sábado, 5 de julho de 2025

Silmar Bohrer (Croniquinha) 137


Alguém já viu estas afirmações, "quando vou para o mato, vou para casa", ou "quando estou no mato estou em casa?"  Pois fui buscar nos alfarrábios no instante em que li o texto do Dr. Scott Kaiser
(Clínico geral em Santa Mônica, Califórnia), que escreveu que "usa receitas da natureza com frequência para  ajudar os pacientes em termos físicos e mentais".

Diz ainda que "a natureza causa um impacto profundo em jovens e idosos, proporcionando bem-estar geral.  Há vários fatores no envelhecimento saudável - alimentação, exercícios, comunidade, criatividade e noção de propósito -, e estar ao ar livre dá acesso a isso tudo, muitas vezes ao mesmo tempo. Nunca é demais ressaltar a potência da natureza como curadora".

E segue : "As receitas de natureza não têm necessariamente a ver com exercícios ou forçar o coração. Têm a ver com meditação e absorver o ambiente ao ar livre. Ela trata a pessoa como um todo, não só os sintomas".

"Até pequenas doses de natureza fazem uma grande diferença - pegar sol de manhãzinha, passar vinte minutos por dia em espaços verdes, praticar atenção na natureza, tocar o solo, a grama, abraçar uma árvore, praticar jardinagem.  Se você tem tempo ou não, busque, faça o tempo para isso." 

Há três décadas uso a minha receita de natureza (também chamo de minha farmácia), caminhadas diárias, quatro quilômetros percorrendo trechos serenos pela mata ou não, ouvindo a passarada, o riozinho cantarolando entre as ciliares, o chuá-chuá da cachoeira logo abaixo.

E ainda tem o dialogar com algum transeunte, necessidade também saudável.  Um bom papo junto à contemplação faz parte das antigas práticas de saúde mental dos chineses e japoneses. Até os gregos eram adeptos. Sócrates e seus confrades confirmam.

E neste desligar do mundo surgem ideias clareando, pensares aflorando, e com eles os versos, os poemas, as crônicas no ambiente que inspira e arrebata.  A presença ao ar livre tem funções de cura ou panaceia - sem delonga e nenhum efeito colateral. 
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Silmar Bohrer nasceu em Canela/RS em 1950, com sete anos foi para em Porto União-SC, com vinte anos, fixou-se em Caçador/SC. Aposentado da Caixa Econômica Federal há quinze anos, segue a missão do seu escrever, incentivando a leitura e a escrita em escolas, como também palestras em locais com envolvimento cultural. Criou o MAC - Movimento de Ação Cultural no oeste catarinense, movimentando autores de várias cidades como palestrantes e outras atividades culturais. Fundou a ACLA-Academia Caçadorense de Letras e Artes. Membro da Confraria dos Escritores de Joinville e Confraria Brasileira de Letras. Editou os livros: Vitrais Interiores  (1999); Gamela de Versos (2004); Lampejos (2004); Mais Lampejos (2011); Sonetos (2006) e Trovas (2007).

Fontes:
Texto enviado pelo autor.
Imagem criada por Jfeldman com Microsoft Bing 

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