domingo, 19 de maio de 2024

George Sand* (As moças de Berry)

 Eu tenho uma moça, então duas,
Que não tem boca nem olhos;
Tenho três, então quatro,
Eu bem que queria resisti-las.
Eu tenho cinco, então seis,
Quem não quer seus beijos?
Por trás veio a sétima,
Nunca vi a oitava.

Verso antigo relembrado por Maurice Sand.

As moças de Berry parecem-nos primas das Milloraines da Normandia, que o autor de “Fantasias da Normandia” descreve como seres de tamanho gigantesco. Elas ficam paradas e sua forma, muito pouco distinta, não permite discernir seus membros ou seu rosto. Quando nos aproximamos, elas fogem por uma sucessão de saltos irregulares muito rápidos.

Estas moças ou jovens podem ser de diversos países. Eu não acredito que sejam de origem gaulesa, mas sim francesa, da Idade Média. De qualquer forma, vou relatar uma das lendas mais completas que consegui através de um de seus relatos. 

Um senhor de Berry, chamado Jean de La Selle, que viveu no século passado em um castelo localizado nas profundezas da floresta de Villemort. O camponês, triste e selvagem, comemora um pouco na orla da mata, onde a terra seca, plana e coberta de carvalhos, desce em direção a prados que dão em uma série de pequenos lagos que hoje em dia estão mal cuidados.

Já no momento de que falamos, as águas ficavam nos prados do senhor de La Selle, o bom cavalheiro não tendo muito o que fazer para limpar as suas terras. Tinha uma extensão bastante grande, mas de qualidade escassa e de pouco valor. No entanto, ele viveu feliz, graças aos gostos modestos e um caráter sábio e alegre. Seus vizinhos estavam sempre à sua procura devido ao seu temperamento agradável, bom senso e paciência na caça. Os camponeses daquele domínio e arredores o consideravam um homem de bondade extraordinária e de rara delicadeza. Dizem que ele preferiria que sua camisa ficasse permanentemente grudada em seu corpo e seu cavalo entre suas pernas a prejudicar um vizinho.

No entanto, aconteceu que, uma noite, o senhor de La Selle tendo estado em Berthenoux para vender um par de bois, voltava tranquilamente, escoltado por seu meeiro, o grande Luneau, que era um homem fino e educado, carregando na garupa esguia de sua égua cinza a soma de seiscentas libras em grandes moedas planas com a efígie de Luís XIV. Era a soma pelo gado vendido.

Como um bom senhor do campo que era, o senhor de La Selle havia jantado na taberna e, como não gostava de beber sozinho, fez o grande Luneau sentar-se à sua frente e serviu-lhe o vinho sem poupar, a fim de deixá-lo à vontade.

Tanto é que o vinho, o calor e o cansaço do dia e, acima de tudo, o trote rítmico da égua cinza tinha adormecido Monsieur de La Selle, e ele chegou em casa sem saber por quantas horas havia andado ou o caminho que havia seguido. Cabia a Luneau conduzi-lo, e Luneau o dirigira bem, pois chegaram sãos e salvos; seus cavalos não tinham o lombo molhado.

Bêbado, o senhor de La Selle não estava. Em sua vida, ninguém o tinha visto sem fazer sentido. Assim que se levantou, disse ao criado que levasse a mala para o seu quarto, depois conversou muito razoavelmente com o grande Luneau, deu-lhe boa-noite e foi para a cama sem dificuldades para encontrá-la. Mas no dia seguinte, ao abrir a mala para pegar o dinheiro, encontrou apenas pedras grandes e, após buscas inúteis, foi forçado a perceber que haviam sido roubados.

O grande Luneau, chamado e consultado, jurou por sua crisma e seu batismo que tinha visto o dinheiro contado na mala, que ele carregou e amarrou nas costas da égua. Também jurou por sua fé e pela lei que ele não havia deixado seu mestre sozinho desde que entraram na estrada principal. Mas confessou que, ao entrar na floresta, sentiu-se um pouco sonolento e conseguiu dormir em seu cavalo por cerca de um quarto de hora. De repente, ele se viu perto da Gâgne-aux--Demoiselles e, desde aquele momento, não tinha dormido e não havia visto nenhuma alma cristã.

— Vamos — disse o senhor de La Selle —, algum ladrão deve estar rindo de nós. A culpa é ainda mais minha do que sua, meu pobre Luneau, e o mais sábio é não se gabar. O prejuízo é só meu, já que você não participou da venda do gado. Eu saberei como me decidir, embora o assunto me incomode um pouco. Isso vai me ensinar a não adormecer a cavalo.

