo do tempo em que vivemos.” (LFV)

11. Não tenha pressa para encontrar sua voz

Segundo Veríssimo, o estilo de um escritor surge com o tempo e a prática. Não se preocupe em ser original no início; a autenticidade virá.

Escreva todos os dias, mesmo que seja apenas um parágrafo. Aos poucos, você encontrará seu próprio jeito de contar histórias.

“O estilo é uma consequência, não um objetivo.” (LFV)

12. Divirta-se escrevendo

Acima de tudo, ele acreditava que a escrita deve ser prazerosa, tanto para o autor quanto para o leitor.

Escreva sobre temas que você gosta ou que o divertem. Isso transparecerá no texto e cativará o leitor.

“Se você não se diverte escrevendo, o leitor não vai se divertir lendo.” (LFV)

Resumo das dicas de Luís Fernando Veríssimo

- Leia muito e observe o mundo ao seu redor.

- Escreva com simplicidade, autenticidade e leveza.

- Inclua humor e ironia sempre que possível.

- Reescreva e experimente novos formatos.

- Não tenha pressa: a prática e a consistência são essenciais.

Essas lições mostram que a escrita é tanto uma arte quanto um ofício – e, como Veríssimo demonstrava em sua obra, ela pode ser ao mesmo tempo inteligente e divertida.

Luís Fernando Veríssimo é mestre em usar o humor em suas crônicas para criticar, refletir ou simplesmente entreter. Seu estilo é marcado por uma combinação de ironia, observações do cotidiano, diálogos engraçados e situações aparentemente banais que ele transforma em algo hilário. Aqui estão alguns exemplos de como ele usa o humor em suas crônicas, com explicações sobre as técnicas empregadas:

1. Observação do Cotidiano

Veríssimo transforma situações comuns em algo cômico ao destacar o absurdo ou a ironia escondida no dia a dia.

Exemplo: “A Dieta”
Nesta crônica, Veríssimo brinca com a obsessão por dietas e o comportamento contraditório das pessoas que tentam emagrecer. Ele narra a história de alguém que segue uma dieta rigorosa durante o dia, mas à noite devora um bolo inteiro escondido na cozinha.

Humor: A graça está no exagero e na identificação do leitor com o comportamento descrito. Quem nunca tentou enganar a própria dieta?

Trecho:
“A dieta é questão de honra. Você toma só suco no café da manhã, come só salada no almoço, recusa a sobremesa, mas, à noite, o bolo de chocolate começa a cochichar seu nome na cozinha.”

2. Humor Autodepreciativo

Ele usa a si mesmo ou narradores fictícios como alvos da piada, criando empatia com o leitor.

Exemplo: “Academia”
O narrador conta sua experiência desastrosa ao entrar em uma academia de ginástica, fazendo piada sobre a falta de preparo físico e o desconforto em meio a pessoas saradas.

Humor: A graça está no contraste entre o narrador comum (fora de forma) e os frequentadores da academia, além da ironia com a própria situação.

Trecho:
“Eu sabia que estava fora de forma, mas não sabia que a forma era tão fora de mim. No primeiro exercício, quase desmaiei. No segundo, desmaiei mesmo.”

3. Diálogos Bem-Humorados

Cria diálogos rápidos e engraçados, muitas vezes absurdos ou carregados de ironia.

Exemplo: “O Analista de Bagé”
O Analista de Bagé, um dos personagens mais famosos de Veríssimo, é um psicanalista gaúcho que mistura o rigor da análise freudiana com a rusticidade e a franqueza típicas do interior do Rio Grande do Sul.

Humor: O contraste entre o cenário sofisticado da psicanálise e a simplicidade gaudéria cria situações hilárias.

Trecho:
Paciente: “Doutor, eu tenho um problema com a minha mãe...”
Analista: “Problema com a mãe? Pois te atira de joelhos no chão e pede perdão pra velha, tchê!”
Paciente: “Mas ela está morta!”
Analista: “Então pede perdão mais alto, que ela há de ouvir, vivente!”

4. Ironia e Crítica Social

Usa o humor para criticar comportamentos, preconceitos ou aspectos da sociedade, mas de forma leve e acessível.

Exemplo: “A Mulher Ideal”
Ele descreve o que seria a mulher ideal de acordo com os padrões absurdos da sociedade, brincando com os estereótipos de beleza e comportamento.

Humor: A ironia está em exagerar os padrões irreais, tornando-os absurdos e, portanto, engraçados.

Trecho:
“A mulher ideal é aquela que acorda maquiada, tem o corpo de atleta olímpica, nunca reclama e ainda acha graça das piadas do marido. Em resumo, não existe.”

