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sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024
“Spinas” Entre-Nuvens – 1 -
quinta-feira, 7 de dezembro de 2023
Solange Colombara (Ramalhete de Versos) 6: Spinas
domingo, 27 de fevereiro de 2022
Ana Meireles (Caderno de Spinas)
Aturde meu corpo
velhas, renitentes dores.
Nenhuma tem nome.
Chegam sorrateiras, roubam meu descanso,
deitam sobre mim, são pesadas;
Querem subtrair até minha fome,
meus desejos, sonhos, minha alma
que suplica analgesia, um codinome.
= = = = = = = = = = = = =
DIAS DE RENASCER...
Auroro minha vida
pensando como parir
dias de renascer.
Ouço tocar aquela música bonita
que lembra ilusão, desejos, sonhos,
tempo que passou; melhor esquecer!
Nos planos de agora, mansidão,
a quietude para saber viver.
= = = = = = = = = = = = =
EFEMERIDADES!
Visitei teus olhos,
neles vi sonhos,
tristezas manchadas, saudades!
Um verbo que morreu sufocado
estrangulado, desdenhado por um amor
aprazível aos manejos das impetuosidades.
Os furacões que suplantam razões
guiam-se volúveis na paixão: efemeridades.
= = = = = = = = = = = = =
OLHAR DISTANTE!
Sensível demais sou,
doem-me as lembranças,
o tempo passa...
Rastreia meu deserto, páginas alheias
que me doem, rumo incerto...
Na pele que resseca, argamassa!
Sobre a ferida, uivo silenciosa,
Um olhar distante me perpassa.
= = = = = = = = = = = = =
PEQUENO COLIBRI
Esperei teu beijo,
meu pequeno colibri,
o dia inteiro.
Quanta falta faz teu carinho,
o teu amor me visitando
na solidão esquecida deste canteiro.
Espero-te com orvalho nas pétalas,
ansiando tua chegada, "seu" beijoqueiro.
= = = = = = = = = = = = =
ROSTOS RISONHOS
Sorrisos de Sol
embalam as memórias:
Primaveras de antanho.
Povoam de imagens, rostos risonhos,
coloridos sonhos; alegres crianças brincando...
Bebem alegria sem medir tamanho.
Olhares vividos, bailando, rodopiando animados…
Cabelos esvoaçando, tons de castanho.
= = = = = = = = = = = = =
TUAS MÃOS
Perfeitas são tuas
Mãos macias, ágeis
Quando me acariciam
Logo me fazem desejar mais!
Implorar que não parem; deslizam
Sobre meu corpo, ensaiando... Prefaciam
O texto dos nossos desejos
Encobertos nos gestos que evidenciam.
= = = = = = = = = = = = =
VESTIDA DE POESIA, SOU
AMOR, FANTASIA, PAIXÃO!
Imagens, melodia, paixão,
vestem minha vida,
revelam-me em poesia.
Sou de nome, combustão forte,
bailo nas músicas das sensações,
sinto na pele misteriosa ventania,
que sopra nos dias, paz.
Amar e renovar-se em alegria.
Ronnaldo de Andrade e Solange Colombara. Primeira Antologia Spina. SP: Ed. Areia Dourada, 2021
Livro enviado por Solange Colombara
sexta-feira, 21 de janeiro de 2022
Ronnaldo de Andrade (Colar de Spina)
Dia 10 de dezembro de 2021 fez dois anos que o SPINA veio à luz. Em comemoração, criei o Colar de Spina. Eu, enquanto criador dessa Nova forma poética, sinto-me feliz em ver sua solidificação acontecendo: Foram publicados no decorrer desse tempo (dois anos) cinco livros solos e duas Antologias exclusivamente de Spina (seis desses livros foram publicados em dois mil e vinte e um. Todos esses livros totalizam um 1.150 exemplares, sem contarmos com o sétimo livro, pois foi publicado em formato e-book e não sabemos a quantidade de exemplares), além de o SPINA marcar presença em coletâneas diversas, organizadas por outras pessoas, em revistas e blogs; estar sendo ensinado em escolas, estudado em Academias de Letras e outras entidades.
Fiquemos agora com as Regras e em seguida o Colar de Spina.
