quarta-feira, 11 de maio de 2011

Monteiro Lobato (Histórias de Tia Nastácia) XXX – O Pinto Sura


Era uma vez um pinto diferente de todos os mais pintos do galinheiro. Que culpa tinha ele disso? Nenhuma. No entanto, todos judiavam dele — vejam só! — porque era sura...

O pobrezinho nem comer em paz podia. Na hora do milho, era zás! uma bicada daqui, zás! uma bicada dali, enquanto os outros, sossegadamente, enchiam o papo até estufar.

E se apanhava algum bichinho, grilo ou içá, era aquela certeza: a galinhada inteira punha-se a correr atrás dele até tomar o petisco.

Por causa disso o pinto sura vivia sempre com fome, encolhidinho pelos cantos, magro e mandiguera...

Certo dia perdeu a paciência. Um frangote carijó, que andava de namoro com umas frangas amarelas, deu-lhe, à vista dessas meninas de penas, uma tal sova de bicadas que o deixou descadeirado. As frangas entusiasmaram-se com a valentia do carijó, riram-se à grande do triste sovado que nem suster-se em pé podia. E chegaram, mesmo, a compor um versinho:

Foi saracura,
ó pinto sura!
Quem te pregou
tamanha surra?

O pinto, desesperado, resolveu queixar-se ao rei.

— Levo-lhe uma carta — pensou lá consigo — e o rei há de atender-me. Depois, quero ver!...

Procurou pelo chão uma carta.

Bobinho como era, qualquer papelzinho para ele era carta.

Achou logo um pedacinho de papel quadrado e, tomando-o no bico, partiu em direção ao palácio do rei. Levava ainda um embornal cheio de milho para ir manducando pelo caminho.

Andou, andou, andou, até que deu com uma raposa sentada à beira do caminho com um cacho de uvas na mão.

— Bom dia, dona Raposa!

— Ora viva, pinto sura! Para onde vai com tanta pressa?

— Ao palácio do rei, entregar-lhe esta cartinha.

— Quer levar-me também?

— Só se você couber neste embornal...

— Caibo, sim! — disse a raposa, e com muito jeito acomodou-se dentro do embornal.

— Mas não me vá comer o milho, hein? — recomendou o pinto, fincando o pé na estrada.

Andou, andou, andou, até que deu com um rio de águas muito limpas, cheio de peixinhos. Parou para beber, e estava glug! glug! quando o rio disse:

— Amigo sura, que vontade de ir viajar com você!

— Pois vamos. Já levo comigo a raposa e nada me custa levar também um rio. Até é bom — porque não preciso parar no caminho quando tiver sede.

— Pois aceito o convite! — disse o rio. E, enrolando-se como um novelo, ajeitou--se dentro do embornal ao lado da raposa, a qual se encolheu toda e exclamou:

— Chispa! Arreda para lá, que me molha, senhor rio!

— Cuidadinho! — interveio o pinto. — Não me vão brigar aí dentro!... E o senhor rio que não me molhe o milho.

Disse e continuou a viagem. E andou, andou, andou, até que deu com um espinheiro.

— Saia do meu caminho, ouriço! — intimou ele. — Saia da frente que quero passar!

— Hum! Como está valente o pinto sura!... — retorquiu o espinheiro. « i;

— Saia da frente, já disse! — repetiu o pinto engrossando a voz. — Saia da frente, senão...

A raposa, ouvindo o bate-boca, espichou a. cabeça para fora.

— Que é lá isso? — perguntou.

-- É este espelho sem aço que não me quer dar caminho!... — berrou o pinto, furioso.

A raposa virou-se para o espinheiro e propôs:

— Olhe, amigo, em vez de estar aí cercando o pinto sura, muito melhor que viesse cá dentro nos fazer companhia.

— Mas será que caibo nesse embornalzinho?

— Como não? Cá está o milho, estou eu, está o rio e ainda há lugar para muita gente. O pinto sura vai ao palácio do rei tratar dum negócio muito importante...

— Nesse caso, vou também! — resolveu o espinheiro — e dobrando os espinhos encolheu-se todo e acomodou-se no embornal.

O pinto, muito contente da vida, piou qui-qui-ri-qui-qui! — e lá se foi, de papo empinado e cartinha no bico, como um grande figurão!

De novo andou, andou, andou, até que, de repente, ao dobrar um espigão, viu lá embaixo o palácio do rei, alumiando de ouro e prata. Aqui o pinto, assombrado de tanta beleza, parou, com receio de continuar a viagem. Mas para não perder tempo enquanto refletia, engoliu vinte grãos de milho.

— Que leve a breca! — disse por fim. — Quem não arrisca, não petisca!

E dirigiu-se, firme, na direção do palácio real.

LÁ chegou de tardezinha. Cumprimentou os guardas e foi entrando, muito senhor de si.

— Epa! Que sem-cerimônia é essa? — perguntou-lhe um criado de farda verde.

— Que é que quer?

— Quero que não me aborreça! — respondeu o pinto, fechando a carranquinha. O criado abriu a boca, a pensar lá consigo: "Isto há de ser algum mágico disfarçado em pinto!" E deixou-o passar.

O amigo sura, então, com toda a importância, atravessou salões e mais salões até chegar à sala do trono, onde viu o rei, todo emproado, de coroa na cabeça e cetro na mão. Aproximou-se dele, dobrou os joelhos e — qui-ri-qui-qui! — entregou-lhe a carta.

O rei pegou no papelzinho, examinou-o de um lado e de outro; vendo que era um papel sujo apanhado no lixo, encheu-se de furor. Voltou-se para os guardas:

— Já com este pinto malcriado fora daqui! Ponham-no junto com as galinhas

— e amanhã, panela com ele!...

O pobrezinho, agarrado pela asa, viu-se arrastado pelo palácio afora até um galinheiro onde várias galinhas orgulhosas esperavam a vez de serem mastigadas pela real dentuça de S. Majestade. Mal o viram, começaram a judiar dele, dando-lhe bicadas ainda piores que as do carijó namorador.

Mas o pinto lembrou-se de que trazia no embornal a raposa; e, tirando-a para fora, disse:

— Raposinha amiga: dê um pega, dos bons, nestas emproadas!

A raposa, incontinenti — zás, zás! — deu cabo de todas as galinhas e dos galos que vieram defendê-las.

Livre, assim, daqueles inimigos, o pinto sura mais que depressa saltou o muro e "abriu" para trás, com quantas pernas tinha.

O rei, ao saber do acontecido, rebolou--se no chão de cólera; depois deu ordem, aos berros, para que em perseguição do pinto partisse um regimento de cavalaria.

O regimento partiu no galope — pá-tá--Lá! pá-tá-lá! — erguendo nuvens de poeira.

Quando o pinto ouviu aquele tropel, tremeu de medo, com uma gota de suor frio na testa.

— Estou aqui, estou assado! — murmurou.

— Assado, nada! — falou de dentro do embornal uma voz. — Solte-me e verá.

Era o rio quem falava. O pinto, criando alma nova, soltou-o; e o rio, desenrolando-se por ali afora, inundou os campos e deteve a soldadesca.

Mas os soldados logo arranjaram canoas e conseguiram atravessar o rio.

Ao vê-los de novo galopando atrás dele, o pinto esfriou e disse:

— Estou aqui, estou em molho pardo!

— Molho pardo, nada! Solte-me e verá. ' Era o espinheiro quem falava.

Mais que depressa o pinto soltou o espinheiro, o qual, arrepiando os espinhos, fechou a estrada como tranqueira que nem porco-do-mato vara.

O pinto, vitorioso, subiu a um cupim e fez pito para os soldados. Depois encheu o papinho de milho e continuou a viagem, sossegadamente, ciscando bichinhos à beira da estrada.

Quando deu acordo, tinha chegado. Mas aqui ficou triste.

— Pobre de mim! — pensou. — Vai recomeçar a minha vida de animal judiado... Venci o rei, venci as galinhas do rei, venci os soldados do rei; mas pior que tudo isso é o malvado frangote carijó deste galinheiro. Que será de mim?

Enchendo-se de ânimo, porém, entrou no velho cercado onde nascera. Entrou ressabiado, com mil cautelas, espia de um lado, espia de outro.

Mas aconteceu o que ele jamais esperara. As galinhas vieram rodeá-lo, muito amáveis, com festinhas e olhares meigos. Quanto ao frango arreliento, nem sombra!

— Que é dele? — perguntou o sura.

— Foi para a panela — responderam as galinhas.

O pinto criou alma nova. Depois, olhando, olhando e não vendo o galo, indagou:

— E o galo esporudo?

— Morreu de gogó — disse com lágrimas nos olhos uma bela poedeira.

O pinto sura deu um pinote de alegria.

— E... e quem é o galo agora?

— É você, beleza!... — exclamaram todas as frangas em coro.

Só então o sura compreendeu que a viagem tinha levado muito tempo e ele não era mais o pobre pinto que dali partira e sim um formoso galo, de crista no alto do coco e esporas apontando nos pés.

Em vista disso pulou para cima dum jaca, estufou o papo e desferiu um canto de vitória:

Có-có-ri-có-có!
Quem é o rei daqui?

E a galinhada inteira respondeu: O galo sura só!

O pinto já não era mais pinto, e sim um corajoso galo...
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Todos gostaram, sobretudo do pedaço em que pegou um papelzinho do chão e disse que era carta.