5. Exagero e Situações Surreais

Veríssimo leva situações cotidianas ao extremo para torná-las cômicas.

Exemplo: “A Guerra do Lanche”
A crônica narra uma discussão entre amigos sobre quem vai pagar a conta de um lanche, que acaba escalando para uma guerra literal, com batalhas e exércitos.

Humor: O exagero transforma algo trivial (dividir a conta) em uma situação épica e absurda.

Trecho:
“No início, era só um argumento: ‘Eu pago.’
Depois, começaram os insultos: ‘Você pagou da última vez, então deixa que eu pago agora!’
Em minutos, estávamos armados com os canudos e os guardanapos como bandeiras.”

6. Troca de Expectativas

Surpreende o leitor ao subverter o desfecho esperado de uma situação.

Exemplo: “Amor”
Um homem vê uma mulher maravilhosa no trânsito e sente que é amor à primeira vista. Ele fantasia sobre como seria a vida ao lado dela, mas, quando finalmente decide segui-la, descobre que ela está dando carona para o marido.

Humor: O final inesperado quebra o clima romântico e traz o leitor de volta à realidade.

Trecho:
“Ela era perfeita, e eu já imaginava nossos filhos, nossa casa e nosso cachorro. Mas então ele apareceu, e eu me perguntei: ‘Será que o marido dela também é perfeito?’”

7. Paródias e Referências Culturais

Usa paródias para brincar com obras literárias, filmes ou eventos históricos.

Exemplo: “Romeu e Julieta às Avessas”
Ele reconta a história de Romeu e Julieta, mas com um final cômico e invertido: os dois sobrevivem e, anos depois, estão entediados no casamento.

Humor: A graça está na desconstrução de uma história clássica e no contraste entre o romance idealizado e a realidade.

Trecho:
“Romeu e Julieta sobreviveram e se casaram. Dez anos depois, Julieta gritava: ‘Deixa de ser dramático, Romeu, e vai lavar a louça!’”

8. Personagens Cômicos

Cria personagens marcantes e engraçados, como o Analista de Bagé, a Velhinha de Taubaté (que acreditava cegamente no governo) ou Ed Mort (um detetive atrapalhado).

Exemplo: “Ed Mort”
Ed Mort é um detetive particular que sempre se mete em confusões absurdas. Seu humor vem da mistura de autoconfiança e incompetência.

Humor: A graça está nas situações ridículas que Ed Mort enfrenta e na forma como ele tenta resolvê-las.

Trecho:
“Ela entrou no meu escritório com um vestido vermelho e um problema. Eu estava com fome e sem dinheiro. Era o início de um caso perfeito!”

Luís Fernando Veríssimo usava o humor de maneira inteligente e versátil, explorando ironias, exageros, diálogos bem-humorados, críticas sociais e situações do cotidiano. O segredo do seu sucesso está na leveza com que ele aborda temas sérios e banais, sempre criando identificação e risadas no leitor. Seu humor é uma aula de como usar a simplicidade para criar textos memoráveis!

Fontes:
José Feldman (org.) Como escrever? Floresta/PR: Plat. Poe. Biblioteca Voo da Gralha Azul.
Imagem criada por Jfeldman com Meta do Whatsapp

domingo, 12 de outubro de 2025

Dicas de Escrita (Uso de aspas ou travessão nos diálogos)


O uso de diálogos em romances e contos é uma ferramenta poderosa para dar vida às personagens, desenvolver a trama e trazer dinamismo à narrativa. Saber como estruturá-los corretamente, utilizando aspas ou travessão, é essencial para garantir clareza e engajamento. Abaixo, explico detalhadamente como usar diálogos, com exemplos e orientações práticas.

A. Diálogos com aspas

Quando usar:
- Esse formato é mais comum em textos de origem anglo-saxônica, mas também é aceito em textos em português, especialmente em estilos literários modernos ou em traduções de obras estrangeiras.

Estrutura:
- As falas das personagens são colocadas entre aspas, geralmente aspas duplas (“ ”). 

- Quando há um verbo de elocução (disse, perguntou, respondeu, etc.), ele pode aparecer antes ou depois do diálogo, separado por vírgula.

Exemplos:

1. Fala simples com verbo de elocução:
   “Você vai sair agora?”, perguntou João.
   Mariana respondeu: “Não, acho que vou ficar em casa hoje.”

2. Fala seguida por uma ação ou descrição:
    “Isso não está certo.” Ela cruzou os braços e encarou-o, séria.
    Ele suspirou, cansado, e disse: “Já conversamos sobre isso tantas vezes.”

