sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n.26)


Trova do Dia

Quando a tristeza me invade
o passado abre a janela,
solta as peias da saudade
e me faz entrar por ela!
DÁGUIMA VERÔNICA DE OLIVEIRA/MG

Trova Potiguar

Larga a tristeza e acalanta
teus sonhos, por onde fores.
Nada no mundo suplanta
teus lindos sonhos de amores!
PROF. GARCIA/RN

Uma Trova Premiada

2007 > Ribeirão Preto/SP
Tema > ÁRVORE > Menção Honrosa

Árvore... da terra abrigo,
que insensato o homem destrói,
pondo a vida ao desabrigo...
desatino, que corrói!
MARIA DA CONCEIÇÃO FAGUNDES/PR

Uma Poesia livre

Vicente Alencar/CE
QUE MUNDO.

Entro na Medina
vejo homens,
mulheres,
crianças,
trapos humanos,
miséria,
absurdos,
operários,
animais,
gritaria,
sujeira,
fim do mundo.
Saio da Medina
sem ver esperanças.

Uma Trova de Ademar

Eu me perdi num caminho
de tortuosos lamentos.
Depois me encontrei sozinho,
perdido em meus pensamentos...
ADEMAR MACEDO/RN

...E Suas Trovas Ficaram

Não desdenhes, orgulhoso,
do pobre que te rodeia;
vê que o mar, tão poderoso,
beija, humilde, o grão de areia.
VASQUES FILHO/PI

Estrofe do Dia

Pra não morrer de saudade,
Vou voltar pra minha gente.
Tomar banho na nascente,
Desnudo da vaidade.
Já me cansei da cidade,
Com fuligem de motor.
Quero ser o condutor,
Da vida que eu almejo.
Regressar é o meu desejo,
Cansei de ser sofredor.
DAMIÃO METAMORFOSE/RN

Um Soneto

Emílio de Menezes/PR
NOITE DE INSÔNIA

Este leito que é o meu, que é o teu, que é o nosso leito,
Onde este grande amor floriu, sincero e justo,
E unimos, ambos nós, o peito contra o peito,
Ambos cheios de anelo e ambos cheios de susto;

Este leito que aí está revolto assim, desfeito,
Onde humilde beijei teus pés, as mãos, o busto,
Na ausência do teu corpo a que ele estava afeito,
Mudou-se, para mim, num leito de Procusto!…

Louco e só! Desvairado! — A noite vai sem termo
E estendendo, lá fora, as sombras augurais,
Envolve a Natureza e penetra o meu ermo.

E mal julgas, talvez, quando, acaso, te vais,
Quanto me punge e corta o coração enfermo
Este horrível temor de que não voltes mais!…

Fontes:
Ademar Macedo
Banco da Poesia (Soneto de Emílio de Menezes)

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n.25)


Trova do Dia

Quando a neblina é mais densa
e a luz parece tão mansa,
na estrada o que a gente pensa
é que o sol ainda descansa.
OLGA AGULHON/PR

Trova Potiguar

O poeta, com certeza,
é um fingidor, na verdade.
Quando sorri de tristeza,
chora de felicidade.. .
BOB MOTTA/RN

Uma Trova Premiada

2010 > Maranguape/CE
Tema > FLOR > 1º Lugar

No jardim quando passeias
exalando teu perfume,
as flores tornam-se alheias
quem sabe, até, por ciúme!
FRANCISCO JOSÉ PESSOA/CE

Uma Poesia livre

Maria de Fátima A. de Carvalho/RN
CHUVA DE VERÃO!

Sensibilidade...
Quero docemente te sentir
A molhar meu coração
No calor deste verão

Surpresa...
E podes chegar de repente
Pois não vou me incomodar
Quando você me tocar

Toque e cheiro...
Banhe-me! Sob a luz deste sol
Com cheiro de terra molhada
Em meus braços te abraço

Sensação !!!
Nem sei como explicar
Mas se a chuva vem com sol...
Quem será que vai casar?

Uma Trova de Ademar

De sonhar eu não me oponho
nem se quer me desiludo.
Quem faz de Paz o seu sonho,
já fez metade de tudo!...
ADEMAR MACEDO/RN

...E Suas Trovas Ficaram

A vida que nós sonhamos
nunca tem cruz nem calvário.
A vida que nós levamos
é justamente ao contrário.
RENÊ BITTENCOURT/RJ

Estrofe do Dia

No peito nasce a saudade
Que invade o coração
E nele nasce o perdão
E paz para a humanidade
Quem cultiva a humildade
Irradia a alegria
Porque se beneficia
Faz-se bênção sua dor
Onde se planta uma flôr
Nasce um pé de poesia.
PETRONILO FILHO/PB

Soneto do Dia

Francisco Macedo/RN
MINHAS DIGITAIS.

Sorrateiro, qual nau, que chega ao cais,
fui chegando, em silêncio, de mansinho...
Mas, fui me aproximando, com jeitinho,
te amando muito, muito... Sempre mais!

Neste corpo de curvas sensuais,
eu deixei muitas marcas de carinho,
na pele, minha mão, fez um caminho,
de impressões, totalmente digitais.

Quero às vezes fugir, mas, ele insiste,
duvidei deste amor, mas, ele existe.
E é tão lindo que nem sei se o mereço.

Eu creio que este amor não terá fim,
e digo para o mundo e para mim,
E se ele fenecer, também feneço!...

Fonte:
Ademar Macedo

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Dia do Poeta

Antonio Manoel Abreu Sardenberg (Queria Ser)


(Homenagem ao Dia do Poeta - 20 de Outubro)

Queria ser um poeta
Para cantar o amor
E ofertar todo prosa,
Como se oferta uma rosa,
Ainda tenra em botão,
À mulher, amante, amada,
Musa, desejo e paixão...

Queria ser um poeta
Para cantar a candura
Da mãe que alimenta o filho,
Dando com tanta ternura
O leite que sai do peito
E que escorre pelo leito
De tão doce criatura!

Queria ser um poeta
Para cantar a beleza
De todo esse universo
E em prosa, trova e verso,
Cantar a doçura da vida,
Toda saudade sentida
Que machuca tanto a gente,
Que chega despercebida
Mas que dói quando se sente!

Queria ser um poeta
O mais nobre trovador
Para cantar com fervor
O sonho e a esperança,
O futuro da criança
Gerada com tanto amor!

Queria ser um poeta
Para fazer poesia
Da forma doce e discreta
E ofertar ao poeta
Um poema no seu dia.

Fontes:
O Autor
Imagem = arte final de Rita Bello

Ithalo Furtado (A Alma do Poeta)


Fizeram da minha alma
um amontoado de emoções
podaram as dores mais fortes
coloriram as lembranças perdidas
atiçaram uma saudade insuportável
que eu preferi guardar
entre os meus portões interiores por toda a vida

Fizeram de mim um poeta
E a alma do poeta é como a lágrima sobre o papel
- beleza que dissolve beleza.

Fonte:
http://poesiadiaria.wordpress.com/2009/05/02/a-alma-do-poeta/

Sônia Maria Grillo (O Poeta)


Ora vejamos,
o que mais dizer dos poetas e suas poesias?
Tudo já foi dito, pelo menos é o que acreditamos,
pois se fala de poetas e poemas, todos os dias.

Já até disseram que,
de poeta e de louco
todos nós, simples mortais como eu e você,
possuímos lá no âmago, um pouco...

O poeta é poeta em todos os momentos,
desde que adormece até a hora que desperta
e consegue ter inspiração
até mesmo contemplando uma simples pedra

ele respira poesia
não sobrevive sem poetar
e escrevendo o que sente, dia após dia,
é a maneira que encontrou, para com Deus, conversar...

Vitória-ES

Fonte:
http://orebate-martaperes.blogspot.com/

Reinaldo Lamenza (O Poeta)


Não fantasia suas emoções
Ele declara-as
Em prosas e versos
Os seus sentimentos
Que nascem do fundo
De uma alma sonhadora
Por amores ou paixões ou tristezas
Pela energia que nasce e brota
Das profundezas do seu ser
Não das suas periferias
Mas da sua alma de Poeta
Encarnada em nossos corpos
Para que possam fluir
Dos Universos da sua mente
A beleza das suas emoções
Uma energia Cósmica Universal
Que nada mais é que a tradução
Mais pura de uma palavra chamada
AMOR

Fonte:
http://brasilpoesias.ning.com/profiles/blogs/a-alma-do-poeta

Ialmar Pio Schneider (Mensagem ao poeta)


Vai em frente, segue a estrada
sem muito esperar da glória,
vida simples, devotada...
Se alguém ouvir tua estória
nostálgica e merencória,
canta sempre, até por nada !...

Faze como o passarinho
que saúda a natureza,
enquanto busca um raminho,
com afã e singeleza,
pra construir o seu ninho:
- maior prova de beleza !

Sejam teus versos cantigas
que a gente escuta na rua,
pobres canções, mas amigas
como as estrelas e a lua;
pois a terra será tua
longe de dor e fadigas...

Não temas crítica austera
e nem te afastes do tema,
sempre alcança quem espera;
prosseguir seja teu lema
e verás a primavera
coroar-te com seu diadema !

Fontes:
http://ialmarpioschneider.blogspot.com/
Imagem = http://poesiacomemocoes.blogspot.com/

Sílvia Araújo Motta (Quem é o Poeta Virtual?)