— Bobinho, bobinho... — comentou Emília. — Tal qual o pinto com que sonhei...
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Continua… XXXI – O Jabuti e o Homem
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Fonte:
LOBATO, Monteiro. Histórias de Tia Nastácia. SP: Brasiliense, 1995.
Este livro foi digitalizado e distribuído GRATUITAMENTE pela equipe Digital Source

Anderson Moço (Projetos Didáticos) Parte final


10 Como apresentar a proposta à turma?

O primeiro passo é criar um clima de curiosidade. Para envolver a garotada, de nada adianta só dizer: "Vamos trabalhar nos próximos meses com um projeto". "O sucesso da estratégia está condicionado ao interesse despertado no estudante, valorizado como pesquisador e expositor do que apreendeu", explica Jorge dos Santos Martins, autor de livros sobre projetos de pesquisa.

O ideal é começar a conversa problematizando o tema e o produto final. Nesse caso, o recomendado é envolver os alunos na discussão sobre como chegar ao resultado esperado. A professora Lisiane Hermann Oster, do Sesquinho - Escola de Educação Infantil do Sesc, em Ijuí, a 410 quilômetros de Porto Alegre, seguiu à risca essa recomendação. Ao desenvolver um projeto sobre o sistema de numeração com uma turma de 5 anos, ela se baseou nas seguintes questões: para que servem os números? Onde eles aparecem em nosso dia a dia? Os pequenos falaram do número do sapato, do peso e da altura. Só então ela propôs criarem um jogo de cartas do tipo Supertrunfo e perguntou como fazer isso. Com os passos do trabalho já previstos, Lisiane foi ajustando o que eles diziam e apresentou as etapas a ser seguidas.

11 Quando é preciso replanejar?

Sempre, já que nunca o que foi previsto se confirma totalmente na prática. Em geral, o planejamento é ajustado e repensado a cada etapa vencida, de acordo com os indícios que os alunos dão sobre o que estão efetivamente aprendendo durante o processo. É comum identificar pontos que precisam ser retomados antes de iniciar a etapa seguinte ou conteúdos que necessitam ser reforçados para garantir novas aprendizagens. "Todo professor deve se perguntar ao fim de cada atividade ou etapa se o andamento do trabalho está de acordo com o que quer ensinar", recomenda Paula Stella, coordenadora pedagógica da Comunidade Educativa Cedac, em São Paulo. Um alerta: ter de replanejar uma parte do projeto é muito diferente de desenvolver o trabalho de forma intuitiva. Quando não há um plano, as intervenções ficam menos efetivas e o professor tem de correr, ao término de cada aula, para preparar as atividades da próxima. Replanejar é retornar à etapa anterior, incluir uma nova ou repensar aspectos das que estavam previstas.

12 Vale interferir para aperfeiçoar o produto final?

Sim, mas desde que o objetivo seja fazer com que a própria turma aperfeiçoe o trabalho realizado. Não é tarefa do professor melhorar sozinho o acabamento de um cartaz ou o texto de um diário de campo escrito pelos alunos. Como já devem ter entrado em contato com diversos modelos do produto final escolhido, eles podem retomá-los, comparar ao que produziram e corrigir trechos que não ficaram a contento. "Quando está envolvida com o propósito social do projeto e sabe para que ele serve, a garotada se dispõe a refazê-lo inúmeras vezes", avalia Paula Stella. Prova disso é o projeto sobre a transição do trabalho escravo para o assalariado livre no Brasil, realizado por Juliano Custódio Sobrinho na EM João de Deus Rodrigues, em Petrópolis, a 68 quilômetros do Rio de Janeiro. Para a montagem de um seminário (o produto final escolhido), os alunos realizaram entrevistas com moradores da cidade. Além de pedir que retomassem algumas conversas, ao avaliar um esboço do painel de apoio e da apresentação, o professor apontou problemas e estimulou a construção de novas versões, no que foi prontamente atendido.

13 Como avaliar os estudantes?

No caso dos projetos, são três os eixos de aprendizagem que podem ser considerados na avaliação:

- o conteúdo;
- o aprofundamento no tema;
- a aproximação com a prática social relacionada ao produto final.

As respostas dadas pelos alunos ao longo do processo dão pistas sobre o que já foi compreendido e no que ainda é preciso avançar, assim como os momentos de sistematização dos conteúdos - quando a turma define com suas palavras os conceitos estudados. Para Delia Lerner, o processo permite diminuir a incerteza do professor e do aluno porque nele se passam a limpo os conteúdos ensinados e aprendidos. Outra boa estratégia é, no fim de cada atividade, fazer uma análise das produções, que funcionam como um retrato da aprendizagem até aquele ponto. O conjunto delas pode revelar os avanços e os problemas enfrentados por cada um. Da mesma maneira, o produto final, em suas sucessivas versões, também mostra o percurso pelo qual o aluno passou.

Os projetos possibilitam ainda uma avaliação do trabalho do professor e indicam em que pontos sua condução precisa ser ajustada. Um meio de fazer isso é pensar nos objetivos de ensino e nas condições didáticas oferecidas. A análise das produções realizadas e das respostas dadas pelos estudantes no desenvolvimento do projeto também pode ser vista sob a ótica do ensino. Algumas questões que norteiam as análises: a forma de conduzir o trabalho foi adequada? Foram feitas intervenções sempre que necessário? As atividades responderam ao objetivo de cada etapa? Os materiais usados foram adequados? O tempo previsto foi suficiente? Esse tipo de reflexão tem uma importância formativa única para o professor e pode impactar positivamente a prática cotidiana.

14 Qual a importância da culminância?

São duas as funções principais das cerimônias de fechamento de um projeto didático: dar ao aluno visibilidade para o processo de aprendizagem pelo qual passou e apresentar o trabalho da turma para a comunidade e os pais, que são estimulados a perceber o avanço de seus filhos.

O evento só cumprirá esses dois papéis se estiver prevista a exposição dos objetivos de cada atividade realizada, dos registros das várias versões do produto final e das fotos que ilustram o processo. Fazer uma festa bonita não deve ser a maior preocupação da escola- como é bastante comum -, mas o mínimo de organização precisa ser garantido.

Sem despender muito tempo nessa tarefa, professores e gestores precisam tomar uma série de providências, como conseguir microfones para as apresentações orais, organizar as cadeiras para os convidados e distribuir pelo espaço reservado para o evento suportes para expor os trabalhos. "Não é correto transformar a culminância na grande estrela de um projeto. O mais atrativo é o caminho pelo qual todos passaram e as realizações das crianças", explica Maria Alice Junqueira. Alerta: a participação dos alunos na culminância deve ter caráter pedagógico, incluindo a definição de critérios para a exposição do material, e não na produção de enfeites, o que não se relacionam a nenhum objetivo.

BIBLIOGRAFIA
Ensinar: Tarefa para Profissionais, Beatriz Cardoso (org.), 406 págs., Ed. Record, tel. (21) 2585-2000
Ler e Escrever na Escola: O Real, o Possível e o Necessário, Delia Lerner, 128 págs., Ed. Artmed, tel. 0800-703-3444
Livros de Alfabetização e de Português:Os Professores e suas Escolhas, Antônio Augusto Gomes Batista e Maria da Graça Ferreira da Costa Val (orgs.), 240 págs., Ed. Autêntica, tel. 0800-2831-322
O Ensino da Linguagem Escrita, Myriam Nemirovsky, 160 págs., Ed. Artmed
O Poder dos Projetos - Novas Estratégias e Soluções para a Educação Infantil, Judy Helm e outros, 175 págs., Ed. Artmed,
Piaget-Vygotsky - Novas Contribuições parao Debate, Delia Lerner e outros, 176 págs.,Ed. Ática, tel. 0800-11-5152,
Propostas Didáticas para Aprender a Escrever, Anna Camps (org.), 220 págs., Ed. Artmed,
Trabalho com Projetos de Pesquisa: Do Ensino Fundamental ao Ensino Médio, Jorge Santos Martins, 144 págs., Ed. Papirus, tel. (19) 3272-4500

Fonte:
Revista Nova Escola.

XIX Congresso Brasileiro de Poesia (Abertas Inscrições para Antologias Oficiais)



Caro Poeta,

Dentre todos os projetos desenvolvidos durante o CONGRESSO BRASILEIRO DE POESIA, o que mais vem repercutindo junto à comunidade escolar de Bento Gonçalves é o POESIA NA ESCOLA, que consiste na publicação das coleções “POESIA DO BRASIL” e “POETA, MOSTRA A TUA CARA”.

No ano de 2010, foram distribuídos às escolas do município e região 1.200 exemplares dos volumes 11 e 12 das antologias “POESIA DO BRASIL” e do volume 7 da antologia “POETA, MOSTRA A TUA CARA” e a previsão é de que este ano possamos chegar aos 2.500.

A exemplo do ano passado, as antologias serão publicadas com antecedência, para que cheguem às escolas no máximo no início do mês de agosto, possibilitando assim que os alunos possam conhecer um pouco do trabalho dos poetas que vão estar no evento em outubro.

As antologias serão publicadas no sistema cooperativado e obedecerão às seguintes normas:

POESIA DO BRASIL (VOLUMES 13 e 14)

1 - Custo por participação por volume: R$ 665,00

2 - número de páginas por participantes: 6, sendo 5 com poemas e a restante com biografia e foto do autor;

3 - número de exemplares que cada autor terá direito: 40 além dos 20 que cederá para distribuição por ocasião do lançamento da antologia e para as escolas.

POETA, MOSTRA A TUA CARA (volume 8)

1 - Custo por participação: R$ 270,00

2 - número de páginas por participantes: 3, sendo 2 com poemas e a restante com biografia e foto do autor;

3 - número de exemplares que cada autor terá direito: 30 além dos 20 que cederá para distribuição por ocasião do lançamento da antologia e para as escolas.