3. Falas intercaladas por verbos ou ações:
   “Se eu pudesse voltar no tempo”, disse ele, olhando para o chão, “talvez as coisas fossem diferentes.”
 “Não acredito que você fez isso!” exclamou ela. “Como pôde ser tão imprudente?”

4. Para destacar pensamentos:
   Ela pensou: “Será que ele sabe o que está fazendo?”

Dica: Em diálogos com aspas, evite usar travessões simultaneamente, para não confundir o leitor.

B. Diálogos com travessão

Quando usar:
O travessão (–) é amplamente utilizado em textos literários em português. É o formato mais tradicional e preferido em narrativas clássicas e contemporâneas no Brasil.

Estrutura:
O diálogo começa com um travessão.

Quando há um verbo de elocução, a fala e o verbo são separados por vírgula, e o verbo começa com letra minúscula.

Se o diálogo for interrompido por uma ação ou descrição, usa-se um novo travessão.

Exemplos:
1. Fala simples com verbo de elocução:
   – Você vai sair agora? – perguntou João.
   – Não, acho que vou ficar em casa hoje. – respondeu Mariana.

2. Fala seguida por uma ação ou descrição:
   – Isso não está certo. – Ela cruzou os braços e encarou-o, séria.
   – Já conversamos sobre isso tantas vezes. – Ele suspirou, cansado.

3. Falas intercaladas por verbos ou ações:
   – Se eu pudesse voltar no tempo, – disse ele, olhando para o chão – talvez as coisas fossem diferentes.
   – Não acredito que você fez isso! – exclamou ela. – Como pôde ser tão imprudente?

4. Falas sem verbo de elocução:
    – O que você quer?
    – Só vim buscar minhas coisas.

C. Combinação de diálogos e descrições

Diálogos não precisam ser isolados; eles podem integrar descrições e pensamentos para criar ritmo e profundidade. Veja como fazer isso:

Exemplo:
João se aproximou devagar, hesitante. Olhou para Mariana, que parecia distante, e falou com um tom quase inaudível:
  – Você ainda pensa em nós?
  Ela levantou os olhos e, por um instante, parecia que ia responder. Mas apenas balançou a cabeça, antes de dizer:
  – Não sei, João. Não sei mais o que pensar.

D. Dicas práticas para escrever diálogos envolventes

1. Dê uma voz única a cada personagem:
   Cada personagem deve ter uma forma de falar que reflita sua personalidade, contexto social e idade. Um jovem adolescente não falará como um professor universitário.

2. Evite exposições desnecessárias:
   - Não use os diálogos para despejar informações óbvias. Por exemplo:
     - Evite: “Como você sabe, João, temos que entregar o relatório amanhã.”
     - Prefira: “Já preparou o relatório para amanhã?”, perguntou João.

3. Use verbos de elocução com moderação:
Não exagere nos verbos rebuscados como “vociferou” ou “admoestou”. Palavras simples como “disse”, “perguntou” ou “respondeu” são suficientes na maioria dos casos.

Errado: – O que você quer? – vociferou ele, com os olhos em chamas.
Certo: – O que você quer? – perguntou ele, irritado.

4. Mostre, não conte:
Em vez de dizer que a personagem está nervosa, mostre isso no diálogo ou nas ações:

Errado: – Estou muito nervoso! – disse ele.
Certo: – Onde você estava? – Ele tamborilava os dedos na mesa, sem encará-la.

5. Evite diálogos longos e monótonos:
Intercale falas com ações, pensamentos ou descrições para manter o ritmo. 

Exemplo:
– Você não entende! – Ela levantou-se de súbito, derrubando a cadeira. – Tudo o que eu fiz foi por nós.

E. Quando usar aspas ou travessões?

A escolha depende do estilo do texto e do público-alvo:

Aspas: Preferidas em textos modernos, especialmente quando o autor quer um estilo mais próximo do inglês ou mais minimalista.

Travessões: Mais tradicionais, mantêm o texto alinhado às normas literárias em português e são amplamente aceitos por editoras brasileiras.

Ao dominar o uso de diálogos, você conseguirá enriquecer suas narrativas, tornando-as mais dinâmicas e cativantes!

VANTAGENS E DESVANTAGENS DO USO DOS DOIS FORMATOS

Os dois formatos mais usados para diálogos em narrativas – aspas e travessões – têm suas vantagens e desvantagens. A escolha entre eles depende do estilo do autor, do público-alvo e até do gênero literário. Abaixo, apresento uma análise detalhada para ajudar você a decidir quando e como usar cada formato.

1. USO DE ASPAS (“ ”)

VANTAGENS

1. Estilo Moderno e Internacional:
É amplamente utilizado em textos de língua inglesa e em traduções de obras estrangeiras. Se o objetivo é criar uma obra com apelo internacional ou mais moderna, as aspas podem ser uma boa escolha.

