ABISCOITAR — Receber dinheiro, herdar, apropriar-se de…
ACAUÃ — Ave inimiga das cobras, tida como agourenta.
ACEIRO — Terreno debastado ao redor dos postes de cerca a fim de evitar que o fogo os queime.
ACERAR — Vedar o pasto com a capina em torno.
ACERO — Capina ao redor do pasto, ou da roça, para vedar a passagem do fogo.
ADJITÓRIO (corruptela) — Adjutório, auxílio.
AFOGADO — Refogado (expressão culinária).
AGACHAR-SE — Rebaixar–se, humilhar-se. Viver agachado: hábito de servilismo.
AGRAVAR — Ofender, desagradar. "Não gosto de agravar ninguém".
ÁGUAS — Tempo das águas: tempo das chuvas.
ANEIXAR, ANEIXO (popular) — Anexar, anexo.
ANIMAL — Equino ou muar.
APÁ — Pá. Dizem: "o apá".
ARAPUÁ — Abelha mansa, de cor preta, que faz colmeia no oco das árvores.
AROEIRA — Madeira de construção, muito usada no Brasil antigo, pesada e incorruptível. As casas antigas não usavam cantos de tijolos ou adobes e sim esteios de aroeira.
Diz-se que a casa começa pelos alicerces, mas antigamente e ainda hoje no sertão, faz-se a armação da casa toda de aroeira, cobre-se-a, depois é que se fazem as paredes. Em Mineiros, cidade do sudoeste goiano, a primeira casa construída sem esteios e de cantos de tijolos, fêz muita gente ficar com receio de entrar.
ARREADO — Incivil, grosseiro, ignorante. "Indivíduo arreado".
ARREPARAR (corrupt.) — Reparar.
ARRIBABA — Desgarrada do rebanho; desguaritada.
ARTIFÍCIO — O conjunto do aparelho de tirar fogo: binga, pedra e fuzil.
ASSUCEDER — Acontecer, acontecido.
ASSUNGAR — O mesmo que sungar, levantar. "Sungar os braços…"
ASSUNTAR — Pôr sentido em uma conversa; refletir.
AULA — Escola.
AVEXAR — Apertar. Estou avexado pra ir embora.
AZAGAIA — Arma de caçar onça, como uma forca. O caçador entra na grota com um facho aceso de canela-de-ema que, além de clarear, protege-o, pois onça não gosta de fogo: perturba-a e mete-lhe a azagaia no pescoço, espetando-a.
AZANGAR — Estragar-se; deteriorar-se.
B
BACURI — Palmeira de fruto oval de mais de dez centímetros; produz fibras que servem para a calafetação; o caule produz boa madeira e com as folhas cobrem-se os ranchos.
BADULACOS — Utensílios pobres de casa.
BAFUME — Abafamento, aflição, opressão do peito.
BAGERÊ — Parte superior e estéril do cascalho aurífero ou diamantífero.
BAGUÁ — Baguá é pessoa arredia, de pouco trato; potro ou outro animal recém-domado, meio arisco ainda.
BAIXEIRO — Saco de aniagem que vai no lombo do animal, ao arreá-lo.
BALANGAR — Balançar.
BAMBURRAR — Quando o garimpeiro encontra o que procura: uma gema compensadora.
BANDA — Lado; de banda; de lado.
BANDEIRA — Monte de milho na roça.
BANGÜÊ — Defunto enrolado em um cobertor e amarrado num pau roliço, conduzido em ombros dos companheiros.
BARBEIRAR, BARBEIRO — Inexperiente; agir sem o necessário conhecimento.
BARRADÃO, BARRADO — Bulcão; grossas nuvens de chuva, no horizonte.
BERÊM — Mingau sólido de maizena com leite e açúcar.
BESTUNTO — Burrice; cabeça oca; falta de reflexão.
BEBA — Pequena lagartixa de cor acastanhada, pele lisa e brilhante, mui vivaz, que se aninha em fendas de esteios.
BILRO — Peça para fiar renda; consta de um coco macaúba ou tucum espetado num palito, que vem a ser a agulha. As mulheres rendeiras manejam vários bilros, ao mesmo tempo.
BINGA — Isqueiro, "cornim-boque", parte do "artifício" em que se coloca a isca.
BISCOITO DE GOMA — É o biscoito de polvilho paulista ou a pipoca mineira.
BITELO — Grande; enorme.
BOCAINA — Passagem estreita e funda entre duas serras.
BOIOTA (ó) — Tolo, imbecil.
BOQUEIRÃO — Passagem entre barrancos altos, ou em corte na mata.
BOTINA TESTA-DE-TOURO — Botina ringideira, mateira; de elástico e sempre amarela.
BRAÇA — Medida de 2,20 m..
BRIQUITAR — Labutar; teimar em um labor. "Estou briquitando para ver se acerto".
BROCHA — Tira de couro cru que une as pontas dos caízis, por baixo da barbela do boi.
BUCHA PAULISTA — Pelota de bucha que serve para separar a pólvora do chumbo no carregamento das armas de fogo
BUGRADA — Ação própria de bugre; selvageria.
BUGRE — índio, tapuia, selvagem.
BURITI — O buriti é uma palmeira linda, abundantíssima nos altiplanos do Brasil Central.
