sábado, 9 de outubro de 2010

Nilton Manoel (Pelo chão preto, novas paisagens)

1
O ônibus vai pela estrada,
a quase oitenta por hora;
da janela,curioso,
observo no percurso,
o cenário verdejante.
com a lavoura que garante,
a troca, Brasil afora.
2
De trânsito, no caminho,
os sinais de acostamento,
trazem toda a orientação,
pondo o motorista atento,
nos veículos à distância,
alertando a estravagância,
que só traz constrangimento.
3
Apesar de todo o aviso,
não se respeita a lombada,
os motoristas à esmo,
com os sinais, em disparada,
na banguela sem limite,
costuram sempre o grafite,
mas a polícia é alertada.
4
Sobre o chão preto que pulsa,
o sangue deste Brasil,
conduções rodam contentes,
com nosso povo gentil,
plantando tudo dá pé,
quando o trabalho é de fé,
a riqueza é senhoril.
5
Eucaliptos nos caminhos...
Cana,arroz,café... Valores
da geografia humana,
braços de trabalhadores,
dos campos que não conheço,
de São Paulo que enalteço
nos meus versos de louvores.
6
Ao longe num pasto rico,
esparsas vão as boiadas,
´por vaqueiros à cavalo,
de perto sendo cuidadas;
uma imagem de poesia
com toque de valentia,
ao viajante das estradas...
7
Ao pé da cerca farpada,
árvores de nossa flora,
pássaros de nossa fauna.
um João de Barro que chora
a traição de sua amada
que, ele fechou na morada.
são coisas que o povo adora.
8
Da terra pelos traçados]
feitos pela agrimensura,
a rigor coloca a lida,
curvas de níveis,á altura,
planejando a plantação;
da colheita a proteção
garante a sua fartura.
9
Enquanto os quadros mudam,
com as belezas naturais,
de uma repreza, uma praia,
com gente por todo o canto...
ao longe uma garça voa
com medo de uma canoa
que, rasga da água um recanto..
10
Num trecho da rodovia,
no saibro cresce o capim...
até uma árvore erótica,
tão nova e frondosa, assim...
com a previdência do aceiro,
queimadas feitas com esmero
varrem da terra o ruim...
11
Duas horas de viagem,
logo mais, uma parada
para esticar-se as pernas,
tirando o pó da estrada,
passando água pelo rosto,
comer o que for de gosto,
tomando uma laranjada.
12
Ao longe uma casa velha,
de adobo ... Parece foto,
encaixada na colina...
É de um passado remoto,
cheira a terra, mato e sol,
mercerizado lençol...
fico ao cenário, devoto.
13
Sinto-me até pioneiro,
envolvido em tal beleza
do reinado sertanejo.
Convenções da natureza:
bica dágua, cruz da estrada...
pela noite enluarada,
assombrações com certeza
14
Placas falam de distâncias,
com suas nomenclaturas
indicam quaisquer contornos,
só da vida nas agruras,
não se tem caminho de volta,
não adianta ter revolta,
nos dias de desventuras.
15
À beira da estrada, uma casa
com plantação no quintal,
em água de irrigação
que, serpenteia corrente,
enquanto um galo em pampeiro,
com a franga do terreiro,
desperta a atenção da gente.
16
A chaminé fumegante,
em fumaça de primeira.
Ah! Panelas no fogão,
talvez água na chaleira
e um forno sempre presente,
cheirando tudo o que a gente
tem saudades sem canseira.
17
Do galinheiro,ovos frescos,
o frango morto no dia.
A horta, o pomar, tudo o mais,
cuidado com alegria.
O cultivar com carinho,
o chão como se toca o pinho
de manhã ao fim do dia.
18
A porcada no chiqueiro,
cada um com data certa,
Para uma recepção.
um pra casa, outro de oferta...
O toucinho não congelado,
no feijão tão procurado
na casa de porta aberta.
19
De repente o solo muda,
É barro a dar com pau.
vejo uma cidade obreira
de cerâmica especial;
tijolos,telhas e piso,
fazem tudo o que é preciso
para o consumo geral.
20
Pelo trânsito da viagem,
de uma cidade, na entrada,
uma torre de tevê.
também a roda dentada
do Rotary Internacional;
vejo o que disse um jornal,
a cidade é bem cuidada!
21
Nessa rápida passagem
pelas ruas do lugar,
até a rodoviária,
procuro bisbilhotar,
pelo meu rádio “Parceiro”
amazonense matreiro,
que do mundo põe-me a par.
22
Logo mais já prosseguindo,
limpa, apesar da poeira,
uma casa de colônia,
antiguíssima e faceira...
Além, a igreja imponente
para receber toda gente,
para a missa domingueira.
23
Torres de eletricidade
por cima do canavial
é uma corrente que enfeita
a geografia local,
demonstrando que o progresso
da hidroelétrica é sucesso
pelo Brasil atual.
24
Olho e fico encantado
com esta jornada e até berro:
-fios de telégrafo no espaço?
Não vi estrada de ferro!
poucas mantém a rigor,
a tradição e valor
neste estado, se não erro.
25
Em meio a longas viagens,
quanta história, geografia
E, contatos sociais...
problemas de todo o dia
desta terra que progride,
mesmo que alguém duvide,
com trabalho,noite e dia.

