quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

Prêmio Jabuti (O que é e Livros Premiados) - 1 -


O Prêmio Jabuti foi criado em 1958 pelos dirigentes da Câmara Brasileira do Livro (CBL), interessados em premiar aqueles do ramo literário que mais se destacassem em cada ano. A primeira edição aconteceu em 1959, onde o escritor Jorge Amado recebeu o prêmio maior na categoria romance com “Gabriela, cravo e canela” e a Editora Saraiva foi premiada Editora do Ano.

As categorias e prêmios foram alteradas ao longo dos anos. Em 2018, foi completamente repaginado buscando aproximar mais o leitor dos editores e autores. Uma grande novidade foi o lançamento da categoria Formação de Novos Leitores que visa reconhecer iniciativas de estímulo à leitura.

Em 2020 aconteceu a 62ª edição do Prêmio Jabuti.

E porque um Jabuti?

Como foi que um animal tão simples ganhou a simpatia dos dirigentes da premiação? O jabuti é um animal facilmente encontrado em diversas regiões brasileiras. No período de criação do prêmio, o ambiente literário era marcado pelo modernismo, com suas inspirações nacionalistas e a ideia de valorização da cultura popular, das raízes indígenas e da cultura africana.

O caminho do jabuti do mato para a premiação se inicia em Reinações de Narizinho, livro infantil do escritor Monteiro Lobato. Na obra, o jabuti é um dos personagens. Ele é lento, mas obstinado! A partir daí tudo é história e esse simpático animal foi eleito o símbolo da premiação.

OBRAS PREMIADAS DAS EDITORAS DO COLETIVO LEITOR

O Coletivo Leitor busca promover o incentivo à leitura e a troca de
conhecimentos sobre literatura, ensino literário e tudo que relacione o mundo dos livros ao universo da educação. Em seu acervo, reúne obras de seis grandes selos editoriais: Ática, Scipione, Saraiva, Atual, Formato e Caramelo.
 
Somando as publicações de todos esses temos mais de 1.600 obras
em nosso catálogo! Dentre elas, estão livros de autores nacionais e
estrangeiros, traduções e muitos deles foram indicados e venceram
premiações importantes do mundo literário.
 
Neste material, separamos algumas obras ganhadoras do Prêmio
Jabuti, uma das mais importantes premiações do nosso país. Você
poderá conferir quais livros ganharam o prêmio.

Livros Destacados

Raul Pompéia
O Ateneu


Sérgio está prestes a enfrentar a educação repressora do famoso internato Ateneu. Lá, ele terá de lidar com a brutalidade dos colegas e do diretor, superando a falta da família e o recém-abandonado universo infantil. As marcas desse mundo constritor permanecerão nas lembranças do adulto, que escreve melancolicamente suas memórias. Nessa narrativa a um só tempo doce e amarga, Raul Pompéia traça um retrato impressionista do processo de formação da individualidade flagrado em seus momentos mais decisivos.
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Ana Maria Machado
Histórias Meio ao Contrário


Nesta narrativa ao contrário, o príncipe e a princesa não se contentam em ser felizes para sempre – porque é assim que começa a história deles. Eles decidem fazer sua própria trajetória, numa trama cheia de surpresas.
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Jane Tutikian
A cor do azul


Obra vencedora do Prêmio Jabuti de Literatura Juvenil (1984). O livro narra a turbulenta passagem da infância à puberdade. As dúvidas, as paixões, os sonhos, os medos e as descobertas da narradora-personagem são um convite para vermos o mundo com novos olhos. Uma obra de rara sensibilidade.
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Giselda Laporta, Ganymedes José
Awankana, o segredo da múmia Inca


Em 1994, quatro pessoas são encontradas mortas no Museu de Arqueologia Latino-Americano, ao lado de uma múmia inca. No chão, uma faca cerimonial de ouro, com a figura de um deus alado incaico. Tão logo tomam conhecimento dessa notícia, Sach’a e o professor Ortegas partem de Cuzco para São Paulo. Havia chegado a hora de encontrar o elo perdido, de tentar desfazer um mistério de quinhentos anos.
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José Paulo Paes
Poemas para brincar