2. Clareza em diálogos curtos:
Aspas são visivelmente delimitadoras de fala, o que facilita a leitura em diálogos curtos e diretos.

Exemplo: “Você está bem?”, perguntou ela.

3. Flexibilidade com descrições:
Combina bem com estilos narrativos onde fala, pensamentos e descrições se misturam.

Exemplo:
“Eu não consigo fazer isso.” Ela suspirou, olhando para o chão. “Mas talvez você consiga.”

4. Leveza visual:
Aspas ocupam menos espaço visual na página, deixando o texto mais fluido e menos “carregado”.

5. Versatilidade em pensamentos ou citações:
Aspas funcionam bem para destacar pensamentos ou trechos de outros textos.

Exemplo: Ela pensou: “Será que ele está mesmo falando a verdade?”

DESVANTAGENS

1. Menor tradição em português:
Apesar de serem aceitas, as aspas não são o formato mais tradicional em obras literárias em português. Leitores acostumados a textos clássicos podem estranhar.

2. Confusão com citações dentro do diálogo:
Pode gerar ambiguidades quando é necessário incluir citações na fala de uma personagem.

Exemplo: “Ele disse: ‘Vou fazer isso amanhã’, mas eu não acredito.”

3. Menor destaque para falas longas:
Em diálogos extensos ou com muitas intervenções, aspas podem dificultar a legibilidade, pois não destacam tanto as falas como o travessão.

2. USO DE TRAVESSÃO OU HÍFEN (–)

VANTAGENS

1. Tradição literária em português:
É o formato mais tradicional nas narrativas em língua portuguesa, sendo amplamente aceito por editoras e leitores no Brasil e em Portugal.

2. Clareza visual em diálogos extensos:
O travessão destaca com mais força as falas das personagens, principalmente em textos com muitos diálogos.

Exemplo:
– Você está bem? – perguntou ela.
– Sim, só estou um pouco cansado.

3. Facilidade em intercalar ações e falas:
- O uso do travessão permite inserir ações ou descrições sem confundir o leitor.

Exemplo:
– Não vou fazer isso. – Ele cruzou os braços, firme. – Você não pode me obrigar.

4. Diferenciação clara entre narrativa e diálogo:
Em textos com muitos trechos narrativos entre as falas, o travessão ajuda a separar com clareza o que é diálogo e o que é descrição.

Exemplo:
João hesitou antes de responder.
– Eu acho que sim. – Sua voz era hesitante.

DESVANTAGENS

1. Visual mais “carregado”:
Como os travessões são visualmente mais marcantes, eles podem dar a impressão de que o texto é mais denso, especialmente em páginas cheias de diálogos.

2. Erros comuns no uso técnico:
Muitos escritores iniciantes confundem o uso do travessão com o hífen (-) ou não sabem como usá-lo corretamente com verbos de elocução e descrições.

Erro: – Eu acho que sim. Disse ele.
Correto: – Eu acho que sim – disse ele.

3. Menos versatilidade com pensamentos:
O travessão é menos usado para destacar pensamentos ou citações, o que pode limitar sua aplicação em narrativas introspectivas.

4. Dificuldade em traduções:
Se a obra for traduzida para outros idiomas, o formato com travessões pode não ser bem recebido, já que outras línguas, como o inglês, preferem aspas.

3. Quando escolher cada formato?

Use aspas (“ ”) se:
- Deseja um estilo mais moderno ou internacional.
- Está escrevendo para um público jovem ou acostumado com literatura traduzida.
- Pretende usar muitos pensamentos ou citações no texto.
- Prefere um visual mais leve e minimalista.

Use travessões (–) se:
- Deseja seguir a tradição literária em português.
- Está escrevendo romances ou contos com muitos diálogos longos.
- Quer clareza visual em obras com maior densidade narrativa.
- Prefere um estilo clássico ou mais formal.

Tanto as aspas quanto os travessões são ferramentas eficazes para destacar diálogos. A escolha depende do estilo que você deseja imprimir em sua obra e da experiência que quer proporcionar ao leitor. O ideal é experimentar ambos os formatos e decidir qual se encaixa melhor na narrativa e no público-alvo. Seja qual for a escolha, consistência é fundamental: “mantenha o mesmo formato ao longo de toda a obra”!