Quem é o POETA VIRTUAL? Timoneiro
De um teclado-barco da PAZ a navegar...
Aquele que pretende dar a vida primeiro
ao texto que irá fascinar o desconhecido!

Quem é o POETA VIRTUAL? Sinaleiro
De Nosso Senhor Deus do Universo...
Aquele que toca e escuta o Sino primeiro
para inspirar seu mais recente verso.

Quem é o POETA VIRTUAL? Conquistador
que se lembra do dia de São Valentim;
que é capaz de por o amor numa flor...
de despertar sonhos em lençóis de cetim...

Quem é o POETA? Escritor de Mensagens
Virtuais que alegram os destinatários;
que presta honrosas homenagens
com pensamentos extraordinários!

Quem é o POETA VIRTUAL? Mensageiro
de poemas que podem tirar solidão...
Aquele que faz amigos o ano inteiro
e que pode dar a mão e o coração.

Belo Horizonte, 20 de outubro de 2010.

Fontes:
A Autora

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n.24)



Trova do Dia

Bebo lembranças em tragos,
ao ponto da embriaguez,
para curar os estragos
que a sua ausência me fez!
ELISABETH SOUZA CRUZ/RJ

Trova Potiguar

Passastes, trem, mas por que
deixastes ficar assim?!
Vagões cheios em você;
vagões vazios em mim...?!
MANOEL CAVALCANTE/RN

Uma Trova Premiada

2010 > Camboriú/SC
Tema > SEGREDO > Vencedora

Nem brincando eu vou contar
o nosso grande segredo,
vou pôr no fundo do mar
onde o guardarei sem medo!
EFIGÊNIA COUTINHO/SC

Uma Poesia livre

Mifori/SP
O QUE MAIS POSSO DESEJAR?

Se de um inverno turbulento
nasceu a primavera...
E em teus braços tenho alento
a viver em nova era:
sem tristeza,
sem desencantos,
no colorido da natureza,
dos pássaros, ouvindo alegres cantos.
E ao sentir o perfume das flores,
pela suave brisa transportado,
caminho com as cores,
sob céu azul todo estrelado.
O que mais posso desejar?...
Estou pronta para viver!
Estou pronta para amar!

Uma Trova de Ademar

Ao compor uma poesia
sentimos no coração
que a própria taquicardia
regula a nossa emoção.
ADEMAR MACEDO/RN

...E Suas Trovas Ficaram

A descoberta, evidente,
causou impacto profundo:
Brasil, o país presente
que Portugal deu ao mundo!
WILSON MONTEMÓR/RJ

Estrofe do Dia

Uma lição luminosa
sempre tem me acontecido,
quando esbarro no meu ego
o meu querer atrevido
deixa o coração liberto,
busco Deus ali por perto,
passa a vida a ter sentido.
DÁGUIMA VERÔNICA DE OLIVEIRA/MG

Um Sonetilho

Pedro Ornellas/SP
MUNDOS.

Criamos sempre, em criança,
cismando, ingênuos, a sós,
cheio de paz e esperança,
um mundo dentro de nós!

Porém o tempo que avança
rude, implacável, veloz,
logo transforma a bonança
em tempestade feroz!

A inveja, o ciúme, a maldade,
a mentira e a falsidade,
juntam forças sem demora...

e aquele pequeno mundo,
vira presa, num segundo,
do mundo mau que há lá fora!

Fonte:
Ademar Macedo

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n.23)


Trova do Dia

Uma luz quase apagada...
Um sonho chegado ao fim...
Eis um pedaço do nada
que tu fizeste de mim!
CONCEIÇÃO A. C. DE ASSIS/MG

Trova Potiguar

Mesmo sendo transitória,
a vida, em seu transcorrer,
passa uma idéia ilusória
de que não vamos morrer.
HÉLIO PEDRO/RN

Uma Trova Premiada

2006 > Camboriú/SC
Tema > PESCADOR > Vencedora

Cristo, o maior pescador,
pescou peixes, pescou almas,
resgatou do mundo a dor,
em manhãs belas e calmas!
GLEDIS TISSOT/SC

Uma Poesia livre

Genildo Costa/RN
MEDO

Com qual cara
iremos passar pela vida?
Com qual vida
iremos viver o verde
das pichações dos muros?
Os muros
anoitecem cada dia
mais negros
do que o sentido
das palavras.
Os homens acontecem
mais sedentos,
dia a dia envelhecemos
a dor dos nossos filhos (morrendo de medo).

Uma Trova de Ademar

Minha casa muito pobre
sem sofá e sem mobília,
parece a mansão de um nobre
quando eu recebo a família.
ADEMAR MACEDO/RN

...E Suas Trovas Ficaram

As confissões mais secretas
que faz o mar às estrelas,
só os anjos e poetas
são capazes de entendê-las.
NEWTON MEYER AZEVEDO/MG

Estrofe do Dia

Rezo todo santo dia
por quem traz a sua ajuda
para um pobre bóia fria
que pouco tem quem acuda,
agradecendo ao bom Deus
que agracia aos filhos seus
nas horas de dor aguda.
MARCOS MEDEIROS/RN

Soneto do Dia

Diamantino Ferreira/RJ
POMBO CORREIO.

Ó pombo amigo, que no espaço vagas,
cortando as plagas, para a alguém distante
levar consolo em doloroso instante,
talvez da amante de longínquas plagas,

não te demores, que é mister que tragas
remédio às chagas de um sofrer constante...
Voa... Prossegue em teu labor maçante!
A todo instante, quanta dor apagas!...

Regressa breve... Eu desejava tanto
secar o pranto que ocultei comigo
pelo castigo de uma só mulher!...

Se ela voltar, não te enrouqueça o canto;
prova, no entanto, que és de fato amigo:
– Chora comigo, se ela não vier!

Fonte:
Ademar Macedo

Mostra Teatral Entreatus em Sorocaba


“Chocolate” (Núcleo Avançado)

Inspirado na obra de Joanne Harhis e na adaptação homônima para cinema, conta a história de Vianne Rocher, uma personagem misteriosa que chega sem aviso num vilarejo francês na década de 50. A sua chegada misteriosa e quase mágica além da habilidade em perceber os desejos das pessoas, abala as estruturas rígidas daquela sociedade e incita uma “batalha silenciosa” entre Vianne e o Conde de Reynaud, o austero prefeito de Lansquenet. Outros personagens são profundamente tocados pela magia e sabor do chocolate por ela preparado, mudando as suas vidas para sempre.

As Musas de Hamlet” (Núcleo Intermediário II)

As nove musas inspiradoras das artes decidem vir à Terra para ajudar um mortal (Érick) a se desenvolver como ator e conquistar um importante papel por ele almejado. Ajudadas por Zeus, soberano do Olimpo, as musas realizam o seu trabalho, sempre com muita dança, música e situações cômicas. Apenas Euterpe, a musa da música, enfrenta seu pai, o próprio Zeus, para ficar na Terra e ceder ao amor que dedica a Érick.

Esta montagem tem a participação do elenco na escolha, pesquisa e criação do texto, além de coreografias especialmente criadas por Fernanda Chelles do Spaço da Dança para as músicas selecionadas.

Indicado para alunos entre 12 e 14 anos

Terças-feiras das 19h às 21h

“A Princesinha” (Núcleo Intermediário I)

Clássico de Francis Hodgson Burnett, assim como em “O Jardim Secreto”, apresenta o conflito sócio-cultural entre a Inglaterra e a Índia no período colonial. Em virtude da Primeira Guerra Mundial, o Capitão Crewe envia sua filha de dez anos, Sara, para continuar seus estudos numa escola interna em Nova York, enquanto ele segue para o front. Inesperadamente, ocorre uma terrível tragédia. Sara fica sem nenhum dinheiro e é esquecida por todos. Ela é obrigada a vestir roupas velhas e apertadas, passa fome e frio e começa a trabalhar para ter onde dormir. Com o apoio de suas novas amigas e de suas crenças, consegue ultrapassar os momentos mais difíceis. O final é inesperado e emocionante.

Indicado para alunos entre 10 e 12 anos

Quartas-feiras das 19h às 21h
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Em todas as montagens descritas estão presentes Marcello Marra (Direção Geral, Sonoplastia, Cenografia e Canto) e Eliséte Martins (Direção de Atores, Jogos Teatrais, Preparo Vocal e Interpretação) além é claro de professores especialistas nas áreas de Dança, Expressão Corporal e Sensibilização através da História .

O Grupo Teatral Entreatus, sob a coordenação de Marcello Marra e Eliséte Martins, conta com um espaço próprio dotado de escritório, salas de aula, salão para ensaios, palco para a apresentação de espetáculos, além de camarins, biblioteca, sala de figurinos e sala para criação de trilhas sonoras.

O espaço denominado “Entreatus – Núcleo de Artes Cênicas”, serve também de ponto de referência para o desenvolvimento dos projetos do Grupo Teatral Entreatus, tanto no aprimoramento artístico-expressivo de seu quadro de atores e técnicos, como também no desenvolvimento de pesquisa de linguagem, criação e montagem de artefatos cênicos, desenvolvimento de trilhas, maquiagem etc.