26
É pena que o progresso,
sacrifique a geografia
e tire dos olhos da gente
Sete Quedas de poesia,
riqueza do paisagismo
que propicia turismo
em grande romaria.
27
Afinal a vida é curta
quem vive parado é ´poste
diz um ditado popular
eu não conheço quem goste
de viver mau e sem sorte,
esperando pela morte
como qualquer barbalhoste.
28
Por isto, tenho certeza
que pelo norte e nordeste
vou conhecer os sertões.
quero andar pelo agreste
pelas vilas e cidades,
conhecendo à vontade
como a geografia se veste.
29
Quanta gente pela vida
vive longe de emoção,
do trabalho para casa,
servo da televisão.
aí logo cai o sonho,
deixando-se no abandono
longe de outra distração.
30
Feliz daquele que pode
viajar, constantemente,
Conhecer novos lugares,
conhecendo nova gente,
mesmo sendo de excursão.
Viagem traduz emoção
fazendo a vida contente.
31
As cenas são fulgurantes
como um filme especial,
são arquivadas na mente
para a consulta informal
de quem nos cobra noticiais
das possíveis delícias
de um mundo sensacional.
32
Voltei a cidade em que moro!
como o verde anda ralinho.
tudo o que há é ornamental...
a habitação de mansinho,
enveredou-se pelos campos
e as casas são pirilampos...
e a saudade é o lume e o espinho!
________________________
Via Anhanguera, set. 1981

mais Literatura de Cordel declamada pelo próprio autor, neste domingo, em Ribeirão Preto

Fonte:
O Autor

Odette Mutto (Três Preces )

I

A freira puxou o terço, pausadamente - “Pai Nosso que estais no Céu...” Crianças impacientes esperavam a vez de responder - “Pão Nosso de cada dia...”

Lauro pensou que o “pão nosso” bem podia incluir aquele pão-doce que ele viu na padaria... Devia custar caro, estava fechado na vitrina. Parecia uma trança, enrolado e lustroso, só de pensar dava água na boca. Se pudesse compraria um e levaria para casa. Queria só ver a cara dos irmãos quando enxergassem aquela delícia...

Perdeu a sequência da prece. Como um ímã, o pão doce atraiu-lhe o pensamento. Dividiria entre os irmãos de acordo com as idades. Esbarrou numa dificuldade: dois eram mais velhos que ele. Anuviou-se um pouco. Não receberia o maior pedaço. Resignou-se logo. Afinal, os outros viviam engraxando sapatos, carregando cada pacote tão pesado para ninguém ir dormir sem comer. E ele, agora, estava pretendendo tirar vantagem. Se pensara em dividir daquele jeito, precisava manter a ideia. Fora ele próprio quem decidira assim. Tinha eu cumprir a palavra sem choradeira.

II

Pouco compenetrada Mônica recita: - “Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós”...

Rezara tanto quando os pais viviam brigando para eles não brigarem mais. Parece que não tinha sido ouvida. Cada qual acabara pegando seu rumo e ela ficara com o pai. Ganhara muito presente na época da separação, até parecia Natal: trem elétrico, oito bonecas, bicicleta com farol, mobília de quarto nova, vestidos de toda espécie. Não entendia porque lhe davam tanta coisa. Não queria nada, só vê-los juntos. Isto não ganhara. Tinha certeza de ter feito apenas esse pedido, mais nenhum.

