Sou boneco de massa,
Modelado pela criação, em forma de Davi, para exibição.
Sou boneco de pano,
Confeccionado com estilo pela arrogância para ser fonte da inveja.
Sou boneco de vidro,
Moldado pela avareza para ser objeto de decoração em uma redoma de cristal.
Sou boneco de ferro,
Forjado pela prepotência para um plano de vida que nunca vi.
Sou boneco de pedra,
Lapidado pela mediocridade, impermeável, impenetrável, exemplar.
Mas sou boneco de gesso,
Quebro, trinco e, quando choro, esfarelo – me jogam fora.
Fonte:
http://descemaisuma.blogspot.com/
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quarta-feira, 6 de agosto de 2008
Rafael Castellar das Neves (Homem-boneco)
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