1. PREFÁCIO
JG de Araujo Jorge, assina este texto no prefácio da 2a edição - 1968 em edição aumentada com poemetos e trovas.
"Cantiga do Só é uma coletânea. Alguns dos seus poemas são anteriores a "A Sós..." e "Espera...", e deixaram de ser incluídos em "Harpa Submersa" porque necessitavam de pequenos retoques que só foram feitos posteriormente.
Há neste livro um soneto de mais de vinte anos: "Gula". Escrevi-o sob encomenda, pare a revista "O Malho", já desaparecida, que o publicou numa série de sonetos sobre os pecados capitais.
Encontrei-o agora, na velha publicação, já meio amarelada, e resolvi aproveitá-lo.
Muitos dos poemas, dos escritos recentemente, tem merecido por parte dos ouvintes do meu programa literário, na Rádio Tupi, aos sábados, às 18,30 horas, reiterados pedidos de leitura e cópias.
" Mulher Grávida ", " Vermelho e Branco ", " Carta ao Futuro de Meu Filho ", são, por exemplo, alguns dos trabalhos que mais me pedem pare apresentar no programas.
Agora, uma noticia final:
Quando me dispus a " limpar as gavetas " para preparar os originais deste " Cantiga do Só ", encontrei tanto material, que resolvi enfeixá-lo noutro volume. Deste modo, depois de sua publicação, espero lançar uma nova coletânea de versos líricos, cujo titulo será: "Quatro Damas ".
Os leitores já terão compreendido que há de encontrar em s uas páginas, - pelo menos mais nitidamente, - quatro perfis de mulher... de diferentes épocas da minha vide...
Talvez o melhor titulo fosse: "Quatro Damas... e um Curinga... “
2. A CARTILHA
JG de Araujo Jorge, assina este texto no prefácio da 2a edição - 1968 em edição aumentada com poemetos e trovas.
"Cantiga do Só é uma coletânea. Alguns dos seus poemas são anteriores a "A Sós..." e "Espera...", e deixaram de ser incluídos em "Harpa Submersa" porque necessitavam de pequenos retoques que só foram feitos posteriormente.
Há neste livro um soneto de mais de vinte anos: "Gula". Escrevi-o sob encomenda, pare a revista "O Malho", já desaparecida, que o publicou numa série de sonetos sobre os pecados capitais.
Encontrei-o agora, na velha publicação, já meio amarelada, e resolvi aproveitá-lo.
Muitos dos poemas, dos escritos recentemente, tem merecido por parte dos ouvintes do meu programa literário, na Rádio Tupi, aos sábados, às 18,30 horas, reiterados pedidos de leitura e cópias.
" Mulher Grávida ", " Vermelho e Branco ", " Carta ao Futuro de Meu Filho ", são, por exemplo, alguns dos trabalhos que mais me pedem pare apresentar no programas.
Agora, uma noticia final:
Quando me dispus a " limpar as gavetas " para preparar os originais deste " Cantiga do Só ", encontrei tanto material, que resolvi enfeixá-lo noutro volume. Deste modo, depois de sua publicação, espero lançar uma nova coletânea de versos líricos, cujo titulo será: "Quatro Damas ".
Os leitores já terão compreendido que há de encontrar em s uas páginas, - pelo menos mais nitidamente, - quatro perfis de mulher... de diferentes épocas da minha vide...
Talvez o melhor titulo fosse: "Quatro Damas... e um Curinga... “
2. A CARTILHA
- "OVO, AVE, UVA, AVÔ."
E eu que tantas palavras procuro e carrego
me lembro destas primeiras que encontrei...
E da mão de minha mãe me levando
- como guia de cego -
sobre o velho caderno onde estudei...
(E ao lado delas
também ficaram
na minha lembrança,
aqueles rabiscos que fazia
brincando,
aquelas
garatujas que eram
como passos de criança
engatinhando... )
- "OVO, AVE, UVA, AVÔ."
( Ovo gorado, eis a vida!
Ave, - esperança perdida,
uva, um desejo constante,
- avô, minha infância distante ! )
Ficaram na minha memória
as primeiras palavras sem história
como uma tênue e apagada trilha...
E, de repente... Eis que a vida da sentido
aquelas primeiras palavras
que aprendi na velha cartilha…
E eu que tantas palavras procuro e carrego
me lembro destas primeiras que encontrei...
E da mão de minha mãe me levando
- como guia de cego -
sobre o velho caderno onde estudei...
(E ao lado delas
também ficaram
na minha lembrança,
aqueles rabiscos que fazia
brincando,
aquelas
garatujas que eram
como passos de criança
engatinhando... )
- "OVO, AVE, UVA, AVÔ."
( Ovo gorado, eis a vida!
Ave, - esperança perdida,
uva, um desejo constante,
- avô, minha infância distante ! )
Ficaram na minha memória
as primeiras palavras sem história
como uma tênue e apagada trilha...
E, de repente... Eis que a vida da sentido
aquelas primeiras palavras
que aprendi na velha cartilha…
Fonte:
JORGE, J.G. de Araújo. Cantiga do Só. 2. ed. 1968.
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