O endereço do Entreatus é: Rua Professor Daniel Pereira do Nascimento, nº 56, Jd. São Carlos – Sorocaba - SP. Quem tiver interesse em participar dos cursos e obter mais informações sobre a mostra, poderá entrar em contato com Marcello Marra através dos telefones (15) 3202.6622 ou 9113.5658 ou pelo e-mail entreatus@uol.com.br

Fonte:
Luciana Machado

1ª Bienal do Livro de Araçoiaba da Serra acontece com a presença da Caravana da Leitura


O mês de outubro é marcado por diversas manifestações literárias em todo o país. Em Araçoiaba da Serra, no dia 27, acontece a 1ª Edição da Bienal do Livro Unidas Professor Toledo, realizada pela Universidade Interativa de Araçoiaba da Serra Professor Toledo, um projeto desenvolvido pela Prefeitura Municipal, juntamente com a Anhanguera Educacional.

A 1ª Bienal do Livro do Município, com entrada gratuita, será realizada na Secretaria de Educação de Araçoiaba da Serra, Rua Luane Milanda Oliveira, 500, Jardim Salete, das 10h às 21h e tem como objetivo ampliar o acesso da população às novidades do meio editorial, além de incentivar a leitura, tanto para os habitantes de Araçoiaba da Serra, bem como toda a região.

Na ocasião, o evento contará com a participação do Projeto Caravana da Leitura, de autoria do escritor Laé de Souza, que disponibilizará livros pelo valor simbólico de R$1,99.

Para gerar ainda mais entretenimento aos visitantes, a Bienal trará ainda muitas atividades culturais para crianças e intervenções artísticas no palco, tendas de alimentação, diversão, leitura e relaxamento. Estarão presentes diversas editoras, além de livrarias da cidade de Sorocaba.

Para o escritor Laé de Souza, coordenador do Grupo Projetos de Leitura, poder participar da 1ª Bienal de Araçoiaba com a Caravana da Leitura, é uma honra, afinal, levar o livro até a comunidade é uma das “fórmulas” para contribuir no processo de formação de leitores. “Fico contente por participar da Bienal de Araçoiaba, pois, o nosso trabalho visa contribuir com a formação de leitores, além de usar a leitura como um grande instrumento de promoção da cidadania” destaca.

Interessados podem conhecer outras ações de incentivo à leitura, de Laé de Souza e o roteiro da Caravana da Leitura, em "Agenda", no site http://www.projetosdeleitura.com.br/

Fonte:
Laé de Souza

Encontro Marcado entre Filosofia e Literatura, em Florianópolis/SC

Clique sobre a imagem para ampliar
Data: 25, 26 e 27 de Outubro a partir das 14h.

Local: Auditório do CED/UFSC

O evento dará certificado de 30 horas a participantes com 75% de frequência

Tanto a filosofia quanto a literatura são áreas de saberes fundamentais para a formação e construção da capacidade crítica, psíquica e cultural dos indivíduos.

Da mesma forma, a Universidade Federal de Santa Catarina e a revista Escritores do Sul, promovendo a integração entre tais áreas de conhecimento, contribuirá de modo fundamental para fomentar o intercâmbio interdisciplinar entre a literatura e a filosofia, incentivando a união dos centros envolvidos para que ainda mais atividades desta natureza continuem a ocorrer e apoiar as interdisciplinaridades.

Assim, vimos convidá-lo a participar deste evento inédito em Florianópolis , o qual envolverá acadêmicos, estudantes de Ensino Médio e a comunidade em geral, e terá como foco principal os seguintes temas e palestrantes:
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Dia 25

14h
Thaise D. Alves e Leandro R. Rodrigues (UFSC)
"Filosofia e literatura: suas possíveis conexões."

15h
Profº Heronides Maurílio de Melo Moura (UFSC)
"Metáfora:entre o real e a ficção."

16h15
Profª Carolina Bithencourt Rubin (UNISUL)
"A linguagem como ferramenta na filosofia e na literatura."

17h15
Profª Roberta Pires de Oliveira (UFSC)
"Donald Davidson e Joyce."

19h
Profº Fábio Machado Pinto (UFSC)
"Projeto, desejo e saber- de-ser; um estudo da obra: As Palavras, de Sartre."

20h
Claudio Donato (UFSC)
"Nietzsche,Goethe e Heidegger: Niilismo, Morte e Nada."

Dia 26

9h30
Profº Pedro de Souza (UFSC)
"A voz na escrita filosofica. Estilos de ficcionalização."

10h30
Luan Corrêa (UFSC)
"Som, silêncio e ruído: insinuações metafísicas entre Arthur Schopenhauer e John Cage."

14h
Profº Nazareno Eduardo Almeida (UFSC)
"Conceitos para uma ontologia semiótica da literatura."

15h
Profª Maria de Lourdes Alves Borges (UFSC)
"Kant, Shakespeare e as Paixões Humanas."

16h15
Profº Jason de Lima e Silva (UFSC)
"Felicidade trágica: quem quer ser meu destino?"

17h15
Profº MarceloAlves (UNIVALI)
"O humano em Homero."

19h
Profº Nestor Habkost (UFSC)
"EscriVer pensiformes."

20h
Profº Alexandre Brasil Falcão Neto (UFSC)
"A literatura infanto-juvenil e a filosofia no ensino médio."

Dia 27

14h
Profª Dilma Juliano (UNISUL)
"Desterritorialização do suposto narrador em Narradores de Javé."

15h
Profº Fred Stepazzoli Jr. (UNISUL)
"A ética da palavra em Foucault."

16h15
Profª Marta Martins (UDESC)
"Entre Experimentação e deriva."

17h15
Camilo Prado (UFSC)
"Villiers de L'Isle-Adam."

Fonte:
Leandro Rodrigues, da Revista Escritores do Sul.

Alvarina Amaral de Oliveira Toledo (1910 – 2010)


Nasceu no dia 20 de setembro de 1910, na cidade de Pouso Alegre.

Alvarina Amaral de Oliveira Toledo era filha do Dr. Antônio Marques de Oliveira e Maria Amaral de Oliveira (Dodoca).

Na juventude, trabalhou em várias peças no Teatro Municipal.

Em 1918, foi matriculada no Instituto Santa Dorotéia, nesta cidade, onde cursou o primário, ginasial e normal, saindo graduada como professora.

Em 1928, iniciou seu curso de Farmácia na Escola Federal de Farmácia de Pouso Alegre. Na década de 30, fez um curso intensivo de oratória e declamação com a professora Edelveis Barcelos, em Belo Horizonte.

Tornou-se uma grande declamadora e, por esse motivo, participou de muitas horas de arte no Clube Literário e Recreativo de Pouso Alegre e no Teatro Municipal de Belo Horizonte, apresentando-se para a apreciação da imprensa mineira e da grande declamadora brasileira Margarida Lopes de Almeida, recebendo nota de louvor.

Apresentou-se também como declamadora no Palácio do Ingá, sede de governo da antiga Província do Estado do Rio de Janeiro.

Como Presidente da Legião Brasileira de Assistência (LBA) de Trajano de Moraes (RJ), em 1949, construiu a gruta de Nossa Senhora das Graças, hoje local turístico e de grande devoção naquela cidade.

Foi agraciada com os títulos de Cidadã Honorária de Niterói e de Trajano de Moraes (RJ), por relevantes serviços prestados às duas comunidades fluminenses.

Ocupa a cadeira n.º 04, que tem como patrono o Professor Joaquim Queiroz Filho.
Tem publicados os livros:
“Minha Mãe”, 1976;
“Uma história que já vai longe”, 1997;
“Renovando a fé para o Terceiro Milênio”, 1999;
“Meu Amigo o Tempo”, 2000.

Viúva do Desembargador Geraldo Toledo, com quem teve 5 filhos, 11 netos e 15 bisnetos.

Faleceu em 18 de outubro de 2010, em Pouso Alegre, aos 100 anos de idade.

Fonte:
http://www.acadpousoalegrensedeletras.com.br/Alvarina_Amaral.htm
– Conceição Assis

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n.22)


Trova do Dia

Não sou ave nem sou peixe,
nunca aprendi a nadar,
mas peço a Deus que me deixe
num dia desses voar!
DIAMANTINO FERREIRA/RJ

Trova Potiguar

Bíblia – única apostila
(é o próprio Autor quem o diz)
para a disputa tranquila
da eternidade feliz.
EVAN MONTEIRO/RN

Uma Trova Premiada

2009 > Cambuci/RJ
Tema > POETA/POESIA > Vencedora

Eu creio na honestidade,
na justiça clara e reta,
no fim da desigualdade...
Não sou louco!... Eu sou poeta.
OLYMPIO COUTINHO/MG

Uma Poesia livre

Maria Luiza Walendowsky/SC
SOU

Sou como o vento
a embalar
um barco à deriva...
Como a brisa marinha:
persistente...
Constante!
Sou um leve sopro
a murmurar sorrateiramente,
doces palavras...
Às vezes sou ciclone:
forte...
determinada.
...sou como o vento.

Uma Trova de Ademar

Correndo muito, ou de chôto,
mesmo em pista esburacada,
sendo Deus meu co-piloto
enfrento qualquer estrada!
ADEMAR MACEDO/RN

...E Suas Trovas Ficaram

Deus, de forma oculta e muda,
generoso em seu poder,
quantas vezes nos ajuda
sem a gente perceber.
ORLANDO BRITO/MA

Estrofe do Dia

HOMENAGEM AO MÉDICO

O médico é obra divina,
que de maneira aguerrida,
estudou, fez medicina
para salvar nossa vida.
Não quer ver ninguém sofrer,
e se acaso acontecer
do doutor ficar doente;
por vocação... Por amor...
Ele esquece a própria dor
pra curar a dor da gente!...
ADEMAR MACEDO/RN

Soneto do Dia

Olga Maria Dias Ferreira/RS
NOSTALGIA.