O Colar de Spina é constituído por um único título, o primeiro, e ele terá que fazer referência ao assunto (conteúdo) abordado nos oito Spinas que formarão o Colar. Antes do título é necessário colocar o cabeçalho COLAR DE SPINA ou Colar de Spina, mas o título tem que ser todo em maiúsculo. Cada texto precisa ser independente, ligado um ao outro somente pelo assunto (conteúdo), ou seja, um Spina não complementará o outro como se fosse estrofe subsequente.
É necessário que cada Spina tenha vida independente: sentido completo. Os Spinas precisam ser numerados e com espaço entre um e outro.
A primeira palavra do segundo Spina deverá ser uma trissílaba retirada da segunda estrofe do texto anterior, e assim se sucederá até o último. O último Spina, além de ser iniciado por uma acepção trissílaba retirada de um dos versos da segunda estrofe do Spina anterior, sua última rima deverá ser a palavra trissílaba que começou o primeiro Spina do Colar. No exemplo abaixo perceberemos que Atraque iniciou o primeiro Spina e finalizou o último.
O Colar de Spina pode ser composto por mais de uma pessoa. Sugiro que no máximo oito!
COLAR DE SPINA
O VIAJANTE
Atraque seu barco,
atire-se nas águas,
viva esse instante.
Permita que a sereia cante
às dores de amores findos,
um hino para cada amante.
Depois siga avante. Vá, vá,
singrando o mar, ó viajante.
2
Singrando o mar,
furando as ondas,
avisto o barquinho.
Ele some assim, bem devagarinho,
naquele seu sobe, desce contínuo,
livre, semelhante a um passarinho.
Na bandeira levantada está escrito:
"Nenhum homem deverá ir sozinho".
3
Naquele oceano imenso,
emergido nas angústias,
vislumbrava o horizonte
desconhecido, sempre à sua frente,
como certo alguém guiando alguém
silenciosamente a caminho da fonte.
O Viajante, velho barqueiro solitário,
navegava tentando criar uma ponte.
4
Tentando se libertar
da intensa sensação
de amor tresloucado,
que faz do nosso peito
um hospício, da paz (ah,
a paz!) ser rio estourado;
sim, assim vai o homem,
sem o bem mais amado!
5
Hospício das águas,
às vezes... revoltas
ou pouco cristalinas,
que abriga saudades, lágrimas, dores
de amores colossais, intensos, findos;
almas tristes, felizes, velhas, meninas.
Esse oceano infinito acolhe andarilhos,
quais as tais locomotivas clandestinas.
6
Intensos têm sido
alguns dias atuais
que não evaporam
no ar, rápidos, como desejado.
As horas trazem infindo tempo,
são bichos (às vezes devoram
os momentos felizes) um tanto
famintos. No mar, elas choram.
7
Infindo caminhar terminal,
ectoplasma do reencontro,
utópica veracidade poética
sacodem no peito o coração
como um navio tantas ondas.
Nada mais há nessa dialética,
além de um recordar contínuo
ancorado na alma já diabética!
8
Recordar é: reviver,
reassitir aos filmes,
novo ritmo – tic-tac,
tic-tac – do órgão humano – tic-tac.
O passado distante faz-se, presente,
deixando tantas vezes em destaque
uma terna ingenuidade. Oh, viajante,
jamais nessas emoções se atraque!
Texto enviado pelo autor.
domingo, 2 de janeiro de 2022
Ronnaldo de Andrade (Album de Spinas) 3
Aumento meus vícios,
destruo meus sonhos,
produzo meus versos
áridos, ásperos, azedos qual limão;
causas da estrada infinita amorosa!
A cabeça pesada, passos dispersos,
sinto-me alucinado, em um labirinto
de dúvidas; gostos vis, controversos.
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NOS PASSOS DO REALISMO
Arrancam as roupas,
transam pelas vielas,
vergonha não existe.
Andam aos gritos, cantarolam bêbados,
propelem pedras contra alguns animais,
enquanto o astro-rei escaldante assiste
às peripécias desses impudentes seres;
nessa desordenância a ordem preexiste!
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O VIAJANTE
Atraque seu barco,
atire-se nas águas,
viva esse instante.
Permita que a sereia cante
às dores de amores findos,
um hino para cada amante.
Depois siga avante. Vá, vá
singrando o mar, ó viajante.
= = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = =
O VIAJANTE II
Singrando o mar,
furando as ondas,
avisto o barquinho.