Fontes:
Como escrever? . Plat. Poe, 2025.
Imagem criada por JFeldman

sexta-feira, 12 de setembro de 2025

Dicas de Escrita (Como Escrever o Resumo de um Livro)

coescrito por Annaliese Dunne* no Wikihow


Escrever o resumo de um livro ajuda qualquer um a absorver o que está lendo, bem como facilita a consulta a referências — para o caso de você precisar se lembrar dos pontos principais da obra, por exemplo. Para isso, leia o livro com atenção e faça anotações sobre ideias, trechos e personagens importantes. Depois, use-as para redigir e revisar o trabalho final!

Método 1: Fazendo anotações

1 Faça anotações enquanto lê. 

Use um caderno quando for avançar na leitura para escrever seus pensamentos. Assim, você vai conseguir registrar tudo de forma correta, facilitando o trabalho nos passos seguintes.

Se possível, anote as informações em vários pedaços de papel. Você pode usar um para as impressões gerais e suas ideias básicas, outro para listar os personagens e eventos, outro para falar dos temas principais da obra etc.

Você também pode listar as palavras que não conhece para pesquisar. Encontre seus significados em um dicionário e, em seguida, anote suas definições.

Não sublinhe nem marque o livro: além de permanentes, essas marcas não vão servir muito para a sua memorização.

2 Monte uma lista dos personagens principais.

Escreva o nome e uma breve descrição das personalidades ou características principais dessas pessoas. 

Inclua uma ou duas linhas para falar dos desejos e objetivos de cada uma. Depois, use as anotações para pensar em como os personagens ilustram os temas centrais do livro.

Você também pode criar uma linha do tempo dos principais eventos do livro, ainda mais se a cronologia for complicada ou confusa. Faça várias delas se a história der saltos entre o passado e o presente.

3 Divida o livro em seções.

Pense, por exemplo, em três partes — começo, meio e fim — para não ficar sobrecarregado. Depois, organize suas anotações de acordo com elas.

No começo, apresente os personagens principais e o cerne da história.

No meio, explore o principal "problema" do livro, seja a batalha entre o bem e o mal ou até um assassinato misterioso.

No fim, resolva o problema principal do livro.

4 Identifique o ponto principal de cada seção.

Pense no que o autor explora em cada parte, bem como na relação que elas têm entre si.

5 Determine a ideia principal do livro.

Conforme avança na leitura, pense em que lição a obra quer ensinar e nos temas que são recorrentes: algo de que os personagens falem, um defeito das pessoas que cause problema atrás de problema etc.

Por exemplo: talvez o autor queira mostrar aos leitores que o orgulho faz as pessoas tomarem decisões ruins. Para demonstrar isso, os personagens principais vivem se metendo em situações inusitadas porque são orgulhosos e arrogantes.

Se estiver lendo uma obra de não ficção, a ideia principal pode ter algo a ver com a história ou a sociedade. Talvez o autor queira mostrar aos leitores que comer fast food é nocivo — e, para isso, traga vários exemplos que comprovem suas afirmações.

Método 2: Montando e editando o resumo

1 Descubra se há alguma orientação quanto ao tamanho do resumo.

Se o texto for parte de um trabalho de escola ou faculdade, você provavelmente vai ter que respeitar algum limite de palavras ou linhas. Aproxime-se ao máximo desse número: se for curto demais, vai parecer que não leu o livro; se for muito longo, vai ser muito prolixo.

Por exemplo: se o limite for de 200 palavras, escreva entre 190 e 200.

Mesmo que esteja escrevendo o resumo por conta própria, tente deixá-lo curto, com cerca de 500 palavras, para que ele seja uma ferramenta de consulta acessível.

2 Descreva os pontos centrais e os personagens principais da história.

Comece apresentando o título e o autor do livro e, depois, dizendo o que acontece na obra — tudo em poucas frases, como uma introdução breve.

Por exemplo: "A obra Harry Potter e a Pedra Filosofal, de J.K. Rowling, conta a história de um menino órfão que descobre que é um bruxo. Ele descobre também que existe um mundo fantástico, repleto de bruxos e bruxas do bem e do mal, durante seu primeiro ano na escola de magia de Hogwarts".

3 Explique os pontos principais das seções do livro.

Use suas anotações para resumir o desenrolar da história. Dedique algumas frases a explicar o que acontece em cada seção, como os eventos se sucedem, e por que esse trecho é importante no enredo como um todo.

Essa parte do resumo pode ficar assim: "A primeira parte do livro apresenta o mundo dos bruxos. O leitor vivencia essa experiência com o próprio Harry, que também é lançado naquele mundo novo. Conforme a história progride, fica claro que há algo de ruim acontecendo em Hogwarts — e Harry e seus amigos, Rony e Hermione, decidem descobrir o que é. O fim da obra traz uma série de testes e provações que o menino precisa superar com a ajuda dos amigos e o amor de sua mãe".

