Ô, ABRE ALAS!
O coração daquele jovem nunca tinha batucado. Batia, desde sempre, no ritmo insone de manter viva a vida que Deus lhe dera, mas batuque mesmo não, nunca tinha batucado.
Foi que, no Carnaval daquele ano, sairia no carro abre-alas do Desfile Municipal, e, para isso, se preparara com afinco. Foram meses frequentando a quadra da Escola e tudo.
Na passagem da segunda para a Terça-feira de Carnaval, vestindo azul, chapéu de abas curtas branco na fronte, sentia seu peito batucar, no abre-alas da Avenida e de outro "eu"!
'MIL' CONFETES
O salão do clube de campo daquela pequena cidade interiorana não parecia mais um mero salão de clube de campo do interior, mas o interior de um bolo de festa de criança.
No chão, confetes mil se avolumavam, e por ele passavam senhoras e senhores que, ao pisarem lá, se transformavam e sentiam vir à tona a criança entorpecida de tempos idos.
Assim, ao som de "Máscara Negra" e de tantas outras lindas canções carnavalescas, deram-se as mãos e, numa imensa dança circular, giraram sobre o chão de 'mil' confetes...
UM PIERRÔ
Vestiu-se feito um Pierrô para a folia. Sabia que em algum ponto da Alegria haveria de encontrar a Colombina. O Arlequim, página virada para ela, seria só mais um amor e só.
Porém, no decorrer da alegoria, viu seu sonho virar cinzas e, no caos da manhã raiada, raiou sem ela na avenida. Bêbado de amor sem nexo, vagou, vadio, pelas vielas a chorar.
Não sabe como o Carnaval acabou. Chorou até seu rosto se mostrar. Não foi dessa vez! Acordou nos braços do amigo, um Arlequim sem Colombina que o fizera despertar.
Fonte: O Autor
O coração daquele jovem nunca tinha batucado. Batia, desde sempre, no ritmo insone de manter viva a vida que Deus lhe dera, mas batuque mesmo não, nunca tinha batucado.
Foi que, no Carnaval daquele ano, sairia no carro abre-alas do Desfile Municipal, e, para isso, se preparara com afinco. Foram meses frequentando a quadra da Escola e tudo.
Na passagem da segunda para a Terça-feira de Carnaval, vestindo azul, chapéu de abas curtas branco na fronte, sentia seu peito batucar, no abre-alas da Avenida e de outro "eu"!
'MIL' CONFETES
O salão do clube de campo daquela pequena cidade interiorana não parecia mais um mero salão de clube de campo do interior, mas o interior de um bolo de festa de criança.
No chão, confetes mil se avolumavam, e por ele passavam senhoras e senhores que, ao pisarem lá, se transformavam e sentiam vir à tona a criança entorpecida de tempos idos.
Assim, ao som de "Máscara Negra" e de tantas outras lindas canções carnavalescas, deram-se as mãos e, numa imensa dança circular, giraram sobre o chão de 'mil' confetes...
UM PIERRÔ
Vestiu-se feito um Pierrô para a folia. Sabia que em algum ponto da Alegria haveria de encontrar a Colombina. O Arlequim, página virada para ela, seria só mais um amor e só.
Porém, no decorrer da alegoria, viu seu sonho virar cinzas e, no caos da manhã raiada, raiou sem ela na avenida. Bêbado de amor sem nexo, vagou, vadio, pelas vielas a chorar.
Não sabe como o Carnaval acabou. Chorou até seu rosto se mostrar. Não foi dessa vez! Acordou nos braços do amigo, um Arlequim sem Colombina que o fizera despertar.
Fonte: O Autor
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