Ele some assim, bem devagarinho,
naquele seu sobe, desce contínuo,
livre, semelhante a um passarinho.
Na bandeira levantada está escrito:
"Nenhum homem deverá ir sozinho".
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O VIAJANTE III
Tentando se libertar
da intensa sensação
de amor tresloucado,
que faz do nosso peito
um hospício; a paz (ah!
a paz) ser rio estourado;
sim, assim vai o homem,
sem o bem mais amado!
quinta-feira, 30 de setembro de 2021
Ronnaldo de Andrade (Album de Spinas) 2
Anseio, sem receio,
pela doce presença:
sentença de paixão!
Vejo o coração sendo coração,
o amor desabrochar qual rosa
deixando de ser sublime botão.
Quando a amada chega muda
o ambiente. Amo-a com razão!
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A SAUDADE VIROU TATUAGEM NA MEMÓRIA
Sentado no alpendre
do casebre solitário,
cheio de lembrança,
volto outra vezes ser criança.
Vejo-me a brincar no terreiro,
um beija-flor com sua dança
beijocando as flores (logo ali).
Ah, bom tempo! Que mudança!
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EM QUESTIONAMENTO
Aumento meus vícios
destruo meus sonhos,
produzo meus versos
áridos, ásperos, azedos qual limão,
causas da estrada infinita amoroso!
A cabeça pesada, passos dispersos,
sinto-me alucinado, em um labirinto
de dúvidas; gostos vis, contraversos.
= = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = =
SEM VOCÊ SOU UM LIVRO
À ESPERA DO PREFÁCIO
Desabo em felicidade,
em sonhos profundos;
em desejos afogo-me.
Jogo-me para fora de mim,
assim eu enxergo meu riso,
o seu, você perto. Jogo-me
calmo nos seus braços; faço
o que nunca fiz. Prologo-me!
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SOLILÓQUIO REFLEXIVO
Divago nas ruas
cheio dos sonhos
que sempre trago,
vagos, na memória do pretérito.
Observo que minha nova história
está me cometendo seu estrago.
Amargo: o amanhã nunca chega;
meu presente: Cigarro que trago.
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5x9
Aceitar a morte,
viver nosso luto,
avançar em paz
mesmo com as feridas abertas
expelindo pus, com forte cheiro,
faz-se essencial. Quem é capaz?
Morrem vida, os amores, paixões;
lembranças a morte não desfaz!
Versos enviados pelo autor.
domingo, 19 de setembro de 2021
Ronnaldo de Andrade (Album de Spinas*) 1
Sumiste, de repente,
aterrando uma pedra
no simplório sapato
deste que agora, de fato,
manca com bolhas no pé.
É! Faltou-me ter mais tato
no romance. Sofro o efeito
do meu sã, verdadeiro ato!
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BOTÃO X ROSEIRA
Velhice: grande dádiva,
presente perfeito para
quem sabe envelhecer.
Quando enxerga a vida florescer,
se vive experiência, tem sonhos,
as mãos rugosas ganham poder.
Gera-se (é comum) tantas vidas,
tantos vivem tanto — Sem viver!
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NA AUSÊNCIA DO SEU CORPO
ENTREGO-ME ÀS FANTASIAS
Pensando em você
fico na madrugada
a numerar estrelas.
Ausculto cânticos alegres de corujas,
a ventania pronunciado-me seu nome
causar sensações... Não sei dizê-las!
Reputo as pardas paisagens noturnas
sem eu nem sequer compreendê-las!
= = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = =
NÃO HÁ PROGRESSO SEM DESTRUIÇÃO
Naquele estreito caminho
caminhei inúmeras vezes;
hoje descomunal estrada!
O progresso apareceu de madrugada
extirpando árvores, rasgando a terra,
barulhento, com a rapidez exagerada.
Esticando o caminho, toda paisagem
foi, para minha amargura, modificada!
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QUANDO SE VIVE O PRESENTE
COM SAUDADE DO PRETÉRITO
Embaixo da braúna,
cheio de ferrugens,
aquele velho arado.
Amigo, companheiro de minhas labutas,
dos momentos inimagináveis de solidão;
ouvinte imparcial, quase sempre calado.
Hoje estamos ultrapassados, é verdade:
somos museus daquele tempo passado.
