domingo, 8 de junho de 2025

Asas da Poesia * 35 *

 

Poema de
SAMMIS REACHERS
São Gonçalo/RJ

Sororidade

Roubou coragem do livro santo, 
da mocinha da novela

Fugiu daquela casa, daquele cara 
sem mala sem mochila

Só uma sacola de supermercado 
cheia de segundas chances
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Poema de
FABIANE BRAGA LIMA
Rio Claro/SP

Amar é dar laço, não nó

Amar é dar laço, não nó...
Tenho diversos sonhos, tantas metas
Esqueço-me, dando voz a um poeta
Letras, palavras se fazem insuficientes
Reflito, tudo isto se esvai do meu ser
Permito-me sonhar e amar com ousadia.
Da alma crio os meus devaneios
E as minhas poesias
Sem palavras sou o silêncio e apenas leitor...
Mas não cesso a minha poesia
Que é o meu grito...
Grito alto em versos
Com todo sentimento da minha alma.
No verdadeiro amor,
Vejo a esperança e a paz,
Toda a inspiração é um mistério, que nos rodeia
Tudo que é recíproco
O psíquico não erra.
No presente me transbordo de felicidade
Há tempos desfiz do meu orgulho,
Despi-me dos meus medos e dúvidas
Amor é dar laço, não nó. 
Falta-nos vivência.
= = = = = = = = =  

Trova de
SOLANGE COLOMBARA
São Paulo/ SP

Nos trilhos da solidão,
o retorno da saudade
ecoa em cada estação,
súplicas de liberdade.
= = = = = = = = =  

Poema de
ANÍBAL BEÇA
Manaus/ AM, 1946 – 2009

Mala com alça

É da lama essa mala que retiro
para subir a encosta (como a pedra
que Sísifo ainda empurra todo dia)
numa viagem cheia de sequelas.

Não há como negar tantos espinhos
na travessia turva de mistérios
que vão-se descobrindo nos caminhos:
a mão negada, a fome, o vitupério,

o rito solidário que esquecemos
em troca a vaidade transitória.
Somos do barro e ao barro voltaremos.

A verdade do Homem e de sua Hora
vem com mala e alça, disto sabemos,
mais o peso do corpo e sua história.
= = = = = = = = =  

Poema de
DANIEL MAURÍCIO
Curitiba / PR

Ai, quase esqueci
dos nomes das famílias
Da rua onde cresci.
Mas na cortina do tempo
ainda há rabiscos de memória
E a rua calada me olha
Como a se lembrar de mim. 
= = = = = = = = =  

Trova de
MAURÍCIO NORBERTO FRIEDRICH
Porto União/SC, 1945 – 2020, Curitiba/PR

Que se rompam os grilhões
do ódio e do preconceito;
vamos forjar, aos milhões,
elos de amor e respeito.
= = = = = = 

Poema de
DOMINGOS FREIRE CARDOSO
Ilhavo/ Portugal

Viviam-se muitos anos num só dia
(Alberto Pereira in "Textos de Amor", p. 21)

Viviam-se muitos anos num só dia
Quando esse teu sorriso em mim entrava
E aos teus beijos, inteiro, eu me entregava
Isento da noção do que ocorria.

O carinho encurtava a travessia
Do terno abraço ao fogo que avançava
Numa fogueira ardente que gastava
Os corpos que a paixão enlouquecia.

Como tochas ardendo em noite escura
Libertos do pudor e da censura
Lembramos dois faróis rasgando as trevas.

Somos partes de um todo indivisível
Mas tu roubas de mim o impossível
E a minha alma, em ti viva, tu a levas.
= = = = = = = = = 

Trova de
DOROTHY JANSSON MORETTI 
Três Barras/SC, 1926 – 2017, Sorocaba/SP

Vendo, em mudo sofrimento,
a vida me desertar,
entendo, enfim, porque o vento
se recusa a silenciar.
= = = = = = 

Soneto de
OLAVO BILAC
Rio de Janeiro/RJ, 1865 – 1918

Tercetos  II

E, já manhã, quando ela me pedia
Que de seu claro corpo me afastasse,
Eu, com os olhos em lágrimas , dizia:

“Não pode ser! não vês que o dia nasce?
A aurora, em fogo e sangue, as nuvens corta...
Que diria de ti quem me encontrasse?

