quarta-feira, 28 de agosto de 2024

O nosso português de cada dia (Expressões) = 3

CÃO DOS INFERNOS

Para animal ou pessoa muito brava.

A associação vem da mitologia, já que a porta do inferno é guardada por um cão chamado Cérbero. Na mitologia grega, era um monstruoso cão de três cabeças que guardava a entrada do mundo inferior, o reino subterrâneo dos mortos, deixando as almas entrarem, mas jamais saírem e despedaçando os mortais que por lá se aventurassem.

CAOS (ESTAR UM)

Bagunça generalizada, expressão usada, na maioria das vezes, no sentido hiperbólico.

Caos, na mitologia, é a personificação do vazio primordial, anterior a qualquer criação, no tempo em que, por não existirem os elementos, a ordem não havia ainda sido imposta. Ele criou Érebo, que representa as trevas infernais, Nyx, que é a noite, Hémera, representando o dia, e Éter, personificando o céu superior, onde a luz é mais pura do que no céu que está mais próximo da Terra.

CAROCHINHA (HISTÓRIAS DA)

Contos-de-fadas, histórias para crianças.

Carochinha não é um ser imaginário ou um animal. Carocha quer dizer mulher velha, portanto carochinha é uma velhinha.

CARIOCA

Denominação genérica dada aos habitantes do Rio de Janeiro.

A palavra vem do nome dado pelos índios cari (branco) e oca (casa) à feitoria fundada por Gonçalo Coelho em 1504 e desativada por Cristóvão Jaques em 1516. No mesmo lugar, o atual Flamengo, foi construída uma casa-forte, um estaleiro e uma ferraria pela missão de Martim Afonso de Sousa, em 1531.

CARRANCUDO

Diz-se do indivíduo que está mau humorado, bravo, com a cara fechada.

A expressão se origina, por analogia, à aparência das carrancas, caras disformes de pedra, madeira ou metal, com que são ornadas bicas ou chafarizes. Carrancas ou cara de monstros são também bustos, emblemas ou florões que são colocados nas embarcações (no Rio São Francisco há muitas) para ornamentação ou, como querem alguns, para espantar os maus espíritos.

Fonte: Nailor Marques Jr. Será o Benedito?: Dicionário de origens de expressões. Maringá/PR: Liceu, 2002.

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