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O Spina é um poema constituído por duas estrofes. A primeira estrofe é iniciada, necessariamente, por uma acepção trissílaba. Com três versos com três palavras em cada.
A segunda estrofe é composta de cinco versos com cinco palavras em cada, e não há a obrigatoriedade de ser iniciada por uma acepção trissílaba.
O sistema rímico é ABC//DECFC ou ABC//CDCEC.
Algumas conjunções estão proibidas no SPINA.
1) Aditiva: e;
2) As adversativas: mas/ porém/ todavia/ contudo/ no entanto/ entretanto;
3) A conclusiva e explicativa: pois;
4) Nas causais fica vetada unicamente: pois Nas subordinativas, censura-se somente uma. Ela faz parte das conjunções causais: pois;
Mais regras do Spina no link
https://singrandohorizontes.blogspot.com/2020/07/ronnaldo-de-andrade-spina-nova-forma.html
Fonte:
Spinas enviados pelo poeta.
domingo, 6 de setembro de 2020
Antologia Spina (Inscreva-se!!)
Falta pouco mais de um mês para o encerramento das inscrições da Antologia SPINA.
Quem desejar participar, ainda dá tempo. As pessoas que escrevem SPINA's e não receberam o regulamento, mas desejam recebê-lo e fazer parte da Antologia, deixem um e-mail inbox para Solange Colombara ou Ronnaldo de Andrade que enviaremos. As que receberam e não se decidiram, reforçamos o convite.
Clique no link abaixo para entrar na página SPINA – Nova Forma Poética – Associação Brasileira de Poetas Spinaístas para se inscrever ou para obter mais informações sobre esta nova forma poética
https://www.facebook.com/groups/623841465028682
Esta é a Primeira Antologia exclusivamente de SPINA's. É um marco importante, por mais que não pareça.
Como estudioso de literatura, sei a importância de uma Antologia como essa na vidas dos autores participantes; talvez não imediatamente, mas em um futuro distante. Como, só para ilustrar nossa fala, os primeiros participantes da revista Noigrandes (1952) dos poetas concretistas. A revista Praxis (1961?) da poesia-práxis, criada pelo ex-integrante da poesia Concreta, Mario Chamie, que com seu livro Lavra Lavra (1962) instaura o poema-práxis. Lembremos que o livro mecionado foi o vencedor do prêmio Jabuti em 1963. E citamos a Antologia Meus Irmãos Trovadores (1956). Este livro marcou o início do Primeiro Movimento Literário Genuinamente Brasileiro: O Trovismo. Existente até o momento. Muitos dos participantes desses livros/revistas são estudados e referências até hoje. Almejo isso para todos nós!
A Antologia SPINA será o nosso "Primeiro Manifesto" Spinaísta! O caminho é árduo, mas com objetividade, foco, determinação e estudos iremos alcançar, ao menos, parte do que desejamos e somos merecedores.
Vamos unir nossas vozes para que ecoem mais distantes.
Todos os participantes da Antologia ganharão uma página/brinde e participarão com no mínimo 8 SPINA's, além de mais um brinde para aquele que publicar um livro solo por uma das editoras parceiras nossas!
Desejamos a todos paz e bênção!
Os Organizadores
________________________________________
Fonte:
quarta-feira, 2 de setembro de 2020
Ronnaldo de Andrade (Antologia Poética Spina) 1
À PROCURA DE VOCÊ
Estrela cadente alumia
minhas noites escuras,
meus vastos caminhos.
Traga-me sorte, guie-me os passos
em direção à nova existencialidade,
onde irei encontrar menos espinhos.
Desenhe nesse céu grandioso, claro,
aquela que receberá meus carinhos!
CARREGO UMA GRANDE DOR
ENCRAVADA EM MEU ÂMAGO
Divido minha cama
com uma angústia
que alguém deixou
oponente à vontade. Amigo inseparável,
meu coração perdeu força, deprimiu-se;
sentimental como sempre, quase parou.
Passaram-se décadas após tal episódio,
infelizmente, minha tristeza não passou!
****************************************
ENQUANTO PROCRASTINAVA
UM ADEUS SE FEZ PRESENTE
Rascunho de versos
escritos com paixão
carrego na memória.
Versos que nunca foram entregues;
– não houve tempo suficiente para
lhe entregar! Partiu... – Sou escória,
indivíduo que procrastina a própria
felicidade, frauda toda sua história!