Ah! nem me digas que isso pouco importa!...
Que pensariam, vendo-me, apressado,
Tão cedo assim, saindo a tua porta,

Vendo-me exausto, pálido, cansado,
E todo pelo aroma de teu beijo
Escandalosamente perfumado?

O amor, querida, não exclui o pejo...
Espera! até que o sol desapareça,
Beija-me a boca! mata-me o desejo!

Sobre o teu colo deixa-me a cabeça
Repousar, como há pouco repousava!
Espera um pouco! deixa que anoiteça!”

- E ela abria-me os braços. E eu ficava.
= = = = = = 

Trova de 
IZO GOLDMAN
Porto Alegre/RS, 1932 – 2013, São Paulo/SP

Meu conflito e meu fracasso 
é que as trovas que componho 
têm sempre os versos que eu faço, 
e nunca os versos que eu sonho…
= = = = = = 

Poema de
CARMO VASCONCELLOS
Lisboa/Portugal

Flores e citrinos

Uma aquarela anil de flores e citrinos
lembrou-me a vida ajardinada de azedumes...
É sábio o Cosmos... e a nós, meros peregrinos,
não nos é dado a Lei mudar nem seus costumes.

Por aqui vamos a provar fel e doçuras,
aproveitando da jornada os seus sabores
que, se num dia nos mostra apenas amarguras,
noutro, mergulha-nos num rio de mel e amores.

Porque se tudo sabe a doce o enjoo é fatal,
e se a amargura não voltasse em seu momento,  
jamais se tinha o contraponto desse sal,
a temperar nossa existência em crescimento.

Como negar o dedo sábio da alternância,
quando do caos surgem arroubos de alegria?...
Vede que igual a natureza, em inconstância,
sempre engravida a noite escura d’alvo dia.

Vede a maré alta que sepulta a baixa-mar,
o divinal calor que amansa o rude frio, 
a paz, depois de agre procela se acalmar,
e o mar que faz-se lago, após ondear bravio.

Louvemos essa miscelânea: riso e dor,
façamos nosso aprendizado co'a alternância,
divina Lei do Deus Supremo... que d’amor 
p’la Humanidade, faz constante essa inconstância!
= = = = = = = = =  

Poetrix de
ARGEMIRO GARCIA
São Paulo/SP

Caminho do sertão

Levanta-se pó na estrada,
rodando: será saci?
canta longe um bem-te-vi
= = = = = = 

Glosa de
FILEMON MARTINS
São Paulo/ SP

Confissão de amor

MOTE
Vou confessar-te, querida,
porque tu és minha flor,
por ti eu dou minha vida,
por ti eu morro de amor.

GLOSA
Vou confessar-te, querida,
que não tenho outro desejo,
só quero ver-te esculpida
na moldura do meu beijo.

Quero sentir teu carinho
porque tu és minha flor
perfumando o meu caminho
sem mágoas por onde eu for.

Não sei se és prometida
- nem quero dizer adeus,
por ti eu dou minha vida
olhando nos olhos teus.

Quero viver tão somente
longe da mágoa e da dor,
se a vida for exigente,
por ti eu morro de amor.
= = = = = = 

Trova de
APARÍCIO FERNANDES
Acari/RN, 1934 – 1996, Rio de Janeiro/RJ

Desta saudade, o vazio
parece até que traduz
um velho teto sombrio
filtrando um raio de luz!
= = = = = = 

Hino de 
BOA ESPERANÇA/ PR

Uma estrela brilha em águas formosas
Que seu berço fizeram do chão
Onde o sol doura as plantas viçosas
Cintilando do branco algodão
Num cenário que ao vento balança
Desvendando horizontes de luz
A imponência de Boa Esperança
Meu torrão que me envolve e seduz.