Ao perceber, então, rugas, no rosto,
tive invadido de emoção meu peito,
na nostalgia ímpar do sol posto,
na angústia tanta de meu lar desfeito.

Foi-se a ventura, o riso decomposto,
na face insana de um viver sem preito.
ressurge o pranto já antes deposto,
nas marcas todas de meu pobre leito...

Assim a vida aos poucos vai passando,
meus sonhos todos, célere, levando,
na desventura desta triste sorte.

E os companheiros não mais retornando,
outros partindo sós ou mesmo em bando,
me deixam à espreita da própria morte.

Fonte:
Ademar Macedo

II Concurso de Trovas de Tremembé (Classificação Final(

Montagem sobre foto de Celio Gonçalves Dias
(Igreja de São Sebastião)
NÍVEL MUNICIPAL – Tema: VIVER

VENCEDORES

1º Lugar – ISABEL NOGAROTTO
2º Lugar – BENILSON TONIOLO
3º Lugar – ISABEL NOGAROTTO
4º Lugar – MARTINHO MONTEIRO
5º Lugar – BENILSON TONIOLO
6º Lugar – CLÁUDIO DE MORAIS
7º Lugar – ANDREIA JOFRE SIMAS

MENÇÕES HONROSAS

ALDA LOPES
ALEXANDRE SILVA
Dom ANTONIO AFFONSO DE MIRANDA
LAMARQUE MONTEIRO
MARTINHO MONTEIRO

MENÇÕES ESPECIAIS

ALDA LOPES
ANDRÉIA JOFRE SIMAS
CELINHA MARQUES
LORIS TURRINI
WALTER MOTA

MELHORES CONJUNTOS DE TROVAS
1º Lugar – ISABEL NOGAROTTO
2º Lugar – BENILSON TONIOLO
3º Lugar – MARTINHO MONTEIRO

COMISSÃO JULGADORA
DOMITILLA BORGES BELTRAME – São Paulo-SP
GILVAN CARNEIRO – São Gonçalo-RJ
JEANETTE DE CNOP – Maringá-PR
JOSÉ VALDEZ DE CASTRO MOURA – Pindamonhangaba-SP
PEDRO MELLO – São Paulo-SP
MILTON SOUZA – Porto Alegre-RS


NÍVEL REGIONAL – Tema: ECOLOGIA

VENCEDORES

1º Lugar – ÉLBEA PRISCILA SOUZA E SILVA – Caçapava-SP
2º Lugar – ÉLBEA PRISCILA SOUZA E SILVA – Caçapava-SP
3º Lugar – AMILTON MACIEL MONTEIRO – São José dos Campos-SP
4º Lugar – LUIZ MORAES SANTOS – São José dos Campos-SP
5º Lugar – MYRTHES MASIERO - São José dos Campos-SP
6º Lugar – DARCY BANDERANTE AZEVEDO COSTA – Taubaté-SP
7º Lugar – NÉLIO BESSANT - Pindamonhangaba-SP

MENÇÕES HONROSAS

ALFREDO BARBIERI – Taubaté-SP
AMILTON MACIEL MONTEIRO – São José dos Campos-SP
JOSÉ GUARANY RODRIGUES – Pindamonhangaba-SP
MARIA ARLINDA DOS SANTOS – Taubaté-SP
NÉLIO BESSANT - Pindamonhangaba-SP

MENÇÕES ESPECIAIS

AUGUSTO GOMES – Taubaté-SP
JOEL HIRENALDO BARBIERI – Taubaté-SP
MARIA MARLENE NASCIMENTO TEIXEIRA PINTO – Taubaté-SP
MIFORI – Paraibuba-SP
MYRTHES MASIERO - São José dos Campos-SP

MELHORES CONJUNTOS DE TROVAS
1º Lugar – ÉLBEA PRISCILA SOUZA E SILVA
2º Lugar – AMILTON MACIEL MONTEIRO
3º Lugar – NÉLIO BESSANT

COMISSÃO JULGADORA
ADEMAR MACEDO – Natal-RN
ARI SANTOS DE CAMPOS - UBT de Itajaí-SC
CLÁUDIO DE MORAIS – UBT de Tremembé
DELCY CANALLES – Porto Alegre-RS
FRANCISCO MACEDO – Natal-RN
GISLAINE CANALES – Balneário Camboriú-SC
JOÃO COSTA – Saquarema-RJ
LUIZ ANTONIO CARDOSO – UBT de Tremembé-SP

NÍVEL ESTADUAL – Tema: DESAFIO

VENCEDORES

1º Lugar – PEDRO MELLO – São Paulo-SP
2º Lugar – PEDRO MELLO – São Paulo-SP
3º Lugar – ERCY MARIA MARQUES FARIA – Bauru-SP
4º Lugar – MARINA BRUNA – São Paulo-SP
5º Lugar – ANTONIO DE OLIVEIRA – Rio Claro-SP
6º Lugar – HÉRON PATRÍCIO – São Paulo-SP
7º Lugar – MARINA BRUNA – São Paulo-SP

MENÇÕES HONROSAS

CAROLINA RAMOS – Santos-SP
DARLY O. BARROS – São Paulo-SP
MARILUCIA REZENDE – São Paulo-SP – duas
RENATA PACCOLA – São Paulo-SP

MENÇÕES ESPECIAIS

CAROLINA RAMOS – Santos-SP
CLÁUDIO DE CÁPUA – Santos-SP
DOROTHY JANSSON MORETTI – Sorocaba-SP
MARIA IGNEZ PEREIRA – Mogi Guaçu-SP
MARTA MARIA DE OLIVEIRA PAES DE BARROS – São Paulo-SP

MELHORES CONJUNTOS DE TROVAS

1º Lugar – PEDRO MELLO
2º Lugar – MARINA BRUNA
3º Lugar – MARILUCIA REZENDE

COMISSÃO JULGADORA
A. A. DE ASSIS – Maringá-PR;
ANGÉLICA VILELLA SANTOS – UBT de Taubaté
ARLINDO TADEU HAGEN – Belo Horizonte-MG
EDMAR JAPIASSU MAIA – Rio de Janeiro-RJ
JOSÉ OUVERNEY – Pindamonhangaba-SP
LUIZ ANTONIO CARDOSO – UBT de Tremembé
MARIA NASCIMENTO SANTOS CARVALHO – Rio de Janeiro-RJ
OTAVIO VENTURELLI – Nova Friburgo-RJ
THEREZA COSTA VAL – Belo Horizonte-MG
VANDA FAGUNDES QUEIROZ – Curitiba-PR

NÍVEL TROVADORES MESTRES

Tema: ETERNO

VENCEDORES

1º Lugar – LUIZ ANTONIO CARDOSO – Tremembé-SP
2º Lugar – ARGEMIRA FERNANDES MARCONDES – Taubaté-SP
3º Lugar – ANGÉLICA VILELLA SANTOS – Taubaté-SP
4º Lugar – ARGEMIRA FERNANDES MARCONDES – Taubaté-SP
5º Lugar – ARGEMIRA FERNANDES MARCONDES – Taubaté-SP
6º Lugar – LUIZ ANTONIO CARDOSO – Tremembé-SP
7º Lugar – JOSÉ OUVERNEY – Pindamonhangaba-SP
8º Lugar – LUIZ ANTONIO CARDOSO – Tremembé-SP
9º Lugar – JOSÉ OUVERNEY – Pindamonhangaba-SP
10º Lugar – LUIZ ANTONIO CARDOSO – Tremembé-SP

MELHORES CONJUNTOS DE TROVAS

1º Lugar – LUIZ ANTONIO CARDOSO
2º Lugar – ARGEMIRA FERNANDES MARCONDES
3º Lugar – ANGÉLICA VILLELA SANTOS
3º Lugar – JOSÉ OUVERNEY

COMISSÃO JULGADORA
CAROLINA RAMOS – Santos-SP
ERCY MARIA MARQUES FARIA – Bauru-SP
JOSÉ LUCAS DE BARROS – Natal
MARINA BRUNA – São Paulo-SP
PEDRO ORNELLAS – São Paulo-SP
THALMA TAVARES – São Simão
SELMA PATTI SPINELLI – São Paulo-SP

A premiação será realizada no dia 13 de novembro de 2010, às 15h, em reunião da UBT de Tremembé, no Salim - Comida Árabe, Estrada Nova Taubaté x Tremembé. Para maiores informações basta entrar em contato com Luiz Antonio pelos telefones: (12) 3025-0921 e (12) 8154-2177, lembrando que, caso não atenda durante o dia (trabalho dia sim, dia não, em local onde os telefones devem permanecer desligados), deverá voltar a ligar após as 18h.

