Os sons. Ouvir os sons. Vento assobiando, “assobiolando”, pingos batendo nas vidraças, chuva “chuvalhando”. Vozerio na noite. Pernoite. Algum açoite?
Vozes vívidas, vibrantes, buscando algum intento? Ou só lamento?
O pio da coruja, quero-queros agitados e vozes esquecem que as formigas trabalham à noite varando madrugadas por carreirinhos longos, mas estreitos sem se importar com as dificuldades.
Silenciosa, cada criaturinha cumpre seu papel de preparar o ninho e o alimento com a faina, à espera do inverno. E na esteira desta elucubrações a gente vê seres humanos com ares de "vida ganha", sem se importar com o futuro e dificuldades que possam surgir lá adiante.
A natureza, sem os reflexos racionais, tem os seus lampejos de sapiência. Seria até prazeroso imitá-la. E previdente. E útil. E salutar.
Fonte> Texto enviado pelo autor
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