IMPORTANTE:

1 – Pagamento parcelado através de cheques pré-datados que deverão ser enviados juntamente com as provas revisadas

2 – A remessa dos exemplares será por conta do autor

3 - O lançamento oficial das antologias será nas noites dos dias 4 e 5 de outubro, dentro da programação oficial do XIX Congresso Brasileiro de Poesia.

Gostaríamos de contar com sua participação

Abraços
ADEMIR ANTONIO BACCA

Presidente Sur/Brasil – Coordenador XIX Congresso Brasileiro de Poesia

PRAZO FINAL DE ENVIO DO MATERIAL: 30 DE JUNHO

Fonte:
Ademir Antonio Bacca (Consul de Bento Gonçalves/RS – Poetas del Mundo)
As imagens das capas dos livros são referentes aos lançados em 2010.

Sarau à Beira-Mar em Charitas – Niterói - RJ


Dia 13/05/2011 – sexta-feira – das 19 às 22h.

Local: QUIOSQUE 22 (quiosque do Cyrino)

próximo a estação de Catamarãs.

Compareça para declamar poesias, ler seus textos,
bater um papo poético e
saborear os petiscos deliciosos do quiosque do Cyrino.

Obs: O evento é grátis, porém cada participante arcará com as despesas de consumo individualmente.

Compareça!!!

Dê-nos o prazer de sua companhia.

Será bem-vindo(a).

Contato com: VALDIR BARRETO RAMOS
Cônsul Poetas del Mundo – Niterói – RJ
vb_ramos@hotmail.com
fone: (21) 8692.4008

Fonte:
Valdir Barreto Ramos

Sarau Literário no Recife


Artigo por Claudia Giane

Uma das galerias de arte mais conceituadas do Recife, a Arte Plural, consagradíssima principalmente por causa de suas exposições de artes plásticas e fotografias, abre espaço para mais uma manifestação artística: a Literatura. O espaço, em parceria com o produtor cultural Homero Fonseca, vai abrir para eventos literários. E o primeiro já será na próxima sexta-feira (26/05), com o Sarau Plural. O evento está planejado para acontecer em todas as últimas terças-feiras do mês. O primeiro encontro terá como tema a própria cidade do Recife, com textos e músicas pernambucanas. Os poemas serão declamados pelo premiado escritor Raimundo Carrero. As trilha musical ficará a cargo de Flavio Brayner e o produtor e ator de teatro Sérgio Gusmão também fará apresentações especiais na ocasião.

SERVIÇO:

Sarau Plural Tema: Ser do Recife
Com Homero Fonseca, Raimundo Carrero, Flávio Brayner e Sérgio Gusmão

Na Arte Plural Galeria, Rua da Moeda, 140, Bairro do Recife

Dia 26 de maio, a partir das 19h

Aberto ao público
Informações: (81) 3424.4431

Fontes:
Zany Lopes [Cônsul de Poetas del Mundo - Olinda - PE]
Imagem = Senda Doce

terça-feira, 10 de maio de 2011

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 211)


Uma Trova Nacional

Mulher de rara beleza
não deve, jamais, pintar-se,
pois obra da natureza
não necessita disfarce.
–RUTH FARAH/RJ–

Duas Trovas Potiguares

Saí da roça cansado,
andando meio de banda;
depois de um banho amornado,
pus-me a "sonhar" na varanda.
–TARCÍSIO LOPES FERNANDES/RN–

Contemplo o céu estrelado,
no silêncio da amplidão,
eu penso que ele é bordado
de rendas feitas à mão.
–ULISSES FREITAS JUNIOR/RN–

Uma Trova Premiada


2006 - Balneário Camboriú/SC
Tema: PESCADOR - M/E


Pescador mais esportivo
deixa seu peixe escapar,
melhor solto que cativo,
para assim o preservar.
–ELIANA JIMENEZ/SC–

...E Suas Trovas Ficaram


Nosso grande encantamento,
quando a julgar eu me ponho,
é o encanto do momento
do nosso primeiro sonho.
–FERNANDO VASCONCELOS/PR–

Simplesmente Poesia


–SUELY NOBRE FELIPE/RN–

Estranho Olhar


A estranheza do teu olhar
Abespinha minha pele
Sangrando-a sem compaixão.
E é essa estranheza em teu olhar
Que afugenta meus pensamentos
Deixa meu corpo em agonia
Impedindo-me de te amar.

Estrofe do Dia

Vendo a imagem de Cristo coroado
Com os espinhos da maldade humana
E vendo dos seus olhos que emana
O imenso Amor que foi, a nós, doado,
Eu lembro com tristeza que o pecado
É algo muito ruim! E eu conclamo
A todos os irmãos, gritando. E chamo:
- Busquemos, ao invés de guerra, Paz!
- Façamos que o amor que ora jaz,
Ressurja! E ao irmão, diga-se: O AMO!!
–ROSA REGIS/RN–

Soneto do Dia

–FLORBELA ESPANCA/ESP–
Em Busca do Amor

O meu Destino disse-me a chorar:
"Pela estrada da Vida vai andando,
E, aos que vires passar, interrogando
Acerca do Amor, que hás-de encontrar."

Fui pela estrada a rir e a cantar
As contas do meu sonho desfiando...
E a noite e dia, à chuva e ao luar,
Fui sempre caminhando e perguntando...

Mesmo a um velho eu perguntei: "Velhinho,
Viste o Amor acaso em teu caminho?"
E o velho estremeceu... olhou...e riu...

Agora pela estrada, já cansados,
Voltam todos pra trás desanimados...
E eu paro a murmurar: "Ninguém o viu!..."

Fonte:
Textos enviados pelo Autor
Montagem do quadro com imagens obtidas na internet e enviadas pelo Ademar.
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Obs: a montagem é apenas ilustrativa, espero que o amor do Ademar entenda que a foto da mulher é fictícia. Aviso como precaução para ela não cismar de enfiar a "peixeira" nele e em mim.

Jandeilson Bezerra (Por que Você Escreve?)


“Da minha decepção só nasce dureza
Do meu Amor Só nasce Tristeza
Não sei o que quero
Mas sei o que não posso ter”
Flor Bela

A Dinâmica do Pensamento

Diariamente quando acordo e quando vou dormir me faço a mesma pergunta - Por que você escreve "cara"? - Procuro não responder a pergunta mas só analisa-la sempre sob um ponto de vista diferente do dia anterior quando me questionei.

Ando lendo muito ultimamente, minha profissão exige e meu gostar de literatura já transformou a leitura em um hábito normal, leio muita coisa boa mas também leio coisas ruins, é imprevisível, às vezes você começa lendo algo bom e no meio da história tudo se perde, a continuidade é péssima ou se perde no meio de detalhes fúteis desnecessários ao bom andamento da história. O mais incrível é, me deparar com a diversidade daquilo que está sendo produzido ultimamente, isso sim é algo esplendoroso, porém até na literatura há uma via de mão dupla, o lado direito te leva a qualquer lugar e o lado esquerdo onde o coração fica te leva a caminhos onde a seleção é natural e só fica aquilo que realmente é bom.

Existem diversos tipos de escritores e literaturas, desde os mais comerciais aos mais técnicos, porém o que observo é que uma grande parcela de escritores desejam tanto serem publicados que se submetem as mais vis e ridículas torturas de seus estilos literários, vejo escritores se aventurando em mundos que não pertencem e outros esquecendo aquilo que são, se preocupam mais em serem publicados que até medo de criticarem suas editoras eles têm e ficam calados, silenciam diante da adversidade, prova disso é que a maioria escreve poesia mas abandonam-na na primeira oportunidade de publicarem algo, como eu disse é uma via de mão dupla, enquanto correm para publicarem sobre qualquer coisa menos poesia a internet dá um banho em tudo, nunca se viu tanta poesia sendo publicada como agora, basta navegar nos blogs e sites. Desde quando poesia não vende? Essa pergunta hoje não é mais pertinente, é necessário voltar as origens para se descobrir o que acontece hoje, não é possível haver renovação se a essência da escrita permanecer sob o véu do incrédulo.

Recentemente o mundo literário foi bombardeado com a critica da Crítica, há uma crise pois a critica está limitada áquilo que só é publicado pelos grandes meios, o mundo é confortável e eles não querem avançar para águas desconhecidas, sair do conforto e se deparar com o novo é esmiuçar o que há de melhor mesmo que dentro do cesto haja muita coisa ruim, de lá é possível tirar algo bom e que valha ser comentado, se a Critica se limita a seu mundo de conveniências permanecerá na crise, e se ela se limitar será impossível descobrir algo novo, porém enquanto a essência do escrito "poesia" permanecer a mesma, os demais caminhos tendem a permanecerem no mesmo. O concreto começou pela renovação da poesia, depois passou para o conto e atingiu os diversos meios de cultura, não que esse seja preferido, foi mais fácil citar pois é o mais atual, ainda se vê autores escrevendo poesia “concreta”.

