Era uma vez, em uma vasta floresta, uma águia majestosa que voava alto nos céus. Seu voo elegante e sua plumagem brilhante a tornavam a rainha do céu. Todos os animais a admiravam por sua beleza e graça. A águia, com seus olhos afiados, caçava com destreza e se orgulhava de ser a mais poderosa das aves.
Em uma parte mais baixa da floresta, habitava um lobo astuto. Ele era forte e veloz, mas sempre olhava para cima, invejando a liberdade e a beleza da águia. O lobo frequentemente se queixava para os outros animais: "Por que a águia tem que ser tão especial? Por que ela pode voar enquanto eu fico preso ao chão?"
Os animais tentavam acalmá-lo, mas a inveja do lobo só crescia. Um dia, ele decidiu que não poderia suportar mais essa situação. “Se eu não posso voar como a águia, talvez eu possa fazer algo para que ela caia e me admire”, pensou o lobo.
E assim, começou a planejar. Ele se aproximou de uma árvore alta, onde a águia costumava pousar. O lobo começou a espalhar rumores entre os outros animais, dizendo que a águia era arrogante e que seu voo a tornava distante e desinteressada. "Por que devemos admirar alguém que se acha superior?" ele dizia.
Os animais, influenciados pelas palavras do lobo, começaram a olhar para a águia com desconfiança. A águia, percebendo a mudança na atitude dos outros, se sentiu triste, mas decidiu continuar vivendo sua vida, confiando em seu valor.
O lobo, satisfeito com o que havia feito, pensou que agora seria o momento perfeito para agir. Ele se escondeu sob a árvore e esperou a águia pousar. Quando a águia desceu para descansar, o lobo saltou em direção a ela, com a intenção de atacá-la.
Mas a águia, com sua visão aguçada, percebeu a movimentação e, antes que o lobo pudesse chegar perto, alçou voo novamente, pairando no ar e olhando para baixo. "Por que você me inveja, lobo?" perguntou a águia. "Eu não sou seu inimigo."
O lobo, frustrado, gritou: "Você não entende! Você possui tudo! A beleza, o poder, a liberdade! Eu só queria ser como você!"
A águia, com compaixão, respondeu: "Cada um tem suas próprias qualidades. Eu sou feita para voar, mas você é forte e ágil no chão. Em vez de me invejar, por que não usa suas habilidades para se destacar?"
O lobo ficou em silêncio, refletindo sobre as palavras da águia. Ele percebeu que sua inveja o havia cegado para suas próprias qualidades. A águia, com seu olhar gentil, continuou: "A inveja só traz tristeza. Se você usar sua força para ajudar os outros, encontrará respeito e amizade."
Finalmente, o lobo entendeu. Ele se desculpou com a águia e decidiu usar sua agilidade para proteger os animais menores da floresta. Com o tempo, ganhou respeito e se tornou um guardião da floresta, admirado por sua bravura e lealdade.
Moral da História
A inveja cega e corrói, mas reconhecer e valorizar nossas próprias qualidades traz verdadeira felicidade e respeito.
Fontes:
José Feldman. Pérgola de Textos. Floresta/PR: Plat. Poe. Biblioteca Voo da Gralha Azul.
Imagem criada por Jfeldman com Microsoft Bing
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