III

- “Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo”. - Assim como era no princípio, é agora e sempre...
Sempre assim. Aros e raios da cadeira luziram ao sol do meio-dia. O médico dissera que ficaria sempre assim, as pernas sem movimento.
“Sempre” devia ser muito tempo porque mamãe começara a chorar perdidamente.

Às vezes, tinha vontade de perguntar quando é que ia poder correr como as outras meninas, mas ficava calada. Talvez fizesse mamãe chorar, e não queria isto. Ela já vivia tão triste, todo dia de olhos vermelhos.

A freira aproximou-se. Quis saber se estava rezando. Ergueu o rosto ingênuo e não respondeu. Rezar era bom para as outras crianças que tinham brincado e pulado. Enquanto rezavam descansavam das correrias. Mas ela, sentada sempre naquela cadeira de rodas, não tinha do que descansar...
––––––––––––––––-
Escritora paulista, várias vezes premiada, membro da Sociedade Brasileira de Dentistas Escritores. Componente da Comissão Julgadora do X Concurso de Literatura, evento integrante da “Maratona Cultural ACESC 2009”, realizado em 22.06 no Club Athletico Paulistano.

Fonte:
Do livro de contos “Bandido”; Disponível em http://dentistasescritores.blogspot.com/2009/07/tres-preces-conto.html

José Roberto de Melo (Enedina)

Sessenta anos são passados e esta história ainda me emociona...

Enedina era mocinha e trabalhava na casa de minha mãe como arrumadeira. Era uma graça!

Eu tinha mais ou menos a sua idade e ela me contava a história dos seus amores com o rapaz que tocava trombone na banda local.

Eu conhecia o moço, e lembro que achava esquisito que ele tivesse sardas. Na época pensava que sarda fossem coisa apenas de mulher.

Me parecia um amor muito puro e que devia ir para um casamento feliz. Mas existia uma tia com quem Enedina vivia, que achava que músico era vagabundo e era melhor casar com o eletricista cinquentão, feio, mas que emprestava dinheiro a juros aos colegas da usina onde trabalhava.

E ainda se comentava que ele tinha um hálito pestilento de uma doença crônica que não sei qual era.

Para a tia isto contava ponto: Enedina podia ser uma viúva remediada mais cedo.

A vontade da velha prevaleceu: casaram a moça com o velhote. E como não podia deixar de ser, não foram felizes.

O tocador de trombone continuou a ser amado e a juventude cultiva afoitezas.

Logo contaram ao marido que o músico andava rondando a sua casa, meio afastada junto de uma turbina geradora de energia, à margem do rio.

Uma mangueira frondosa, na frente da residência, escondia os amantes. E foi justamente ali que o marido traído os surpreendeu.

Partiu para o rapaz de foice em punho e desfechou uma foiçada que daria para degolar um batalhão inteiro. Tão forte que o moço desviou-se e o mortífero instrumento cravou-se profundamente no tronco da árvore.

O velhote teve dificuldade para retirá-lo, e o moço teve tempo de fugir. Enedina também desapareceu.

Consta que os amantes embarcaram no trem na manhã seguinte, partindo para uma vida nova. Que não sei se foi feliz...

Na vila comentava-se que o marido tinha procurado se aconselhar com seu chefe de sessão, sobre a possibilidade de ir procurar Enedina, mas o superior, homem de muito saber, tinha lhe recomendado:

- Se aquiete, criatura. Quem não tem competência, aguenta a galha calado.

Não parece uma daquelas histórias d’A vida como ela é, de Nelson Rodrigues?
––––––––––––
José Roberto de Melo é Presidente de Honra e Orador Oficial da SBDE – Sociedade Brasileira de Dentistas Escritores. Possui o blog http://melo28.blog.uol.com.br/

Fonte:
Jornal da Sociedade Brasileira de Dentistas Escritores, out 2010.

Literatura de Cordel no Ponto de Leitura no Maurílio Biagi (Ribeirão Preto)

Domingo com fotografia, dança, palestra com
Eliane Ratier e muita literatura de cordel
Programação vai reunir escritores, contadores e histórias, dançarinos e fotógrafos. Haverá ainda leitura e distribuição de poemas de cordel

O Instituto do Livro e a Secretaria Municipal da Cultura elaboraram uma programação especial para este domingo, dia 10, no “Ponto de Leitura”, instalado no Parque Maurílio Biagi, região central da cidade. A iniciativa “Autor no Parque” receberá a escritora Eliane Ratier, que se apresentará com convidados.