NA ABSÊNCIA DO SEU CORPO
ENTREGO-ME ÀS FANTASIAS
Pensando em você
sigo na madrugada
a numerar estrelas.
Ausculto cânticos alegres de corujas,
o vento pronunciando-me seu nome
causar sensações... Não sei dizê-las!
Reputo as pardas paisagens noturnas
sem eu nem sequer compreendê-las!
NAS ASAS DO DESEJO ARDENTE,
VEJO-NOS CAÇADORES X CAÇAS
Decante um vinho,
se possível merlot,
pegue duas taças.
Preparo nosso jantar; o ambiente
deixo perfeito. Sente-se, eu puxo
a cadeira; servir-lhe-ei as massas.
O seu batom estimula-me, inebria;
hoje nós somos caçadores, caças!
NOS ESCOMBROS DO MEU PEITO
O AMOR PERMANECE INTACTO
Tatuei sua imagem,
seu jeito encantador,
em minha memória.
Carrego no alforge da saudade
doces recordações de nós dois;
boas partes da nossa trajetória,
bilhetes que o tempo descoloriu
sem apagar essa nossa história!
O NOSSO AMOR NUNCA PARTIU
MESMO SE ENCONTRANDO LIVRE
"Lágrimas de saudade"
invadem a fisionomia,
inundam meu coração.
Nesse casulo nosso amor parou,
depois se tornou uma borboleta
que, "mesmo podendo voar", não
hesitou em permanecer no lugar
contemplando a sua real situação.
SINGELA HOMENAGEM AOS MEUS AMIGOS
Estendo os braços
com muita ternura;
ofereço meu peito,
de modo verdadeiro, aos amigos.
Entusiasmado, eu acolho a todos,
fico-me à disposição. Os respeito,
amo-os como são, sem modéstia,
porque também não sou perfeito!
Fonte:
Facebook do poeta.
quinta-feira, 27 de agosto de 2020
SPINA – Nova Forma Poética (Antologia Poética) 2
Ana Cláudia Gonçalves
DO BRILHO QUE TRAGO NOS OLHOS
Menina tecendo sonhos
Em cada giro
De um cata-vento...
Ainda tenho brilho nos olhos.
Ainda acredito em minha magia.
Sigo projetando fantasias no firmamento.
Tenho poeira de estrelas, guardadas
Impregnadas em cada bom sentimento.
Ana Meireles
SENSAÇÕES!
Transbordo, a vida
Me faz transbordar.
Sou tristezas, alegrias!
A conta dos dias pesa
Subtraído desejos, subtraído os sonhos
Tudo passa envolto em melancolias
Sem cores , dores pulsam, acinzentam
Entornam sensações, disparam emoções, agonias. ****************************************
Antonio Queiroz
ABNEGADO CALOR
Ensope meu mundo
com seu abnegado
calor, fazendo-me inflamar.
Alague minha alma com ondas
quentes, espumosas suas, regando com
salgadas chuvas meu desmedido mar.
Detenha sol abrasador, repondo-me lua
cintilante, noites a lhe amar.****************************************
Carla Bueno Oliveira
UM NOVO AMANHECER
Contemplo novo dia
Observando sol radiante
com muito esmero!
Converto minha tristeza em alegria,
sentindo nova esperança no amanhã!
De repente, chega sorriso sincero,
um ânimo dizendo para lutar
repetindo: terei futuro que espero.****************************************
Edith Vargas
ABUSO INFANTIL
Criança abusada, triste
A pensar. Segredos
Doloridos, para guardar.
Sua infância despirá a fantasia,
Soturno, nebuloso, será seu viver.
Momentos servís, sempre a lembrar,
Sobras de infância então viverá.
Abuso infantil, ciranda a castigar.****************************************
Ronnaldo de Andrade
SÓ A MORTE SILENCIA MEU GRITO
Renego o poder
se exclui aquilo
que tenho direito;
se anula minhas condignas conquistas
alcançadas com muitas lutas, sangue;
fere-me, ignora o secular preconceito.
Eu esconjuro firmemente o retrocesso,
toda, qualquer, violência – Não aceito!
****************************************
Symone Elyas
SOBREVIVI
Armada... Sem pistolas
Nem munições. Encaro
A emboscada revestida.