(Estribilho)
Nossa Senhora da Guia, padroeira.
Com seu manto abençoado
Protege esta terra alvissareira
E o seu povo predestinado
Que aqui haja sempre bonança
Salve, salve, oh Boa Esperança.

Num cenário de rara beleza
Irrigando estes vales em flor
Fluem as águas de alva pureza
Do barreiro em seu esplendor
Boa Esperança, cidade querida.
És a joia mais linda que há
Tudo em ti é amor, luz e vida.
Filha altiva do meu Paraná!
= = = = = = = = =  

Soneto de
BENEDITA AZEVEDO
Magé/ RJ

Os sons da Lapa

O batuque animado lá da Lapa
Alcança no meu quarto meus ouvidos,
Que despertam meus sonhos tão queridos
E me fazem lembrar a velha etapa.

Aqueles meus encontros preferidos
Fizesse sol ou chuva, eu à socapa,
Correndo na ladeira o pé derrapa
E os pensamentos todos são perdidos.

Tal qual ímã que atrai o vil metal
Também os sons da Lapa repetidos
Trazem-me de tão longe um carnaval...

Aquele que num corso te encontrava
E rebolando em trajes coloridos
Ao cruzar teu olhar me fiz escrava.
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Uma Lengalenga de Portugal
PIQUE PIQUE

Pique pique
Eu piquei,
Grão de milho
Eu achei,
Fui levá-lo
Ao moinho,
O moinho
Não moeu,
Foram lá os ladrões
Que me levaram os calções.
= = = = = = = = =  

Quadra Popular de
AUTOR ANÔNIMO

Batatinha quando nasce,
põe a rama pelo chão;
Sinhazinha quando deita
põe a mão no coração.
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Poema de
VANICE ZIMERMAN
Curitiba/PR

Pétalas douradas

O toque suave
E intenso das tuas mãos,
Desenha poemas,
Pincelando sonhos
E tingindo de dourado
As pétalas de rosas,
Do meu jardim...
O toque suave
E intenso das tuas mãos
Envolve meus dias,
E a noite aconchega-se
Às minhas lembranças,
E aquece-me com tuas carícias.
= = = = = =

Epigrama de
CECÍLIA MEIRELES
(Cecília Benevides de Carvalho Meireles)
Rio de Janeiro/RJ, 1901 – 1964 

Epigrama n. 8

Encostei-me a ti, sabendo bem que eras somente onda.
Sabendo bem que eras nuvem, depus a minha vida em ti.

Como sabia bem tudo isso, e dei-me ao teu destino frágil,
fiquei sem poder chorar, quando caí.
= = = = = = = = =  

Martelo Agalopado de
PROFESSOR GARCIA
(Francisco Garcia de Araújo)
Caicó/RN

No repente, ninguém traça uma meta,
mas é bom que um roteiro a gente trace,
pois do nada, um improviso sempre nasce
e a beleza da vida se completa.
Não precisa que seja em linha reta,
pode ser por caminho tortuoso,
pois o verso sofrendo é mais famoso
aos primeiros suspiros da manhã,
quando o sol salpicando o morro e a chã
torna o verso mais belo e mais formoso!
= = = = = = = = =  

Quadra Popular de
AUTOR ANÔNIMO

Se os meus suspiros pudessem
a teus ouvidos chegar,
verias que uma saudade
é bem capaz de matar.
= = = = = = = = =  

Setilhas do
ADEMAR MACEDO
Santana do Matos/RN, 1951 – 2013, Natal/RN

O poeta já vem com a verve feita
por Deus Pai nosso mestre e criador;
alguns nascem com a mente de aprendiz
outros tantos já nascem professor,
e Deus vendo chegar a minha vez,
com a bênção sagrada Ele me fez:
Fuzileiro, Poeta e Trovador.