O foco aqui não é a Critica, mas não poderia deixar de comentar isso já que o assunto é aquela pergunta inicial - por que você escreve "cara"? - E voltemos! Tenho visto muita coisa que agrada, não agrada a mim mas as editoras, o que está sendo escrito atualmente tem um apelo muito comercial, são coisas que se transformam em filmes e vendem muito, são verdadeiros roteiros de filmes que não propões uma mudança de estética mas permanecem nas mesmices que estamos acostumados, hoje em dia o cotidiano tem virado livro e esses livros vendem, o caminho está sendo traçado por um novo parâmetro que está ligado mais a uma parceira comercial de editora e cinema do que editora e autor, a preocupação hoje em dia é se o livro tem possibilidade de se transformar em filme, se houve qualquer possibilidade ele logo é transformado em um BestSeller, o conteúdo é bom mas será que essa deve ser a real preocupação daquilo que está produzindo literariamente? O autor/ escritor deve se preocupar com isso na concepção de seu trabalho? É ai que está o problema, quando começo a ler, o livro inicialmente parece ter a característica de se aventurar em um mundo novo e diferente, oferecendo uma estética que já identifica o escritor, porém quando você chega ao meio do livro percebe que a estética inicial se perdera, que a proposta principal se perdeu e a continuidade já está mais para um filme detalhista do que para a literatura no seu nível e desnível. O que importa é ser lido ou escrever com qualidade?

Certa vez meu professor de Oficina Literária, na faculdade, falou que se nossa intenção era sermos escritores de sucesso deveríamos nos aventurar em escrever primeiro um livro de Autoajuda e só depois passar a escrever literatura propriamente dita, realmente esse é o caminho do sucesso, mas é correto se submeter a esse tipo de perversão literária para ser alguém de sucesso? Nossa, são tantas perguntas ao longo do texto, mas que merecem uma apreciação do leitor, as vezes a desonestidade literária nos pega quando nos deparamos com o fato de que nossos leitores se lembrarão de nós por termos escritos autoajuda do que realmente por aquilo que escrevemos com qualidade (não que o livro de autoajuda não tenha qualidade, longe disso, já li alguns que são ótimos), o leitor quando for nas livrarias comprar, vai pensando que o livro é no estilo do primeiro e quando chega lá é só decepção pois descobre que o livro ou é de poesia ou de qualquer outra coisa que não seja no estilo do primeiro, a isso chamo de traição e prostituição literária e é o que vem acontecendo muito, já vi diversos escritores que fizeram um sucesso enorme e hoje você não lembra nem o nome do cara, quer um exemplo disso? - Rs, rs, rs, procura no Google - você lembra quem escreveu Marley e Eu? - Só alfinetando.

Para que você não entre no mundo dos esquecidos, pois o que importa não é a fama, você tem que ter em mente que qualidade é o mais importante, e quem defini a qualidade não é um conjunto de regras para seguir, o que defini a qualidade é na verdade a sua honestidade com o leitor, você não precisa que digam o que escrever, escreva apenas sem se preocupar com o que dirão pois você não será o primeiro nem o último, quando for escrever tenha em mente que homens como Lima Barreto diversas vezes fora rejeitado pela Academia e hoje sem dúvidas é um dos grandes escritores brasileiros, quem lamenta hoje essa rejeição sofrida por ele é a Academia por não tê-lo tido em um de seus acentos. Aliás, lá tem muitos esquecidos que não são esquecidos porque são eterno nos registros deles mas que para nós nem na lembrança ficaram, a atualidade demonstra isso facilmente, muitos têm apenas títulos e por causa desses títulos (galardões, para ficar claro que não se trata de títulos de livros, vai que alguém esquece) são lembrados.

As vozes não se calam e não perdoa o tempo, amargar as derrotas em concursos, bolsas e em análises de editora está no cotidiano de alguns grandes escritores de nossa época, no passado as coisas nem sempre foram simples como hoje, porém é preciso ter em mente que desistir é coisa dos fracos, os fortes vão à luta.

Em um mundo com tanta diversidade literária, precisamos ter em mente que não podemos nos permitir aos clichês próprios dessas vanguardas espalhadas e autointituladas, precisamos sair das mesmices, e viver o novo é não se deixar levar porque o barco está indo com a maré, reme contra a maré, conheça e leia mais, quando era jovem não queria deixar-me influenciar pelos escritores do passado hoje em dia sinto necessidade de meus mestres, não uso tudo o que aprendo pois tenho meu próprio estilo, mas aprendo tudo o que me ensinam pois não há estilo que nasça sem uma boa influência de alguém. Porém não se deixe perder na adversidade do aprendizado, busque ser diferente.

A outra parte daquilo que somos, enquanto escritores, é aquilo que detemos enquanto leitores, ai você fica pensando um pouco pois isso é texto para um novo artigo. Até a próxima com a séria: Por que você escreve?

Fonte:
Elo das Letras.

XXIV Jogos Florais de Ribeirão Preto (Resultado Final do Municipal e Estudantil)



Tema Municipal: Brilhante
VENCEDOR (troféu)


1º Lugar
Um brilhante que me aguça
e me traz um brilho farto
é quando o Sol se debruça
na janela do meu quarto!
RITA MOURÃO-

2º Lugar
A este país tão amado,
de economia pujante,
tenho sempre desejado
um futuro de brilhante.
FÁTIMA R. F. STARLING

3 º Lugar
O Sol definha no ocaso...
em cena, a Lua brilhante...
O bom Deus, não por acaso,
nos legou tão belo instante...
JOSÉ CARLOS PANAZZOLO

4º Lugar
Uma pedra luzidia
à poeira misturada,
era um brilhante, fulgia...
Encheu-se de luz a estrada.
WANDA DUARTE DA SILVA

5º Lugar
O centro deste brilhante
esconde doce segredo,
meu coração palpitante
que vai ficar em seu dedo.
ELISA ALDERANI

MENÇÃO HONROSA:

1º Lugar
De um brilhante secular
procuro o brilho de novo
que um dia soube aclarar
a honestidade de um povo!
RITA MOURÃO

2º Lugar
Na sua mão o brilhante,
reluziu com esplendor.
e com seu brilho ofuscante,
ele provou meu amor...
EDINA DUARTE SILVA DO PRADO-

3º Lugar
Lapidei teu coração
como um brilhante valioso,
e com constante oração
o tornei mais luminoso.
ELISA ALDERANI

4º Lugar
Em brilhar sempre sonhei
trabalhar com perfeição
assim brilhante eu serei,
se você me der a mão.
LEDA PEREIRA

5ª lugar
No horizonte, o por do sol,
reflete na água brilhante
e faz festa o girassol
ante o olhar de sua amante.
ARLETE LUIZA RIBEIRO DE ANDRADE TEIXEIRA

MENÇÃO ESPECIAL

1º Lugar
Na escolha da profissão,
quem sabe o que quer acerta;
é brilhante, meu irmão,
quem vive feliz e alerta.
ELIANE APARECIDA PEREIRA

2º Lugar
Brilhante a grande magia
dos amantes ao luar;
É uma eterna alegria
que faz meu amor brilhar.
SUELI TORNICI

3º Lugar
Risos na manhã formosa,
reluz alegre o brilhante,
por que? Dormiu com a rosa!
Acordou ainda ofegante...
CÉLIA APPARECIDA SILLI BARBOSA

4º lugar
O Divino Salvador
Deixou um exemplo brilhante:
-“Com a paz e muito amor,
torna-se o homem diamante!”.
ROGER RODRIGO DE BRITO

5ºlugar
O brilho do diamante
traduz tão forte magia
que faz a vida brilhante
durante a noite e de dia.
SUELI TORNICI.

TEMA: PROMOÇÃO (Humoristicas)
VENCEDORES

1º Lugar---
Da garota balconista
a promoção desejada
chegou, quando pôs à vista,
a peça mais cobiçada!
RITA MOURÃO

2º Lugar---
Letícia, com boa forma
sem promoção pede aumento.
mas o patrão logo informa:
“só depende do argumento!”
RITA MOURÃO-

3º Lugar---
A gata em seu rebolado,
descolou a promoção...
O esposo, mero empregado,
sem saber, virou patrão...
JOSÉ CARLOS PANAZZOLO

-4 º Lugar---
Fui curtir samba na praia
Com tequila e camarão
Por fim entrei na gandaia
Quase virei promoção.
ELIANE APARECIDA PEREIRA

5 º Lugar
Nesse comércio bizarro
De promoção de viés,
Ainda venderão carro
Dando de brinde, mais dez!
NILTON MANOEL- ---

Menção Honrosa

1º lugar
O pai orou à capela,
à bem vinda promoção...
sem saber, sua donzela,
foi a santa dessa oração.
JOSÉ CARLOS PANAZZOLO

2º Lugar
Coitadinha da Esperança
que investiu na promoção;
mas ao ver a tal poupança,
fugiu da raia o patrão.!
RITA MOURÃO

-3º Lugar
Comprei uma blusa rosa.
em loja de promoção;
minha sogra furiosa,
gritou: que depravação!
SUELI TORNICI

4º lugar
Na carroça do João,
tem de tudo o que se quer;
tudo vive em promoção;
só não encontrou mulher!
ELIANE APARECIDA PEREIRA

5º lugar
Esperando promoção,
no trabalho, me empenhei;
para minhá decepção,
um “bilhete azul” ganhei!
FÁTIMA R.F. STARLING

MENÇÕES ESPECIAIS

1º Lugar
Promoção de negro humor
em grandes filas,à vista;
qualquer “lixo” tem valor,
na glória do varejista...
NILTON MANOEL

2º Lugar
O empregado quando é bom
sempre ganha promoção;
mas além de ter o dom
tem que agradar o patrão.
LEDA PEREIRA

3º Lugar
Quando o Zé comprou calçado
na loja de promoção,
mudou o seu rebolado...
e caiu na perdição!
SUELI TORNICI