Tremembé, outubro de 2010.
Luiz Antonio Cardoso
UBT de Tremembé-SP

domingo, 17 de outubro de 2010

Trova 180 - Arlene Lima (Maringá/PR)

Montagem da Trova e inserção de corações sobre imagem obtida em http://www.decoesfera.com

Graça Graúna (Manifesto)


...fragmento que sou
da fúria no choque cultural,
aqui, manifesto o meu receio
de não conhecer mais de perto
o que ainda resta
do cheiro da mata
da água
do fogo
da terra e do ar

Torno a dizer:
manifesto o meu receio
de não conhecer mais de perto
o cheiro da minha aldeia
onde ainda cunhantã
aprendi a ler a terra
sangrando por dentro
––––––––––-

Graça Graúna é natural do Rio Grande do Norte e tem doutorado em letras pela (UFPE). Em uma apresentação sua ao universo indígena expõe com inequívoca propriedade: “A literatura indígena é um lugar de confluência de vozes silenciadas e exiladas ao longo da história há mais de 500 anos. Enraizada nas origens, esse instrumento de luta e sobrevivência vem se preservando na autohistória de escritores (as) indígenas e descendentes e na recepção de um público diferenciado, isto é, uma minoria que semeia outras leituras possíveis no universo de poemas e prosas autóctones.” Graça participa ativamente do Overmundo e tem um blog próprio: http://ggrauna.blogspot.com/ onde apresenta suas ideias.
Membro do grupo de Escritores Indígenas, Educadora universitária na área de Literatura e Direitos Humanos.

Fonte:
Texto e imagem = http://ggrauna.blogspot.com/

Ialmar Pio Schneider (Baú de Trovas XI)


Alguém bate à minha porta,
vou ver quem é, num momento;
há muito tempo está morta
minh´alma gêmea... É o vento !

A manchete de jornal
sempre indica uma notícia,
que a imprensa tradicional,
é a melhor arma patrícia.

As plantinhas que cultivo
em meu jardim pequenino,
estão dizendo que vivo
pelo teu amor divino...

Cuidado com a ilusão,
romântico trovador,
pois pelo sim, pelo não,
não creias no falso amor !

Enquanto passam as horas,
fico pensando em você,
vencido pelas demoras,
qual alguém que não mais crê.

Eu serei sempre contente,
se algum dia me quiseres,
és a musa mais ardente,
entre todas as mulheres !

Eu te amei intensamente,
mas foram momentos vãos,
pois vejo que fui somente
um brinquedo em tuas mãos...

Foste a musa que escolhi,
desfolhando um bem-me-quer,
mas vejo que me iludi,
pois eras falsa, mulher !

Hoje faço quaisquer trovas
para cantar meu amor;
e por serem sempre novas,
eu lhes dou muito valor !

Imprensa livre, meu povo,
não deixe nunca acabar;
pois consegui-la de novo,
é difícil conquistar !

Já fiz trovas e fiz versos
para a linda namorada,
que depois andam dispersos
no vento da madrugada...

Labutei muito na imprensa,
fui cronista popular,
hoje sei o quanto é tensa,
a notícia divulgar...

Mergulhado no desejo
de te amar na juventude,
hoje penso de sobejo
que te amei mais do que pude.

Não há renúncia a quem quer
viver feliz nesta vida;
só o amor de uma mulher,
poderá me dar guarida.

Na vida dos sonhadores,
existe um sol que fulgura,
para aquecer os amores
que necessitam ternura...

No Dia do Trovador,
escrevo esta simples trova,
para o meu sincero amor
que a minha vida renova...

Olhavas triste, indecisa,
no meio da rua, quando
sentes o abraço da brisa
que vai assim te afagando...

O prazer de amar alguém,
é o mesmo de ser amado;
pois o amor que a gente tem,
deve ser compartilhado.

O respeito é necessário,
faz muito bem, sim senhor;
deve viver num sacrário,
vem a ser irmão do amor !

O vento leva o meu canto
pelos confins do universo;
em vez de chorar, eu canto
através deste meu verso !

Para escrever estes versos,
procuro ouvir minhas musas;
trazem-me assuntos diversos,
mas não ideias confusas.

Persegue o lobo que existe
dentro de ti, sonhador,
não sendo alegre nem triste,
fazes só versos de amor...

Por que será que na vida
nós temos contrariedades,
se depois da despedida
vamos lembrar com saudades?!

Quando te vejo passar
ao meu lado sorridente,
é difícil renunciar
ao sorriso que não mente...

Quero o amor que não ilude
e me faz amar alguém,
que tenha paz e virtude
e seja séria e do bem.

Se a chuva cai mansamente,
me fazendo meditar,
dá no coração da gente,
louca vontade de amar..

Se chorei, também choraste,
naquela tarde vazia,
hoje sou um velho traste,
já sem qualquer serventia.

Tinha tudo a meu favor
e não vivia ao relento,
se tu foste meu amor,
passaste assim como o vento...

Um casamento perdura
pela amizade e o respeito,
pois quem ama com ternura
só vê amor, não defeito !

Vou vivendo na incerteza
de assumir o nosso amor;
a renúncia tem tristeza,
da tristeza surge a dor…

Fonte:
O Autor

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n.21)


Trova do Dia

Sonhei um sonho tão triste!...
Sonhei que o mundo acabou...
- Logo depois, tu partiste,
e o sonho se confirmou...
JOSÉ OUVERNEY/SP

Trova Potiguar

Nesta longa caminhada
que fazemos sempre a sós...
Nem o silêncio da estrada,
quebra o silêncio entre nós
PROF. GARCIA/RN

Uma Trova Premiada

2010 > São Paulo/SP
Tema > FEITIÇO > Vencedora

Por teu feitiço ou magia,
mesmo sabendo quem és,
troquei a minha alforria
e fui escravo a teus pés...
ERCY MARQUES DE FARIA/SP

Uma Poesia livre

Cecília Meireles/RJ
CANÇÃO DO AMOR PERFEITO.

O tempo seca a beleza.
seca o amor, seca as palavras.
Deixa tudo solto, leve,
desunido para sempre
como as areias nas águas.

O tempo seca a saudade,
seca as lembranças e as lágrimas.
Deixa algum retrato, apenas,
vagando seco e vazio
como estas conchas das praias.

O tempo seca o desejo
e suas velhas batalhas.
Seca o frágil arabesco,
vestígio do musgo humano,
na densa turfa mortuária.

Esperarei pelo tempo
com suas conquistas áridas.
Esperarei que te seque,
não na terra, Amor-Perfeito,
num tempo depois das almas.

Uma Trova de Ademar

Tal e qual os nossos pais,
todos nós, já velhos, temos
no cabelo, as digitais
dos anos que já vivemos.
ADEMAR MACEDO/RN

...E Suas Trovas Ficaram:

Nessa cabana de palha
não tem chão nem cobertor.
Só a ternura agasalha
os sonhos do nosso amor.
ADELIR MACHADO/RJ

Estrofe do Dia

E agora não tem mais jeito,
Somos dois apaixonados,
Entretanto, separados,
Cada qual, no seu direito...
Sinto calor no meu peito,
Dispara a minha pressão;
É uma inquietação,
Toda noite fico insone,
Quando chama o telefone
Bate forte o coração.
DJALMA MOTA/RN

Soneto do Dia

Fernando Pessoa/Portugal
SÚBITA MÃO DE UM FANTASMA OCULTO.

Súbita mão de algum fantasma oculto
Entre as dobras da noite e do meu sono
Sacode-me e eu acordo, e no abandono
Da noite não enxergo gesto ou vulto.

Mas um terror antigo, que insepulto
Trago no coração, como de um trono
Desce e se afirma meu senhor e dono
Sem ordem, sem meneio e sem insulto.

E eu sinto a minha vida de repente
Presa por uma corda de Inconsciente
A qualquer mão noturna que me guia.

Sinto que sou ninguém salvo uma sombra
De um vulto que não vejo e que me assombra,
E em nada existo como a treva fria.

Fonte:
Ademar Macedo

Flávia Carpes Westphalen (O que é uma literatura indígena?)


A categoria “indígena” é por si mesma problemática. O termo é aplicado como substantivo e adjetivo ao longo deste trabalho. No entanto, não foi sem hesitação que o adotamos, visto que, especialmente entre os autores norte-americanos, termos ligados à indianidade (Indianess) são rechaçados pelo bem de outros como Native Americans e First Nations. O termo indian é, de modo geral, considerado inapropriado, especialmente pela homonímia confusa indian (nativo-americano)/ indian (nativo da Índia). Além disso, autores como Louis Owens e Gerald Vizenor se opõem fortemente ao termo, afirmando que este é um nome generalizador imposto pelos desbravadores europeus, sem qualquer correspondência na realidade plural das diversas tribos indígenas. As alternativas Native Americans e First Nations são preferidas por reconhecerem o fato de que esses povos são autóctones e anteriores a qualquer "descobrimento". Contudo, cabe lembrar que nenhum dos termos é ou será considerado ideal, visto que a generalização peca sempre pelo apagamento de diferenças e peculiaridades de diferentes tribos.

