terça-feira, 22 de março de 2011

Ialmar Pio Schneider (Livro de Sonetos III)


TERZA RIMA

Tarde fria... O vento passa
Fino e leve pelas ruas,
Uma brandura sem graça...

Lembro-me das faces tuas
Descoradas levemente
E também das coxas nuas

Desenvoltas, num repente,
À beira d´água azulada,
De teu olhar inocente.

Não tive a glória nem nada
De curar a minha mágoa,
Sorvendo em tua boca amada
Longo beijo à beira d´água...

CANÇÃO AMARGURADA

A realidade cruel
Me conduz ao esquecimento,
Antes não provasse o fel
De saber teu fingimento.

Davas-me certa esperança
Em que até acreditava;
Vejo, agora, sem confiança,
Que és uma simples escrava.

Também não sei o que pensas
De manhã quando despertas,
As mágoas são mais intensas
Nas aventuras incertas.

E tarde, quem sabe, um dia
Ficares só... renegada;
Em tua vida vazia
Terás desprezo... mais nada.

Então, aflita e sozinha,
Nem mesmo serás escrava;
E puderas ser rainha
De um poeta que te amava.

POEMA DE AMOR EM FORMA DE SONETO

Quero inventar palavras que nunca disse a outra mulher,
para falar do amor que despontou, enfim,
em nossa vida num momento qualquer
e veio transformar nossos destinos assim...

Quero inventar palavras que te agradem e sintas por mim
tudo o que teu desejo de sensação romântica puder,
enquanto eternamente tua paixão me quiser...
E que nosso bem-querer continue até o fim...

Quero inventar palavras de esperança e ternura
que nos permitam uma convivência tranquila
embora sabendo que nem tudo são apenas flores.

Mas, se mais tarde nos visitar um pouco de amargura
saibamos com discernimento e paciência distingui-la
e saber que também faz parte de todos os amores...

SONETO

Não tenho o que fazer por esses dias,
A não ser assistir ao que aparece
Em meu televisor. Noites sombrias
Em que vou meditando a longa prece...

Você já foi o tema das poesias
Que eu compunha, a sós, quando a tarde desce,
Hoje vejo que foram fantasias,
Os versos que minh´alma não esquece...

Outro motivo leva-me por diante
E vou seguindo assim o meu caminho
Com minhas horas mortas nebulosas...

Ainda a vejo em sonhos, linda amante,
E recordando seu gentil carinho,
Também relembro o olor daquelas rosas...

MUSA CONSOLADORA

Foge-me a inspiração levada pelo vento
e junto vais, oh musa ardente e sedutora,
deixando-me sozinho envolto em meu tormento
e a se desesperar minh’alma sofredora !

Foste minha ilusão e meu contentamento,
a luz que prende a alma e a torna sonhadora,
e se hoje tua ausência em vão choro e lamento,
é porque te perdi, fada consoladora !

Aguardo teu retorno, encantada revinda,
pra que volte a cantar e a bendizer o amor...
Na noite mais atroz te concebo mais linda

e necessito, enfim, de teu magno esplendor
que me faça entender, talvez um pouco ainda,
o sonho genial de ser poeta e cantor...

ERA MEU DESEJO...

Talvez soubesses
Talvez não
Eu sonhava contigo
E muitos versos fiz em teu louvor

Hoje confesso
Sou teu ainda
Digo mais sou teu agora

Que bom seria se não houvesse a
Distância
Nos separando nem a timidez
Que é minha

Porém não sou culpado
Muitos versos fiz em teu louvor
Era meu desejo
Haver-te confessado
Há muito tempo o meu amor

Fontes:
http://ialmar.pio.schneider.zip.net/
http://ialmarpioschneider.blogspot.com/

Ialmar Pio Schneider (Outra Época e um Poeta Inesquecível)

Pedra do Segredo
Esses dias estava percorrendo os livros de minha biblioteca nas prateleiras e encontrei um volume de saudosa memória, autografado pelo autor, intitulado Bom Dia, Juventude ! Trata-se da obra do inspirado poeta de Caçapava do Sul – RS, hoje falecido, Francisco Guarany De Bem. O autógrafo é de 17 de maio de 1982, quando ele já andava beirando os 80 anos, pois sua data natalícia é 16 de abril de 1903.

Lembro-me que o conheci na sede da Casa do Poeta-Riograndense, que naquela época funcionava nos Altos do Mercado Público, Sala nº 119, que bem poderia continuar até hoje naquele local, s.m.j., pois ele já escreveu naquela ocasião: “Em agradecimento aos relevantes serviços prestados pelo nosso incansável Fachinelli, inclusive a sua incessante batalha para que tenhamos um salão próprio, e que este salão nos seja doado pela Prefeitura de Porto Alegre. Espero que muito em breve vejamos a nossa bandeira tremulando sob o caloroso aplauso dos Srs. Vereadores e hasteada pelas mãos do nosso digno Prefeito.”

Todavia, como escreveu no prefácio o literato Hugo Ramírez, ilustre membro da Academia Rio-Grandense de Letras, a respeito, num texto lapidar, o seguinte: “São versos tocados de simplicidade e pureza de alma. Inspirados por distintos momentos e motivos, inebriam-se de romantismo e saturam a atmosfera de todo o volume com seu aroma amoroso. Os versos de amor são os mais significativos do caráter e da experiência do autor. Atingir a seu estágio com esta exuberância de bem querer é privilégio que Deus a poucos concede, tão sáfaros são freqüentemente os corações que muito viveram, eivados de amargura.”

O ponto máximo de sua criação literária, está nas páginas 34 e 35, que aqui transcrevo como uma homenagem ao saudoso poeta amigo:

“Pedra do Segredo – Prólogo –
“Lá na escarpada da serra, ao lado da altaneira cidade de Caçapava do Sul, meu querido torrão natal, há uma pedra lendária em seus assombros. Lembro-me, quando pequenino ainda, passava as noites sem poder dormir pelo medo que eu sentia, horrorizado das assombrações que no galpão um pardo velho me contava dela. Hoje, para me redimir do mal que ela me fez sem ter nenhuma culpa, aqui estou eu convidando a todos para oportunamente se dignarem conhecê-la. E, tenho a certeza absoluta que, ao defrontarem-se com aquela grandiosidade que lá está encravada, assim como eu o fiz quando a conheci, também todos vós ao conhecê-la primeiro se curvarão, respeitosamente, para depois beijá-la.””

E para complementar, transcrevo abaixo também, o soneto que ele dedicou ao saudoso amigo poeta e declamador Hugo Britto, e com o qual ficou conhecido como o poeta da Pedra do Segredo:

“Muito longe daqui, lá em Caçapava,
Há uma pedra lendária em seus assombros.
Ouviam nela um arrulhar de pombos,
Ou os gemidos de uma antiga escrava.

Na medida que a serra se desbrava,
A lenda morre num montão de escombros.
Sonhando, um peso me saiu dos ombros:
A história dela mal contada estava.

E lá está a pedra majestosa e bela !
Ninguém sabe dizer que pedra é aquela,
Todos a chamam Pedra do Segredo.

É um diamante engastado lá na serra,
Que Deus, olhando para minha terra,
Deixou por gosto lhe cair do dedo.”

Hoje, decorridos tantos anos, ainda me assaltam aqueles dias em atropelo na lembrança do que não volta mais. Mas este viver me ensinou que a convivência poética permanece, como naquele autógrafo:
“Para o prezado amigo..., com um caloroso abraço, subscrevo-me. Ass. ... Porto Alegre, 17-5-82”, em sua letra tremida e miúda prestes a octogenário. Que Deus vele por ele, enquanto eu recito minha quadra:

Os versos que a gente escreve,
mesmo que sejam banais,
é um pouco da vida breve
que não volta nunca mais !

Até outra oportunidade.

Fonte:
http://ialmarpioschneider.blogspot.com/

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 162)


Uma Trova Nacional
Minha mulher, minha amada,
Tanto me envolve e seduz...
-Se ela for crucificada
Eu quero ser sua cruz!
-HÉRON PATRÍCIO/SP-

Uma Trova Potiguar
Muitos, dizem, pertencer,
as castas da cristandade;
mas mantém, no proceder,
presunção e má vontade...
– PEDRO GRILO/RN –

Uma Trova Premiada

1998 > Bandeirantes/PR
Tema > PODER > Venc.

Teu poder de sedução.
e a magia dos teus braços,
levam minha solidão
a percorrer os teus passos ...
– MÍLTON NUNES LOUREIRO/RJ –

...E Suas Trovas Ficaram
Somente o Grande Arquiteto
escritor sábio e fecundo,
consegue escrever correto
nas linhas tortas do mundo!
– ALOISIO ALVES DA COSTA/CE –

Simplesmente Poesia

– Henrique Marques Samyn/RJ –
CLEMENTINA.

Clementina entrou no bar esbaforida
procurando por Antônio, que saíra
há bem pouco, junto a uma mulher da vida.

Atirou-se pelo chão, desesperada,
Clementina. Uma garrafa de bebida
fez de sua companheira; e a madrugada

a mulher assim varou. Nascendo o dia,
despertou em casa alheia, de ressaca,
nua, na cama do Pedro (o da Maria,
que é amante do Carlinhos – o “Cachaça”).

Estrofe do Dia
Eu nasci no interior,
Lá vivi com muito gosto.
Correndo pela campina
Sentindo vento no rosto
Hoje morro de saudade
Pois vivendo na cidade
É bem grande meu desgosto.
– DALINHA CATUNDA/CE –

Soneto do Dia

– Áurea Miranda/BA –
SOU ASSIM.

Sou um pouco de escravo e um tanto de mendigo;
algo de menestrel e muito de palhaço;
doses de bom humor, vestígios de fracasso;
sonhos que me perseguem, sonhos que persigo.

Quanto um rastro de dor fica por onde eu passo,
levo adiante a intenção de carregar comigo
as lições que aprendi nesse caminho antigo
– e, buscando mais luz, sinto que me refaço.

Deixei há muito o mapa, a bússola, o sextante
– desde que percebi que o simples ir adiante
define e satisfaz a minha identidade.

Sou pária que persiste na emoção de, um dia,
ver escrito no espaço de uma laje fria:
“Aqui jaz quem morreu de amor e de saudade.”