4º Lugar
A Marô tão assanhada,
se perdeu na promoção...
com tumulto e coronhada,
se fez refém do ladrão!
CÉLIA APPARECIDA SILLI BARBOSA

5º Lugar
Vi ontem, slogan papudo,
-nem de longe promoção;
dizia: aqui levas tudo,
se pagares de antemão!
ROGER RODRIGO DE BRITO

XXIV JOGOS FLORAIS ESTUDANTIS DE RIBEIRÃO PRETO PERSONAGENS DO FOLCLORE NACIONAL
Lírico-filosófica:

VENCEDORES (troféu)

1º lugar
A mulher casa com padre,
vira Mula-sem-cabeça.
E quem sabe uma comadre,
tenha perdido a cabeça.
LEANDRO DE OLIVEIRA BORGES – 7ª B
EM PROFA DERCY CÉLIA SEIXAS

2º lugar
Para o homem a Iara canta,
ele escuta e cai na isca:
a idéia da morte espanta
mas, de amor ele nem pisca!
MAYARA RUIZ BONASSA – 7ª – A
CEMEI DR. JOÃO GILBERTO SAMPAIO

3º lugar
Iara e a sua beleza...
Curupira, pés inversos...
Seu canto é sua grandeza,
na floresta faz seus versos.
MILENA DA S. PATROCÍNIO – 8 – C
EMEF ANÍSIO TEIXEIRA

4º lugar
Com seu canto ela seduz
distraídos pescadores.
sua beleza reluz
despertando mil amores!
ANA LÍVIA J. DOS S. JUSTINO – 7ª A
CEMEI DR. JOÃO GILBERTO SAMPAIO

5º lugar
Doce Iara com seu canto,
quer a todos fascinar.
mas quem cai no seu encanto,
fria pedra vai virar.
(LARISSA NAYARA DA SILVA – 8ª – B)
CEMEI JOÃO GILBERTO SAMPAIO

MENÇÃO HONROSA (medalha dourada)

1º lugar
Triste Boto cor de Rosa
queria amor de mulher,
mas a amada, impiedosa,
ah coitado, não o quer!
ANDRÉ LUIZ DA SILVA – 8ª – B
Cemei João Gilberto Sampaio

2º lugar
Quando a bonita Iara canta
a doce canção sem fim,
hipnotiza e muito encanta,
como um belo Serafim!
LUDMILA DA SILVA LOPES – 7ª B
EMEFEM Prof. Alfeu Luiz Gasparini

3º lugar
Enganando o caçador
com aqueles pés virados,
é um grande protetor
das matas e dos serrados!
MIRELLY DE ALMEIDA SILVA – 8ª C
Cemei João Gilberto Sampaio

4º lugar
Boitatá é o guardião
das florestas do Brasil.
Lá não pode entrar ladrão:
O guarda vale por mil!
SCARLET LARISSA DA S. PEREIRA – 8ª – B
Cemei João Gilberto Sampaio

5º lugar
Menino vai já dormir,
é preciso repousar.
Se o seu olhinho abrir
a Cuca vai lhe pegar!
CAMILA APARECIDA ALVES – 8ª B
Cemei Dr. João Gilberto Sampaio

MENÇÃO ESPECIAL (medalha prateada)

1º lugar
Com seu esquisito pé
protegendo a natureza,
esse Curupira é
protetor dessa beleza.
GABRIEL FELIPE FERREIRA - 7ª
E.M. Profa. Dercy Célia Sexas

2º lugar
Um dia longe avistei
linda sereia do mar,
com ele me encantei,
nunca mais quero acordar.
JOÃO VITOR ANDRADE ROSATT
Cemei Dr. João Gilberto Sampaio

3º lugar
Meu pé não é para trás
como o pé do Curupira.
Vou em frente, vou em paz
e assim o meu mundo gira.
ROBERTO COELHO R NETO 1º ANO
Escola Dom Luiz do A. Mousinho

4º lugar
Onde estás linda Sereia?
Não sabes quanto te amo;
nessas águas com areia
não ouves quando te chamo
PATRICK LIPÚ PEREIRA - 1º C
Escola Dom Luiz do A. Mousinho

5º lugar (incorreção,desclassificada )

tema: SACI – TROVAS HUMORÍSTICAS -

VENCEDORAS Troféu

1º lugar
Saci, bem desengonçado,
consegue tudo o que quer,
mas está desesperado
por não ter Saci mulher!
DANIELA DE SOUZA AGUIAR - 8ª B
Emef "Sebastião de Aguiar Azevedo

2º lugar
O Saci é brincalhão
e minha mãe - sniff - é burra!
ele come o macarrão
e eu é que levo a surra
ALLISON VINICIUS DIAS - 7ª A
Cemei Dr. João Gilberto Sampaio

3º lugar
Saci naquela moitinha,
pronto estava pro pinote...
Não contava o capetinha,
com o coice do garrote!
BRUNO FIGUEIREDO PANTOZZI - 7ª E
EMEFEM Prof. Alfeu Luiz Gasparini

4º lugar
Saci quando o Boto viu,
foi ligeiro difamando:
- Seu Boto, "bota" no rio!
e foge rindo e pulando
AMANDA BERCHLLI - 7ª D
EMEFEM Prof. Alfeu Luiz Gasparini

5º lugar
O Saci, com sua ginga,
pula, pula sem parar;
com esperteza e mandinga
faz até o demo chorar!
LUCAS DE OLIVEIRA PRADO - 8ª A
Cemei Dr. João Gilberto Sampaio

MENÇÃO HONROSA Medalha Dourada

1º lugar
O Saci nasceu da mente,
que foi Monteiro Lobato...
Ele anda sempre contente,
seja na terra ou no mato...
BRUNO HENRIQUE DE LIMA - 2º A
E. E. Prof. Walter Paiva

2º lugar
O Saci,muito travesso,
é também muito levado
parece que está no avesso...
Eita garoto danado!
JOHNATAN OLIVEIRA DE FARIA - 6ª E
EMEF Geralda dem Souza Espin

3º lugar
O Saci é muito arteiro,
gira como um furacão
mas alegra o sítio inteiro
um pé sim, o outro não!
KELLY CRISTINA P. ANÚNCIO - 6ª - C
Cemei Dr. João Gilberto Sampaio

4º lugar
O Saci muito travesso,
só gosta de bagunçar.
Deixa tudo pelo avesso...
depois não quer arrumar.
KETLYN RHAIANE M. DE CARVALHO - 8- B
EMEFEM Dom Luiz do Amaral Mousinho

5º lugar
O danado do Saci
nunca mais vou esquecer...
Aprontou um ti-ti-ti
e depois foi se esconder!
LETÍCIA OLIVEIRA DOS SANTOS - 6ª C
Cemei Dr. João Gilberto Sampaio

MENÇÃO ESPECIAL Medalha Prateada

1º lugar
Só tem apenas um pé,
tem um cachimbo, é arteiro.
Um personagem ele é
do folclore brasileiro.
BRENO HENRIQUE DE SOUZA - 6ª C
EMEF Prof. Paulo M. Serrat Filho

2 º lugar
Veloz igual a cavalo,
Saci, numa escuridão.
Para poder enxergá-lo,
só com vela ou lampião!
DOUGLAS B. FRANCO - 1º B
EMEFEM Dom Luiz do A. Mousinho

3º lugar
Tem um cachimbo na boca,
anda só com uma perna.
Na cabeça usa uma touca,
com ele tudo é baderna!
GUSTAVO DE OLIVEIRA GRANERO
EMEF Geralda dem Souza Espin

4º lugar
Saci comeu brigadeiro,
ficou com indigestão.
Ele correu ao banheiro...
- fez barulho de trovão!
JOÃO VITOR ANDRADE ROSATTO 7ª A
Cemei Dr. João Gilberto Sampaio

5º lugar
Com seu cachimbo na boca
e seu gorro avermelhado,
deixa tia Anastácia Louca
de cabelo arrepiado.
LUANA MORENO FARGNOLLI - 6ª A
CEMEI Prof. Eduardo Romualdo de Souza
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Temas de 2012

Remessas:

Recepção das trovas: 2 de janeiro até 10 de abril de 2012 (100 dias)

Tema para trovadores de Ribeirão Preto:
XXV JOGOS FLORAIS DE RIBEIRAO PRETO
PORTA (lirismo)
JANELA (humor)

Tema Nacional:
CIDADÃO (lirismo)
TROPEÇO (humorismo)
XIII JOGOS FLORAIS ESTUDANTISDE RIBEIRÃO PRETO

Tema Estudantil:
FATO (lirismo)
BOATO (humor)

Sistema envelopes ( 8/11). Somente envelopes brancos, digitados em ARIAL14, espaços simples.
Não mande cartas registradas.
Solicitamos a todas as entidades trovadorescas e escolas a divulgação do evento.
Promova sempre um bom trabalho.

União Brasileira de Trovadores
caixa postal 448
CEP–14001970- Ribeirão Preto/SP

Contato por e-mail
ubt.niltonmanoel@ig.com.br

Exposição do Livro Artesanal “Poesia para parar o tempo”, em Belo Horizonte


A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Regional Centro-Sul, convida para a exposição do livro artesanal

POESIA PARA PARAR O TEMPO
de Antônio Carlos Dayrell
com ilustrações da artista plástica Iara Abreu.