O poeta e trovador Nilton Manoel, fará leitura de poemas de cordel. Além disso, ele irá presentear o público com seus poemas durantes as atividades culturais no Maurílio Biagi. A Tenda dos Contadores de Histórias está preparada para levar muitas histórias infantis às crianças. Esse trabalho estará a cargo das monitoras Cassiana de Freitas e Adriana Paim.
O Grupo “Amigos da Fotografia” também estará realizando as suas tradicionais aulas de fotografia no “Ponto de Leitura”. Haverá ainda números de dança com Grupo de Dança da Escola Raquel Elem.

O Ponto de Leitura funciona das 9 às 13 horas com troca de livros, atividades culturais e muita leitura

Fonte:
Nilton Manoel

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n.14)

Trova do Dia

Este perdão que me negas
por “um nada” que te fiz,
é mais um cravo que pregas
na cruz de um peito infeliz!
THALMA TAVARES/SP

Trova Potiguar

Se o homem pra ser honrado
não pode olhar pra mulher,
quero ser desmantelado
do jeito que o diabo quer!
HELIODORO MORAIS/RN

Uma Trova Premiada

1994 ; Nova Friburgo/RJ
Tema : “LIVRE” ; 2º Lugar

Garganteando, diz o João
que, em seus tempos de tenente,
já fez correr Lampião...
Só não diz quem foi na frente!
PEDRO ORNELLAS/SP

Uma Trova de Ademar

Trabalho só é bacana
se tiver, por sua vez,
uma folga por semana
e férias de mês em mês!
ADEMAR MACEDO/RN

...E Suas Trovas Ficaram:

Casa em março Ester Macedo
e em julho é mãe... Ora, o alarde!
O filho não veio cedo,
o esposo é que veio tarde...
BELMIRO BRAGA/MG

Uma Estrofe

A visão, a audição,
os dias da existência,
o dom da inteligência
e os dedos de cada mão;
a terra que dá o grão
que é para gente comer;
a água pra se beber,
tudo é de Deus um presente,
e muitas vezes a gente
nem lembra de agradecer.
(Geraldo Amâncio/CE)

Um Soneto

Sônia Sobreira/RJ
SONHO.

Sonho que sou a grande poetisa,
alguém que rima versos com mestria,
que só fala de amor e profetisa,
um mundo melhor cheio de poesia!

Sonho que uma ilusão se concretiza
no olhar e em cada riso de alegria,
que a chuva cai e sobre mim desliza
no mais perfeito instante de harmonia.

Eu sonho ser alguém que ainda insiste
na procura do belo que persiste
em meus sonhos, que espero não ter fim.

Mas, quando acordo, sinto os meus cansaços,
meus sonhos desvanecem nos meus braços
e partem para bem longe de mim!

Fonte:
O Autor

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Ialmar Pio Schneider (O Poeta em Sonetos e Trovas I)

Soneto apaixonado

Ultimamente eu tenho andado muito triste
e também muito só... passo as noites e os dias
procurando compor amargas elegias
mesmo sabendo que você, meu bem, existe !

Amor que se retrai, amor que não insiste,
é platônico, então, isento de alegrias,
simples contemplação das almas arredias,
que mais de sofrimento e de ilusão consiste...

Por isso, minha amada, eu quero os teus carinhos,
um bem-querer, enfim, pra nós amadurece
como as flores se abrindo à beira dos caminhos...

e os nossos corações assim entrelaçados,
cantando e proferindo a mesma infinda prece
de dois seres agora assaz apaixonados...

TROVAS

Quem me dera que uma trova
que eu fizesse de improviso,
te trouxesse vida nova,
te despertasse um sorriso !

Tenta fazer do teu verso
uma lição de ternura;
então terás do Universo
a mais sublime ventura...

Tudo tem o seu começo
e um fim também há de ter,
mas das dores que conheço
a pior é não te ver...

Tu mereces muito mais
daquilo que posso dar-te,
mas um dia entenderás
que te dei toda minha arte.

Vai meu verso, segue o mar
alm da arrebentação;
em outra praia ao chegar
talvez encontres paixão...