Fonte:
Ademar Macedo

XV Jogos Florais de Santos (Classificados)


Tema : Destino

Vencedores

Antônio Augusto de Assis
Edmar Japiassú Maia (2)
Eduardo A.O. Toledo
Francisco Neves de Macedo (2)
João Freire Filho
José Tavares de Lima
Jota de Jesus
Wanda de Paula Mourthé

Menções Honrosas

Antonio Augusto de Assis
Arlindo Tadeu Hagen
Clenir Neves Ribeiro
Flávio Roberto Stefani
Gilvan Carneiro da Silva
Hegel Pontes
José Lucas de Barros
Newton Vieira
Rodolpho Abbud
Thereza da Costa Val

Menções Especiais

Aílto Rodrigues
Antônio Carlos Teixeira Pinto
Carlos Alberto de Assis Cavalcanti
Dulcídio de B. Moreira Sobrinho
Éderson Cardoso de Lima
Eduardo A.O. Toledo
Gilvan Carneiro das Silva
Yvone Taglialegna Prado
Maria Helena O. Costa
Thereza Costa Val
Wandira Fagundes Queiroz

Conc. Estadual SP
Tema: Onda

Vencedores

Alba Christina Campos Netto (2)
Campos Sales (2)
Domitilla Borges Beltrame
Izo Goldman
Renata Paccola
Selma Patti Spinelli (2)
Terezinha Dieguez Brisolla

Menções Honrosas

Argemira Fernandes Marcondes
Campos Sales
Ercy Maria de Faria
Héron Patrício
Lygia T. Fumagalli Ambrogi
Maria Ignez Pereira
Marilúcia Rezende
Marina Bruna
Roberto Tchepelentyki
Terezinha Brisolla

Menções Especiais

Alba Christina Campos Netto
Ercy Maria Marques de Faria (2)
Edna Valente Ferracini
Maurício Cavalheiro
Luiz Carlos Júnior
Renata Paccola
Roberto Nini
Selma Patti Spinelli
Marilúcia Rezende

Conc. Local – Santos e Baixada
Tema: Jardim

Vencedores (ordem alfabética)

Ana Maria Guerrize Gouveia (2)
Antônio Colavit Filho
Edna Gallo
Maria Nelsi Sales Dias

Menções Honrosas

Ana Maria Guerrize Gouveia
Antônio Colavite Filho (2)
Edna Gallo
Nair Lopes Rodrigues

Menções Especiais

Cynira Antunes de Moura
Edna Gallo
Ilze de Arruda Camargo
Maria Nelsi Sales Dias
Zaíra Almeida Gomes

XV Juegos Florales de Santos
Concurso Paralelo (idioma español)
Tema: Paz

Vencedores

Ângela Desirée Palacios Bravo
Carlos Eduardo Rodrigues Sanches
Christina Oliveira Chaves (2)
Liz Castro Rivera
Susana Stefania Ceruti

Menciones Honrosas

Alicia Borgogno
Líbia Beatriz Carciofetti
Hector José Corredor Cuervo
Manuel Salvador Leyva Martinez
Ramón Rojas Morel

Menciones Especiales

Ângela Desirée Palacios Bravo
Elizabeth Leyva Rivera
Glória Rivera Andreu
Maria Cristina Fervier
René B. Arriaga del Castillo

Fonte:
Carolina Ramos

Estação das Letras convida para o Evento Livros na Mesa


Fonte:
Eunice Arruda

Epopéias da Índia Antiga (O Mahabharata) – III – História de Savitri


Havia outrora um rei chamado Asvapati, que tinha uma filha tão formosa e meiga que lhe deram o nome de Savitri, o de uma sagrada oração dos hindus.

Quando a moça chegou à idade núbil, seu pai mandou que escolhesse marido, de acordo com sua vontade, pois na antiga Índia não se conhecia nem por sombra o que hoje se chama razão de Estado nas monarquias, sendo as princesas reais donas absolutas dos seus sentimentos amorosos.

Savitri aceitou o conselho de seu pai. A carruagem real, acompanhada de brilhante escolta e antigos potentados que dela cuidaram, visitou varias cortes vizinhas e outros reinos distantes, sem que nenhum príncipe conseguisse sensibilizar seu coração.

Aconteceu que a comitiva passou por uma ermida localizada em um daqueles bosques da índia antiga, em que a caça era proibida, de sorte que os animais que ali habitavam haviam perdido todo temor ao homem e até os peixes dos lagos apanhavam com a boca as migalhas de pão que se lhes davam com as mãos.

Havia milhares de anos que não se matava nenhum ser naquele bosque; os sábios e os anciãos desgostados do mundo retiravam-se para lá a fim de viverem em companhia dos cervos, das aves, entregando-se à meditação e a exercícios espirituais pelo resto da vida.

Sucedeu que uni rei, chamado Dyumatsena, já velho e cego, vencido e destronado por seus inimigos, refugiou-se no bosque fechado com sua esposa, a rainha, os seus filhos dos quais o mais velho se chamava Satvavân, e ali passava asceticamente a vida, em rigorosa penitência.

Na antiga índia, era costume que todo rei ou príncipe, por mais poderoso que fosse, ao passar pela ermida de um varão sábio e santo, retirado do mundo, se detivesse para tributar-lhe homenagem; tal era o respeito e a veneração que os reis prestavam aos yogis e aos rishis.

O mais poderoso monarca da índia sentia-se honrado quando podia demonstrar sua descendência de algum yogi ou rishi que tivesse vivido no bosque, alimentando-se de frutas, raízes e coberto de andrajos.

Assim é que quando se aproximavam a cavalo de alguma ermida, apeavam-se muito antes de chegar a ela e andavam a pé até o local onde estava o eremita. Se iam de carro e armados, também desciam, despojavam-se de seus arreios militares e depois entravam na ermida, pois era costume que ninguém entrasse naqueles sagrados retiros ou ashram, como eram chamados, com armamentos militares, mas sim com atitude serena, pacifica, humilde.

Fiel ao costume, Savitri penetrou na ermida do bosque sagrado e, ao ver Satyavân, filho do destronado rei eremita, ficou profundamente apaixonada por ele. Ela já havia desprezado os príncipes de todas as cortes e unicamente o filho do destronado Dytimatsena lhe havia roubado o coração.

Quando a comitiva regressou à corte, o rei Asvapati perguntou à filha:

- Diz-me, Savitri, querida filha, vistes alguém digno de ser teu esposo?
- Sim, pai querido, - respondeu Savitri ruborizada.
- Qual o nome do príncipe?
– Já não é príncipe, meu pai, por que é filho do rei Dyumatsena, que perdeu o reino. Não tem patrimônio e vive como um sannyasi no bosque, colhendo ervas e raízes para alimentar-se e manter seus velhos pais, corri quem mora em uma cabana.

Ao ouvir isto dos lábios de sua filha, o rei Asvapati consultou o sábio Nârada, que se achava presente. Este declarou que aquela escolha era o mais funesto presságio que a princesa havia feito.

O rei pediu então a Nârada que explicasse os motivos de sua declaração e ele respondeu:
- Daqui a um ano esse jovem morrerá.

Aterrorizado por esse vatícinio, disse o pai à filha:
- Pensa, Savitri, quê o jovem que escolheste morrerá dentro de um ano e ficarás viúva. Desiste da escolha", filha minha, e não te cases com um jovem de tão curta Vida.

Savitri, porém, respondeu:

-Não importa, meu pai. Não me peças que me case com outro e sacrifique a castidade de minha mente, porque em meu pensamento e em meu coração amo ao valente e virtuoso Satyavân e o escolhi para esposo. Uma donzela escolhe uma só vez e jamais quebra sua fidelidade.

Ao vê-Ia tão decidida, resignou-se o pai à vontade de Savitri, que, em conseqüência, casou-se com o príncipe Satyavân e tranqüilamente deixou o palácio de seu pai para viver na cabana do bosque, com o eleito de seu coração, ajudando-o a sustentar seus velhos pais.

Embora Savitri soubesse quando seu marido ia morrer, guardou a respeito rigoroso segredo.

Diariamente Satyavân se Internava no bosque para colher frutas, flores e reunir feixes de lenha, volvendo com a carga para a cabana, onde sua esposa preparava a refeição.

Assim passou o tempo, até que três dias antes da data fatal, resolveu a moça passar três dias e três noites em completo jejum e fervorosas orações, sem deixar transparecer sua angustia e ocultando suas lágrimas.

Finalmente amanheceu o dia marcado no presságio e não querendo Savitri perder de vista, nem por um momento, a seu marido, solicitou e .obteve dos pais do mesmo permissão para acompanhá-lo, quando fosse à colheita diária de ervas, raízes e frutas silvestres no interior do bosque. Assim foi feito.

Estavam em pleno bosque, quando com voz enfraquecida Satyavân queixou-se à esposa, dizendo:

– Querida Savitri, sinto-me aturdido, meus sentidos se esvaem e o sono me invade. Deixa-me repousar um pouco ao teu lado.

Trêmula e assustada, Savitri replicou:

- Vem, meu amado e reclina a cabeça em meu colo.

Satyavân reclinou a cabeça ardente no colo de sua esposa e instantes depois exalou o último suspiro.

Abraçada ao cadáver de seu marido, desfeita em lágrimas, permaneceu a infeliz naquela solidão, sentida no chão, até que chegaram os emissários da Morte para levar a alma de Satyavân.

Nenhum deles, porém, pôde acercar-se do local em que estava Savitri com o cadáver de Satyavân, porque ardia num círculo de fogo que rodeava a união formada pela vivente e o morto.

Por isso os emissários voltaram ao rei Yama, o deus da Morte e explicaram-lhe porque não puderain levar a alma de Satyavân.

Yama, o deus da Morte, o juiz dos mortos, ocupava posição tão divina por ser o primeiro homem que havia morrido na terra e decidia se um mortal, ao morrer, merecia prêmio ou castigo.

Assim, pois, Yama foi pessoalmente ao bosque e, como era um deus, pôde atravessar sem perigo o círculo de fogo e aproximar-se do local em que estava Savitri. Chegando, disse a ela:

- Minha filha, entrega-me este cadáver, pois já sabes que a morte é o destino de todo mortal e eu sou o primeiro mortal que morreu. Desde então tudo que vive há de morrer. A morte é o irrevogável destino do homem.

Savitri deixou o cadáver de seu marido e Yama, tirando-lhe a alma, com ela se afastou; porém não havia andado muito, quando ouviu atras de si passos sobre as folhas secas. Ao volver-se a Savitri, a quem disse com paternal ternura:

- Savitri, minha filha, por que me segues? Este é o destino de todos os mortais.

Savitri respondeu:
-Não sigo a ti, senhor meu, porque o destino da mulher é ir onde seu amor a leva; a lei eterna não separa o amoroso esposo da fiel esposa.

Então disse o deus da Morte:
- Pede-me a graça que quiseres, menos a vida de teu marido.

