quinta-feira, 9 de junho de 2022

Carlos Leite Ribeiro (O cigarro!)

Maldito cigarro! Odeio-te!

Este descarado até parece que está a gozar comigo... descarado!...

Tu bem sabes que és imundo; és porco, és mal-cheiroso - és nauseabundo!

Olha lá, cigarro: por acaso sabes a quantos milhões de pessoas já fizeste mal? E continuas a fazer?...

Pois tu és um maldito!

E continuas impávido e sereno a prejudicar as pessoas. És cruel, impiedoso e asqueroso...

Eu, podia destruir-te neste momento - mas não o faço, pois, quero ver-te arder, destruindo-te como tu fazes aos teus apreciadores e a quem tem o desprivilégio de ter que de conviver com eles!

Ah, lembrei-me agora de uma frase que já ouvi a alguns anos:

"Se Deus tivesse dimensionado o Homem para ser fumador, teria colocado na cabeça uma chaminé!"

Tu, cigarro, és um vaidoso, um pedante.

Passas a vida nos lábios de qualquer um, mas sempre, sempre a fazeres mal!

Tens uma vida sem glória, pois, ao fim de seres consumido, não és mais do que um monte de cinzas, e ninguém se lembrará mais de ti.

A tua vida é efêmera, mas durante o teu curto reinado, podes provocar milhares de cancros.
 
Tu, cigarro, és um destruidor, um sádico, um paranoico: sinto-me nauseado com o teu sabor e com o teu cheiro.

Por isso vou dar-te o fim mais digno de ti:

"VOU ESMAGAR-TE DEBAIXO DOS MEUS PÉS!!!"

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