Normatização dos Concursos de Trovas da UBT, de acordo com decisão tomada pela II CONAPREST – 2015
1. REGULAMENTO
A.
Todos os concursos em Âmbito
Nacional, deverão incluir no tema lírico/filosófico, as duas categorias:
Veteranos e Novos Trovadores.
B. Quando o tema for o mesmo para as duas categorias, o
regulamento deverá trazer a instrução: “O Novo Trovador deverá digitar abaixo
da Trova: NOVO TROVADOR”.
C. As trovas deverão ser digitadas ou datilografadas. Não
serão aceitas Trovas manuscritas, mesmo que sejam em letra de forma.
D. A UBT não adota o
sistema de letras maiúsculas no início de cada verso. O primeiro verso nunca
deve ser iniciado com letra minúscula. Os demais não devem ser iniciados com
maiúscula, exceto quando a pontuação anterior o exigir e justificar. (veja
após o regulamento, artigo sobre este item)
E.
Só serão reconhecidos pela UBTN os
concursos publicados no Boletim Nacional, em pelo menos três edições
consecutivas, e cujos resultados forem também publicados no mesmo boletim.
2. MODO DE ENVIO
Os concursos
deverão admitir duas formas de envio:
1
– Por sistema de envelopes.
2
– Por e-mail.
A
UBTN continuará a não dar aval para concursos feitos somente pela internet.
2.1 Envelope
A.
Não serão aceitos envelopes
coloridos.
B. O prazo para remessa dos envelopes deverá ser sempre no
último dia útil do mês.
C. O remetente do envelope deverá ser sempre “Luiz Otávio”.
2.2 Envio por
e-mail
Afim de preservar
a imagem de isenção do coordenador de concursos pela internet, passa a valer as
seguintes normas para este tipo de concurso.
A.
Ao publicar o concurso, o coordenador já deverá ter o nome
de um trovador de outra seção, que não seja a sua, para ser o Fiel Depositário
das trovas recebidas. O concorrente enviará as suas trovas digitadas, por
e-mail para o Fiel Depositário, que as enviará para o Coordenador, sem a
identificação do concorrente. O coordenador será responsável por escolher os
julgadores e pelo envio das trovas a eles, tal como as recebeu do Fiel
Depositário, ou seja, sem a identificação dos autores das trovas. Feito o
julgamento, os julgadores enviarão cópias das trovas com as notas, ao
Coordenador. Este então verificará se as trovas enviadas pelos julgadores não
foram corrigidas ou modificadas, verificará a soma das notas e se tudo estiver
correto, enviará o resultado ao Fiel Depositário para que as trovas sejam
devidamente identificadas. O Fiel Depositário retornará ao Coordenador, que
fará o anúncio do resultado do concurso.
3. DOS
CONCORRENTES
A.
Poderá participar dos concursos
qualquer trovador, associado ou não da UBT.
B. Os concursos restritos aos associados da IBT (Inter Sedes,
Confraternização, etc) deverão trazer em seu regulamento: “Exclusivo para
Associados da UBT”.
C. A idade mínima para concorrer nos concursos deverá ser de
16 anos. Os menores desta idade deverão ter um tema para Juventrova, caso a
seção promotora do concurso assim o desejar.
D. O trovador poderá concorrer somente em um âmbito:
LOCAL:
para trovadores domiciliados na cidade que promove o concurso.
ESTADUAL:
para trovadores residentes no Estado a que pertence a Seção promotora do
concurso.
NACIONAL:
para todos os trovadores do Brasil, exceto do Estado e da seção que promove o
concurso.
O
trovador não poderá concorrer em mais de um âmbito. Esta divisão tem como
intenção dar chance a que mais concorrentes se classifiquem.
Comentário ao item 1 D, por Vanda
Fagundes Queiroz
De acordo
com o item “D”, a UBT desaprova o uso de maiúsculas no início de cada verso da
trova.
Sim, sim.
Trata-se de uma prática em desuso (parece que poetas mais antigos adotavam).
Assim tenho
orientado quem me mostra alguma trova. E advirto que o próprio computador automaticamente
coloca maiúscula, quando teclamos “Enter”,
para mudarmos de linha. Cabe-nos então prestar atenção, quando digitamos, para
mudarmos as maiúsculas em minúsculas, se for o caso.
A pontuação
da trova deve obedecer à estrutura do texto, ou seja: – deve-se pontuar qual se
tratasse de um texto em prosa. Portanto, letra maiúscula, somente quando a
pontuação do verso anterior o exigir.
Neste
sentido, consta que não é somente o “ponto final” que assim exige. Outros
sinais gráficos igualmente pedem o uso da inicial maiúscula na palavra
seguinte, a saber:
– Dois
pontos – quando se faz uma assertiva, e a seguir muda-se o foco, para uma
citação, por exemplo:
Ao romper os nossos laços,
chego à estranha conclusão:
– A saudade não tem braços,
mas aperta o coração!
(Therezinha D. Brisolla)
– Reticências
– praticamente no mesmo caso de mudança do foco, quando se isola a sequência
anterior (um pensamento suspenso, meditativo, por exemplo), para acrescentar
outra ideia, que venha a complementar.
Vaidade que se promulga,
só aos incautos ilude…
Façanha que se divulga
não será jamais virtude…
(JB Xavier)
Infância, em mim, é saudade
de um tempo ingênuo inocente…
Lá em casa a Felicidade
sentava-se à mesa com a gente!
(Waldir Neves)
– Ponto
de interrogação – caso de pergunta e resposta, por exemplo. Ou outra
colocação gramatical, em dois segmentos.
Felicidade… Quem sabe
dizer tudo o que ela seja?
É tão grande e, às vezes, cabe
num “sim” que a gente deseja.
(Carlos Guimarães)
– Ponto de
exclamação – caso de uma ênfase independente,
seguida de justificação, causa, efeito, etc.
Trova! Trova abençoada!
Nesta dura escuridão,
és a porta escancarada
para a minha salvação!
(Ercy Maria Marques de Faria)
– Travessão
– quando introduz fala, diálogo, citação.
Ao beijar-lhe o maridinho,
diz a onça, boca em chama:
– Mas que bafo, meu benzinho.
– Não liga, não, é só fama…
(Flávio R. Stefani)
Em suma: A
pontuação define o ritmo do pensamento.
Só venho
expor a ideia, visto constar no referido item “D” que nos concursos da UBT
serão desclassificadas as trovas cujos versos se iniciem, todos, com letra
maiúscula, exceto após ponto final.
Suponho –
que talvez a orientação mais clara poderia ser:
– O primeiro
verso nunca deve ser iniciado com letra minúscula. Os demais não devem ser
iniciados com maiúscula, exceto quando a pontuação anterior o exigir e
justificar.
Afinal, a
pontuação é que define o pensamento escrito.
Que Viva a
Trova!!!
(regulamento e comentário retirados do Informativo da
União Brasileira dos Trovadores, Seção São Paulo/SP, ano 37, n. 446 – setembro
2015, p.7-8)