Ao que ela respondeu:
- Se desejas outorgar-me uma graça, ó deus da Morte, peço-te que devolvas a vista a meu sogro e que ele seja feliz.

Yama replicou:

- Cumpra-se teu piedoso desejo, respeitosa filha.

E o rei da Morte seguiu seu caminho com a a alma de Satyavân. Novamente ouvindo passos, voltou-se e viu que Savitri o acompanhava.

- Savitri, minha filha, ainda me segues9

- Sim, meu senhor; nada posso fazer, pois embora me esforce em retroceder, a mente corre em pós de meu marido e o corpo a obedece. Tens a alma de Satyavân e como sua alma é também a minha, meu corpo a acompanha.

Yama disse, então:

- Agradam-me tuas palavras, formosa Savitri. Pede-me outra graça, menos a vida de teu marido.

- Se te dignares conceder-me outra graça, fazei com que meu sogro recupere seu reino e suas riquezas.

- Concedo-te, filha amorosa, mas volta para teu lugar, porque nenhum ser vivente pode andar em companhia de Yama.

E o rei da Morte seguiu seu caminho.
Savitri, porém, persistiu em acompanhá-lo e Yama volvendo-se dialogou com a mesma.

- Nobre Savitri, não me sigas com tua dor sem esperança.
- Não tenho remédio - senão ir para onde levas meu marido.
- Supõe, Savitri, que teu marido foi um perverso e que eu o levo para o inferno. Irias acompanhar teu marido?
- Iria alegre para onde ele fosse, quer na vida, quer na morte, seja no céu, seja no inferno.
- Benditas sejam tuas palavras, minha filha! Deixaste-me comovido. Pede-me outra graça que não seja a vida de teu marido.
– Pois já que me permites pedir-te, fazei com que não se quebre a régia estirpe de meu sogro e que seu reino seja herdado pelos filhos de Satvavân.

O rei da Morte sorriu e disse:

- Filha minha, teu desejo será cumprido. Aqui tens a alma de teu marido. Ele voltará a viver e será pai de teus filhos que, com o tempo, serão reis. Volta para tua casa. O amor triunfou da morte. Jamais mulher alguma amou como tu e és a prova de que até eu, o deus da Morte, nada posso contra a força de um verdadeiro e perseverante amor!
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Continua.... IV - No Desterro
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Fonte:
Vivekananda, Swami. Epopéias da Índia Antiga.

Projetos de Leitura abre mais Estandes no Metrô de São Paulo e Disponibiliza Livros a Preço de Custo


Estimular o hábito da leitura no Brasil, ainda é uma missão delicada e um tanto complicada, especificamente quando se avalia o preço de capa dos livros. Percebe-se que ele é um dos fatores de empecilho à leitura.

A fim de reduzir o déficit de leitura no país, o Grupo Projetos de Leitura, que atua em várias frentes para incentivar o hábito da leitura, inaugurou neste mês novos quiosques de vendas no metrô, e disponibiliza para público, de todas as idades, diversas obras literárias pelo valor simbólico de R$5,00. Os usuários ou transeuntes do Metrô de São Paulo poderão encontrar obras do escritor Laé de Souza, e informativos dos projetos desenvolvidos pelo grupo, nos quiosques instalados nas estações Artur Alvim, Ana Rosa, Santa Cruz, Santana e Tatuapé. Os estandes funcionam das 6h às 22h, de segunda-feira ao sábado.

Para os interessados, essa é uma excelente oportunidade de “rechear” a estante com muitas obras, com a possibilidade de conseguir um autógrafo e ainda bater um papo com o escritor e coordenador do projeto, Laé de Souza, que, eventualmente, passa por algum dos quiosques ao longo do mês.

O trabalho do Grupo Projetos de Leitura não tem fins lucrativos e oferece ao público muitos livros, entre eles: “Coisas de Homem & Coisas de Mulher”, “Acredite se Quiser”, “Espiando o Mundo pela Fechadura”, “Acontece”, “Nos Bastidores do Cotidiano”, “Quinho e seu Cãozinho – um cãozinho especial”, "Radar, o cãozinho", versão Português/Inglês, entre outras obras de autoria de Laé de Souza, que abrangem o público infantil, juvenil e adulto.

Para o coordenador do projeto, essa é uma ótima oportunidade de colocar a leitura em dia e ainda presentear parentes e amigos com livros, a fim de disseminar o hábito da leitura. “O livro é sempre uma excelente opção para presentear a si mesmo ou a quem se gosta. Acredito que uma das boas formas de incentivar a leitura é oferecendo livros. Em geral, quando alguém ganha um livro, se torna mais propenso a se interessar por aquela leitura e a partir daí quem sabe abrir seus horizontes para o universo das letras”, opina.

Sobre o Grupo Projetos de Leitura
O Grupo Projetos de Leitura iniciou seu trabalho em 1998 e tem seus projetos aprovados pelo Ministério da Cultura, além de contar com o apoio de patrocinadores, parceiros e envolvimento dos professores. Com Sede em São Paulo, o grupo atua em todo território nacional desenvolvendo projetos sem fins lucrativos, com objetivo de vencer um dos maiores desafios encontrados pelos professores e amantes da literatura: o hábito da leitura.

Mais informações podem ser obtidas no site:
http://www.projetosdeleitura.com.br/
e-mail contato@projetosdeleitura.com.br , ou telefone (11) 2743-9491.
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Fonte:
Laé de Souza

segunda-feira, 21 de março de 2011

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 161)


Uma Trova Nacional
A tua imagem refletida,
no espelho de nosso quarto,
mostra a saudade sentida,
que só contigo eu reparto...
– OLGA DIAS FERREIRA/RS –

Uma Trova Potiguar
Talvez contraste não seja,
mas, para vaguear à toa,
a lagarta que rasteja
vira borboleta e voa!...
– CLARINDO BATISTA/RN –

Uma Trova Premiada

2008 > ATRN-Natal/RN
Tema > RAZÃO > 15ºLugar

Nossa vida é mesmo assim,
qual um rolo de papel...
quanto mais perto do fim,
mais dispara o carretel!
– AMILTON MACIEL MONTEIRO/SP –

...E Suas Trovas Ficaram
Barqueiro em meio à neblina,
faço da crença um farol.
Não maldigo a minha sina,
neblina, é sinal de sol!
– CARMEN OTTAIANO/SP –

Simplesmente Poesia

– Elischa Dewes/RS –
O ANDARILHO...

Carrego a vida nas costas
Das colinas de onde eu vim
E vos digo, vou assim
Cumprindo minhas apostas,
Já nem ligo se alguém gosta.
Criando poemas, brilho
E o caminho busco e trilho
Em momentos, em cometas,
No amor, chuva, planetas...
Sou, do tempo, um andarilho.

Estrofe do Dia
Relembro do meu passado
sempre com muita alegria,
tudo de novo eu faria
para poder ser lembrado;
eu hoje vivo estressado
carente de segurança,
nem sequer tenho esperança
no dia que há de vir,
vou ficando por aqui
vivendo só de lembrança.
– MÁRCIO BARRETO/RN –

Soneto do Dia

– Alonso Rocha/PA –
BREVE TEMPO.

Se me queres amar, ama-me nesta hora
enquanto fruto dando-te a semente.
Se te apraz me louvar, louva-me agora
quando do teu louvor vivo carente.

Aprende a te doar antes que a aurora
mude nas cores cinza do poente.
Se precisas chorar, debruça e chora
hoje, que o meu regaço é doce e quente.

A vida é breve dança sobre arame.
Sorve teu cálice antes que derrame,
ninho vazio que o vento derrubou.

Porque quando eu cair num dia incerto
parado o coração, o olhar deserto,
nem mesmo eu saberei que já não sou.

Fonte:
Ademar Macedo

Aluísio de Azevedo (Filomena Borges)


É o quinto romance de Aluísio Azevedo, que escreveu também O Mulato, O Cortiço e Casa de Pensão considerados os romances mais importantes do autor. Por ser visto como o 'pai' do naturalismo no Brasil, influenciado pelos escritores Eça de Queirós e Émile Zola, fundadores do naturalismo na Europa, Aluísio Azevedo busca em seus romances uma representação mais ou menos fiel do observado, fugindo assim da tendência romântica de idealização da realidade. Em seus livros, o cotidiano da vida na cidade, com alguns de seus personagens mais típicos, é elemento constante.
Neste romance encontramos o casal Borges e Filomena: esta, ambiciosa, busca através do casamento uma forma de ascender socialmente. Borges, no entanto, embora possua bens, é pacato, dócil cidadão sem muitas ambições. Assim, não corresponde ao ideal de marido que Filomena tem em mente. Esta buscará, então, modificá-lo a todo custo. Um incidente na primeira noite mostra para Borges como será difícil seu casamento: Filomena o expulsa do leito nupcial, obrigando-o a dormir fora do quarto.

Durante muito tempo a situação permanece sem alteração, apesar dos agrados constantes de Borges à esposa do cumprimento de todas as exigências dela, as quais, finalmente, acabarão por modificar profundamente o pacato marido, além de levá-lo à ruína econômica. Borges faz tudo pelo sentimento que dedica à esposa, mas nunca chegará a desfrutar do que deseja acima de tudo: paz e tranqüilidade ao lado de sua Filomena. Segundo o crítico Antônio Cândido, deve-se ler Filomena Borges "pelo viés do divertimento". De fato, o autor cria situações hilariantes com o casal Borges e Filomena. Ainda, diz Cândido, "este romance é importante para a compreensão da personalidade literária de Aluísio Azevedo, que se caracteriza por uma mistura de bom humor e melancolia". O grande número de palavras francesas de que se utiliza o autor, decorre da tendência vigente na época, quando a nossa literatura não só fazia uso abundante de termos franceses como tinha nela seu principal modelo.

Fonte:
http://www.coladaweb.com/resumos/filomena-borges-aluisio-azevedo

Epopéias da Índia Antiga (O Mahabharata) – II – O Argumento


O rei de Hastinapura teve dois filhos: o maior chamado Dhritarâshtra, que era cego de nascimento e o outro chamado Pându.

Segundo as leis da índia, ficava excluído da sucessão à coroa, em benefício de seu irmão menor, todo príncipe cego, aleijado, mudo, gago, surdo ou de complexão franzina e enfermiça, que o impedisse de exercer a régia autoridade, embora ficasse com direito a um amparo vitalício.

Em virtude da morte do pai, ocupou o trono o irmão menor Pându.