ACAUÃ — Ave inimiga das cobras, tida como agourenta.
ACEIRO — Terreno debastado ao redor dos postes de cerca a fim de evitar que o fogo os queime.
ACERAR — Vedar o pasto com a capina em torno.
ACERO — Capina ao redor do pasto, ou da roça, para vedar a passagem do fogo.
ADJITÓRIO (corruptela) — Adjutório, auxílio.
AFOGADO — Refogado (expressão culinária).
AGACHAR-SE — Rebaixar–se, humilhar-se. Viver agachado: hábito de servilismo.
AGRAVAR — Ofender, desagradar. "Não gosto de agravar ninguém".
ÁGUAS — Tempo das águas: tempo das chuvas.
ANEIXAR, ANEIXO (popular) — Anexar, anexo.
ANIMAL — Equino ou muar.
APÁ — Pá. Dizem: "o apá".
ARAPUÁ — Abelha mansa, de cor preta, que faz colmeia no oco das árvores.
AROEIRA — Madeira de construção, muito usada no Brasil antigo, pesada e incorruptível. As casas antigas não usavam cantos de tijolos ou adobes e sim esteios de aroeira.
Diz-se que a casa começa pelos alicerces, mas antigamente e ainda hoje no sertão, faz-se a armação da casa toda de aroeira, cobre-se-a, depois é que se fazem as paredes. Em Mineiros, cidade do sudoeste goiano, a primeira casa construída sem esteios e de cantos de tijolos, fêz muita gente ficar com receio de entrar.
ARREADO — Incivil, grosseiro, ignorante. "Indivíduo arreado".
ARREPARAR (corrupt.) — Reparar.
ARRIBABA — Desgarrada do rebanho; desguaritada.
ARTIFÍCIO — O conjunto do aparelho de tirar fogo: binga, pedra e fuzil.
ASSUCEDER — Acontecer, acontecido.
ASSUNGAR — O mesmo que sungar, levantar. "Sungar os braços…"
ASSUNTAR — Pôr sentido em uma conversa; refletir.
AULA — Escola.
AVEXAR — Apertar. Estou avexado pra ir embora.
AZAGAIA — Arma de caçar onça, como uma forca. O caçador entra na grota com um facho aceso de canela-de-ema que, além de clarear, protege-o, pois onça não gosta de fogo: perturba-a e mete-lhe a azagaia no pescoço, espetando-a.
AZANGAR — Estragar-se; deteriorar-se.
B
BACURI — Palmeira de fruto oval de mais de dez centímetros; produz fibras que servem para a calafetação; o caule produz boa madeira e com as folhas cobrem-se os ranchos.
BADULACOS — Utensílios pobres de casa.
BAFUME — Abafamento, aflição, opressão do peito.
BAGERÊ — Parte superior e estéril do cascalho aurífero ou diamantífero.
BAGUÁ — Baguá é pessoa arredia, de pouco trato; potro ou outro animal recém-domado, meio arisco ainda.
BAIXEIRO — Saco de aniagem que vai no lombo do animal, ao arreá-lo.
BALANGAR — Balançar.
BAMBURRAR — Quando o garimpeiro encontra o que procura: uma gema compensadora.
BANDA — Lado; de banda; de lado.
BANDEIRA — Monte de milho na roça.
BANGÜÊ — Defunto enrolado em um cobertor e amarrado num pau roliço, conduzido em ombros dos companheiros.
BARBEIRAR, BARBEIRO — Inexperiente; agir sem o necessário conhecimento.
BARRADÃO, BARRADO — Bulcão; grossas nuvens de chuva, no horizonte.
BERÊM — Mingau sólido de maizena com leite e açúcar.
BESTUNTO — Burrice; cabeça oca; falta de reflexão.
BEBA — Pequena lagartixa de cor acastanhada, pele lisa e brilhante, mui vivaz, que se aninha em fendas de esteios.
BILRO — Peça para fiar renda; consta de um coco macaúba ou tucum espetado num palito, que vem a ser a agulha. As mulheres rendeiras manejam vários bilros, ao mesmo tempo.
BINGA — Isqueiro, "cornim-boque", parte do "artifício" em que se coloca a isca.
BISCOITO DE GOMA — É o biscoito de polvilho paulista ou a pipoca mineira.
BITELO — Grande; enorme.
BOCAINA — Passagem estreita e funda entre duas serras.
BOIOTA (ó) — Tolo, imbecil.
BOQUEIRÃO — Passagem entre barrancos altos, ou em corte na mata.
BOTINA TESTA-DE-TOURO — Botina ringideira, mateira; de elástico e sempre amarela.
BRAÇA — Medida de 2,20 m..
BRIQUITAR — Labutar; teimar em um labor. "Estou briquitando para ver se acerto".
BROCHA — Tira de couro cru que une as pontas dos caízis, por baixo da barbela do boi.
BUCHA PAULISTA — Pelota de bucha que serve para separar a pólvora do chumbo no carregamento das armas de fogo
BUGRADA — Ação própria de bugre; selvageria.
BUGRE — índio, tapuia, selvagem.
BURITI — O buriti é uma palmeira linda, abundantíssima nos altiplanos do Brasil Central.
Fonte:
Estórias e Lendas de Goiás e Mato Grosso. Seleção de Regina Lacerda. . Ed. Literat. 1962
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