Enjeito seu amor lancinante. Recuso
Migalhas do que intitula sentimento.
Alto lá... Insignificância não intimida!
Blindei mente, corpo, coração contra
Seu contempto. Pronta, bem resolvida.****************************************
Valéria Gurgel
ESPERANÇA
Aurora Boreal cintila,
Verde no firmamento,
Cor da esperança.
Doce expectativa, o céu espelha.
Sentimento último que se morre,
Porque quem espera tudo alcança.
Quem bem semeia, planta, colhe.
Acredite nos frutos da bonança.
Fonte:
Facebook – Spina, Nova forma poética
sábado, 15 de agosto de 2020
SPINA – Nova Forma Poética (Antologia Poética) 1
(1a. Linha) – Antonio Queiroz, Ana Cláudia Gonçalves - Ronnaldo de Andrade - Tânia Maria Gimenes Brochini, Iran Maceno dos Santos.
(2a. Linha) – Artur José Carreira, Ana Meireles, Solange Colombara, Beth Iacomini
DOS FARDOS QUE NÃO ME CONVÉM
Carrego pesada bagagem.
Um fardo desnecessário
De sentimentos hostis...
Peso morto que não convém.
Âncora de amarguras, de dissabores
Toda sorte de sentimentos vis.
Hei de banhar- me em desapego.
Recompor alforjes de sonhos pueris.
ANA MEIRELES
AMBÍGUA VIDA !
Padeço de dor
Agora, nesta hora
Ninguém me ouve.
A gemer contorço meu corpo
Não sabia que saudade doía
Choro, pergunto o que houve?
Dizem-me: a vida é ambígua
Morre-se, vive: Deus nos louve.
ANTONIO QUEIROZ
INTENTO
Intento ser desbravado,
na odisséia vivente,
firme sob ações.
Alma a tragar levianas paixões,
exaltando da pureza da vida
suas dúvidas, encantos, quiçá senões.
Ser massa suada do trabalho,
noites inteiras de despertos serões.
ARTUR JOSÉ CARREIRA
ÁRVORE
Raízes ao largo
Desenhando todo tronco
Até a ramagem
Espalham folhas todas ao léu,
Movimentos de vento em balanço
Sem direção, sentido, apenas imagem.
Dançam num balé sem contentamento
Numa vaga sempre longa viagem.
BETH IACOMINI
RENASCER DAS CINZAS
Imploro ao Céu
Amanhece minha alma
Fugidia de mim!
Poesia sombria a me perseguir
Nesta noite vazia de amor.
Caminho pelos ares, busco-me assim!
Estrelas radiantes chegam com abraços...
Que eu possa dormir, enfim…
IRAN MACENO DOS SANTOS
CORSÁRIOS
Vestido de inspiração,
feito astro incandescente
rasgo céus imaginários.
Desnudo letras vivas em poesias
que brilhantes feito belas estrelas
romanciam mitos, da Arte, templários.
Trazendo doce magia, fascínio encanto
Lembrando histórias de antigos corsários.
RONNALDO DE ANDRADE
AQUELAS LINDAS PROMESSAS
TORNARAM-SE TERREMOTOS
Abalam as paredes
de minha memória,
arrancam meus ais
ao descosturar certos desejos adormecidos
nos despenhadeiros implacáveis do coração,
causando-me uma consternação que jamais
considerei possível acontecer, aquelas juras.
Infelizmente, restou enfermidade, nada mais!
SOLANGE COLOMBARA
MIRAGEM
Relances do tempo
traduzem em ecos
sua suave história,
apenas resquícios de uma trajetória.
A memória não distingue momentos
futuros, talvez breve lacuna aleatória.
Um oásis reflete diversas passagens,
estremeço em cena, intuo dedicatória.
TANIA MARIA GIMENES BROCHINI
Naquela boca suculenta
Cabem tantos sabores.
Doce suspiro, apetece!
Anoitece, deita-se em qualquer cama
Despudorada, vive como Diabo gosta.
Luxuria da madrugada não amanhece,
Agua benta lava pecados. Purificada,
Alimenta famintos. Caridade Deus agradece!
____________________________________________
Sobre esta nova forma poética veja em https://singrandohorizontes.blogspot.com/2020/07/ronnaldo-de-andrade-spina-nova-forma.html