A cegueira não constituiu obstáculo ao casamento de Dhritarâshtra, o qual teve cem filhos, ao passo que Pându só teve cinco.

Pându morreu em plena maturidade, e como não avia outro herdeiro direto seno Dhritarâshtra , este ocupou o trono dos Kurus, apesar de sua cegueira, e educou os cinco filhos de Pându juntamente com seus cem filhos.

Quando os príncipes atingiram certa idade,, o rei colocou-os sob os cuidados de um sacerdote guerreiro, chamado Drona, que os educou na arte militar e em todas as ciências necessárias aos príncipes.

Terminada a educação, Dhritarâshtra colocou no trono de seu pai Yudhishthira filho maior de Pându; porém as austeras virtudes de Yudhishthira, o valor e a devoção de seus outros quatro irmãos, despertaram a inveja no coração dos filhos do rei cego. Instigados por Duryodhana, o mais velho de todos, persuadiram aos cinco irmãos Pândavas que fossem a Vâranâvata, sob pretexto de um festival religioso que ali se celebrava.

Duryodhana havia mandado construir um palácio feito de cânhamo, resina, laca e outras matérias inflamáveis, onde os acomodou o astuto príncipe com intento de atear fogo ao mesmo.

Aconteceu, porém, que o bondoso Vidura, cunhado de Duryodhana e seu bando, avisou os Pandavas, que puderam escapar sem que ninguém notasse.

Quando os Kurus viram o palácio reduzido a cinzas, lançam um suspiro de satisfação, certos de que já não encontravam obstáculos em seu caminho e se apoderaram do reino.

Ora, os cinco irmãos Pândavas refugiaram-se no bosque, com sua mãe Kunti e disfarçados depois em estudantes brâmanes, viviam de esmolas pelos arredores; embora sofressem muitos dissabores, sua energia mental e ânimo valoroso venceram totalmente todos os perigos. Assim prosseguiam as coisas, quando um dia, tiveram notícia do próximo noivado da princesa de um país vizinho.

Como era de costume em tais casos, grande número de príncipes e nobres se havia reunido, para que a princesa escolhesse aquele que mais fosse de seu agrado.

A princesa que ia casar-se, chamava-se Draupadi e era filha de Drupada, o poderoso rei dos Panchalas. A moça era de peregrina beleza e de relevantes dotes. Sempre que se celebrava um svayamvara, ou escolha de noivo, os pretendentes disputavam algum exercício de habilidade e destreza.

Naquela ocasião, haviam colocado um alvo em fôrma de peixe, a grande altura, debaixo do qual girava continuamente uma roda com um furo no centro. Para maior dificuldade dos contendores, colocaram debaixo da roda uma tina cheia de água, na qual se refletia todo o artefato.

A prova consistia em mirar a imagem do peixe refletida na tina e disparar a flecha, de modo que essa atravessasse o furo da roda e atingisse o olho do peixe, que servia de alvo. Quem acertasse casaria com a princesa.

Ao local acorreram reis e príncipes de diferentes regiões da Índia, ansiosos por conquistar a mão de Draupadi. Entretanto, todos eles puseram em prática sua habilidade, sem que nenhum acertasse no alvo.

Então, o filho do rei Drupada levantou-se no meio do concurso e exclamou:

- A casta dos kshatriyas fracassou na prova, portanto, ficam admitidos a ela os pretendentes das demais castas e embora seja um sudra, se acertar, casai-se-á com Draupadi".

Entre os brâmanes estavam os cinco irmãos Pândavas e Arjuna o terceiro deles era habilíssimo no manejo do arco. Por isso levantou-se para tomar parte na prova.

Convém advertir que os brâmanes são pessoas pacificas e tímidas. Segundo a lei, não devem tocar em nenhuma arma de guerra, nem brandir a espada e jamais cometer qualquer empresa perigosa, pois sua vida deve ser de contemplação, estudo e domínio de sua natureza interna.

Por essa razão, quando os brâmanes que presenciaram o torneio viram que Arjuna se levantou para empunhar o arco, temeram que contra eles despertasse a ira dos kshatriyas e os matassem, sem discernir os culpados e os inocentes.

Dominados por esse temor, pediram a Arjuna que desistisse do concurso: porém, como o valoroso pândava, segundo vimos, era um kshatriya disfarçado em brâmane, não ligou-lhes importância e empunhando o arco disparou a flecha com tal acerto que atingiu o alvo. A assistência prorrompeu em frenéticos aplausos e a princesa Draupadi cingiu a fronte de Arjuna com a grinalda tradicional.

No mesmo instante, ergueu-se grande clamor entre os príncipes, pois não podiam tolerar que um pobre brâmane se cassasse com uma princesa kshatriya e prevalecesse contra a assembléia de reis e príncipes. Então, resolveram lutar com Arjuna para arrebatar-lhe à força a sua noiva. Iniciou-se o combate, mas o cinco irmãos mantiveram a distância os guerreiros e depois de vence-los em combates singulares, levaram triunfal mente a princesa.

Como os cincos irmãos, disfarçados em brâmanes, viviam de esmolas que recolhiam na comarca, esmolas essas que eram distribuídas por Kunti, quando chegaram naquele dia à cabana em que moravam, exclamaram alegremente antes de entrar:

- Mãe! Hoje trazemos uma esmola verdadeiramente valiosa. Kunti, sem reparar no que podia ser, respondeu lá de dentro:

- Como bons irmãos que sois, deveis reparti-Ia entre vós igualmente. Porém, ao sair e ao ver Draupadi exclamou assombrada:

- Oh! Que disse eu? É uma mulher! Porém já não havia remédio, porque uma mãe não tem duas palavras e aquilo que diz uma vez há de ser cumprido.

Por isso, Draupadi foi a esposa comum dos cinco Pândavas.

É sabido que todo povo passa em seu desenvolvimento por sucessivos graus de civilização. Na passagem da epopéia que acabamos de citar, apresenta-nos o autor cinco irmãos que possuem uma mesma esposa e embora dê por desculpa a ordem sagrada de sua mãe, seu intento foi sem dúvida oferecer um vislumbre do antiquíssimo estado social em que a poliandria era legítima, embora contraída entre os irmãos de uma só família.

O irmão de Draupadi ficou algum tanto pensativo depois da partida de sua irmã e cogitava: "Que gente é essa? Quem é esse homem com quem casou-se minha irmã? Não tem cavalos, arreios, nada! Caminham a pé ...

Por isso, acompanhando-os de longe, chegou junto à cabana e protegido pela escuridão, ouviu o que conversavam, deduzindo que eram realmente kshatriyas. Comunicou a nova a seu pai, o rei Drupada, que ficou satisfeitíssimo. Entretanto, para sua maior tranqüilidade consultou Vyasa sobre se era lícito ou não o matrimônio de uma mulher com cinco irmãos. O sábio respondeu que não havia inconveniente por tratar-se daqueles príncipes. Por isso, Draupadi foi a esposa legítima dos cincos Pândavas, que viveram em paz e prosperidade, tornando-se cada dia mais poderosos.

Embora Duryodhana e seu bando tramassem novas maquinações contra seus parentes todas fracassaram, tendo os anciãos do reino aconselhado ao rei Dhritarashtra que firmasse a paz com os Pândavas.

O rei aceitou o conselho, tendo convidado os Pândavas para voltarem à corte, dando-lhes a metade do reino. O povo alegrou-se muito pelo restabelecimento da paz. Então os cinco irmãos edificaram para sua residência uma formosa cidade a que deram o nome de Indraprastha, estendendo o seu domínio por toda a comarca.

Ao ver-se tão poderoso, Yudhishthira, pândava maior, quis erigir-se imperador de todos os reis da antiga índia. Para tal fim decidiu celebrar um Yajna Rayasuya, ou Sacrifício Imperial, com a assistência de todos os régulos que havia vencido, para prestarem juramento de fidelidade, pagarem tributo e ajudarem pessoalmente as cerimônias do Sacrifício.

Sri Krishna, parente e amigo dos Pândavas, aprovou a idéia mas encontrava certa dificuldade porque um rei vizinho, chamado Jarasandha, projetava também celebrar um sacrifício com cem régulos e já tinha oitenta e seis cativos em seu poder.

Krishna aconselhou uni ataque contra Jarasandha a quem ofereceram combate singular. Aceito o repto, Jarasandha foi vencido por Bhina, depois de catorze dias de luta contínua, tendo os régulos cativos recuperado a liberdade. Depois disso, os quatro irmãos menores saíram à frente de seus respectivos exércitos, em diversas direções e subjugaram todos os régulos das redondezas.

Ao regressar da expedição conquistadora, depuseram os troféus de guerra aos pés do irmão mais velho, para sufragar os gastos do sacrifício, celebrado com invejável pompa, onde prestaram homenagem a Yudhisthira os régulos libertados e os vencidos pelos quatro irmãos. Também estiveram presentes, na qualidade de convidados, o rei Dhritarâshtra com seus filhos, os quais participaram das cerimônias.

Terminado o sacrifício, efetuou-se a coroação de Yudhisthira como imperador e senhor supremo.

Duryodhana encheu-se de inveja e tornou-se inimigo de Yudhisthira, cujo esplendoroso poderio não podia suportar. Como sabia que pela força era impossível derrotá-lo, urdiu uma traição com o propósito de levá-lo à perdição.

O rei Yudhisthira era apaixonado pelos jogos de azar. Duryodhana, aproveitando-se dessa fraqueza de seu primo, combinou com um jogador profissional chamado Sakuni, que retivesse por longo tempo Yudhisthira numa partida de dados.

Na antiga Índia, se um Kshatriya ou guerreiro era desafiado ao combate, devia aceitar o repto a todo custo, sob pena de ver menoscabada sua honra; o mesmo sucedia se fosse desafiado a jogar dados.

Embora Yudhisthira fosse a encarnação de todas as virtudes, como rei, não podia deixar de, aceitar o repto de Sakuni. Este havia trazido, de propósito, uns dados falsos, de modo que o rei foi perdendo partidas e mais partidas, até que aguilhoada pela ânsia da desforra apostou sucessivamente tudo que possuía inclusive ser reino, seus irmãos e até a formosa Draupadi.

Os cinco Pândavas caíram em poder dos Kuravas, que os humilharam sem piedade, infligindo a Draupadi os tratos mais desumanos.

Finalmente, pela intervenção do rei cego Dhritarâshtra, recobraram a liberdade sendo-lhes concedido permissão para apossar-se de seu reino; antes, porém, de cumprido o decreto, Duryodhana, ao ver o perigo, forçou seu pai a que confiasse a decisão final em uma partida de dados, entre os Pândavas e os Kuravas, de sorte que o grupo que perdesse ficaria desterrado durante doze anos, no fim dos quais viveria incógnito em uma cidade, no ano seguinte. Porém, se quebrassem o desterro, sofreriam por mais doze anos, no fim dos quais poderiam recuperar o reino.