Escorado no topo da muleta,
eu me fiz um poeta e trovador;
meu passado de atleta e de boêmio
para mim, não foi nada alentador;
mas depois do meu trágico acidente,
encontrei na poesia e no repente
o remédio eficaz pra minha dor.

Como prova de amor, maior do mundo,
Cristo morre por nós, os pecadores.
Vejo ainda no manto de Maria
os vestígios de suas próprias dores;
e, dotado de toda perfeição,
pra falar deste amor e do perdão
Deus criou os poetas Trovadores.
= = = = = = = = =  

Soneto de
FRANCISCA JÚLIA
(Francisca Júlia da Silva Munster)
Eldorado/SP (antiga Xiririca) 1874 –  1920, São Paulo/SP+

Noturno

Pesa o silêncio sobre a terra. Por extenso
Caminho, passo a passo, o cortejo funéreo
Se arrasta em direção ao negro cemitério...
À frente, um vulto agita a caçoula do incenso.

E o cortejo caminha. Os cantos do saltério
Ouvem-se. O morto vai numa rede suspenso;
Uma mulher enxuga as lágrimas ao lenço;
Chora no ar o rumor de um misticismo aéreo.

Uma ave canta; o vento acorda. A ampla mortalha
Da noite se ilumina ao resplendor da lua...
Uma estrige soluça; a folhagem farfalha.

E enquanto paira no ar esse rumor das calmas
Noites, acima dele, em silêncio, flutua
O lausperene mudo e súplice das almas.
= = = = = = = = =  

Soneto de 
FLORBELA ESPANCA
(Florbela d'Alma da Conceição Espanca)
Vila Viçosa/Portugal, 1894 — 1930, Matosinhos/Portugal

Caravelas

Cheguei a meio da vida já cansada
De tanto caminhar! Já me perdi!
Dum estranho país que nunca vi
Sou neste mundo imenso a exilada.

Tanto tenho aprendido e não sei nada.
E as torres de marfim que construí
Em trágica loucura as destruí
Por minhas próprias mãos de malfadada!

Se eu sempre fui assim este Mar-Morto,
Mar sem marés, sem vagas e sem porto
Onde velas de sonhos se rasgaram.

Caravelas douradas a bailar…
Ai, quem me dera as que eu deitei ao Mar!
As que eu lancei à vida, e não voltaram!…
= = = = = = = = =  

Triverso de
ALBERTO MARSICANO
São Paulo/SP

Cumes
de cumulus
se acumulam
= = = = = = = = =  

Décima de
FRANCISCO JOSÉ PESSOA
(Francisco José Pessoa de Andrade Reis)
Fortaleza/CE, 1949 - 2020

A mais cara e perfeita maquilagem
que lambuza e restaura certo rosto
por prazer ou se não a contra gosto
torna falso o semblante da imagem
é o outono tristonho sem plumagem
é o alto do céu sem um condor
é um jarro quebrado sem a flor
é a infância sem um conto de fada
eu não vejo beleza em quase nada
que não tenha beleza interior.
= = = = = = = = =  

Trova de
BASTOS TIGRE
(Manuel Bastos Tigre)
Recife/PE, 1882 – 1957, Rio de Janeiro/RJ

Como infeliz é esta gente             
que pensa que ser feliz        
é não dizer o que sente      
e não sentir o que diz!
= = = = = = = = =  

Elegia* de
DAVID MOURÃO-FERREIRA
(David de Jesus Mourão-Ferreira)
Lisboa/Portugal, 1927 – 1996

Elegia do ciúme 

A tua morte, que me importa,
se o meu desejo não morreu?
Sonho contigo, virgem morta,
e assim consigo (mas que importa?)
possuir em sonho quem morreu.

Sonho contigo em sobressalto,
não vás fugir-me, como outrora.
E em cada encontro a que não falto
inda me turbo e sobressalto
à tua mínima demora.

Onde estiveste? Onde? Com quem?
— Acordo, lívido, em furor.
Súbito, sei: com mais ninguém,
ó meu amor!, com mais ninguém
repartirás o teu amor.