Luneau queria em vão levantar suspeitas de alguns caçadores pobres que estavam no lugar.

— Não, não — respondeu o bravo escudeiro. — Não irei acusar ninguém. Todos na vizinhança são honestos. Não falemos mais nisso. Eu tive o que mereci.

— Mas talvez você esteja um pouco bravo comigo, mestre...

— Por ter dormido? Não, meu amigo; se eu tivesse lhe dado a mala, eu tenho certeza de que você teria ficado acordado. Eu só culpo a mim, e minha fé, não pretendo me punir por isso. É o bastante ter perdido o dinheiro, vamos guardar nosso bom humor e apetite.

— Se você acredita em mim, no entanto, mestre, você deveria procurar em Gâgne-aux-Demoiselles.

— Gâgne-aux-Demoiselles é uma vala que tem cerca de meio quarto de légua de comprimento; não seria fácil remexer toda aquela lama, e além disso, o que encontraria lá? Meu ladrão não teria sido tão tolo a ponto de atirar minhas moedas lá!

— Você pode dizer o que quiser, mestre, mas o ladrão talvez não seja como você pensa!

— Ah, meu grande Luneau, você também acredita nas jovens que são espíritos malignos que gostam de pregar peças!

— Eu não sei, mestre, mas eu estive lá uma manhã, em plena luz do dia, com meu pai, nós as vimos como vejo você agora; ao mesmo tempo, voltamos para casa com muito medo, sem chapéus, nem gorros em nossas cabeças, nem sapatos em nossos pés, nem facas em nossos bolsos. Elas são muito espertas! Parecem fugir, mas, sem te tocar, te fazem perder tudo que conseguem pegar e se beneficiam disso, porque ninguém encontra suas coisas outra vez. Sim, se eu fosse você, drenaria todo aquele pântano. Seria melhor para você e as jovens logo sairão de lá; já que é de conhecimento de todo homem de bom senso que elas não gostam de lugares secos e que vão de lagoa em lagoa, à medida que a névoa da qual se alimentam é removida.

— Meu amigo Luneau — respondeu o senhor de La Selle —, secar o pântano certamente seria um bom negócio para o prado. Mas, além das seiscentas libras que perdi, nunca tive nenhum motivo para desalojar as jovens. Não é que eu acredite nelas precisamente, já que nunca as vi, nem qualquer outra criatura parecida; mas meu pai acreditava um pouco nisso, e minha avó acreditava completamente. Quando conversamos sobre isso, meu pai disse: “Deixe as moças em paz; elas nunca me fizeram mal, nem a ninguém.” E minha avó costumava dizer: “Nunca atormente ou invoque as moças; sua presença é boa para a terra, e sua proteção é um amuleto de boa sorte para uma família”.

— Por isso mesmo — retomou o grande Luneau, acenando com a cabeça. — Elas lhe roubaram!

Cerca de dez anos depois desta aventura, senhor de La Selle voltou da mesma feira de Berthenoux, trazendo de volta a mesma égua cinza, já muito velha, mas ainda trotando sem vacilar, com uma soma equivalente àquela que lhe fora roubada de forma tão singular. Desta vez ele estava sozinho, o grande Luneau havia morrido há vários meses; e nosso senhor não dormiu a cavalo, tendo renunciado e perdido definitivamente este hábito importuno.

Quando ele estava na orla da floresta, ao longo da Gâgne-aux-Demoiselles, que está localizada na parte inferior de uma encosta bastante alta e toda coberta de arbustos, velhas árvores e grandes gramíneas silvestres, o senhor de La Selle foi tomado de tristeza ao se lembrar de seu pobre fazendeiro inquilino, sentindo sua falta, embora seu filho Jacques, alto e magro como ele, e assim como ele prudente e astuto também, parecia fazer o seu melhor para substituí-lo. Mas não podemos substituir velhos amigos, e o senhor de La Selle também estava envelhecendo.

Ele foi tomado por pensamentos sombrios; mas sua boa cabeça logo os dissipou, e ele começou a assobiar uma melodia de caça, dizendo a si mesmo que, como em sua vida e em sua morte, seria o que Deus quisesse.