Um clássico da poesia infantil brasileira em que José Paulo Paes propõe a seus leitores brincar com a língua portuguesa. Os poemas apresentam jogos de palavras e até um abecedário com significados inusitados, que diverte, instiga a criatividade das crianças e ainda faz pensar.
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Claudio Martins
Galo, galo,
não me calo


História do galo da menina Fanci, moradora de uma rua de Copacabana, numa casa pequena com quintal, no meio da cidade do Rio de Janeiro. Prosa poética que narra o conflito entre o galo, que todas as manhãs canta para saudar o Sol, e os moradores da vizinhança, que vivem nos altos edifícios próximos à casa de Fanci e que tentam calar o galo a todo custo. Uma história ecológica que mostra a cidade grande com seus carros, buzinas, fumaça, prédios, lixo expulsando a natureza para longe de si.
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Lourenço Casarré
Nadando contra a morte


Vinda do interior para trabalhar como doméstica com uma família de classe média, Maria do Amparo, 14 anos, é estuprada pelo patrão e engravida. A menina consegue esconder da patroa a gravidez, mas não a criança. E recebe um ultimato: que se livre dela. Desesperada, depois de andar a esmo pelas ruas, Maria do Amparo se atira no rio com a filhinha. A história de Maria do Amparo e seu salvamento por dois esportistas (um nadador e um remador) é narrada por meio de depoimentos da menina, do nadador, do remador, do capitão do Corpo de Bombeiros, que tira todos do rio, e de outras personagens que presenciaram o fato. Numa agilidade de reportagem, a história tem a dose exata de emoção. Adaptado para o cinema no longa “Amparo”, dirigido por Ricardo Pinto e Silva.
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Ana Maria Machado
Fiz voar o meu chapéu


Prosa poética deliciosa, com rima e ritmo bem marcados. Um chapéu que voa, voa… e vai passando por riachos, coronéis, senhoras, caciques, marinheiros, botes e cachoeiras até virar ninho de passarinho (com varanda e tudo!). O texto é constituído por dísticos cheios de musicalidade. O ponto de vista é de uma criança que traduz com humor, sonoridade e simplicidade as brincadeiras do seu cotidiano: no caso, fazer voar o seu chapéu.
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Raquel Coelho
A arte da animação


Como pessoas curiosas inventaram estranhas engenhocas com luzes e desenhos para dar vida à animação e, com isso, criaram efeitos mirabolantes para a época, século XIX. Além da origem da animação, o leitor poderá saber sobre a evolução dessa arte até os dias de hoje, quando o computador virou um instrumento de apoio para o animador. O texto fala também das várias técnicas usadas, dá exemplos de filmes que utilizaram a animação como recurso de enriquecimento gráfico. As ilustrações, feitas de pequenos objetos, sucata, retalhos, vão envolver ainda mais o leitor nesse texto gostoso e curioso sobre a arte da animação.
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Ricardo Azevedo
Contos de enganar a morte

“Sair desta para uma melhor” não parece ser exatamente o desejo de Zé Malandro, do médico, do ferreiro e de um jovem viajante. O que eles querem mesmo é gozar a vida, e acham que é possível dar um jeitinho de tapear dona Morte. Mas acontece que com Ela não tem conversa mole que resolva. Quando chega a hora, não adianta bater o pé. É o que aprendem os personagens dessas prazerosas narrativas populares recolhidas e recontadas por Ricardo Azevedo neste livro. O médico, por exemplo, faz a Morte prometer que somente seria levado assim que terminasse de rezar o Pai-Nosso. Quando ele anuncia que demorará anos para recitar o final da prece, ela vai embora contrariada. O ferreiro manda sua esposa dizer que ele não está em casa toda vez que a danada bate à sua porta. O jovem viajante abriga-se em uma terra onde a vida é eterna. E Zé Malandro, muito espertamente, encontra mais de uma maneira de enganar sua algoz.
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Luiz Vilela
Sofia e outros contos

Seis contos sobre simplicidade: a Sofia dos tomates, um regalo de Natal, um passado, um monstro, uma lagartixa e… amanhã eu volto. Divertidas, comoventes, engraçadas, líricas ou trágicas, algumas das melhores histórias de um dos mais notáveis contistas brasileiros estão reunidas nesta obra, que foi 3º lugar no Prêmio Jabuti 2010, na categoria Juvenil.
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Continua… mais livros premiados.

Fonte:
Ebook da Equipe Coletivo Leitor.

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