MUSA CONSOLADORA

Foge-me a inspiração levada pelo vento
e junto vais, oh musa ardente e sedutora,
deixando-me sozinho envolto em meu tormento
e a se desesperar minh’alma sofredora !

Foste minha ilusão e meu contentamento,
a luz que prende a alma e a torna sonhadora,
e se hoje tua ausência em vão choro e lamento,
é porque te perdi, fada consoladora !

Aguardo teu retorno, encantada revinda,
pra que volte a cantar e a bendizer o amor...
Na noite mais atroz te concebo mais linda

e necessito, enfim, de teu magno esplendor
que me faça entender, talvez um pouco ainda,
o sonho genial de ser poeta e cantor...
---
Fonte:
O Autor

Pedro Ornellas (As Artes do Pedro I)

Trovas

O acerto, sim, amedronta!
Mas creio que estamos quites:
para os meus erros sem conta
Deus tem perdão sem limites!

Quando a vida é um desafio,
prossegue, calcando as mágoas...
Muda-se o curso de um rio
nunca o destino das águas!

Pensando, após a partida,
ter-se amainado a tristeza,
eu vi mamãe distraída
pondo um prato a mais na mesa!

O trem partindo... um aceno...
e ao retornar pela estrada,
vi lágrimas de sereno
nos olhos da madrugada!

Soneto

Operação

Indo ao mecânico o cirurgião
para buscar o carro consertado
foi de maneira rude contestado
pelo profissional que disse então:

“Abro o motor do carro avariado
e troco a válvula com precisão
tal qual faz o senhor na operação,
e fecho a tampa com igual cuidado.

Por que ganha bem mais pela função
de abrir e consertar, igual serviço,
seja motor ou seja coração?”

O cirurgião sorri de um jeito brando
e diz apenas: “Tente fazer isso
com o motor do carro funcionando!”

Música

Eu sem ela
Autores: Pedro Ornellas
Gravação: Os Trovadores do Campo (Campos Sales & Pedro Ornellas)

Jardim abandonado
sem água e sem cuidado...
eu sem ela!
Ovelha desgarrada
ferida, machucada...
eu sem ela!
Projeto recusado, um show já contratado
que o promotor cancela,
zero à esquerda, chinelo enjeitado,
modelo recusado... eu,
- eu sem ela!
Sem ela, sementeira sem orvalho,
sem ela, carta fora do baralho...
sem ela sou o príncipe encantado
sem a sua cinderela...
Sem ela, folha em branco, céu sem lua,
sem ela, pobre que mora na rua...
poeta preso a um sonho do passado
mesmo assim sou eu sem ela!

Fontes:
O Autor
Imagem modificada do Super Mario Bros, obtida na Internet, sem autoria.

Abrali Edições (Convite para a Bienal do Livro do Paraná)

C o n v i t e:
Apresentação do dia 09 de outubro as 20:00h
Auditório Wilson Martins - recinto da Bienal
Curitiba - Paraná - Brasil
Em frente ao estande da ABRALI
Estande: Rua "D" 06

A ABRALI Edições Internacionais convida você, sua família e amigos, para o próximo sábado, 09 de outubro, 20:00h no auditório Wilson Martins no recinto da Bienal do Livro do Paraná.

Apresentação de autores, Membros do Projeto Cultural ABRALI, do Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso...

São várias obras de diversas áreas e estilos que serão apresentadas, de forma que os autores possam interagir com o seleto público presente.

A abertura se dará com uma breve palestra do Internacional "Life Coach" Souza Neto e as câmeras da RTV estarão registrando todos os momentos, para serem assistidos em todo o planeta através deste dinâmico canal WEB inovador da Rede ABRALI.
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Tecnologia da Vida
Onde está o meu "software"?
2ª edição - ABRALI Edições - ©2010
Palestra de abertura com o autor - "Life Coach" Souza Neto - Curitiba - PR.
Nosso cérebro funciona como um computador. Vamos tirar os "vírus" que estão atrapalhando o processamento da sua vida?
"Certamente a publicação do livro Tecnologia da Vida, escrito por um profissional com o gabarito de Souza Neto, será como um manual para a sobrevivência empresarial e principalmente pessoal.”.
Henrique Lenz César Filho,
Presidente do Grupo Lancaster.