Quando estava aproximadamente no meio do comprimento do pântano, foi surpreendido ao ver uma forma branca, que até então ele havia tomado por aqueles vapores com os quais as águas paradas são cobertas, mudam de lugar, depois saltam e voam para longe, dissipando-se por entre os galhos. Uma segunda forma mais sólida emergiu dos juncos e seguiu a primeira, estendendo-se como uma tela flutuante; depois uma terceira, depois outra e mais outra; e, ao passarem pelo senhor de La Selle, tornaram-se vultos tão visivelmente enormes, vestidos com saias longas e claras, com cabelos esbranquiçados arrastando em vez de esvoaçantes atrás delas, de tal forma que ele não conseguiu sair dali.

Estes eram os fantasmas sobre os quais ele tinha ouvido falar quando criança. Assim, esquecendo-se do que sua avó o recomendara, de que se algum dia se deparasse com elas deveria agir como se não as visse, passou a saudá-las como o homem educado que era. Cumprimentou a todas, e quando chegou à sétima, que era a maior e mais visível, não pôde deixar de dizer a ela: “senhora, estou ao seu dispor”.

Mal proferiu esta frase, a jovem alta apareceu na garupa atrás dele, abraçando-o com os dois braços, frios como o amanhecer, e a velha égua cinzenta, apavorada, saiu a galope, carregando o senhor de La Selle pelo pântano.

Embora muito surpreso, o bom cavalheiro não perdeu a cabeça. “Pela alma de meu pai”. Ele pensou. “Nunca fiz nada de errado e nenhum espírito pode me machucar”. Ele segurou firme as rédeas e forçou a égua para fora da lama. Lutou, enquanto a jovem parecia tentar detê-lo e desviar a égua.

O senhor de La Selle tinha pistolas em seus invólucros, e ocorreu-lhe a ideia de usá-las; mas, julgando que se tratava de um ser sobrenatural e lembrando-se além disso que seus pais o haviam recomendado não ofender as donzelas da água, contentou-se em dizer gentilmente: “Realmente, linda senhora, deveria me deixar seguir meu caminho, pois não cruzei o seu para incomodá-la, e se a cumprimentei, foi por educação e não por escárnio. Se você quiser orações ou missas, torne seu desejo conhecido e, palavra de um cavalheiro, você as terá!”

Então o senhor de La Selle ouviu uma voz estranha acima de sua cabeça dizendo: “Mande rezar três missas pela alma do grande Luneau e vá em paz!”

Ele pensou então que tinha tido uma visão; no entanto, ordenou as três missas. Mas qual não foi sua surpresa quando, abrindo a mala, encontrou ali, além do dinheiro que recebera na feira, as seiscentas libras em moedas planas, ostentando a efígie do falecido rei.

Elas queriam dizer que o grande Luneau, arrependido na hora da morte, havia pedido para que seu filho Jacques fizesse essa restituição, e que este, para não manchar a memória de seu pai, havia solicitado que as jovens o fizessem. O senhor de La Selle nunca permitiu que nenhuma palavra fosse dita contra a probidade do falecido, e quando essas coisas eram faladas sem respeito em sua presença, ele costumava dizer: “os homens não podem explicar tudo, talvez seja melhor aqui estar sem censura do que sem fé”.
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* Biografia
George Sand (pseudônimo de Amandine Aurore Lucile Dupin, baronesa de Dudevant) nasceu no dia 1 de julho de 1804, filha de Maurice e Sophie Dupin. Seu pai faleceu quando ela era ainda criança, após uma queda de cavalo, quando acompanhava o príncipe Murat em campanhas armadas. Amandine é então mandada para Nohant, aos cuidados de sua avó, Marie-Aurore de Saxe. Sua avó era neta do célebre Marechal de França, o conde Maurício de Saxe, sendo este, filho bastardo de Augusto II, rei da Polónia e de Saxe, e da sua amante, a condessa Maria Aurora von Königsmark.

Durante sua infância, ao lado de sua avó, Amandine passava os dias brincando e descobrindo cada canto da propriedade de Nohant com seu meio-irmão Hippolyte Chatiron (filho do seu pai com uma amante da região), companheiro e parceiro em todas as suas aventuras e travessuras. Os dois estudavam em casa com um preceptor, quando não desapareciam nas profundezas da região. Sua avó preocupada com a educação e o comportamento de sua neta, a matriculou no Couvent des Anglaises em Paris e enviou Hippolyte para uma grande escola de cavalaria de uma cidade vizinha. Acontece que a menina se apaixonou pela vida silenciosa e introspectiva que levava dentro das paredes de pedra do convento e desejou ser freira. Lá, se interessou também por música e teatro e para alegrar suas amigas, decidiu criar pequenas peças de teatro e montar um grupo de meninas para representá-las.

