segunda-feira, 6 de junho de 2022

Vivaldo Terres (Poemas Escolhidos) XVIII


APRENDER A SOFRER


Bem no fundo de minh’alma
Existe uma flor rara
Que faz de mim
O que quer
Esta flor é a mais bela
E eu sonho e sofro
Por ser ela bela mulher

Ela passa e às vezes
Me olha
Pois isto não me consola
Não sei o que fazer
Como viver satisfeito
Com a dor que sinto
No meu peito
Sem que possa resolver
 
Sei que ela não é culpada
Por ser por mim
Tão amada
E por ela eu sofrer tanto

Pensei em me revelar
Com certeza irei
Me decepcionar
E sofrer terrivelmente
Por ser ela pessoa importante
E ser ela o bastante
Não é difícil entender
Tenho que me conformar
E aprender a sofrer
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CORAÇÃO E ALMA

Ela passou com o rosto
Entristecido,
Mostrando que havia
Tristeza e mágoa
Em seu coração.

Nada falou, nem eu a perguntei,
Mas sabia eu
Que nisso existia certa razão!

Faz algum tempo
Que a conheci,
Nossa amizade não era diferente
De outras amizades
Que tive e convivia,
Pois os amigos existem
Para nos ajudarem
Nas horas de angustias
Ou quando estamos
Em certas agonias.

Depois vim a saber
Que disseram a ela
Que eu tinha noivado,
Por isso estava de casamento marcado.

Fiquei admirado
Pois não tenho namorada,
Sendo assim
Nunca poderia estar compromissado.

Pobre menina
De coração e alma pura,
Não acredites no que dizem
Sem saber.
E se é por isto
Que estás entristecida
Vem depressa
Que meu coração
E alma
Estão prontos para te acolher.
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O POETA SABE QUE VIVE PRA SOFRER

O amor, sonhos e flores!
Que há na vida de um poeta,
Lembrando da que se foi...
O deixando entristecido,
Mas ele é poeta...
E jamais ficará esquecido,
Embora com a dor de um novo amor!
O deixe desiludido.

O poeta sabe que vive pra sofrer,
Vive pra sofrer de amor...
E na vida esse prêmio não vai ter.

Mesmo assim é conformado!
Por ser um sofrimento gostoso,
Embora sofrendo muito...
Não deixa de ter vida;
E se um amor...
O deixa trazendo-lhe desilusão,
Já tem um lugar pra outra!
No seu sofrido coração.
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TUA AUSÊNCIA

Como sofro por a tua ausência,
Que não me faz esquecer-te um só momento.
Lembro-me de ti a toda hora,
Até quando o velho vento...
Querendo agradar-te,
Acariciava os teus cabelos docemente.

E tu ficavas insatisfeita.
Pois o vento brincava com os mesmos,
Pra lá e pra cá.
E indignavas-te dizendo:
– Por favor, procura outra pra incomodar.

Lembro-me de tudo que fazias parte,
Como aquele bordado cheio de ternura.
Que era uma toalha para a nossa mesa,
Que a deixou extremamente linda.
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VOLTEI A TER FÉ

Quanto amor,
Quanta loucura
Sem um pouco de esperança.
Perdi a credibilidade,
Por amar uma criança.

Quantas lutas eu venci,
Mas perdi alguns amigos.
Apesar de tanto tempo.
Com ela...
No coração ainda vivo.

A vida tem me deixado,
Com sofrimento e tortura.
Quantas vezes me levanto,
Decidido a desviar a loucura.

Mas agora decidi,
E voltei a ter a fé.
Que procurando acharei
Uma bela e nobre mulher.

Fonte:
Versos enviados pelo poeta.

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