Como era previsto, pois os dados de Sakuni eram falsos e ele era muito hábil em prestidigitação, Yudhisthira perdeu também a partida final. Os cincos Pândavas saíram do reino e se retiraram para os bosques e montanhas, onde estiveram durante doze anos, durante os quais realizaram muitas ações de virtude e valor, fazendo às vezes longas peregrinações a sítios sagrados.

Muitos yogis foram visitá-los em seu desterro, contando-lhes interessantes episódios da antiga história da Índia, entre os quais a que transcrevemos a seguir.
–––––––
Continua… História de Savitri
––––––––
Fonte:
Vivekananda, Swami. Epopéias da Índia Antiga.

3ª Etapa do Projeto de Trovas Para Uma Vida Melhor (Resultado do Tema Fé)


RESULTADO DAS AVALIAÇÕES DO PRIMEIRO CONCURSO –
TEMA: FÉ

NACIONAL

GRUPO 1

1º LUGAR
O que ao mais simples conforta
- e o torna feliz, até –
é saber que o céu tem porta
...e uma das portas é a FÉ!
HÉRON PATRÍCIO – UBT/SP
POUSO ALEGRE- MG

2º LUGAR
Que sozinho ninguém é
eu garanto a todos vós,
pois se em Deus nós temos fé,
temos Deus dentro de nós!
HUMBERTO RODRIGUES NETO
SÃO PAULO – SP

3º LUGAR
Se a batalha é dura, enfrenta!
E a fé perdida renova;
é quando ruge a tormenta
que o bom marujo se prova!
PEDRO ORNELLAS
SÃO PAULO – SP

MENÇÃO HONROSA

1. Meu Deus! Perdoe a franqueza
Deste humilde São Tomé
Que crê, sem muita firmeza,
Mas pede um pouco de fé.
CYRO MASCARENHAS RODRIGUES
BRASÍLIA – DF

2. Quem com fé vive seus dias
e semeia paz e amor
colherá sempre alegrias
na seara do senhor.
LEONILDA YVONNETI SPINA
LONDRINA - PR

3. Quando a minha fé se esmera,
penso que tudo se alcança.
Por longa que seja a espera,
não perco nunca a esperança!
PROF. GARCIA
CAICÓ – RN

4. Fé, bela joia que enfeita
o escrínio de nossa crença!
Que, sendo forte e perfeita,
não há vendaval que a vença!
ANGELICA VILLELA SANTOS
TAUBATÉ – SP

5. Quem caminha destemido
com fé na vida que tem,
não faz, nem teme alarido
vive apenas para o Bem!
NILTON MANOEL
RIBEIRÃO PRETO – SP

MENÇÃO ESPECIAL

1. Porque a "Fé move a montanha",
não posso deixar de crer
que esta saudade (tamanha!)
vai um dia perecer.
MARINA GOMES DE SOUZA VALENTE
BRAGANÇA PAULISTA – SP

2. Fé, palavra pequenina,
que possui forças tamanhas.
Quem a tem, se determina
até a mover montanhas!
ADEMAR MACEDO
NATAL – RN

3. A Fé que eu trago comigo
me tornou agradecida,
pois, com ela, hoje, eu consigo,
aceitar a própria vida!
DELCY CANALLES
PORTO ALEGRE – RS

4. Bendito é aquele que crê
e com fé, sempre maior,
dobra os joelhos e vê
adiante um mundo melhor!!!
ERCY MARIA MARQUES DE FARIA
BAURU – SP

5. Nesta casa bem singela,
da fé não abrimos mão!
Só será bem-vindo nela
quem tem Deus no coração!
GENILTON VAILLANT DE SÁ
VITÓRIA – ES


NACIONAL
GRUPO 2

1º LUGAR
Junto ao mar a murmurar,
renovei a fé em Deus
e a canção surgiu do olhar
que brilhou nos olhos teus.
MIFORI
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - SP

2º LUGAR
Nunca me sinto sozinho,
estribado em minha fé,
se eu fraquejo no caminho,
meu Deus me mantém de pé.
RAYMUNDO DE SALLES BRASIL
SALVADOR – BAHIA

3º LUGAR
Se fé remove montanha,
a esperança é garantida.
E se Cristo te acompanha,
sempre há luz em tua vida
AYDA BOCHI BRUM
SANTIAGO – RS

MENÇÃO HONROSA

1. A fé que vive em nossa alma
é nosso perene abrigo,
é força que nos acalma
quando nem resta um amigo.
ANGELA TOGEIRO
BELO HORIZONTE - MG

2. A fé renova a esperança,
traz alento ao coração
daquele que não se cansa
de implorar a Deus:"Perdão!..."
ANGELA GUERRA
RIO DE JANEIRO – RJ

3. Eu sou como um peregrino
que vive em função da FÉ
na força do Pai (divino)
do Cristo de Nazaré.
TARCÍSIO JOSÉ FERNANDES LOPES
BRASILIA – DF

4. Meu norte, meu horizonte,
o guia que me orienta,
é o sinal da fé na fronte,
feito em cruz, com água benta..
DARLY O. BARROS
SÃO PAULO -SP

5. Olhei nos olhos da Santa,
depositei minha fé,
a minha crença era tanta
que chorei na Santa Sé.
LUIZ MORAES SANTOS.
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - SP

MENÇÃO ESPECIAL

1. É bom deitar e dormir
podendo crer no amanhã
quando se enfrenta o porvir
fazendo a fé de guardiã.
MARIA CECILIA GRANER FESSEL
PIRACICABA – SP

2. A fé é sublime estrela
que brilha na escuridão.
Os olhos não podem vê-la
quem pode é o coração.
JOSÉ REINALDO DE MELO PAES
MACEIÓ – ALAGOAS

3. Implorei para Jesus
com olhar cheio de fé
que me desse uma luz,
encontrar um tal José.
SONIA NOGUEIRA
FORTALEZA – CEARÁ

4. Quero ser sábio, Senhor,
pra ser humilde, e com fé,
crer na Encarnação do Amor
na Virgem de Nazaré.
ADAMO PARQUARELLI
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS – SP

5. De Deus promessa é segura,
se tiveres fé e esperança;
toda crença te assegura:
– depois da chuva a bonança.
BARÃO DE JAMBEIRO
JAMBEIRO – SP

NACIONAL
GRUPO 3 – DE ALUNOS

1º LUGAR
Tenho muita fé em Deus,
que ilumina os meus caminhos,
que cuida dos filhos seus
e também dos passarinhos.
JOÃO VICTOR C. BATISTA
Profª Teresa Benedita
E.E. “Cel. Eduardo José De Camargo”
PARAIBUNA – SP

2º LUGAR
Com fé, amor e esperança,
oramos e agradecemos;
sem nenhuma desconfiança,
com Jesus nós venceremos.
DANIELA BARRETO FIGUEIREDO – 8ª A
Profª Helô
E.E. “Cel. Eduardo José de Camargo”
PARAIBUNA – SP

3º LUGAR
A fé que anima e ajuda
a se ter vida melhor.
Pois, sem fé, Deus nos acuda!
Tudo o mais será pior!
VITOR DE OLIVEIRA BELISÁRIO – 12 ANOS – 7ª B
Profª Edna Maria
E.E. “Dr. Cerqueira César”
PARAIBUNA – SP

MENÇÃO HONROSA

1. Nada nos é impossível,
se temos fé em Jesus,
que nos tornará posssível
enxergar de novo a luz.
BRUNA DE SOUZA GOMES – 1º B
E.E. “Cel. Eduardo José de Camargo”
PARAIBUNA – SP

2. Na vida há que se ter fé
e ter Deus no coração,
com Jesus de Nazaré,
tendo amor e compaixão.
GRAZIELA ANTUNES SANT’ANA ALVARENGA
E.E. “Cel. Eduardo José de Camargo”
PARAIBUNA – SP

3. A palavra fé é vida!
Fé que nos pede atenção,
para ser muito querida,
amada de coração.
CLAUDIA SANTANA SOARES LOPES – 15 ANOS – 1ª A
Profª Edna Maria
E.E. “Dr. Cerqueira César”
PARAIBUNA – SP

4. Em meu Deus eu tenho fé.
Abençoa meu Senhor!
Com fé me mantenho em pé
para aumentar meu valor.
TIAGO FELIPE VITAL
Profª Edna Maria
E.E. “Dr. Cerqueira César”
PARAIBUNA – SP

5. Nossa alma é tão divina
e nos traz muita alegria.
Nossa fé tão pequenina
que a reforço todo dia.
ANA GRAZIELE SANTOS SOUSA
Profª Helô
E.E. “Cel. Eduardo José de Camargo”
PARAIBUNA – SP

MENÇÃO ESPECIAL

1. O meu Pai é o Senhor!
Restaura a fé e a alegria,
com paz e com louvor,
venceremos a nostalgia.
ROSÁRIA APARECIDA ALVES DA SILVA – 16 ANOS – 1ª B
Profª Edna Maria
E.E. “Dr. Cerqueira César”
PARAIBUNA – SP

2. Com a fé que todos temos,
sempre em Deus acreditando;
com amor,agir devemos,
a bondade praticando.
LARISSAH DE PAULA DIOGO
Profª Helô
E.E. “Cel. Eduardo José de Camargo”
PARAIBUNA – SP

3. Eu tenho fé em meu Deus.
Ele é o meu Salvador;
Ele ama os filhos seus
e alivia qualquer dor.
SAMUEL DE. O. SANTOS
Profª Teresa Benedita
E.E. “Cel. Eduardo José de Camargo”
PARAIBUNA – SP

4. Fé em Deus pode aumentar,
estudando a religião,
aprendendo sempre orar,
fazendo meditação.
RÚBIA MIRELA C. SILVA
E.E. “Cel. Eduardo José de Camargo”
PARAIBUNA – SP

5. Veja ao olhar para o céu
como ele está a brilhar!
Na prisão sem escarcéu,
presos têm fé de escapar.
LEDA F. DA SILVA
Prof. Vicente
E.E. “Cel. Eduardo José de Camargo”
PARAIBUNA – SP

GRUPO INTERNACIONAL

A) LINGUA PORTUGUESA

1º LUGAR
Eu quero viver a vida,
tendo a Fé por companheira.
Dia a dia renascida...
Percorrendo a vida inteira!
MARIA JOSÉ VIEGAS DA CONCEIÇÃO FRAQUEZA
ALGARVE - PORTUGAL