No Brasil, o caso é bastante diferente: os autores parecem ter adotado os termos índio e indígena com orgulho, talvez por não se fazerem confusos como o correspondente anglófono. Contudo, em uma tentativa de manter uma terminologia semelhante ao falar dos dois contextos, decidimos adotar os vocábulos indígena e nativo para falar dessas populações e literaturas. O termo índio é apenas utilizado quando explicitamente reivindicado pelos autores. No que diz respeito ao caráter genérico dos termos, sustentamos a escolha, pois parece-nos que, assim como nos termos "europeu", “branco” ou "eurocêntrico", essa generalização se faz funcional ao tratarmos de uma experiência, se não idêntica, comum. A fim de minimizar o problema, e em respeito às diferentes ascendências dos autores aqui trabalhados, destacaremos sempre a filiação/afiliação tribal de cada autor. Perguntado sobre sua identificação (ou não) com o rótulo de “escritor canadense”, em uma entrevista dada a Hartmut Lutz (Lutz, 1991: 89-95), Thomas King respondeu com uma
afirmação que evidencia a complexidade identitária de muitos desses autores:

“Há apenas um problema no sentido de que não sou originalmente do Canadá e de que os cherokees certamente não são uma tribo canadense. Agora, isso se torna um problema apenas se você reconhece a linha política em particular que corre entre o Canadá e os Estados Unidos, e se você concorda com as presunções que essa linha faz. Penso em mim como um autor nativo e um autor canadense. Duvido que pudesse me considerar um autor nativo canadense, simplesmente porque não sou de uma das tribos aqui de cima. Mas todos os meus contos, e o romance, e as antologias, e o livro crítico que co-editei foram publicados no Canadá, e todos têm a ver com material canadense. Eu não fiz nada de que se possa falar nos Estados Unidos. Então, sim, eu me considero um autor canadense, eu escrevo sobre as pradarias canadenses, eu não escrevo sobre Nova Iorque”.(Lutz, 1991: 107-8).

Na mesma entrevista, o autor fala sobre o rótulo de “escrita nativa”. Como vamos definir quem é nativo ou não? Há, no contexto das literaturas aborígines australianas, o caso célebre de Colin Johnson (Mudrooroo) que, após uma vida escrevendo como um aborígine, sobre personagens e questões intrínsecas a essa identidade, descobriu que, em verdade, não possuía sangue aborígine. Para evitar as armadilhas de porcentagens sanguíneas e restrições temáticas, o melhor parece ser alinharmo-nos a King quando diz que se sente confortável em falar sobre uma literatura nativa sem tentar defini-la (Lutz, 1991: 108). O autor nativo será aquele que assim se identificar, aquele que apresentar em seu texto evidências dessa identificação.

Uma última questão é pertinente: o que é uma “literatura” indígena? É claro que as populações indígenas vêm se expressando de maneiras criativas e com qualidades estéticas desde o início dos tempos. Isso se revela nas canções, na oratória e no storytelling indígena. Já não é mais estranho falar de literaturas orais, oralitura e termos afins e, sabemos, muitas dessas produções indígenas mencionadas se encaixariam perfeitamente dentro do termo. No entanto, a proposta desta dissertação é estudar um ponto de hibridação, o momento em que as formas de expressão indígenas se encontraram com os conceitos ocidentais de literatura. É por isso que os textos escolhidos para o corpus são obras contemporâneas, escritas e com autores individualizados, dentro do conceito ocidental clássico de literatura. Isso não é de maneira alguma diminuir a importância das produções tradicionais coletivas, mas uma forma de manter o foco do trabalho.

Além disso, todos os autores de nosso corpus têm consciência de encontrarem-se em um entre-lugar, e afirmam que, embora o contato nem sempre seja fácil ou pacífico, não é mais possível ou desejável que se empreenda um retorno ao passado, reafirmando uma identidade de raiz. De acordo com os autores, como veremos, os povos indígenas americanos têm por característica uma abertura ao Outro a qual, através da busca de equilíbrio entre os aportes tradicional indígena e ocidental, resulta em uma identidade rizomática, marcada por uma eterna reconfiguração.

Com o interesse de investigar esse produto novo e fascinante, fruto das negociações transculturadoras que ocorrem já há mais de meio milênio, procuramos trabalhar com textos que explicitamente discordam de termos como "descoberta" e "Novo Mundo", apresentando leituras alternativas da História. Mas como delimitar um corpus tão grande, tendo em vista que, como dissemos, todos os autores da "literatura indígena" com que decidimos trabalhar são, em grande medida, frutos desse processo de hibridação?

No Brasil, a escolha foi pautada, em primeiro lugar, pela visibilidade atingida pelos autores, mas também pelo fato de estes serem alguns dos poucos autores indígenas brasileiros que se dirigem explicitamente a um público adulto. Trabalharemos com os textos Metade Cara, Metade Máscara e Todas as vezes que dissemos adeus, de, respectivamente, Eliane Potiguara e Kaká Werá Jecupé. Estes são, ao lado de Daniel Munduruku, os autores que alcançaram maior expressão em nosso país, trabalhando sempre com a identidade indígena e suas complexificações contemporâneas.

No contexto canadense, a escolha de apenas duas obras se fez extremamente difícil, visto que a quantidade de autores em circulação é muito maior, acumulando um volume impressionante de obras publicadas. Dentre os diversos critérios de escolha possíveis, optamos por trabalhar com os autores que receberam maior atenção de editoras, público e crítica. Essa instância tríplice levou à escolha de Thomas King (1943-) e Tomson Highway (1951-). O primeiro, por seu trabalho multidisciplinar que entrecruza constantemente fotografia, literatura, cinema e rádio, é inegavelmente o mais popular dos autores indígenas norte-americanos. Com um humor irônico e transgressor, King desfaz fronteiras, recolocando-as em um terreno instável e mutante.

Entre suas obras, escolhemos Green Grass, Running Water, romance que, a partir da reescritura de histórias bíblicas, questiona a história dos começos. A obra de Highway é também de extrema importância no contexto canadense, sendo não raro apresentada como iniciadora de um movimento literário indígena no país. Ao contrário dos Estados Unidos, onde há uma tradição forte de romances, o Canadá teve sua literatura indígena em foco a partir do conjunto de peças de Tomson Highway, as quais trazem ao primeiro plano a vida na reserva. Foi apenas em 1998 que o autor escreveu seu primeiro (e até o momento único) romance, Kiss of the Fur Queen. Para além da expressividade e significação do autor no histórico da Literatura Indígena Canadense, o romance nos pareceu de extrema valia para o presente estudo, visto que lida com o momento fulcral do encontro entre a tradição oral indígena e a escola católica em língua inglesa. Em seu romance, Highway toma como base a experiência vivida por ele e seu irmão René desde as residential schools até o momento de equilíbrio entre a tradição e o novo aporte cultural, em uma defesa da hibridação como meio de sobrevivência.
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continua...
---------------------
Fontes:
Flávia Carpes Westphalen. Survivance: A Sobrevivência nas Literaturas Indígenas do Canadá e do Brasil. (Dissertação de Mestrado em Literatura Comparada). Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2007.

Teatralização do Conto Venha Ver o Por do Sol


A teatralização do conto de LYGIA FAGUNDES TELLES, a cargo de alunos do Colégio Dante Alighieri, será a grande atração da próxima quinta-feira, dia 21 de outubro, às 18,30 horas, na ACADEMIA PAULISTA DE LETRAS, Largo do Arouche, 312.

Venha assistir a esse espetáculo, que contará com a presença de LYGIA FAGUNDES TELLES, que também falará aos presentes como surgiu esse conto, um dos mais clássicos em sua obra.

Entrada franca.

Fonte:
Academia Paulista de Letras

Programa São Paulo: um Estado de leitores (inscrições abertas até 20 de outubro)

A Fundação Volkswagem, em parceria com o Cenpec e a Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo, por meio do Programa São Paulo: um Estado de leitores, oferecerá três novas turmas de formação nos projetos Entre na Roda - Curso de Formação de Orientadores de Leitura (infantil e fundamental) e Brincar - O brinquedo e a brincadeira na infância. Serão oferecidas 120 vagas ao todo.

Ambos os cursos são gratuitos e direcionados a educadores, professores, bibliotecários, ssistentes de biblioteca, contadores de histórias e demais profissionais que estejam desenvolvendo projetos nas áreas de educação e cultura para a comunidade.

Os cursos terão início em 2011 e são estruturados em 8 módulos de 8 horas cada, uma vez por mês, com encontros realizados às segundas-feiras no Museu da Língua Portuguesa ou na Biblioteca de São Paulo.

A seguir seguem as apresentações do Entre na Roda e do Brincar e a ficha de inscrição pode ser obtida AQUI.

As inscrições devem ser realizadas, impreterivelmente, até o dia 20/10.

Qualquer dúvida, pedimos que entre em contato com o Programa São Paulo: um Estado de leitores, por meio dos e-mail: contato.spel@poiesis.org.br ou ainda pelo telefone 11 3331-5549
––––––––––––––––––––

São Paulo, 04 de outubro de 2010.

Srs. Gestores de Educação

Buscando somar esforços para a melhoria da qualidade e o fortalecimento da educação pública, a Fundação Volkswagen, o Cenpec – Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária e a Secretaria de Cultura do Estado de SP – agradecem sua presença e dão as boas-vindas a vocês pela participação nesse evento de apresentação dos Projetos Entre na Roda e Brincar, que constitue o Programa Território Escola.

O objetivo desse encontro é fornecer informações sobre o Projeto e sobre o processo de adesão ao mesmo, tendo em vista a iniciativa da Fundação Volkswagen em estabelecer novas parcerias para a turma de formação em 2011.

Agradecemos sua participação,
Conceição A. Mirandola
Diretora de Administração e Relações Institucionais
Fundação Volkswagen
Claudia Maria Michelucci Petri
Gerente de Projetos Locais
Cenpec
Frederico Tavares Bastos Barbosa
Diretor Executivo
Organização Social de Cultura POIESIS

Entre na Roda: leitura na escola e na comunidade

Forma orientadores de leitura (mediadores) para que atuem na escola e na comunidade, estimulando o gosto pela leitura e desenvolvendo as capacidades leitoras de crianças, jovens e adultos.