17 de maio a 5 de junho de 2011

Das 8 às 20 h

Galeria de Arte da Rodoviária

Exposição

Antônio Carlos Dayrell é escritor e advogado em Belo Horizonte. Autor/Editor do livro Poesia Para Parar o Tempo (2009), o poeta confeccionou artesanalmente 400 exemplares da obra, cujo título empresta nome a presente exposição. São poemas visuais que trabalham com o imaginário das pessoas, crônicas que examinam o cotidiano e desenhos contextualizados, cuidadosamente elaborados pela artista plástica Iara Abreu, que ilustrou o livro. A idéia é entreter e encorajar o público a acreditar que realmente vale a pena parar um pouco e refletir sobre o papel que estamos desempenhando nos dias atuais, na sociedade. A exposição foi apresentada com sucesso, em Lagoa da Prata, Santo Antônio do Monte, Bom Despacho e no Restaurante Popular de Belo Horizonte Josué de Castro.

O poeta

Antônio Carlos Dayrell nasceu em Belo Horizonte, MG, em 1965. É formado pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais em Direito. Advogado, pós-graduado em Direito de Empresa pelo Instituto de Educação Continuada da PUC/Minas, foi assessor jurídico da Associação Comercial de Minas. O desejo de escrever iniciou-se na adolescência. A partir daí redigiu várias poesias e textos. Seus escritos são de cunho reflexivo e, atualmente, além de poemas, escreve artigos para jornais, tendo atuado na revisão do livro “Questões de Múltipla Escolha”, elaborado pelo presidente da Associação dos Magistrados Mineiros, na época, Elpídio Donizetti Nunes.

Blog: http://poesiaparapararotempo.blogspot.com/ - Contato: antoniodayrel@gmail.com

A ilustradora
Iara Abreu é licenciada em Desenho e Plástica, formada em 1980 pela Fundação Universidade Mineira de Arte – FUMA, atual escola da Universidade do Estado de Minas Gerais – UEMG. É idealizadora e Autora do projeto “ASPECTOS URBANOS” (Artes Visuais e Poesia), que reúne poetas contemporâneos nacionais e estrangeiros.

Blog: http://iaraabreu.blogspot.com/ - Contato: iluarti@ig.com.br

Fonte:
Texto enviado por Poetas del Mundo

Monteiro Lobato (Histórias de Tia Nastácia) XXIX – A Raposa e o Homem


Uma raposa foi deitar-se, fingindo-se de morta, no caminho por onde um homem ia passar. O homem chegou, parou e disse:

— Coitada da amiga raposa! Fez um buraco e enterrou-a.

Assim que ele se afastou, a raposa saiu da cova e correu por dentro do mato até sair lá adiante. Deitou-se de novo na estrada, sempre a fingir de morta.

O homem chegou e disse:

— Oh, outra raposa! Coitadinha... Arredou-a da estrada, cobriu-a de folhas secas e lá se foi.

A raposa repetiu a manobra. Correu a deitar-se lá adiante, no meio do caminho. O homem chegou e enrugou a testa.

— Quem será que anda matando estas raposas?

Mas não a enterrou, nem a cobriu de folhas secas. Deixou-a onde estava.

A raposa pela quarta vez repetiu a manobra. Foi correndo deitar-se lá adiante. O homem chegou, e vendo mais aquela disse: "O diabo leve tanta raposa morta!" E agarrando-a pelo rabo jogou-a no mato.

A raposa ficou pensativa.

— Estou vendo que é um perigo abusar dos nossos benfeitores...
===============

— Isto é uma história moral — disse Pedrinho.

— Sim — concordou dona Benta. — É das tais que encerram uma lição. "Não abuses!" é a lição que a gente tira daí. A raposa abusou da bondade do homem — e se insistisse mais uma vez, o homem era capaz de dar-lhe um pontapé que a matasse de verdade.

— E seria bem feito — disse Emília. — Quem atropela desse modo os bons, merece pau.

Depois dessa história, Emília gritou:

— Eu quero agora uma historinha bem bonita em que haja um pinto! Todos estranharam aquela exigência.

— Por que pinto e não galo ou um cachorro? — perguntou Narizinho. E Emília respondeu:

— Porque esta noite sonhei com um pinto sura que veio comer quirera na minha mão.

E tia Nastácia contou a história de um pinto sura.
–––––––––––––
Continua… XXX – O Pinto Sura
–––––––––––––-
Fonte:
LOBATO, Monteiro. Histórias de Tia Nastácia. SP: Brasiliense, 1995.
Este livro foi digitalizado e distribuído GRATUITAMENTE pela equipe Digital Source

Sérgio Napp (Da Arte da Palavra ao Prazer da Leitura) Parte 4


Imaginemos que você seja um desses apaixonados pela boa mesa. E que tenha habilidades suficientes para enfrentar a cozinha. Próximo a você os recipientes, os condimentos, os produtos, enfim o necessário para um daqueles pratos de água na boca. Em suas mãos a receita. Mas lembre-se, a receita é como se fosse a fórmula de um alquimista: tudo depende dela e de sua capacidade de interpretá-la e misturar convenientemente os elementos. O mínimo deslize e o feitiço pode virar contra o feiticeiro. Enfim, a receita está em suas mãos. E você possui duas alternativas frente a ela (se isto o assusta pare por aqui). Primeira: você a segue minuciosa e burocraticamente, todos os itens, passo a passo. Ao fim terá, provavelmente, um prato delicioso e elogiado. Segunda: você segue, rigorosamente, o que foi colocado na primeira alternativa. Mas (e como é importante este mas) a ela você acrescenta uma dose de criatividade, uma porção de talento, um tanto de ousadia e sem querer transformá-la, você a transforma em algo único. Os aplausos e os olhares lúbricos o consagrarão. (Um aparte: talvez na primeira tentativa o sucesso não ocorra, mas você é um desses teimosos, inquietos e persistentes. Com certeza, tentará tantas vezes quantas sejam necessárias até acertar. Em verdade, garanto, você conseguirá).

Assim se escreve. Você lê, e muito; é imaginativo, observador; freqüenta ou não oficinas de literatura. Não mais que de repente, surge-lhe a idéia, o desenho dos personagens, o desenrolar da ação, o clímax. A sua frente o computador, a máquina datilográfica ou, simplesmente, o papel em branco e a esferográfica. Em você, a receita e a técnica se complementam. E você as segue, minuciosamente, livro a livro. O resultado, claro, é encantador e merece aplausos. Mas (e como é importante este mas) se além de tudo você for um transgressor e possuir impetuosidade, destempero, ousadia, indignação, ao agregá-los à técnica atinge o nirvana. Se definir o seu próprio idioma, haverá de transformar peixes em estrelas. E quando decifrar a alquimia das palavras, sem se preocupar em transformá-las, as transformará de forma tal e tão brilhante que haverá de se perpetuar. (Talvez o sucesso não aconteça de imediato. Normal. Mas você é daqueles a quem o vento não dobra, vaso que não se quebra à primeira queda; você tem consciência de seu talento e, por isso, e por outros tantos motivos, há de perseverar. Bravos! Com toda a certeza que a vida permite, você o alcançará).

Escrever é um dom, segundo Domingos Pellegrini; não é mérito pessoal, mas herança humanitária. Honrar este dom com trabalho e ética, como em qualquer atividade humana, é o grande mérito.

Alguns o conseguem, outros não. Àqueles, seja qual for o grau, é dado olhar o pôr do sol através da tempestade. Meter as mãos no barro e transformá-lo em tulipas. Redescobrir a vida e sua melodia. Perceber a sutileza do espanto e empalmá-lo. Destravar o carro e deixá-lo ao sabor das correntezas sentindo o vento cortar a pele, certos de que, ao fim e ao cabo, haverá, sempre haverá, a magia das palavras e o deslumbre de quem prova e sente o maravilhoso sabor de cada um de todos os dias.

Alguém se habilita?

Fonte:
Artistas Gaúchos

Dinair Leite (Liberdade)


Fonte:
http://carlosgarridochalen.ning.com/profile/DinairGomesdeCLeite

Ialmar Pio Schneider (Homenagens em Soneto II)


SONETO A TCHAIKOWSKY
Homenagem pelo nascimento do compositor russo Pyotr Illitch Tchaikowsky em 7.5.1840

No dia em que Tchaikowsky ao mundo veio,
um gênio acompanhou-o para ser
o músico brilhante a merecer
um lugar de destaque neste meio…

De fontes populares fez nascer
composições de amor e devaneio,
qual “Capriccio Italiano” que no seio
de um povo simples ouve aparecer…

“Suite Quebra-nozes”, mais “O Lago
dos Cisnes”, lindas peças de balé;
e a forte “Abertura mil oitocentos

e doze” que foi um combate aziago
de Napoleão, o imperador de fé,
que foi vencido pela neve e os ventos…

SONETO A BRAHMS
Homenagem pelo nascimento do compositor alemão Johannes Brahms em 7.5.1833

Um homem bom, talento extraordinário,
pianista precoce, nas tabernas
com seu pai, nesse popular cenário,
executa composições modernas…

Robert e Clara Schumann, almas ternas,
aos vinte anos encontra e seu fadário,
daí por diante, ligações fraternas,
lhe suscitam o gênio solidário…

Sempre modesto, andou pelos caminhos,
como os que perambulam e sozinhos
se dedicam a ajudar o mundo inteiro…

Nobre Brahms, Clara Schumann o adorou,
quando disse que foi Deus que o enviou,
e por isto, talvez, morreu solteiro…

SONETO A MASAHARU TANIGUCHI
Fundador da Seicho-No-Ie - *1893 - +17.6.1985

Masaharu Taniguchi, Grande Mestre,
que me levou com seus ensinamentos,
a palmilhar este viver terrestre,
à luz de divinais convencimentos…

Eu que vivia como um bom pedestre,
mas sem os especiais conhecimentos,
agora a cultuar meu ramo ancestre,
não tenho tantos aborrecimentos…

Se houvesse o conhecido antes ainda,
é provável que fosse mais feliz,
sem ter passado, às vezes, sem a luz

que deixa a vida muito mais infinda;
porquanto creditei tudo o que fiz
à sorte de levar a minha cruz…

SONETO EM HOMENAGEM PÓSTUMA A CATULLO DA PAIXÃO CEARENSE
Data de falecimento do poeta: 10.5.1946

Faz-me lembrar o tempo de menino,
no lar paterno, lá na velha aldeia,
com minha mãe, irmãos e irmãs, na ceia,
de noitezinha, ao bimbalhar do sino...