4 Conclua com a ideia central do livro.

Termine o resumo dizendo qual a lição que a obra passa. Consulte suas anotações e lembre-se do que havia pensado antes. Escreva uma última frase bem impactante.

Por exemplo: "J.K. Rowling usou a história para mostrar que até pessoas talentosas precisam de amizade e amor para superar o mal".

5 Não dê sua opinião no resumo.

Ele deve conter uma descrição neutra do livro, focada em fatos. Não escreva sobre o que sente quando lê a obra ou dos pontos em que concorda e discorda do autor.

6 Faça uma revisão gramatical do resumo.

Veja se há erros de ortografia ou gramática. Leia o texto em voz alta para encontrar vírgulas fora de lugar e afins e reconte o número de palavras.

Mesmo que esteja escrevendo o resumo para uso pessoal ou para um clube de leitura, ainda é essencial fazer uma revisão — pois o texto tem que fazer sentido. Leia-o com cuidado para saber se há algo a ser mudado.

7 Mostre o resumo a um colega, ainda mais se tiver que entregá-lo na escola ou faculdade.

Essa é uma ótima ideia, já que a pessoa vai detectar erros que você não veria. Se pedir a um colega de sala, ele também pode lhe entregar o texto que escreveu para que ambos se ajudem!

Método 3: Lendo com atenção e cuidado

1 Vá para um lugar quieto, onde possa ler sem distrações.

Fique longe da TV; ponha o celular no modo silencioso e deixe-o guardado; concentre-se somente no livro e no tempo que vai dedicar à leitura.

Leia perto de uma lâmpada ou janela para não forçar os olhos.

2 Divida a leitura em etapas curtas.

Leia em sessões de 20 minutos para não se cansar. 

Se gosta mesmo do livro, leia por uma ou duas horas de cada vez. Dessa forma, vai processar o enredo com mais calma.

3 Se tiver um prazo, dedique tempo suficiente para a leitura.

Ninguém gosta de ficar a noite toda acordado para ler o livro e escrever o resumo de uma vez. Separe pelo menos duas semanas para obras menores e um mês para as maiores. Leia um pouco todos os dias.

Se tiver que fazer o resumo para um trabalho de escola ou faculdade ou um clube de leitura, comece a ler assim que possível. O professor ou orientador do grupo provavelmente calculou quantas semanas são necessárias para que cada pessoa leia a obra e faça o resumo sem pressa.

4 Releia trechos importantes.

É fácil detectá-los: eles acontecem, por exemplo, quando um personagem principal descobre algo significativo ou quando há uma reviravolta surpreendente.

Esses trechos não costumam focar em descrições, e sim em mudanças significativas do enredo: um evento trágico, a resolução de um conflito etc.

5 Preste muita atenção nos personagens principais.

Preste muita atenção nos personagens principais. Os protagonistas são aqueles cujos erros, ações e sentimentos têm a ver com os pontos centrais do livro. Leia com muito cuidado quando eles aparecerem.

6 Não se distraia com os detalhes menores.

Quando estiver escrevendo o resumo, não precisa incluir informações muito específicas sobre personagens, descrições ou partes do enredo que são secundários. Mesmo que ainda tenha que ler esses trechos, não se sinta preso a eles.
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* Annaliese Dunne é Professora de Inglês de Ensino Médio. Com mais de 10 anos de experiência no ramo, é experiente no ensino de gramática e de escrita, assim como no de interpretação. É formada em Inglês.

Fontes:
Imagem criada por Jfeldman com Microsoft Bing 

sábado, 30 de agosto de 2025

Dicas de Escrita (Como Criar um Bom título de Livro) – 2, final

texto de Alicia Cook*
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INSPIRANDO-SE EM OUTRAS FONTES

1
Pesquise. 

Anote os elementos fundamentais da sua história, principalmente objetos e locais. Pesquise sobre eles e procure por uma inspiração para criar seu título.

Por exemplo, se o enredo é centrado em uma esmeralda que é passada através de gerações de uma mesma família, você pode pesquisar sobre elas e irá descobrir que são associadas com fé e esperança para criar um título para o livro (como "A Pedra da Esperança", por exemplo).

2
Dê uma olhada em suas próprias estantes de livros. 

Inspire-se vendo os títulos dos livros que possui, anotando os que mais chamarem sua atenção.
Anote tanto os títulos que chamarem sua atenção agora, durante sua pesquisa, quanto os que você já conhecia anteriormente.

Analise sua lista e tente determinar o que os títulos de sucesso possuem em comum. Por exemplo, eles apelam para os sentidos das pessoas, a imaginação delas, suas curiosidades, etc?