2º LUGAR
Ter fé em Deus nesta vida
é ter consolo na morte,
é ter asas na partida,
é ter na Terra o seu norte!
GISELA ALVES SINFRÓNIO
OLHÃO - PORTUGAL

3º LUGAR
Se for vivida sem FÉ
Jamais faz sentido a vida
Nosso antes e depois é
Cinza nas trevas perdida.
EUCLIDESCAVACO
CANADÁ

MENÇÃO HONROSA

1. Crer em Deus, sem duvidar,
seguir sempre a sua voz,
só a fé pode escutar
porque está dentro de nós.
ANTÓNIO JOSÉ BARRADAS BARROSO
PAREDE - PORTUGAL

2. Esta Fé que me alimenta
enche minh’alma de cor!
É bálsamo que fermenta
e se transforma em amor…
FERNANDO MÁXIMO
AVIS – PORTUGAL

3. Se a Fé a sentimos bem,
cá dentro do coração,
já não somos "Zé-ninguém":
temos Deus por Salvação!
JUDITE RAQUEL NEVES FERNANDES
GÓIS – PORTUGAL

4. Se com fé fores rezar
a Deus Pai Nosso Senhor,
para tua alma salvar
reza pois com mui fervor...
ANTÓNIO BOAVIDA PINHEIRO
LISBOA – PORTUGAL

MENÇÃO ESPECIAL

1. De joelhos, com fervor,
com a fé duma oração,
crente no seu grande amor,
ao meu Deus peço perdão.
OLÍVIA ALVAREZ MIGUEZ BARROSO
PAREDE – PORTUGAL

2. A Fé é bendita jóia
que Deus tem para salvar;
como no mar uma bóia
que não deixa naufragar!
CLARISSE BARATA SANHCES
GÓIS – PORTUGAL

3. Sim..., é a fé que nos salva,
diz o povo e tem razão,
para salvar a minha alma
a Deus eu peço perdão...
ACIOLIMDA SPRANGER
LAGOS – PORTUGAL

4. Fé foi sempre companheira
em todos os maus momentos.
Não crer em Deus, é asneira,
Em fase de sofrimento.
JORGE A. G. VICENTE
F.R. SUISSE

5. Que tenho fé: eis a prova
do meu saber, sem ter arte;
para mandar minha trova
levar Paz a toda a parte!
ISAURA MARTINS
LAMEIRAS -TÁBUA - PORTUGAL

COMISSÃO JULGADORA
FRANCISCO GARCIA – RN
MYRTHES MAZZA MASIERO – SP
GISLAINE CANALES – SC
ALFREDO BARBIERI – SP
DELCY RODRIGUES CANALES – RS
JOEL H. BASRBIERI – SP
ANTONIO AUGUSTO DE ASSIS – PR
CLÁUDIO DE MORAIS – SP
LUCIA HELENA DE LEMOS SERTÃ - RJ
MARIA DA GRAÇA STINGLIN DE ARAÚJO - PR
ADAMO PASQUARELLI – S P
ARLINDO TADEU – MG
=======================
GRUPO INTERNACIONAL
B) LÍNGUA ESPANHOLA

1° LUGAR
Fe, es creer en lo increíble,
¡y con todo el corazón!
¡Haciendo ver lo imposible
fácil, hasta sin razón!
CARLOS IMAZ ALCAIDE –
FRANCIA

2° LUGAR
Cuando es grande nuestra fe,
tiene senda despejada
para avanzar con buen pié,
hacia la meta soñada.
HILDEBRANDO RODRÍGUEZ –
VENEZUELA

3° LUGAR
Porque eres mi compañera,
te adoro sin condición.
De suave rostro sincera,
¡dulce FE del corazón¡
MIGUEL ÁNGEL MUÑOZ CORTÉS –
ESPAÑA

MENCIÓN HONROSA

1. Si existe amor en la tierra
siempre habrá felicidad,
se acabará toda guerra
y habrá FE en la humanidad.
ALICIA MEDINA GALLEGOS –
MÉXICO

2. La fe es saber que posees
lo que a Dios ya le pediste
y si en verdad te lo crees
en tu vida está y existe...
ÁNGELA DESIRÉE PALACIOS –
VENEZUELA

3. Es la fe verde esperanza,
fiel y dulce compañía,
nos devuelve la confianza
y nos llena de armonía.
GISELA CUETO LACOMBA –
CUBA

4. Si tenemos fe y certeza
de alcanzar un ideal,
lograremos la destreza
para llegar al final.
HÉCTOR JOSÉ CORREDOR CUERVO –
COLOMBIA

5. La Fe mueve montañas
y me hacen un hombre nuevo,
la llevo aquí en mis entrañas
porque a Dios con Fe me aferro!
RICARDO DUCOING –
MÉXICO

MENCIÓN ESPECIAL

1. La Fe libera al cristiano
de la angustia del mañana,
así no camina en vano
desde hora más temprana...
DIOSELINA IVALDY DE SEDAS –
PANAMÁ

2. La fe de poder amarte
es la fe que por ti siento.
Sin fe jamas podre darte
la fe de mi pensamiento.
MANUEL SALVADOR LEYVA MARTINEZ –
MÉXICO

3. La FE escala las montañas.
Exlamando ¡Llegaré!
Pues dentro de las entrañas
sabe ella que me esforcé.
LIBIA BEATRIZ CARCIOFETTI –
ARGENTINA

4. El Libro que Dios nos diera ...
Esto dice :... " Es pues la Fe
substancia de lo que espera ,
¡demostración que no vé !
MIGUEL ANGEL ALMADA –
BRASIL

5. La fe que tengo en tu amor
logrará salvar en mí
el necesario valor
de seguir la lucha aquí.
RAMÓN ROJAS MOREL –
ARGENTINA

COMISIÓN JUZGADORA
Dolores Roche – Francia
Eunate Goikoetxea – España
Constanza Calderón – USA
Julio Sarre Iguíniz - México
==========================

Para Participar:

TEMAS –
VIRTUDES - Bons hábitos práticos que devem ser vividas em todas as circunstâncias, favoráveis ou adversas:
- FÉ - de 15/01 a 28/02/11 - resultado até 20/03/2011 (encerrado)
- ESPERANÇA - de 01/04 a 30/05/2011– resultado: 20/06/2011
- CARIDADE - de 01/07 a 30/08/2011 - resultado até 20/09/2011
- PRUDENCIA - de 01/10 a 30/11/2011 - resultado até 20/12/2011
- JUSTIÇA - de 01/07 a 30/08/2011 - resultado até 15/09/2011
- TEMPERANÇA - de 02/01 a 01/03/2012 - resultado até 30/04/2012

Apenas uma trova inédita por trovador (a), via Internet:

As trovas em língua portuguesa serão enviada a mifori14@yahoo.com.br

e as trovas em Língua espanhola serão enviadas a CoLibriRoseBeLLe@aol.com (a partir desta 3ª Etapa)

O tema deverá constar da trova: 4 versos setessílabos, rimando o 1º com o 3º e o 2º verso com o 4º tendo sentido completo.

Fonte:
Colaboração de Mifori

II Concurso de Trovas Antônio Roberto Fernandes – Academia Pedralva (Resultado Final)


Tema: Noel Rosa

TROVAS VENCEDORAS:

Elen de Novais Felix – Niterói-RJ
Wanda de Paula Mourthé – Belo Horizonte-MG
Licínio Antônio de Andrade – Juiz de Fora-MG
Dodora Galinari – Belo Horizonte-MG
Adilson Maia – Niterói-RJ
Dirce Montechiari – Nova Friburgo-RJ
Almerinda F. Liporage – Rio de Janeiro –RJ
Marina Bruna – São Paulo-SP
Hermoclydes S. Franco – Rio de Janeiro –RJ
Olimpio da Cruz Simões Coutinho – Belo Horizonte -MG

MENÇÃO HONROSA:
Wandira Fagundes Queiroz – Curitiba –PR
Almira Guaracy Rebelo – Belo Horizonte –MG
Therezinha Dieguez Brisola – São Paulo –SP
Ederson Cardoso de Lima – Niterói – RJ
Nei Garcez – Curitiba –PR
Ruth Farah Nacif Lutterback – Cantagalo –RJ
Renata Paccola – São Paulo –SP
Jupyra Vasconcelos – Belo Horizonte – MG
Nei Garcez – Curitiba –PR
Neide Rocha Portugal – Bandeirantes –PR

MENÇÃO ESPECIAL:

Lucia Helena de Lemos Sertã – Nova Friburgo –RJ
Jorge Roberto Vieira – Niterói –RJ
Francisco José Pessoa – Fortaleza –CE
Djalda Winter Santos – Rio de Janeiro –RJ
Adilson Maia – Niteró-RJ
Marcos Antônio de Andrade Medeiros – Natal-RN
Rodolpho Abbud – Nova Friburgo –RJ
Carolina Ramos – Santos –SP
Hegel Pontes – Juiz de Fora –MG
Amael Tavares da Silva – Juiz de Fora -MG

Comissão Julgadora
José Gurgel
Roberto Acruche
Vilmar Rangel
Herbson Freitas

Fonte:
Roberto Acruche

1º Premio Literário Professor Mário Carabajal de Poesias ALB/SC (Resultado Final)


ACADEMIA DE LETRAS DO BRASIL/SANTA CATARINA
Presidente: Prof. Dr. Miguel Simão Simão - Ph.I.

A Academia de Letras do Brasil para Santa Catarina em reunião no dia 26 de fevereiro de 2011 com os seguintes Membros:
Professor Escritor Miguel João Simão Presidente da ALB/SC,
Escritor José Honório Marques Presidente da ALB Seccional de Palhoça,
Escritor Célio Silva representante da ALB Secional de São José,
Escritor Tiago Nilson da Silva Presidente da ALB/Seccional de Governador Celso Ramos,
Escritora Janice Marés Volpato Representante da ALB Seccional de São José,
Escritora Neusita Luz de Azevedo Churkin Representante da ALB Seccional de Governador Celso Ramos,
Escritora Ilse Maria Paulino Gomes Representante da ALB Seccional de Canelinha, e
Escritora Maria do Carmo Tridapalli Facchinni Presidente da ALB Seccional de Nova Trento fizeram a seleção das Poesias enviadas para participação do Concurso, ficando assim classificados os 10 primeiros lugares:

1º LUGAR
POESIA - ABANDONO
AUTORA: MARIA APARECIDA S. COQUEMALA
CIDADE: ITARARÉ/ SP.

