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sábado, 25 de dezembro de 2010

Carolina Ramos (Lição de Natal)


Pura e límpida, a estrela fulgurante
iluminou os céus da Palestina!
E pastores e reis levou avante
até a boca da gruta pequenina.

Naquele excelso e soberano instante,
reis e plebeus unia a luz divina
e a esperança, com brilho tremulante,
fazia a noite azul e cristalina!

E que lição, Senhor, nos deu a estrela!
Conduzindo, a Belém, adoradores,
mostrou a todos que puderam vê-la,

que os humildes serão sempre os primeiros!
Que, antes dos reis e que antes dos pastores,
aos Teus pés se ajoelharam os cordeiros!

Fontes:
A Autora
Imagem do Presépio = http://rosyluzes.jex.com.br

domingo, 19 de dezembro de 2010

Edson Carlos Contar (Papai Noel Boiadeiro )


Inspirado na música "Papai Noel boiadeiro" , de Aral Cardoso/ autor e voz - -músicas de Mato Grosso do Sul-
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Nas estradas boiadeiras não passa trenó, nem existem renas aqui, na planície pantaneira...

Quando muito, um ou outro parente delas, o galheiro do pantanal, aperece curioso pra ver a boiada passar e volta correndo pra mata.

O Papai Noel da cidade nunca se aventurou por aqui...

Aqui o nascimento de Jesus ainda é lembrado e as vitrines da cidade são substituidas pelas paisagens de cada canto desse paraiso natural, iluminado pelos pirilampos , decorado com incontáveis àrvorres enfeitadas em flores e frutos, na mais pura imagem de um verdadeiro Natal...

O coro dos pássaros parece entender o significado da data e parece mais afinado e harmonioso...
Até a onça, pia mansa nas ribanceiras...

Em cada ranchinho, a mesa é farta em pães, feitos nos fornos de barro, frutos, doces de genipapo, manga, ariticum e o peixe que descansa, esperando a hora da Santa Ceia pantaneira.

Quando a noite vai caindo, as nhás e a criançada, ficam atentas ao som do berrante que logo ressoará no horizonte, anunciando a chegada do peão boiadeiro, vindo da lida, na comitiva que levou o gado pra longe, trazendo no alforge um regalo simples pra amada, comprado num dos bolichos beira de estrada e brinquedos inocentes feitos pelos artesãos pantaneiros, para a gurizada.

Ele é o Papai Noel pantaneiro...Sem ilusórias prosas de santo...sem roupas estranhas...Tem barba cerrada, chapéu de couro e viola de coxo cruzada nas costas...

Tudo aqui é natural, verdadeiro e realmente santo!

É um Natal de farto em amor à natureza, de vinho extraido a cada gomo das frutas e, do pão sovado por braços valentes que preservam o quintal de Deus, aqui, nos confins de um brasilzão abençoado.

Abençoados peões, nhás e crianças pantaneiros, que Jesus seja sempre presente em vossa mesa!

Amém!

Fonte:
Colaboração de Ialmar Pio Schneider

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Sonetos de Natal


– Machado de Assis/RJ –
Soneto de Natal

Um homem, — era aquela noite amiga,
Noite cristã, berço no Nazareno, —
Ao relembrar os dias de pequeno,
E a viva dança, e a lépida cantiga,

Quis transportar ao verso doce e ameno
As sensações da sua idade antiga,
Naquela mesma velha noite amiga,
Noite cristã, berço do Nazareno.

Escolheu o soneto... A folha branca
Pede-lhe a inspiração; mas, frouxa e manca,
A pena não acode ao gesto seu.

E, em vão lutando contra o metro adverso,
Só lhe saiu este pequeno verso:
"Mudaria o Natal ou mudei eu?"

Pedro J. Bondaczuk/SP
Meu maior presente

É noite de Natal... Estrelas reluzentes
salpicam o céu, este infinito luzeiro.
Na sala, sob a árvore, estão os presentes.
As luzes, piscando, iluminam o pinheiro.

Só, reflito em fatos antigos e recentes,
nos ganhos e perdas deste ano, no final,
nos mui queridos amigos e nos parentes
que estão distantes nesta noite de Natal.

Penso, sobretudo, em você, amiga ausente,
no que gostaria de receber e dar,
no seu grande carinho e generosidade,

no seu sorriso e franqueza no olhar,
pois só quero, amiga, como maior presente,
o rico penhor da sua eterna amizade!

Doroni Hilgenberg/AM
Soneto de Natal

É Natal e uma claridade intensa
Paira por cima de uma noite mansa
E num instante volta a minha crença
E por momentos volto a ser criança

Noite de Natal... e a árvore enfeitada
Bolinhas coloridas, anjos e fitinhas,
Guloseimas e uma noite encantada
Com presentes para as crianças boazinhas.

Que tristeza deve ser para algumas delas
Acreditando que o Papai Noel existe
Sonham...e nada recebem nesta noite linda!

Que descrença... que amargura singela
Para a criança que em seu cantinho triste
Espera pelo presente que não veio ainda!

Pedro J. Bondaczuk/SP
Cenários de Natal

Noite de Natal, a cidade se ilumina...
Brilham estrelas, o mundo se enche de luz.
Mil canções bailam no ar, a paz predomina,
é noite de festas pro Menino Jesus.

Noite de Natal, reacendem-se esperanças,
tristezas desaparecem, tornam-se vultos,
face aos inocentes sorrisos das crianças
que se somam às recordações dos adultos.

A chama do amor os corações incendeia.
A fé eleva nossas preces para o céu...
Em surdina, ouvem-se as notas do Jingle Bell...

Feliz, sentado à mesa, em posição central,
o pai preside a familiar e santa ceia...
A cidade se ilumina... Noite de Natal...

Antonio Olinto/MG
Soneto de Natal

Mudaria o Natal ou mudo iria
Mudar sempre o menino o mundo em tudo?
Ou fui só quem mudei, e meu escudo
Novidadeiro, múltiplo, daria

Ao mudadiço mito da alegria
Em noite tão mutável jeito mudo?
O homem é mudador, muda de estudo,
De mucama, de verso, pouso, dia,

Porque a muda modula esse desnudo
Renascimento em palha, e molda e afia
O instrumento da troca, o fim miúdo,

A noite amena erguendo-se em poesia.
Mudei eu sempre sem saber que mudo
Ou somente o Natal me mudaria?

Pedro J. Bondaczuk/SP
Mensagem de Natal

Um dia – memorável dia – a humanidade
teve expiados todos os erros seus,
através da magnífica oportunidade
de conviver cotidianamente com Deus.

O arquiteto do universo, que irradia
luz, poder, glória infinita e imorredoura,
nasceu, sem pompa ou luxo, numa estrebaria,
só tendo, por berço, uma reles manjedoura.

O seu nascimento traz a maior lição
do que ao homem deve ser essencial:
a bondade, a pureza e amor no coração

e a luz da verdade por perene ideal.
Esta foi a mensagem do Deus do perdão
há dois mil anos, numa noite de Natal!
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