3
Use uma alusão. 

Uma alusão é uma referência ou uma frase retirada de um contexto externo, como outra obra literária, uma música ou até algo comum, como um slogan ou o nome de uma marca.

Muitos autores já se inspiraram em obras clássicas, como William Faulkner, cuja obra Sound and the Fury (O Som e a Fúria) é inspirada no solilóquio de Macbeth, e John Steinbeck, que se inspirou na canção patriótica americana "The Battle Hymn of the Republic" para dar o título Grapes of Wrath (As Vinhas da Ira) a seu livro.

Outros escritores já se utilizaram de provérbios vernáculos, como Anthony Burgess, que definiu o título de seu livro como A Clockwork Orange (Laranja Mecânica) inspirando-se no provérbio Cockney “queer as a clockwork orange” (tão estranho quanto uma laranja mecânica).

Muitos outros também já se inspiraram na cultura popular, como Kurt Vonnegut, que usou o slogan da marca Wheaties para o livro Breakfast of Champions (Café da Manhã dos Campeões).

EVITANDO ERROS COMUNS

1
Crie um título que se relacione com o tipo de seu livro. 

Se você escolher um título que parece ser de outro gênero e não do conteúdo de sua obra, os leitores ficarão confusos e alienados.

Por exemplo, se o título do romance dá a entender que é uma obra de fantasia (Os Dragões da Velha Torre, por exemplo), mas o enredo é sobre ataques terroristas nos Estados Unidos, você vai alienar as pessoas que comprarem o livro procurando por uma história de fantasia, enquanto os que gostam de temas de guerra e terrorismo nunca irão adquirir esta obra, pois não farão ideia de que o livro, com este título, aborda o assunto.

2
Limite a extensão. 

Na maioria dos casos, títulos breves e impactantes fazem muito mais sucesso que os longos e difíceis de serem lembrados.

Por exemplo, o título “Um Homem e sua Aventura Solitária ao Escalar o Perigoso Monte Himalaia" é menos atraente aos leitores que "Desbravando a Montanha Mortal", mais curto e mais imaginativo.

3
Torne-o interessante. 

Títulos que usam linguagem poética, imagens vívidas ou um pouco de mistério tendem a ser mais atraentes a leitores em potencial.

Linguagem poética num título, como “A Rose for Emily” (Uma Rosa para Emily) ou Gone with the Wind (E o Vento Levou) irá atrair leitores com um jogo de frases elegante, que promete uma história ou estilo de escrita igualmente poéticos.

Títulos que evocam imagens vívidas agradam leitores, pois invocam coisas tangíveis e significativas. Um título como Midnight in the Garden of Good and Evil (Meia-Noite no Jardim do Bem e do Mal), apesar de longo, cria imediatamente uma ideia e uma imagem vívida da batalha entre o bem e o mal.

Dar um toque de mistério ao título também irá atrair leitores. Something Wicked This Way Comes (obra de Ray Bradbury, que também faz alusão a Macbeth, lançada no Brasil como "No Templo das Tentações", mas se traduzida ao pé da letra pode ser interpretada como "Algo Perverso Está Vindo") ou “The Black Cat” (O Gato Preto) são títulos que dão informações suficientes para levantar perguntas que irão atrair o leitor a continuar lendo.

4
Use aliterações com muita moderação. 

Apesar da aliteração — que consiste na repetição de sons sucessivos no começo de palavras — poder realmente chamar a atenção ou deixar um título muito mais memorável, é um recurso que também deixará o título sem graça e medíocre se não for feito corretamente.

Aliterações sutis, como I Capture the Castle (Castelo dos Sonhos, no Brasil, mas pode ser traduzido como "Eu Capturo o Castelo") ou The Count of Monte Cristo (O Conde de Monte Cristo), poderão deixar os títulos mais atrativos.

Aliterações forçadas ou óbvias, por outro lado, podem rapidamente desestimular um leitor a ler sua obra ("A Aventura Amedrontadora de Amélia Amendola" ou "O Guia Gourmet do Grande Guilherme").

DICAS

Se um título parecer familiar demais a você, provavelmente ele já foi usado — usado em excesso, até — e deve ser evitado.

Caso não consiga criar o título de jeito nenhum, tente fazer "brainstorm": escreva livremente, faça listas ou crie um agrupamento das ideias que permeiam seu texto; o que melhor funcionar para você.