2º LUGAR
POESIA: GALO
AUTOR: YVIS EDUARDO RISSI TOMAZINI
CIDADE: SÃO VICENTE/SP

3º LUGAR
POESIA: PLENITUDE
AUTORA: ÉRIKA CONCEIÇÃO DE AZEVEDO
CIDADE: DIVINÓPOLIS/MG

4º LUGAR
POESIA: MEU ETERNO MENINO DE ASAS
AUTORA: DORA DUARTE
CIDADE; FLORIANÓPOLAIS/SC

5º LUGAR
POESIA: O VIAJEIRO
AUTOR: PEDRO EDUARDO FERREIRA
CIDADE: PETRÓPOLIS/RJ

6º LUGAR
POESIA: ÁGUAS
AUTOR: NELSON MAIA SCHOCAIR
CIDADE: RIO DE JANEIRO/RJ

7º LUGAR
POESIA: RIO DAS VELHAS, MENINO MOÇO
AUTOR: ERNANI HENRIQUE DE OLIVEIRA
CIDADE: BELO HORIZONTE/MG

8º LUGAR
POESIA: FRAGMENTOS
AUTORA: AMELIA MARCIONILA RAPOSO DA LUZ
CIDADE: PIRAPETINGA/MG

9º LUGAR
POESIA: IGUAIS NA DIFERENÇA
AUTOR: WESLEY GABRIEL GOMES COUTO
CIDADE: CONGONHAS/MG

10 º LUGAR
POESIA: O VOO DA GARÇA
AUTOR: EUCLIDES CELITO RIQUETTI
CIDADE: OURO/SC

Após a classificação ficou decidido que a entrega dos Prêmios será no dia 23 de julho em Sessão Solene da ALB/SC na cidade de Governador Celso Ramos /SC no IIº ENCONTRO ESTADUAL DE ESCRITORES DA ALB/SC, onde estarão presentes representantes de diversos Municípios que representam a Instituição . Além da entrega dos Prêmios do Concurso de Poesias, serão empossados novos Membros da ALB/SC e homenageados outros Escritores com o Título “AMIGO DA CULTURA LITERÁRIA”

Governador Celso Ramos/SC, 26 de fevereiro de 2011.
Professor Miguel João Simão
Presidente da ALB/SC

domingo, 20 de março de 2011

Cidade de Santos (SP) em Trovas - Livro II

Sempre que sinto saudade
de minha mãe tão querida,
logo me vem a vontade
de em seu colo ter guarida.
ÁLVARO HILINSKI

Para ser um trovador,
Tens que ter alma bem pura,
Falar de amor ou de dor,
Só fala quem tem ternura.
ANA MARIA GUERRIZE GOUVEIA

Se a tua zanga é mordaz,
com razão ou sem nenhuma,
imita o mar que desfaz
sua ira em branca espuma!
CYNIRA ANTUNES DE MOURA

Ao despertar, uma prece
eu rezo a Deus com louvor
pelo que nos aquece
na sua chama de amor!
EDNA GALLO

Extasiada, a lua cheia,
ante a beleza do mar,
transformou os grãos de areia
em pedaços de luar.
ILZE DE ARRUDA CAMARGO

Quanto mais oo tempo passa,
Agradeço ao Criador
Tudo o que me dá de graça,
fé, discernimento e amor.
LALITA

Veleiro, que ao vento avanças,
a demandar outras plagas,
tu vais cheio de esperanças
sobre a esperança das vagas!
LAVÍNIO GOMES DE ALMEIDA

O sol surge no horizonte
despertando a natureza
e a luz que vem dessa fonte,
cobre a manhã de beleza!
LEONOR SILVEIRA CARVALHO

A trova quando trovada
bem profunda e com amor,
sabemos que foi tirada
de um coração trovador.
LÍLIA STEIN GOULART DE SOUZA

No doce encanto do amor
reside a felicidade
fica o mundo multicor,
quando se ama a verdade.
LOURDES LAGO FELÍCIO

Meus louros ao trovador,
que na emoção do seu estro,
rima os versos com primor,
qual talentoso maestro!
MARIA LUCY FIGUEIREDO

É um velho amante do mar
meu coração sonhador,
tentando se resgatar
dos seus naufrágios de amor.
MARIA NELSI SALES DIAS

Se as abelhas caprichosas
vivessem os sonhos meus,
Desprezariam as rosas
pelo mel dos lábios teus!
MOACYR FIGUEIREDO

Que esperança tenho ainda
de um dia te reencontrar,
pois há uma saudade infinda
que ficou no teu lugar!
NAIR LOPES RODRIGUES

Neste belo e claro dia
de sol forte e céu azul,
vem chegando frente fria
no vento que vem do sul.
NEIVA PAVESI

Sonho sereno, tão puro,
dorme a criança feliz.
Seu lindo sorriso, eu juro,
acorda e tudo bendiz!
NELQUIS MÜLLER

Os pontos de luz que dançam
no azul do céu tão bonito,
são anjos de Deus que alcançam
as estrelas do infinito!
ODETE CHEIDA HILINSKI

Ilusão, muito contente,
tu deixas meu coração
e eu quero pedir, somente,
que não me abandones, não!
SEBASTIÃO PEREIRA

Brilha tanto a Estrela e doura
o presépio de Jesus,
que as palhas da manjedoura
parecem feixes de luz!
SILVINA ANTUNES LEAL

Segue em frente, sem temer
de uma injustiça o fragor,
luta por um renascer
pede ajuda ao Criador.
SOPHIA LEITE CRUZ
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Cidade de Santos (SP) em Trovas - Livro I
http://singrandohorizontes.blogspot.com/2010/12/cidade-de-santos-sp-em-trovas.html

Fontes:
Boletim A Rosa - UBT Santos - Deze 2010 - n.268 - enviado por Carolina Ramos.
XIV Jogos Florais de Santos - 2005

Paulo Roberto do Carmo (Poesias Avulsas) – Livro I


ANTES DO TEMPO


.

Expulsa a palavra
que não venha da boca
que te cobre de afagos.

O que é contra mim
e me arrasta para ti
será que é só este desejo
a borbulhar de culpas
e que clama em vão
por amar e perder-se,
com a aflição dos condenados
que caem e se levantam
porque ainda há um desejo
que treme, não se cala
e nos mata antes do tempo...
cansado o espírito
de tantas dores
cravadas no coração?

A vida não dá mais...
e tão breve é a paixão.
Tempo, tempo, não há mais tempo!

COISAS POUCAS

Só hás de começar
por coisas poucas:
buscar primeiro dentro de ti
o medo que te faz fugir
e desafiá-lo.
Depois matar a soberba
com os frutos envenenados
de uma árvore morta –
e que tuas palavras se calem
diante da arte de viver.

Só hás de começar
por coisas poucas:
de como não se dobrar
entre o silêncio de Deus
e o sofrimento dos outros.
Compreender depois
que ser ignorado
dói como um golpe
que nos jogasse
no fosso dos humilhados
e que o mundo que nos devora
é feito por nós, apesar de tudo.

SEM PALAVRA

Um homem sem palavra
em qualquer lugar se esconde,
não tem sol próprio nem sombra
ou casa onde cair morto.

Um homem sem palavra
não sabe onde vai chegar
nem tem como voltar atrás
sem braços, joga pedra no futuro.

Um homem sem palavra
caminha longe para encontrar
o que sempre esteve ao seu lado
e quando acha, expulsa e não desfruta.

Um homem sem palavra
começa a morrer quando se resigna
e é feliz – não se deixa surpreender
pelos acasos da manhã, nem pela dúvida.

Um homem sem palavra
culpa sempre o outro e se aliena de si,
do irrevelado, o outro escondido por não vir,
do sem um olho, o sem braços, do alegre por não cantar.

Um homem sem palavra
deixa impressões digitais
no silêncio emudecido dos falsos desejos
só para não despertar a libido que vem do sonhos.

NO DESESPERO, NA DOR

No desespero, na dor,
não me venham com palavras,
verdades, teorias –
o que eu preciso é de ajuda,
este animal de quatro braços
e um coração reto e simples
que dá asas a quem abraça
para voar abraçado a quem ajuda.

No desespero, na dor,
não me venham com hermenêuticas,
o que preciso é de água
para respirar como o peixe
que achou onde nadar.
O que eu preciso é de ajuda e de água.

INFIDELIDADE

Porque o amor acaba,
não serás fiel a uma promessa.

Porque a paixão morre,
não serás fiel a um impulso.

Porque a esperança ilude,
não serás fiel a uma espera.

Porque o sonho engana,
não serás fiel a um fantasma.

Porque o nome nomeia,
não serás fiel ao que te chama.

Porque o rio corre,
não serás fiel às nascentes.

Porque o inesperado não chega,
não serás fiel ao esperado.

Porque uma luta se perde,
não serás fiel às derrotas.

Porque o desejo se frustra,
não será fiel à razão.

Porque o amor acaba,
não serás fiel a uma promessa.
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Paulo Roberto do Carmo (1941)


Paulo Roberto do Carmo nasceu em Porto Alegre, em 1941. É poeta, professor e tradutor. Tem participado de diversas antologias coletivas no Brasil e em Portugal.

Recebeu o Prêmio Nacional de Poesia Alphonsus de Guimaraens, da Fundação Biblioteca Nacional, em 2000. Finalista do Prêmio Açorianos, cidade de Porto Alegre.

Diz o poeta: "Escrevo porque não posso esconder o sol dentro da alma, nem a palavra calada. Escrevo porque entre o homem que colhe e o que semeia, há um homem que sonha o peixe, o pão, o vinho, os alimentos coletivos da alegria, da liberdade, da justiça, a arte de tornar-se humano mudando não apenas a aldeia, mas a mim mesmo. Essa obsessão de libertar a alegria que se aprisiona dentro das palavras, é para aprender a exumar-me de minhas cotidianas mortes."

Livros publicados

> Crisbal, o Guerreiro (IEL/RS, 1966);
> Estação de Força (IEL/RS/ Movimento, 1987);
> Breviário da Insolência (Massao Ohno/SP, 1990);
> Livro de Preceitos (Nejarin/ES, 1993);
> Trajetória Poética (IEL/Movimento, 1994);
> Livro das Manhãs (Parlenda/RS, 1997);
> A Revolição das Aprendências, com Vilmar Figueiredo de Souza (Unisinos RS, 2000);
> Arte de Revidar (Unidade Editorial/PMPA/, 2000);
> Crisbal, o Guerreiro (versão 2002, IEL/Corag/RS);
> 50 POEMAS Escolhidos pelo Autor (Edições Galo Branco,RJ, 2006).
----------
Fonte:

Epopéias da Índia Antiga (O Mahabharata) I – Origens


A epopéia intitulada Mahâbhârata contém a história de uma raça descendente do rei Bharata, filho de Dushyanta e Sakuntala.