O Teatro Mato-grossense
2010 - ABRALI Edições/Universidade de Mato Grosso
Agnaldo Rodrigues - Professor Universitário - Cáceres - MT
O Teatro mato-grossense: história, crítica e textos é um livro que inova a crítica teatral brasileira produzida em Mato Grosso no Século XX e nos primeiros anos do Século XXI. O percurso do teatro e as suas relações com a história e a literatura, desde o Século XVIII, são os aspectos fundadores da relação entre as manifestações artísticas, capazes de levar à compreensão da cultura do Estado. O rastreamento de fontes e influências, a comparação entre textos cênicos de diversos espaços e tempos históricos, bem como as novas indicações teóricas e metodológicas embasadas em peças, grupos e companhias teatrais transformaram o livro em uma referência fundamental aos estudos do moderno teatro brasileiro produzido em Mato Grosso.

Deficit de Atenção e Hiperativismo
Susana Petraglia Kovalczuk - Educadora - Curitiba - PR
Crianças com Transtorno de Déficit de Atenção, (TDA) ou hiper-ativismo (H) ou os dois juntos, TDA/H é o assunto que versa este livro. É um chamamento para o governo, para pais, professores e todos os profissionais envolvidos na área de crianças e jovens. Este livro advoga alcançar o maior número de pessoas para que se responsabilizem também em atender crianças e jovens através da Pedagogia de valores tão estudados e propagados pelos grandes pedagogos da história.
Foi escrito não é só para o conhecimento, mas para a solução e a forma de sua aplicação, para entender crianças e jovens melhor, e amando-os muito para assim encaminhá-los na direção do ser pleno e feliz Transtornos de déficit de atenção, e hiperativismo não mais será visto como uma criança sem capacidade, se entendido como um Índigo ou Cristal, não ouviremos mais a divulgação pela mídia de crianças violentas, drogadas, e sem objetivos, ou meninos na rua.

A Enésima face de DEUS
Manuel Maria Ramirez y Anguita - Médico - Ponta Grossa-PR
Uma obra surpreendente deste Poeta, Escritor e Médico Cardiologista!
O dificil entendimento da teofania! Com certeza, este encontro, esta conquista, mesmo que inconsciente, faz par6te do pensamento e do desejo humano.
Neste livro, o leitor é instigado a descobrir, tirar o véu, de questões embutidas em sua mente até então não explicadas, e que pelo medo do desconforto da procura, deixa ficar tudo como está. Surgem perguntas que a simples razão não explica: a fé, realmente, dispensa a compreensão da lógica? O que a ciência pode nos explicar? Crer ou não crer? Afinal, DEUS existe?

Caminhando com as Borboletas
Edvaldo Rosa - Policial - São Paulo - SP
Escrevo há muitos anos e este é o meu primeiro livro solo de Poesias. Participo de vários sites de Poesias na net, onde tenho participações em cirandas, duetos. Mantenho um site de poesias na WEB.
Minha maior alegria é a difusão e literatura em diversos saraus em que participo e promovo, pois o contato com o público traz à Poesia novos significados e encantamento. Já participei de várias antologias poéticas no Brasil e através delas, tive participações na Bienal do Livro de São Paulo e agora estou apresentando, pessoalmente, meu livro solo na Bienal do Livro do Paraná.

Poesias Reveladas
Marcel Franco Lopes - Universitário - Curitiba - PR
Acadêmico do curso superior de história na Universidade Tuiuti do Paraná.
Projeta cursar, após o término, letras, pois tem paixão pela escrita, demonstrando desde cedo, ainda nas redações escolares, esta tendência. Sua forma predileta é a Poesia. A facilidade e o gosto pela rima surgiu ainda na infância. Idealista, busca fazer da Poesia e das interpretações históricas, as ferramentas para construir sua vida profissional e um mundo melhor.

ASAS
Waldyr Argento Júnior - Analista de Sistema - Niterói - RJ
Mais que nunca é preciso sonhar. É só abrir as ASAS ao léu e flutuar. Não ter medo de ser feliz, fazer tudo o que você sempre quis. Elevar sua alma até uma outra dimensão, soltar o seu corpo, seu grito, ser livre! Viajar sem direção, procurar seu caminho, sem esquecer a sua verdadeira razão de existir.
Lá no céu tem sempre uma estrela que conspira à seu favor, basta acreditar. Nossos sonhos são tudo o que temos e tudo o que precisamos pra sermos felizes. Portanto, viva a vida, sonhe, deixe fluir... Sofra, chore, cante, dance, se levante, faça um favor ao seu coração: Acredite nos seus sonhos, pois eles são mágicos!
O livro é acompanhado de um CD com músicas compostas e interpretadas por Waldyr Argento.