O título deve ser bem simples e não longo demais.
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* Alicia Cook é uma Escritora Profissional que mora em Newark, New Jersey. Com mais de 12 anos de experiência, Alicia é especialista em poesia e usa sua plataforma para defender famílias afetadas por vícios e para combater os preconceitos relacionados a doenças mentais e a vícios. É formada em Inglês e Jornalismo pela Georgian Court University e possui MBA pela Saint Peter's University. Alicia é poeta bestseller pela Andrews McMeel Publishing e seu trabalho já foi destacado por inúmeras plataformas midiáticas, como NY Post, CNN, USA Today, Huffington Post, LA Tims, American Songwriter Magazine e pela Bustle. Foi apontada pela Teen Vogue como uma das 10 poetas de redes sociais a serem seguidas. Sua mixtape com poemas, "Stuff I've Been Feeling Lately" foi finalista no Goodreads Choice Awards de 2016.
Fontes:
https://pt.wikihow.com/Criar-um-Bom-T%C3%ADtulo-de-Livro
Imagem criada por Jfeldman com Microsoft Bing

sexta-feira, 29 de agosto de 2025

Dicas de Escrita (Como Criar um Bom título de Livro) – 1

texto de Alicia Cook*
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O título pode parecer algo sem importância, mas ele possui um impacto significativo em como sua história é interpretada. Muitas vezes, ele irá determinar se alguém irá ler ou ignorar o que você escreveu. Felizmente (ou infelizmente), geralmente é o título que atrai as pessoas, independentemente da quantidade de tempo e do esforço feito para escrever a história. Logo, apesar de ser tentador dar um título qualquer ao seu livro, não faça isto!

INSPIRANDO-SE COM SUA HISTÓRIA

1
Obtenha inspiração através de um tema chave do enredo. 

Um título de sucesso deve se adaptar à história de maneira adequada mas evocativa.

Pense no tema principal de sua história: é a vingança? Alienação? Tristeza? Ao determiná-lo pense em títulos que representem tal tema. Se, por exemplo, for redenção, um bom título pode ser “A Reconquista”

2
Dê o título baseando-se em um local importante de sua história. 

Se uma cidade, vila, floresta ou qualquer outro lugar é de fundamental importância em seu enredo, use o nome dele como título.

Por exemplo, se o ponto crucial de sua história acontecer em uma cidade chamada Santa Cecília, adote o nome dela como título do livro ou, se preferir, inspire-se em eventos que lá acontecem durante o desenvolvimento da narrativa, intitulando a obra como "Os Alienígenas de Santa Cecília" ou "As Cinzas de Santa Cecília”.

3
Escolha um título inspirado por um acontecimento decisivo da história. 

Se houver um evento em particular que influencia todos os personagens ou dá uma guinada no enredo e modifica os eventos subsequentes, utilize-o como inspiração para seu título.
Por exemplo, pense em algo como "Morte Entre Ladrões" ou "Tragédia Noturna".

4
Baseie o título em seu personagem principal. 

Dar o nome de um importante personagem da história ao livro pode fornecer uma simplicidade atraente ao título. No entanto, o nome de tal personagem deve ser notável ou memorável.

Muitos autores conhecidos escolheram dar o nome de seus personagens às suas obras: Charles Dickens, com David Copperfield, Charlotte Bronte, em Jane Eyre, Miguel de Cervantes, em Don Quixote, sem falar em escritores mais contemporâneos, como J.K. Rowling na série "Harry Potter" e Rick Riordan em "Percy Jackson".

5
Crie um nome baseando-se em uma frase memorável da história. 

Se você colocou uma frase original e inteligente em sua narrativa, que captura um tema ou elemento importante da história, utilize ou adapte-a para o título.

Por exemplo, obras como To Kill a Mockingbird (O Sol é Para Todos), They Shoot Horses, Don’t They? (Mas Não se Matam Cavalos?) e Sleepless in Seattle (Sintonia de Amor) possuem seus título baseados em frases que são ditas durante a história.
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continua…
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* Alicia Cook é uma Escritora Profissional que mora em Newark, New Jersey. Com mais de 12 anos de experiência, Alicia é especialista em poesia e usa sua plataforma para defender famílias afetadas por vícios e para combater os preconceitos relacionados a doenças mentais e a vícios. É formada em Inglês e Jornalismo pela Georgian Court University e possui MBA pela Saint Peter's University. Alicia é poeta bestseller pela Andrews McMeel Publishing e seu trabalho já foi destacado por inúmeras plataformas midiáticas, como NY Post, CNN, USA Today, Huffington Post, LA Tims, American Songwriter Magazine e pela Bustle. Foi apontada pela Teen Vogue como uma das 10 poetas de redes sociais a serem seguidas. Sua mixtape com poemas, "Stuff I've Been Feeling Lately" foi finalista no Goodreads Choice Awards de 2016.
Fontes:
https://pt.wikihow.com/Criar-um-Bom-T%C3%ADtulo-de-Livro
Imagem criada por Jfeldman com Microsoft Bing