Depois, eu contemplava a lua cheia
e perguntava aos céus: qual meu destino,
neste mundo que roda e cambaleia,
com momentos de luz e desatino?!...

E ouvia a minha voz na voz do vento,
dizendo que eu tivesse paciência,
estudasse, aprendesse e na paixão

de adquirir maior conhecimento,
ingressasse no reino da sapiência...
Que lindo era o Luar do meu Sertão !...

VERSOS PARA A MÃE
à minha mãe Amábile – In Memoriam

O meu verso maior vai para a mãe
que pelo amor ao filho tudo deixa;
as glórias vãs do mundo, sem pretextos,
envolta em sacrifícios não se queixa…

E quando ela o aninha em seus braços
fazendo-o dormir, embala-o e canta,
não aparenta ser aqui da terra;
é uma imagem dos céus, é uma santa.

Por isto, mãe querida, não te esqueço,
contigo quero estar a qualquer hora,
foste tudo pra mim, foste o começo…
Trazes no coração Nossa Senhora…

Fonte:
Textos enviados pelo autor
Imagem = http://medievalegends.blogspot.com

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 211)


Uma Trova Nacional

O amor é o maior mistério
que existe no mundo, enfim
chegou sem nenhum critério,
e tomou conta de mim!
–GISLAINE CANALES/SC–

Uma Trova Potiguar

O silêncio, embora mudo,
tem o poder envolvente
de ao coração dizer tudo
que passa na alma da gente!
–JOAMIR MEDEIROS/RN–

Uma Trova Premiada

2005 - Nova Friburgo/RJ
Tema : MOTIVO - 5º Lugar


Agora vivemos sós...
e dói, de modo incomum,
saber que o abismo entre nós
não teve motivo algum!
–NEWTON VIEIRA/MG–

...E Suas Trovas Ficaram

Nos delírios de teus beijos
eu travo ferrenha luta,
para acalmar meus desejos
sem manchar sua conduta.
–HILDEMAR DE ARAÚJO/BA–

Simplesmente Poesia


–ZÉ REINALDO/AL–
Ao meu Neto Arthur.


Tá vendo aquele velhinho
que vive ali tão sozinho
sem ninguém pra conversar?
Ele também teve história,
teve erros, teve glória,
hoje vive a recordar.

Mas, o tempo foi passando,
seus cabelos branqueando,
eis que a velhice chegou.
Dele, o mundo se esqueceu,
até um netinho seu
nunca mais o visitou.

Dizem que errar é humano,
mas é triste o desengano
daquele que muito errou!
E nas noites de luar,
com tristeza em seu olhar,
ele lembra o que passou.

Já não tem mais energia,
foi-se embora a alegria
só a saudade ficou.

Estrofe do Dia

O mundo está emborcado,
Jesus de costas pra ele.
Não parece mais aquele
mundão velho do passado,
hoje é sangue derramado,
marginais, salteadores,
rebeldes, estupradores,
bruxaria, intriga, enredo,
e a terra treme com medo
dos crimes dos pecadores.
–ROQUE MACHADO/PB– Soneto do Dia

–GABRIEL BICALHO/MG–

Mil Luzes.


Odiar-te, ao menos uma vez, odiar-te!
Como se odiasse tudo quanto é feio:
do frio bisturi que te reparte
ao duro “silicone” do teu seio.

Odiar-te, ao menos uma vez, odiar-te!
Como se amasse e odiasse, meio a meio,
teu corpo transformado em obra de arte
e a torpe cirurgia em nosso enleio.

De ódio tão cego quase me rejeito,
ao ver-te retocada e sem defeito,
estátua que a vaidade perpetua!

E quando tu me expulsas do teu leito,
apaga-se esta chama no meu peito
e acendem-se mil luzes, lá, na rua!

Fonte:
Textos enviados pelo Autor

Anderson Moço (Projetos Didáticos) Parte 3


6 Como fazer o planejamento?

O primeiro passo é ter clareza sobre o que você quer ensinar, o que espera que os alunos aprendam e o que eles já sabem. Assim é possível garantir dois importantes critérios didáticos: a continuidade e a variedade de conteúdos ao longo dos anos.

Feito um recorte no conteúdo - levando em conta a faixa etária da turma e as necessidades de aprendizagem -, é preciso conhecê-lo a fundo e selecionar os materiais a ser usados, como textos, livros e sites. Só então são elaboradas as etapas. Sobre o que eu espero que a classe reflita? No que quero que avance? "Os projetos ajudam a dar voz às crianças por meio da problematização constante. Quando perguntamos da maneira correta, elas indicam o que entenderam e dão sinais do que deve ser ajustado na compreensão. Isso permite avaliar como o trabalho está caminhando e para onde seguir", explica Clélia Cortez.

Pensar no encadeamento das etapas também é fundamental. A ordem é lógica? Esse é o melhor caminho para que a garotada aprenda? A próxima tarefa é construir um cronograma e detalhar como desenvolver o trabalho em sala. Nesse ponto, é essencial ter definido o produto final - uma feira cultural ou um blog, por exemplo - e se haverá um momento de finalização e socialização do trabalho. Em caso afirmativo, qual o objetivo dessa culminância? Essas decisões interferem na gestão de tempo e na busca pelos recursos. Por fim, é necessário definir os critérios de avaliação. Tudo isso precisa estar escrito e serve como uma bússola para o trabalho.

7 Cada etapa deve ter um objetivo?

Sim. Apesar de o projeto necessitar de um propósito central (trabalhar comportamentos escritores, por exemplo), cada atividade deve ter o seu, sempre relacionado ao principal. Quando se sabe o que é preciso ensinar em cada momento, é mais fácil intervir e ajudar a turma a avançar. Esse conceito norteou a prática da professora Eudes da Silva Alves, da EMEB Doutor José Ferraz de Magalhães Castro, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, quando desenvolveu um projeto sobre contos de aventura com uma turma do 5º ano.

Primeiro, ela ofereceu às crianças diversos livros para ampliar o repertório. Depois, propôs uma análise das características do gênero estudado, sistematizando os conhecimentos adquiridos. Na sequência, realizou uma produção coletiva para que a turma se familiarizasse com esse tipo de texto. Por fim, os alunos redigiram as próprias versões, que foram revisadas com o apoio de Eudes.

Em alguns momentos, é possível pensar em objetivos secundários que não tenham necessariamente relação com o propósito de ensino maior. É comum isso ocorrer em atividades relacionadas ao produto final, como no caso de as crianças fazerem um desenho para a capa do livro da turma. Isso não está ligado à escrita, mas é uma ação comum na produção de publicações - dentro e fora da escola. Já que se quer preservar as práticas sociais, vale prever isso. O principal cuidado é não reservar muito tempo para esses momentos secundários. Eles devem ser pontuais e focados.

8 Como antecipar as dificuldades dos alunos?

Mais do que antecipar dúvidas, é preciso pensar em atividades específicas para estudantes com níveis diferentes de saber. Para contemplar todos eles, há três saídas: variar a complexidade das tarefas apresentadas, organizar os alunos em grupos e dar atenção àqueles que mais precisam. Para evitar problemas em relação a atividades como pesquisas, entrevistas e interpretação de dados, a solução é investigar as experiências que os estudantes tiveram anteriormente e, se necessário, reservar um tempo para o trabalho com esses procedimentos. Outra opção é retomar registros de atividades anteriores e verificar os pontos que vão necessitar de mais atenção durante o projeto.

9 Todas as atividades devem ser em grupo?

Não. Um bom projeto contempla atividades em que os alunos atuam sozinhos, em duplas e em grupos. Porém, como os projetos envolvem a turma toda e o produto final é uma obra coletiva, muitos pensam que tudo deve ser feito em equipe. É importante que as ações estejam articuladas entre si, como no projeto Galeria Virtual de Arte. A atividade começa coletivamente, com a ampliação do repertório da turma e a apresentação de uma ferramenta eletrônica que possibilita as visitas. Para conhecer o acervo e trocar impressões sobre ele, são formados trios. De novo juntos, todos escolhem quadros para compor uma galeria e, na sequência, cada aluno fica responsável pela legenda de um quadro, mostrando o que aprendeu.

Um bom critério para definir de que forma os estudantes vão realizar a tarefa é sua complexidade. A leitura de um texto, por exemplo, deve ser feita em grupo quando a garotada tem pouca experiência com o tema ou o gênero. A pesquisadora Delia Lerner, em um artigo publicado na revista argentina Letra y Vida, afirma que a discussão entre os alunos numa situação como essa é fundamental porque obriga cada um deles a justificar sua interpretação e, assim, tomar consciência das próprias contradições, além de conhecer a interpretação dos colegas. Depois dessa etapa, realizar sozinho uma atividade baseada nas informações do texto fica bem mais fácil.