Objetivos:

• Formar educadores e voluntários da comunidade para desenvolver rodas de leitura.

• Estimular o prazer pela leitura e ampliar capacidades leitoras por meio
do trabalho sistemático com diferentes portadores e gêneros textuais.

• Ampliar o universo cultural de crianças, jovens e adultos.

• Fortalecer a parceria entre unidades educacionais e comunidade, na perspectiva da educação integral.

• Conhecer e valorizar a cultura local.

Público alvo:

Educadores, gestores educacionais, bibliotecários, agentes sociais e voluntários da comunidade que atuem com crianças, adolescentes, jovens e adultos.

Modalidades:

• Entre na roda Infantil: para educadores e voluntários que atuam com crianças menores

• Entre na roda Fundamental - para educadores e voluntários que atuam com crianças maiores, adolescentes, jovens e adultos

Conteúdos:

Entre na roda Infantil:
• Organização de tempos e espaços para o trabalho com leitura
• A criança pequena diante do livro
• Livros e histórias
• Poesia
• Textos informativos
• Compartilhando experiências

Entre na roda Fundamental:
• Apresentação do Projeto
• Narrativas curtas: textos da tradição oral e crônicas
• Contos clássicos e modernos
• Romance, novela e texto teatral
• Poesia
• Jornal, textos jornalísticos
• Textos de divulgação científica

Duração:

1(um) ano

Material:

• Para o participante: kit com material de apoio às formações.

• Para a escola/instituição participante: 1(um) baú com acervo de literatura infantil ou infanto-juvenil.

Estrutura do Projeto:

Formação:
• 64 horas de formação presencial: 8 encontros de 8 horas cada realizados ao longo do ano.

• 16 horas de formação não presencial - para estudos, tarefas e coleta de dados.

A formação poderá ser:
• por representação

• Visitas de acompanhamento:
4 visitas do formador à instituições envolvidas para observação e orientação.

Brincar: O brinquedo e a brincadeira na infância

O que é:

Projeto desenvolvido pelo Cenpec, por iniciativa da Fundação Volkswagen.

Projeto de formação de educadores e voluntários que atuam com crianças para que aprimorem suas práticas com relação ao desenvolvimento de atividade lúdicas, expressivas e recreativas com as crianças.

Tem como princípio o reconhecimento de que brincar é um direito da criança e que cumpre um papel decisivo no seu desenvolvimento cognitivo, afetivo e social. É uma forma de linguagem e uma rica possibilidade que a criança tem de integrar-se ao grupo com que convive, podendo desenvolver sua identidade pessoal e cultural.

Procura enriquecer a prática dos educadores, ampliando repertório de brincadeiras, instigando reflexão sobre o seu significado para as crianças e para os adolescentes, sobre questões culturais e valores. Propõe pensar sobre tempos e espaços relacionados ao brincar e sobre os critérios para escolha de acervo de brinquedos.

Contribui para a educação integral, uma vez que forma profissionais e voluntários para que entendam o brincar na infância como um dos fatores principais para o desenvolvimento integral do educando, pois desenvolve o corpo, as relações sociais, os aspectos cognitivos e afetivos. Também oferece repertório para o desenvolvimento de ações dentro e fora de instituições educacionais e incentiva a articulação entre unidades educacionais de educação formal, outros espaços e instituições de seu entorno e a comunidade.

Objetivos:

Objetivos gerais

• Favorecer o conhecimento e a reflexão sobre a cultura da infância;

• Proporcionar espaços de formação e reflexão sobre a infância e o brincar;

• Sensibilizar o olhar e enriquecer o conhecimento teórico e a prática dos adultos que atuam com crianças em diferentes espaços.

Objetivos específicos

• Promover o reconhecimento e a valorização do brincar como direito da criança;

• Fomentar a ampliação dos conhecimentos sobre a infância, o brincar e o desenvolvimento infantil;

• Fomentar a ampliação dos tempos e espaços destinados à brincadeira;

• Propiciar a ampliação de repertório de brincadeiras com referência da cultura popular e cultura da infância;

• Promover a reflexão sobre a importância da articulação entre as diferentes instituições de atendimento à criança e destas com as famílias;

• Conhecer as brincadeiras do universo cultural das diferentes territorialidades;

• Difundir as brincadeiras, reconhecendo-as como expressão da diversidade cultural.

Público alvo:

Educadores que trabalham direta ou indiretamente com crianças: professores de creches, EMEI ou primeiras séries do ensino fundamental, gestores de escola, gestores de secretarias de educação, voluntários, educadores de outras instituições.

Conteúdos:

• Memória de infância
• Cultura da infância
• Desenvolvimento infantil
• O espaço e o tempo da brincadeira
• O uso de diferentes linguagens expressivas no trabalho com crianças
• Vivências de brincadeiras da cultura infantil
• Construção de brinquedos com sucatas
• Relações adultos/crianças e criança/criança
• Brincadeiras de rua, quintal e quadra
• Acervo de brinquedos e jogos
• A brincadeira de faz-de-conta
• A brincadeira da criança de 0 a 3 anos

Estrutura do Projeto

Formação:

• 64 horas de formação presencial - 8 encontros de 8 horas realizados ao longo do ano.
• 16 horas de formação não presencial - para estudos, tarefas e coleta de dados.

A formação poderá ser:
• Por representação

Visitas de acompanhamento:
• 4 visitas do formador às instituições envolvidas para observação e orientação.

Prêmios:
Prêmio Criança 2008 – Fundação Abrinq.
Prêmio Ludicidade/Pontinhos de Cultura – 2008 – Ministério da Cultura.

Administrativo - Normas e Procedimentos
Processo de assinatura do Termo de Parceria e Compromisso com Municípios 2010

Para agilizar o processo de assinaturas do TERMO DE PARCERIA E COMPROMISSO que será firmado entre Fundação Volkswagen, CENPEC, POIESIS e Município/Entidade, informamos abaixo algumas normas e procedimentos.

Primeiro passo

Assim que houver a confirmação por parte da Fundação VW, CENPEC e POIESIS dos Municípios/Entidades escolhidos, já poderemos firmar a parceria por meio do Termo.

Até 18/10/2010

O Município deverá encaminhar um e-mail para a Fundação VW (janaina.domingos@volkswagen.com.br) , Cenpec (liliane@cenpec.org.br) e POIESIS (contato.spel@poiesis.org.br) com a indicação da pessoa que cuidará de todo o processo. Dados necessários: nome, telefones, e-mail e endereço.

Processo de Seleção: 18/10 a 05/11/2010

Resultado dos municípios escolhidos: 08/11/2010

Confirmação da Participação: 12/11/2010

Até 06/12/2010
A Fundação VW encaminhará, via e-mail, a minuta do Termo.

Até 17/12/2010
O Município deverá informar a Fundação VW, caso haja necessidade de alteração de cláusulas ou envio de documentos. Se não houver necessidade, o município estará autorizado a imprimir 3 (três) vias do TERMO, colher as assinaturas e devolver, via correio, para a Fundação Volkswagen.

Contatos e endereço da Fundação Volkswagen
Janaina Domingos
E-mail: janaina.domingos@volkswagen.com.br
Fone: (11) 4347-2547 – das 08 às 17hs
Fax: (11) 4347-2874
Fundação Volkswagen
Via Anchieta km 23,5 CPI 1394
Bairro Demarchi - São Bernardo do Campo - SP
CEP 09823-901

05/01/2011
Prazo final para devolução do TERMO assinado pelo Município. O envio deverá ser via correio.

Até 15/01/2011
A Fundação VW providenciará a assinatura dos seus representantes e encaminhará para o CENPEC.

Até 30/01/2011
O Cenpec providenciará a assinatura dos seus representantes e encaminhará para a POIESIS.

Até 15/02/2011
A POIESIS providenciará a assinatura dos seus representantes e encaminhará para a Fundação Volkswagen.

Até 28/02/2011
A Fundação Volkswagen encaminhará, pelo correio, 1 via assinada para controle e arquivo do Município/Entidade.

Contamos com o comprometimento de todos durante o processo, sendo que ficaremos à disposição para negociar qualquer exceção que se fizer necessária.

É importante ressaltar que caso o TERMO não esteja assinado até o 2º encontro de formação, a Fundação Volkswagen suspenderá a participação do representante do município até a regularização da assinatura.

Informamos que esse procedimento foi estabelecido para que não tenhamos problemas com a Auditoria da Fundação Volkswagen.

Obrigada.
Janaina Domingos
Coordenadora Administrativa
E-N Fundação Volkswagen
Via Anchieta km 23,5 CPI: 1394
Bairro Demarchi - São Bernardo do Campo - SP
CEP: 09823-901Fone +55 (11) 4347-2547
Fax +55 (11) 4347-2874
janaina.domingos@volkswagen.com.br
http://www.vw.com.br/
Semeando para um futuro melhor
!

Luis Guimarães Junior (Poemas Escolhidos)


NOITE TROPICAL

Desceu a calma noite irradiante
Sobre a floresta e os vales semeados:
Já ninguém ouve os cantos prolongados
Do negro escravo, estúpido e arquejante.

Dorme a fazenda: — apenas hesitante
A voz do cão, em uivos assustados,
Corta o silêncio, e vai nos descampados
Perder-se como um grito agonizante.