E se adormeço novamente
vou, tão feliz!, sem azedume
— agradecer-te, suavemente,
a tua morte que consente
tranquilidade ao meu ciúme.
===============

* Modernamente, elegia é uma poesia de tom terno e triste. Geralmente é uma lamentação pelo falecimento de um personagem público ou um ser querido. Vale ressaltar que na elegia também há digressões moralizantes destinadas a ajudar ouvintes ou leitores a suportar momentos difíceis. Por extensão, designa toda reflexão poética sobre a morte: a elegia, assim como a Ode, tem extensões variadas. O que as difere é que a elegia trata de acontecimentos infelizes.

Na antiguidade, a elegia era uma composição da poesia lírica monódica (ou seja, declamada pelo próprio poeta, geralmente, e acompanhada por um só instrumento musical - como a lira; ao contrário da lírica coral, apresentada por um coro, como ou sem acompanhamento musical), aparentada à épica pela sua forma. No entanto, o metro utilizado era o dístico elegíaco. Havia vários tipos de elegia, conforme seu conteúdo: elegia marcial ou guerreira, elegia amorosa e hedonista, elegia moral e filosófica, elegia gnômica...

Inicialmente definida pelo metro específico, chamado metro elegíaco, a elegia passou a designar um gênero poético que se caracterizou não pela forma, mas pelo assunto: a tristeza dos amores interrompidos pela infidelidade ou pela morte.

A elegia surgiu na Grécia antiga, com Calino de Éfeso (século VII a.C.), Tirteu e Mimnermo. Seus poemas eram cantos guerreiros que incitavam à luta. Calímaco, importante poeta alexandrino do século III a.C., foi um dos primeiros a escrever elegias no sentido do moderno termo, ou seja, como poemas líricos e tristes. Sua elegia “Os cabelos de Berenice”, da qual só restaram fragmentos, constituiu o primeiro modelo do gênero.

Entre os romanos, o primeiro grande poeta elegíaco foi Tibulo. Seus três livros sentimentais, muito lidos durante a Idade Média, influenciaram fortemente os poetas da Renascença. Foram preferidos às elegias de Propércio, que inauguraram um subgênero, com poemas ardentemente eróticos. O mais importante dos elegíacos romanos foi Ovídio: os Poemas tristes e as Cartas do Ponto, que lamentavam seu exílio, se aproximam bastante das elegias modernas.

No século XVI, a elegia transformou-se num dos gêneros poéticos mais cultivados, embora ainda pouco definido. Em Portugal, o primeiro escritor de elegias foi Sá de Miranda, mas Camões foi o principal: da edição de 1595 de suas obras completas, constam quatro elegias, tidas pelas melhores em língua portuguesa. Na França da Renascença, destacou-se no gênero Pierre de Rosnard.

Na poesia inglesa, a elegia apareceu com Astrophel, lamento fúnebre de Edmund Spenser. Durante quase três séculos produziram-se, dentro desse modelo, alguns dos maiores poemas da literatura inglesa, como Lycidas, de Milton (1638), Adonais, de Shelley (1821), sobre a morte de Keats, e muitas outras. Contudo a mais famosa elegia da língua inglesa foi Elegy Written in a Country Church Yard (1751; Elegia escrita num cemitério da aldeia), de Thomas Gray, meditação sobre a morte de gente humilde e anônima e uma das obras capitais do pré-romantismo europeu.

Em outras literaturas, a elegia assumiu características [[pagãs], como as belas e eróticas Römische Elegien (1797; Elegias romanas), de Goethe, obra prima da literatura alemã. No século XX, a obra mais importante do gênero foi sem dúvida Duineser Elegien (1923; Elegias de Duino), do poeta alemão Rainer Maria Rilke. No Brasil, o mais importante autor de elegias foi Fagundes Varela, no século XIX. Destacam-se ainda Cristiano Martins, Vinicius de Moraes, Cecília Meireles (em Solombra) e Dantas Mota, no século XX. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Elegia)
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