segunda-feira, 1 de abril de 2024

Lairton Trovão de Andrade (Panaceia de Trovas) 10


1
Pinhalão dos cafezais.
Pátria minha dos primores,
mil riquezas sem iguais,
terra amada sempre em flores!
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2
Indescritível bondade
tem o bom livro ao leitor;
com postura e seriedade,
é um exímio educador,
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3
Ao cair da noite, a Lua
se levanta no horizonte
e beija o Sol que a cultua
com tanta luz em sua fronte.
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4
Na madrugada serena,
os campos brilham de prata,
a Lua, dona da cena,
poemas faz à cascata.
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5
A Lua foi testemunha
das juras de um trovador;
você, então me propunha
eternizar este amor.
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6
Muitos não viajam de avião,
- terrível coisa da altura -
têm sufoco e aflição,
que se traduz em paúra.
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7
Nesta rua, onde moro,
passa a vida em liberdade;
mas não passa quem adoro
nem, de mim, passa a saudade.
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8
As pombas, que têm saudade,
voltam à tarde aos pombais;
mas quem foi pra eternidade,
ao tempo, não volta mais.
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9
Ainda que o seu passado
não tenha sido de glória,
você, com muito bom grado,
pode escrever nova história.
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10
A frequente impunidade,
que bem nos atesta a Imprensa,
leva a criminalidade
pensar que o crime compensa.
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11
A fogueira de São João,
com as chamas reluzentes,
traz calor à tradição
com alegrias ardentes.
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12
Pequeninas mãos rosadas
de mil graças - carinhosas,
de boninas perfumadas,
meigas mãos, sois milagrosas.
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13
Zabelê é uma jaó
que vela nalgum sertão;
seu canto é tristeza só,
- lembra a dor da solidão.
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14
A jaó, na mata ao longe,
põe tristeza no seu canto,
chora o funeral do monge
que vai para o campo santo.
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15
Quanta surpresa na vida
com as histórias de amor!
Quando a esperança é perdida,
fica uma história de dor.
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16
Ontem - Cidade Menina,
hoje -a mais linda senhora!
E terás sempre, Londrina,
os esplendores da aurora.
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17
Vivo no mundo da Trova,
sou feliz e não me queixo;
cada dia, há quadra nova
no "Jornal do Seu Aleixo*.
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Seu Aleixo: Proprietário de Jornal e amigo dos trovadores. Natal - Rio Grande do Norte.
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18
Maior que a galáxia infinda,
a Via - Láctea que vemos,
maior que o universo ainda,
é o Santo Deus que nós cremos.
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19
Muito além dos universos,
paira um poder infinito.
- Ó Deus, recebe os meus versos,
escuta, pois, o meu grito!
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20
Eu quero apenas seguir
os caminhos do meu Deus;
que eu tenha pra onde ir
após meu último adeus.
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21
Na terrível realidade,
não há, meu Deus, inocente?!
- Diante de tanta maldade,
salvo está o feto no ventre.
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Lairton Trovão de Andrade. Perene alvorecer. 2016. Enviado pelo autor.

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