Rompe o luar, ensangüentado e informe,
Brotam fantasmas da savana nua ...
E, de repente, um berro desconforme

Parte da mata em que o luar flutua,
E a onça, abrindo a rubra fauce enorme,
Geme na sombra, contemplando a lua.

Sonetos e rimas (1880)

JAGUAR

Rosna o fulvo jaguar, triste e dormente,
No seio da floresta: — a fera inteira
Dobra à velhice, e a névoa derradeira
Cobre-lhe a fauce lívida e impotente.

O imundo inseto, a mosca impertinente
Zumbe-lhe em torno; — a cobra traiçoeira
Fere-lhe a cauda inerte, e a aventureira
Formiga morde-o calma e indiferente.

Apenas quebra o sono funerário
Do velho herói o grito, entre as folhagens,
Do cordeiro medroso e solitário;

Ou, através das tropicais aragens,
O tropel afastado, intenso e vário
D'um rebanho de búfalos selvagens.

Sonetos e rimas (1880)

“O CORAÇÃO QUE BATE NESTE PEITO”

o coração que bate neste peito,
E que bate por ti unicamente,
O coração, outrora independente,
Hoje humilde, cativo e satisfeito;

Quando eu cair, enfim, morto e desfeito,
Quando a hora soar lugubremente
Do repouso·final, — tranqüilo e crente
Irá sonhar no derradeiro leito.

E quando um dia fores comovida
— Branca visão que entre os sepulcros erra —
Visitar minha fúnebre guarida,

O coração, que toda em si te encerra,
Sentindo-te chegar, mulher querida,
Palpitará de amor dentro da terra.

Sonetos e rimas (1880)

PAISAGEM

O dia frouxo e lânguido declina
Da Ave-Maria às doces badaladas;
Em surdo enxame as auras perfumadas
Sobem do vale e descem da colina.

A juriti saudosa o colo inclina
Gemendo entre as paineiras afastadas;
E além nas pardas serras elevadas
Vê-se da Lua a curva purpurina.

O rebanho e os pastores caminhando
Por entre as altas matas, lentamente,
Voltam do pasto num tranqüilo bando;

Suspira o rio tépido e plangente,
E pelo rio as vozes afinando,
As lavadeiras cantam tristemente

Sonetos e rimas (1880)

FORA DA BARRA

Adeus! Adeus! Nas cerrações perdida
Vejo-te apenas, Guanabara altiva...
- Varella. - Ao Rio de Janeiro.

Já vamos longe... Os morros benfazejos
Metem na bruma os cimos alterosos...
Ventos da tarde, ventos lacrimosos,
Vós sois da Pátria os derradeiros beijos!

As alvas plagas, os profundos brejos,
Ficam além, além! Adeus, gostosos
Tormentos do passado! Adeus, oh gozos!
Adeus, oh velhos e infantis desejos!

Na fugitiva luz do sol poente
Vai se apagando - ao longe - tristemente
Do Corcovado a majestosa serra:

O mar parece todo um só gemido...
E eu mal sustenho o coração partido,
Oh terra de meus pais! Oh minha terra!
1873.

A VOZ DAS ÁRVORES

Enquanto os meus olhares flutuavam,
Seguindo os vôos da erradia mente,
Sob a odorosa cúpula fremente
Dos bosques - onde os ventos sussurravam,

Ouvi falar. As árvores falavam:
A secular mangueira fielmente
Repetia-me a rir o idílio ardente
Que dois noivos, à tarde, lhe contavam;

A palmeira narrava-me a inocência
De um brando e mútuo amor, - sonho que veste
Dos loiros anos a feliz demência;

Ouvi o cedro, - o coqueiral agreste,
Mas, excedia a todas a eloqüência
Duma que não falava: - era o cipreste.

PAULO E VIRGÍNIA

Fomos um dia alegres, estouvados,
Ao clarão matinal do sol nascente,
Colher as flores do vergel ridente
E as primeiras amoras dos cercados.

Risonhos, venturosos, namorados,
Cada qual mais feliz e mais contente,
Esquecemos a terra inteiramente:
Doidos de amor, de gozo embriagados.

Seus cabelos - enquanto ela corria,
Voavam, loiros com a luz, dispersos!
Eu a chamava e ela me fugia.

Por fim voltamos - em prazer imersos:
E das venturas todas desse dia...
Resta a saudade que inspirou meus versos.

Fonte:
Academia Brasileira de Letras

Luís Caetano Pereira Guimarães Júnior (1847 - 1898)


Luís Caetano Guimarães Júnior, diplomata, poeta, romancista e teatrólogo, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 17 de fevereiro de 1847, e faleceu em Lisboa, Portugal, em 20 de maio de 1898. Foi um dos dez membros eleitos para se completar o quadro de fundadores da Academia Brasileira de Letras, onde criou a Cadeira nº 31, que tem como patrono o poeta Pedro Luís.

Era filho de Luís Caetano Pereira Guimarães, português, e de Albina de Moura, brasileira. (Há uma divergência na data de seu nascimento: Sílvio Romero indica o ano de 44; outras fontes registram 1847. A filha do poeta, D. Iracema Guimarães Vilela, forneceu a Múcio Leão a data de 45.) Fez os primeiros estudos no Rio de Janeiro. Aos dezesseis anos escreveu o romance Lírio branco, dedicado a Machado de Assis. Partiu para São Paulo, a fim de continuar os estudos preparatórios, e lá recebeu uma carta de Machado de Assis animando-o a prosseguir na carreira das letras. Fez o curso de Direito no Recife entre 1864 e 1869. Ali assistiu ao desenvolvimento da "escola condoreira", em que tomou parte mais ou menos diretamente. Continuou a escrever, multiplicando-se no jornalismo e escrevendo livros de contos, comédias e poesias.

Aos 28 anos, apaixonado por Cecília Canongia, cogitou de se casar. Sua situação no jornalismo e nas letras, embora brilhante, não lhe proporcionava os meios para viver estavelmente. O poeta e amigo Pedro Luís, então ministro dos Negócios Estrangeiros, oferece-lhe um lugar na diplomacia como secretário de Legação em Londres. De 1873 a 1894, passou por vários outros postos, em Santiago do Chile, em Roma, onde serviu sob as ordens de Gonçalves de Magalhães, e em Lisboa; foi, depois, como enviado extraordinário, para Veneza. Em 1894, transferiu-se, já aposentado, para Lisboa, onde veio a falecer.

Em Lisboa, como secretário de Legação, teve ocasião de conhecer alguns dos mais ilustres espíritos do tempo. Foi amigo de Ramalho Ortigão, Eça de Queirós, Guerra Junqueiro, Fialho de Almeida. Distinguia-se como poeta e como homem do mundo. Ramalho Ortigão assim o definiu: "Como poeta, ele é um primeiro adido à legação da elegância... O seu estilo tem um lavor de renda, uma suavidade de veludo e um fresco perfume de toilette." Tinha predileção pelas cidades da arte e do pensamento. O poeta celebra Londres, celebra Roma. Mais que tudo, porém, recorda o seu país.

Suas principais obras são Corimbos e Sonetos e rimas. O primeiro representa a fase em que vivia no Brasil (1862 a 1872); o outro, o período em que residiu na Europa. A apreciação de críticos e estudiosos como Vicente de Carvalho, Medeiros e Albuquerque e Carlos de Laet, foi de pleno reconhecimento da poesia de Luís Guimarães Júnior.

Seus sonetos revelam um grande apuro da forma, combinações métricas finas e sutis, e o gosto pelos motivos exóticos que ele pôde sentir e observar em suas peregrinações por terras estrangeiras. Romântico de inspiração, mas já dentro da orientação parnasiana, ele foi, no apuro da expressão, um precursor da poesia de Raimundo Correia, Bilac e Alberto de Oliveira.

Obras:
Lírio branco, romance (1862); Uma cena contemporânea, teatro (1862); Corimbos, poesia (1866); A família agulha, romance (1870); Noturnos, poesia (1872); Filigranas, ficção (1872); Sonetos e rimas, poesia (1880); Teatro: As quedas fatais; André Vidal; As jóias indiscretas; Um pequeno demônio; O caminho mais curto; Os amores que passam; Valentina; A alma do outro mundo (1913).

Fonte:
Academia Brasileira de Letras

Alfredo Brasílio De Araújo (Livro de Trovas)


Do galho mirando a água
do riacho que desliza
um sabiá canta em mágoa
vendo um rio que agoniza...

O mar tem lá suas manhas,
faz saltos ornamentais
tenta galgar as montanhas
e beijar Minas Gerais...

Eu descobri contrafeito,
felicidade tardia...
eras o sol do meu peito
que se apagava...eu não via...

Amor é suave presença
que uma ausência não desfaz
quanto mais nele se pensa,
mais presente ele se faz...

Deixo a chave na cancela,
iludo meu coração...
sonhador à espera que ela
retornando a encontre à mão...

Uma boquinha sugando
o seio da mãe querida,
é uma vida festejando
com vinho branco outra vida...

Ela surgiu de repente
na minha vida vazia...
como estrela, lentamente,
fugiu à luz do meu dia...

Num dilúvio de paixão,
despreparados os dois,
vimos nossa embarcação
naufragar logo depois...

Para sempre tu serás
meu trigo, minha videira,
meu alimento de paz,
que colhi a vida inteira...

Tanta graça, santo Deus,
essa menina me passa,
que ao olhar nos olhos seus
os meus se cobrem de graça...

Fonte:
UBT Nacional