Exemplo de
GALERIA VIRTUAL DE ARTE

Objetivo
- Apreciar acervos online.

Conteúdo
- Arte visual.

Anos
4º e 5º.

Tempo estimado
15 aulas.

Material necessário
Computadores com acesso à internet, mapa-múndi e lista dos grandes museus de arte no mundo.

Flexibilização
Para alunos com deficiência visual
Para ajudar os alunos cegos a navegar pelas galerias virtuais vale lançar mão de softwares específicos para este fim, como o Jauss, por exemplo. Mesmo assim, procure saber, antecipadamente, que noções este aluno tem sobre as artes visuais (em especial sobre a pintura) e faça com que os colegas sirvam como narradores das obras consultadas - comentando para o aluno cores, formas e elementos que devem ser observados. No Google Art Project há uma série de pequenos textos explicativos das obras, que podem ser consultados pelo aluno cego com a ajuda do professor ou dos softwares já mencionados. Se necessário, antecipe algumas etapas e conte com a ajuda do AEE no contraturno. Você pode preparar materiais em braile sobre artistas e obras e imprimir algumas pinturas, ressaltando elementos com cola de relevo, para que o aluno aprimore sua apreciação.

Desenvolvimento
1ª etapa
Pergunte se alguém já visitou museus de arte e sabe os critérios para organizar uma coleção de arte. Explique que o curador é o responsável pelo trabalho e que, com base em propostas, escolhe as obras.

2ª etapa
Apresente a lista dos grandes museus e situe alguns no mapa-múndi para mostrar o quão distantes estão do Brasil. Questione como a turma imagina que a internet pode ser útil para encurtar as distâncias. Explique que certas instituições disponibilizam parte do acervo na rede e que o Google Art Project reúne várias delas.

3ª etapa
Divida as crianças em trios e incentive a navegação pelo Art Project. Sugira que visitem vários museus. Chame a atenção para os tipos de coleção exibidos (arte moderna, por exemplo), o ambiente (pintam as paredes ou utilizam cenários, por exemplo) e oriente o uso da ferramenta de zoom.

4ª etapa
Divida as crianças em trios ou quartetos e sorteie um museu para cada um. Peça que naveguem por ela, apreciando o acervo, para apresentá-la aos colegas mais tarde. Se possível, como tarefa de casa, o grupo deve explorar todas as instituições na internet para que haja um debate após as apresentações. Supervisione as visitas virtuais e as apresentações, acrescentando observações.

5ª etapa
Convide os alunos a criar uma galeria virtual no Art Project e divulgá-la por e-mail para a comunidade escolar. Os critérios para a seleção das obras podem ser vários - o gênero (como paisagem ou retrato), a época ou a nacionalidade do artista, por exemplo. É possível também organizar uma galeria que apresente os destaques de cada museu. A turma deve recorrer ao que aprendeu durante a pesquisa e às apresentações da etapa anterior para fazer as escolhas.

6ª etapa
Com o acervo pronto, peça que cada estudante escreva uma legenda e registre na galeria. Sugira explorar o site novamente para buscar os elementos que normalmente as compõem (como informações a respeito do artista e técnica utilizada). Organize também a elaboração do texto de apresentação da coleção, para ser enviado por e-mail à comunidade escolar, juntamente com o endereço virtual da galeria, e providencie o envio das mensagens.

Produto final
Coleção virtual de arte.

Avaliação
Reúna as crianças para conversar sobre a relevância da preservação da memória da produção artística da humanidade e a respeito das perspectivas possíveis para a elaboração de um acervo. Busque nas falas dos alunos exemplos relacionados à experiência da visita virtual feita com o Google Art Project e analise os critérios usados para montar a galeria.

Consultoria: Maria José Spiteri
Professora da Universidade Cruzeiro do Sul (Unicsul) e da Universidade São Judas Tadeu.

Fonte:
Revista Nova Escola.

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 210)


Uma Trova Nacional

Num vão de silêncio enorme,
por onde o amor já não anda,
piso a saudade que dorme
no chão da minha varanda!
HELOISA ZANCONATO/MG– Uma Trova Potiguar

Na varanda, meu abrigo,
de olhar vazio, tristonho,
quero acordar, não consigo,
sonho e te vejo em meu sonho!

FRANCISCO MACEDO/RN–

Uma Trova Premiada

2000 - Barra do Piraí/RJ

Tema : VARANDA - M/H.


Alma serena... e que abriga
velho sonho que vagueia...
parece varanda antiga,
onde a saudade passeia!
–JOSÉ MESSIAS BRAZ/MG–

...E Suas Trovas Ficaram


Embora a idade avançando,
minha alegria extravasa
ao ver meus netos brincando,
no alpendre da nossa casa!
–JOÃO SOBREIRA/CE–

Simplesmente Poesia


Poeta quando improvisa,
sente que o verso saiu
do mesmo jeito do sol
que a luz do dia pariu,
mostrando um refletor belo
no alpendre do castelo
que a mão de Deus construiu.
–SEBASTIÃO DIAS/RN–

Estrofe do Dia


Como músico compus hinos singelos
sobre o palco das belas alvoradas,
pintei príncipes dourados e fiz fadas
passeando em varandas de castelos,
terminei, fui olhar os quadros belos,
fitei todos os perfis esculturais,
as imagens ficaram tão reais
que eu mandei uma andar e ela andou,
sou o músico e poeta que pintou
o mais belo dos quadros naturais.
–DINIZ VITORINO/PB–

Soneto do Dia

–JOSÉ ANTONIO JACOB/MG–

Além da Porta.


E novamente a rua está deserta!
Mais uma vez cheguei tarde à janela
E o que passou de bom em frente dela
Não viu que a minha porta estava aberta.

Eu nunca apareci na hora certa...
Mas sei que lá adiante a vida é bela
E que sempre há uma nova descoberta
Fora do meu pijama de flanela.

A Voz que me acompanha e que me fala,
Dessa vez não me assusta, só conforta:
“Ânimo Antonio, deixa essa casa! - Anda!”

Eu saio... do meu quarto para a sala
E decidido vou além da porta,
Mas volto quando piso na varanda.

Fonte:
Textos enviados pelo Autor

Adriano Siqueira (Adorável Noite)


O Vampiro tradicional e sombrio, veste a sua capa escura e cheia de ondulações criadas pelo tempo, retorna através da magia, do sangue, do pacto com as criaturas da noite, da vontade ardente proveniente da sua selvageria pelo sangue.

O legado da sua dominação climática e dos seres noturnos, mantém o seus caninos salientes e pontiagudos.

Seu abraço, cheio de desejo, reúne as forças da sua alma aprisionada, para novamente combater os seus inimigos como fazia em seu Castelo. Para tomar o que é seu. A sua eternidade.

A sedução absoluta que vem dos predadores para conquistar as suas vítimas, mantém o seu reinado e a sua eternidade.

O prazer de ser dominante dos seres viventes deixa-o mais forte e menos solitário. O encanto que provem de suas palavras enchem o corpo da vitima de puro delírio ardente, quente que chega a aprisionar a alma daqueles que se entregam, pela tentação e pelo pacto de sangue.

Existem aqueles que se protegem recusando a sua entrada em sua morada, mas a experiente criatura noturna sempre descobrirá dentro da sua alma, qual a melhor maneira de seduzi-lo.

Ele não está morto e nem está vivo... Está apenas faminto.

E para isso ele vai mentir, vai jurar, vai prometer, vai te abraçar e quando você confiar...
Ele vai saciar a sua sede.

É chegada a hora do Vampiro atormentado sair de cena e começar a atormentar.

Sua alma ferve e clama pelo seus abraços.
E o Vampiro costuma atender pedidos, dos perdidos, dos abandonados, pois é deles o seu legado.

Aceite o convite... a adorável noite te espera.

Ficha Técnica:
CONTOS, MINICONTOS E CURIOSIDADES

Autor: Adriano Siqueira

Prefácio: Liz Vamp

Revisão: Celly Borges

Ilustrações (internas e capa): Anderson Siqueira
Finalização da Capa e Diagramação: M. D. Amado

158 páginas

Fonte:
Artigo de Jandeilson Bezerra no Elo das Letras.

domingo, 8 de maio de 2011

Ademar Macedo (Um Rosário de Saudade...)


Mãe deixou um rosário de saudade
pendurado por cima do meu peito,
as orações, não rezei nem a metade
pois rezar pra saudade não dá jeito.
Quando vejo o rosário eu vejo ela
e a saudade que hoje eu sinto dela
é, para mim, uma dor e um mistério;
pois sempre que eu visito a sua cruz
tenho visto as pegadas de Jesus
junto a cova de mãe, no cemitério.

Fonte:
Texto e imagem enviado pelo autor

Lino Vitti (Mãe)

Pintura por Arlete
No teu divino seio, oculto e pequenino,
Como semente em chão prolífero e adorado,
Germinaste-me a vida e com sopro divino,
Libertaste-me à luz de um mundo doce e amado.

Com tua santa voz guiaste o teu menino,
Cobriste-me do frio e teu braço sagrado
Mostrou-me a feliz senda e a seguir o destinoLinkComo sempre vencer, feliz, cristão e honrado.

Receba, minha mãe, neste dia, a saudade;
Que abracem suas mães todos os filhos nobres,
Que elas sintam do Amor toda felicidade.

Que Deus lá do infinito envie a todas elas
A bênção celestial, sejam ricas ou pobres,
Brancas, pretas, oh! sim, de palácio ou favelas.

Fonte:
Lino Vitti Príncipe dos Poetas Piracicabanos