A Flor da Alma
Marilisa Koslovski - Fisioterapeuta - Curitiba - PR
A Arte me embala em forma de tintas e letras. Sou uma estudante de Fonoaudiologia residente em Curitiba que, motivada pela inspiração (que já me fez escrever o livro infantil e de produção independente “Poesias do Dia-a-dia” ) e pelo exemplo e incentivo de uma colega da 7ª série para começar a escrever diante da vontade de desabafar, passei a transformar angústias, sucessos, sentimentos e fatos em Arte.
E, com um certo medo, resolvi arriscar-me a publicar o que pode ser definido como eu verdadeiramente, além do que se pode ver.Publico a obra como um bem social, divulgando sentimentos que eventualmente ajudem a quem se identifique com eles, em gratidão às minhas inspirações que me fizeram ter a linguagem escrita circulando em minha vida, aprimorando minhas potencialidades de lidar com as letras profissionalmente bem como de perceber sentimentos.

Sonhos Pluviais
Ralf Gunter Rotstein - Universitário - Curitiba - PR
Ralf Gunter Rotstein, o Poeta da Chuva, nasceu no Rio de Janeiro e mora em Curitiba. Desde pequeno se interessou pela arte, tendo também se dedicado à música, mas escolheu pelo caminho das letras, tornando-se poeta. Atualmente cursa Letras Português-Latim na UFPR (Universidade Federal do Paraná)
Com um certo medo resolvi arriscar-me a publicar o que pode ser definido como eu. Em Sonhos Pluviais o autor expressa, através da poesia, os mais variados temas e emoções, também em forma e estilo variados: do lirismo à narração, das quadras ao soneto, da pureza infantil à perspicácia adulta, tudo visando a extasiar o mais humano dos sentidos: o sentido artístico.

Uma Tragédia Sertaneja
Zenilton Bezerra - Jornalista - Carolina do Sul - EUA
Uma Tragédia Sertaneja é o primeiro livro de Zenilton Bezerra. Narra a aberração que é o sofrimento do sertanejo nordestino durante a seca, o desengano à ação política e governamental e o dilema em relação à fé. A história tem como base uma família típica de lavradores do sertão, atingida tragicamente pela prolongada estiagem e suas consequências.
O livro começou a ser escrito em outubro de 1998. Ocorre que o autor botou na cabeça que Uma Tragédia Sertaneja seria escrito na forma poética, numa homenagem à literatura de cordel que ainda domina o sertão nordestino.
Também decidiu que sua obra seguiria o formato usado por Camões em Os Lusíadas, com estrofes de oito versos e rimas em ABABABCC, mas com uma pequena diferença: ao invés dos versos alexandrinos de Camões (de 12 sílabas, muito usados na Idade Média), ele usou a forma dos versos silábicos, fechando cada um dos versos com 14 sílabas.

Vivências e Devaneios Poemas em desconcerto
Joana Darc Prado - Educadora - São Paulo - SP
A autora apresenta nesta obra uma coletânea de suas produções antigas e atuais, que compõem um livro dinâmico, de leitura que ela denomina “cinética”. A autora afirma que nunca se prendeu a uma escola literária específica, e que adota de cada uma delas o traço com o qual mais se identifica, entretanto é possível perceber na ocupação dos espaços da página e na formatação de alguns poemas traços que remetem ao concretismo,. Outro diferencial do livro, são os poemas que podem ser enviados como cartões postais, pois fazem parte do livro como encartes ilustrados pelo artista plástico Miguel Bahiense, que desenvolveu uma serie de telas especialmente para o livro. Há também nas belíssimas ilustrações dos postais montagens fotográficas de arquivos particulares da autora. A variedade temática predomina e o livro promete ser algo diferente para os leitores amantes da poesia.
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+ No estande da ABRALI Edições você encontrará as Antologias Literárias Internacionais editadas pelo Projeto Cultural ABRALI e seus autores.

Fonte:
Rede ABRALI