(samba, 1959)
Compositor: Luiz Bonfá e Antonio Maria
Quero viver,
quero sambar
Até sentir a essência da vida
me falta ar
Quero sambar
quero viver
Depois do samba, ta bem
Meu amor, posso morrer
Quero viver,
quero sambar
Até sentir a essência da vida
me falta ar
Quero sambar quero viver
Depois do samba, ta bem
Meu amor, posso morrer
Quem quiser gostar de mim
Se quiser vai ser assim
Vamos viver
vamos sambar
Se a fantasia rasgar
Meu amor
eu compro outra
Vamos sambar, vamos viver
O samba é livre,
Eu sou livre também até morrer.
A Liberdade e a Alegria no 'Samba de Orfeu'
A música 'Samba de Orfeu', é uma celebração da vida e da liberdade através do samba. A letra expressa um desejo profundo de viver intensamente e aproveitar cada momento, mesmo diante das adversidades. A repetição da frase 'quero viver, quero sambar' reforça a ideia de que a vida e o samba estão intrinsecamente ligados, sendo o samba uma metáfora para a alegria e a liberdade de viver.
A menção à fantasia que pode se perder, mas que pode ser comprada novamente, simboliza a resiliência e a capacidade de se reinventar. A fantasia, no contexto do samba, representa a alegria, a criatividade e a expressão pessoal. Mesmo que a vida apresente desafios e perdas, a música sugere que é possível recuperar a alegria e continuar a dançar, a viver. A liberdade é um tema central, destacada na frase 'o samba é livre, e eu sou livre até morrer', indicando que a liberdade é um valor inalienável e essencial para a existência plena.
Além disso, a música aborda a aceitação e a autenticidade nas relações pessoais. A linha 'quem quiser gostar de mim, se quiser vai ser assim' sugere que a aceitação deve ser incondicional, sem tentar mudar a essência do outro. 'Samba de Orfeu' é, portanto, uma ode à vida, à liberdade e à autenticidade, celebrando o samba como uma expressão máxima desses valores.
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