A palavra sânscrita maha significa "grande" e bharata eqüivale a "descendentes de Bharata". Daí tomou a Índia o nome de Bharata, donde Mahabharata significar literalmente: Grande Índia ou História dos Grandes Descendentes de Bharata.

O cenário dessa epopéia é o antigo reino dos Kurus, de curta extensão e o tema é a luta de duas famílias parentes e rivais: a dos Kuranas e a dos Pândavás, que disputavam o domínio da índia.

O Mahâbhârata é a epopéia mais popular na Índia e goza de análoga autoridade como a que envolveu os poemas homéricos na antiga Grécia.

Com o tempo, acrescentaram-se muitos versos à primitiva composição, até formar um volumoso livro de uns cem mil dísticos, com narrações, lendas, mitos, trechos históricos e ensinamentos filosóficos que envol\l,em acessoriamente o tema principal.

Para melhor compreender-se o argumento que mais adiante esboçaremos, convém frisar que os árias não foram os primeiros povoadores do território hoje conhecido como pelo nome geográfico de índia, mas sim invasores, cujas tribos numerosas, chegando periodicamente a pouco e pouco, estenderam seu domínio até governar a população aborígene com incontestável poder.

Dois ramos de uma só família, os já citados Kuravas e Pândavas se desavieram por ambicionar e hegemonia da índia e a sucessão ao trono de Hastinapura. .

A guerra entre as duas famílias é o tema principal da epopéia que se desenvolve, de acordo com o que sucintamente vimos expor.

Fonte:
Vivekananda, Swami. Epopéias da Índia Antiga.

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 158 a 160)

A partir de 21 de março, a trova do dia de Ademar estará na imagem
Mensagens Poéticas n. 160 (20 de março)

Uma Trova Nacional
Aquela rede que um dia
foi nosso ninho perfeito,
hoje balança vazia
na varanda do meu peito.
– FRANCISCO JOSÉ PESSOA/CE –

Uma Trova Potiguar
Nosso casebre, é de palha
de pau-a-pique a parede.
O amor que aqui se agasalha,
dorme comigo na rede!
– PROF. GARCIA/RN –

Uma Trova Premiada

2000 > Barra do Piraí/RJ
Tema > VARANDA > Menção Honrosa

Nossa casa avarandada,
de sonhos e luzes cheia,
hoje é varanda fechada
onde a saudade passeia!
– EDUARDO A. TOLEDO/MG –

Uma Trova de Ademar
Quer saber por onde anda
a saudade adormecida?
Procure lá na varanda,
naquela rede estendida...
– ADEMAR MACEDO/RN –

...E Suas Trovas Ficaram
A saudade às vezes fala,
e até grita - quem diria? -
quando a rede, a sós, se embala
numa varanda vazia.
– MIGUEL RUSSOWSKY/SC –

Simplesmente Poesia

– Diniz Vitorino/PB –
POETA-PINTOR.

Como músico compus hinos singelos
sobre o palco das belas alvoradas,
pintei príncipes dourados e fiz fadas
passeando em varandas de castelos,
terminei, fui olhar os quadros belos,
fitei todos os perfis esculturais,
as imagens ficaram tão reais
que eu mandei uma andar e ela andou,
sou o músico e poeta que pintou
o mais belo dos quadros naturais.

Estrofe do Dia

Sem direito a coberta cama ou rede,
lava o rosto com gotas de neblina,
quando não ta dormindo numa esquina
ta deitado num canto de parede;
passa a noite de sono, fome e sede,
muitas vezes na rua anda despido
pela falta de um resto de tecido
que o lojista negou, mas tem guardado;
ajudar o menor abandonado
é dever que precisa ser cumprido.
– JOÃO PARAIBANO/PB –

Soneto do Dia

– Francisco Macedo/RN –
UM BULE, UMA SAUDADE!

Ontem eu retornei ao meu passado,
e fui, pela saudade que sentia.
Pude rever com certa nostalgia,
um bule de café mal adoçado.

Esperava o meu pai do seu roçado,
mas, meu pai, com certeza, não viria,
pela janela aberta inda se via
os seus rastros, no chão, por ele amado.

Eu mesmo o vi partir no amanhecer,
naquela rede velha de um sofrer,
por homens que sorriam, sem maldade.

Na rede, no seu último caminho,
velho bule encardido, ali sozinho,
amargando o café desta saudade.

Mensagens Poéticas n. 159 (19 de março)

Uma Trova Nacional
- O senhor é sedentário?
E a resposta não demora:
- Não doutor, pelo contrário,
bebo água toda hora!”
– PEDRO ORNELLAS/SP –

Uma Trova Potiguar
Uma miserável mosca,
teve trágico destino...
Morreu prensada na rosca
do parafuso suíno.
– DJALMA MOTA/RN –

Uma Trova Premiada

2009 > Bandeirantes/PR
Tema > CHILIQUE > Venc.

Teve um chilique tão forte
que logo tomou vacina
e se mandou para o norte
temendo a gripe sulina...
– RENATA PACCOLA/SP –

Uma Trova de Ademar
Na “Quinta”, eu andei de banda,
nas “Mensagens”, me dei mal:
matei nossa amiga “Vanda”,
mas hoje a torno imortal!...
– ADEMAR MACEDO/RN –
ESSA BRINCADEIRA É QUE EU COLOQUEI UMA TROVA DE VANDA FAGUNDES NO LOCAL DOS QUE “JÁ PARTIRAM”…E ELA ESTÁ CADA VEZ MAIS VIVA E LINDA!!! (Ademar Macedo)

...E Suas Trovas Ficaram
Com um corpo de violino,
com escrúpulos precários,
Dadá, a mulher do Lino,
se tornou extra de vários!
– LAURO SILVA /SP –

Simplesmente Poesia


GLOSA:
Você querendo ser cão,
no inferno é bom demais!

MOTE:
Todo mundo tem função,
mulher? É só o que tem.
Lá se vive muito bem
você querendo ser cão.
“Transar”, lá é devoção,
cada um que transa mais,
os direitos são iguais,
todo cão tem seu emprego,
toda noite tem chamego...
No inferno é bom demais!
– AUGUSTO MACEDO/RN –

Estrofe do Dia

Eu tenho dito e insisto
que casar não é negócio,
pois o desquite e divórcio
é o que mais eu tenho visto,
eu acho que Jesus Cristo
achou melhor o madeiro
do que ser prisioneiro
dos braços de outra cruz;
vou viver como Jesus,
vida boa é de solteiro!
– ZÉ FERREIRA/CE –

Soneto do Dia

Sérgio Augusto Severo/RN –
SONETO EM TOM DE DESCULPAS.
(Para: Landa)

Eu venho aqui pedir o teu Perdão
e te rogar que tenhas paciência,
Amor, eu culpo a minha sonolência,
aos tais efeitos da medicação.

Ao acordar, remédio já na mão,
“Captopryl” eu tenho que engolir,
mal o entorno, vem logo a seguir,
um elemento a mais dessa “poção”.

... E tomo então as “Neo-Nefedipinas”
que me servem (Tu bem imaginas),
como reguladoras da pressão...

Peço perdão, oh Flor do meu Serrado,
quando estiver, em breve, ao teu lado,
controlarei meu sono, Coração!

Mensagens Poéticas n. 158 (18 de março)

Uma Trova Nacional
Que importa ao dono da cova
laje limpa, vela e flor!
É na vida que se prova
em atenções, o amor!
- ELIANA PALMA/PR-

Uma Trova Potiguar
Realiza meu ideal,
aceita minha inclusão,
não no campo social,
mas, neste teu coração!
- FRANCISCO MACEDO/RN -

Uma Trova Premiada

2004 > ATRN-Natal/RN
Tema > TEATRO > 8º Lugar.

Divino é aquele momento
em que a um artista idolatro,
pela expressão e o talento
na ribalta de um teatro!
- EDMAR JAPIASSÚ MAIA/RJ-

Uma Trova de Ademar
Eu tenho a doce impressão
que Deus usando o poder,
pôs luzes de compaixão
na aurora do meu viver.
- ADEMAR MACEDO/RN -

...E Suas Trovas Ficaram
Flerte, romance de olhares
dizendo, em forma elegante,
mil anseios de luares
traduzidos num instante.
- MIGUEL RUSSOWSKY/SC -

Simplesmente Poesia

CHUVA.

MOTE: (Ademar Macedo/RN)
Desde os tempos de Noé
O mundo pôs-se a saber
Que a manga só cai do pé
Porque não sabe descer.

GLOSA: (Gilson Faustino Maia/RJ)

Desde os tempos de Noé
que, de medo, morre o mundo.
Talvez por falta de fé,
esse pavor é profundo.

Hoje existe a previsão,
o mundo pôs-se a saber,
com grande antecipação,
o dia em que vai chover.

Como filhos de Javé,
devemos acreditar
que a manga só cai do pé
quando Ele determinar.

Veja: o vapor ao subir
faz a chuva acontecer,
liquefaz-se pra cair,
porque não sabe descer.

Estrofe do Dia
Dê uma volta no carro da amizade
puxe oitenta quilômetros de amor,
se desvie da estrada do rancor
dê banguela descendo a humildade
e acenda os faróis da caridade,
ilumine a estrada de um irmão,
baixe o vidro da porta e dê com a mão;
esse gesto é tão simples mais conforta:
amizade é a chave que abre a porta
do castelo onde mora o coração.
- ANTONIO FRANCISCO/RN -

Soneto do Dia

– J. G. de Araújo Jorge/AC –
ADORMECER...

Muitas vezes, no silêncio, enquanto a noite desce
e pousa sobre a terra o seu manto dourado
de estrelas, no meu quarto, a sós, abandonado,
não tenho pelo mundo o mínimo interesse...

Mas, não sei bem dizer... dentro em meu peito cresce
um sonho, e, de repente, eu sinto, consolado
que alguém vem para mim, que alguém vem ao meu lado,
e me diz bem baixinho alguma estranha prece...

Então, tomo da pena, e espero calmamente...
Uma noite, porém, me lembro, adormeci
sentindo esse esplendor de um céu que está contente,

e não pus no papel mais que um nome sequer...
E só quando acordei, na folha branca, eu vi
que apenas tinha escrito um nome me mulher...

Fonte:
Ademar Macedo