quarta-feira, 26 de junho de 2024

Recordando Velhas Canções (De Papo Pro Ar)


 Compositores: Joubert de Carvalho / Olegário Mariano

Eu não quero outra vida
Pescando no rio de Jereré
Tenho peixe bom
Tem siri patola
Que dá com o pé

Quando no terreiro
Faz noite de luar
E vem a saudade me atormentar
Eu me vingo dela
Tocando viola de papo pro ar

Se ganho na feira
Feijão, rapadura
Pra que trabalhar
Sou filho do homem
E o homem não deve
Se apoquentar
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A Simplicidade e a Saudade na Música 'De Papo Pro Ar'

A música 'De Papo Pro Ar', composta em 1931, é uma celebração da vida simples e tranquila, longe das preocupações do mundo moderno. A letra descreve a vida de um pescador no rio Jereré, onde a abundância da natureza oferece tudo o que é necessário para viver bem, como peixe e siri. A expressão 'de papo pro ar', que dá título à música, é uma gíria brasileira que significa estar em um estado de relaxamento total, sem preocupações.

O cenário descrito na música é idílico e remete a uma conexão profunda com a natureza e o contentamento com o que ela oferece. A menção de elementos como 'feijão' e 'rapadura' na feira reforça essa ideia de simplicidade e autossuficiência. Além disso, a música toca em temas de saudade e nostalgia, especialmente quando o luar traz lembranças que são suavizadas pela música da viola, sugerindo que a música é um refúgio e uma forma de lidar com os sentimentos de saudade.

Explora temas rurais e a valorização das raízes culturais brasileiras. 'De Papo Pro Ar' é um exemplo de como utiliza a música para transmitir uma mensagem de paz e contentamento com a vida simples, ao mesmo tempo que aborda sentimentos universais como a saudade.

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