As peças eram um sucesso, e Amandine gostava cada vez mais da vida no convento. Sua avó sabendo disso, levou a neta de volta a Nohant. De volta ao convívio com Aurore de Saxe, ela começou a compreender e amar cada vez mais a sua avó e quando esta morreu, pouco tempo depois, Amandine sofreu muito. Para que herdasse Nohant seria preciso que se casasse, assim, pouco tempo depois, ela se casou com François-Casimir Dudevant, em 1822. Desse casamento nasceram dois filhos - Maurice e Solange. Essa união, devido a infidelidades e alcoolismo de Casimir, desencadeou incontáveis problemas, culminando com o divórcio - fato incomum para a época - em 1836.

George começou a escrever para o jornal Le Figaro, com a colaboração de Jules Sandeau. Usavam, então, o pseudônimo de Jules Sand – inspirado no nome de Sandeau. Em 1831, lançaram o livro Rose et Blanche. Passou a usar o pseudônimo de George Sand em 1832, quando escreveu, sozinha (obrigada a usar um pseudônimo masculino, para ser aceita no meio literário), o romance Indiana, seu primeiro livro, seu primeiro sucesso. De 1832 a 1837, escreveu muitos outros romances, que invariavelmente eram publicados, primeiramente, como folhetins no jornal. Esses romances refletiam seus próprios desejos e frustrações, advogando o direito da mulher de ter um amor sincero e dirigir sua própria vida.

Além de seus comentados relacionamentos, Sand também tinha outros hábitos incomuns para sua época. Vestia-se com roupas masculinas por diversão ou praticidade e comodidade (como dizia). Também tinha o costume de fumar em público num tempo em que isso era inaceitável para uma mulher. Comentava-se, ainda, sobre a grande quantidade de obras que produzia como sendo uma característica pouco feminina.

George Sand teve uma vida amorosa agitada, com paixões que a influenciaram consideravelmente, como o escritor Jules Sandeau, que lhe deu o pseudônimo literário, o poeta Alfred de Musset, o advogado Michel de Bourges (entre 1835 e 1837), que a converteu aos ideais republicanos e socialistas, o músico Frédéric Chopin, a quem esteve ligada entre 1838 e 1847 e seu último amante Alexandre Manceau, gravador e dramaturgo. Depois de Jules Sandeau e antes de Alfred de Musset, teve também uma breve aventura com o escritor e arqueólogo Prosper Mérimée.

De 1838 a 1845, Sand expressou suas preocupações com os problemas sociais em romances como Consuelo (1842-1843) e O Companheiro da Viagem pela França (1840). Sonhava com um mundo em que o amor fraterno unisse as classes sociais. Teve participação ativa na revolução de 1848. De 1846 a 1853, escreveu romances leves, idealizando a vida nas províncias francesas. Estes incluem Francisco, o Bastardo (1847-1848), A Pequena Fada (1849) O Charco do Diabo (1846), Mauprat, 1837, entre tantos outros de igual sucesso. Finalmente, de 1854 a 1876, escreveu contos simples, à maneira das histórias de fadas. Desse período destaca-se Contos de uma Avó (1873), com histórias que ela escreveu para seus netos.

Os personagens de George Sand e suas histórias são invariavelmente repletos de ingenuidade, poesia e otimismo. Como dizia a escritora: "O romance não precisa ser necessariamente a representação da realidade." Ela faz parte também dos escritores políticos, contando em sua obra mais de 70 títulos, entre novelas, contos, peças de teatro e textos políticos. Suas memórias constituem suas obras de maior interesse, especialmente A História de Minha Vida (1854-1855) e Ela e Ele (1859), referência à sua ligação com Alfred de Musset

George Sand faleceu no dia 8 de junho de 1876, em Nohant, na França. Alguns dos seus romances se transformariam em filmes e séries de tv, como: Mauprat (1926), Mauprat (1972), os belos cavalheiros da Floresta Dourada (1976), A pequena fada (2004), O charco do diabo (1972), As crianças do século (1999), entre outros. Seus romances continuam a serem versionados para o teatro e realizados muitos filmes e livros sobre sua vida, assim como grupos de estudo sobre ela, seu tempo e sua obra.

Considerada a maior escritora francesa e a primeira mulher a viver de direitos literários, sua propriedade em Nohant foi doada ao governo francês, por sua neta Auror e está aberta à visitação pública - Maison de George Sand. Seus restos mortais e de quase toda a sua família estão no pequeno cemitério ao lado de sua casa em Nohant. (https://pt.wikipedia.org/wiki/George_Sand

Fonte: George Sand. Lendas Rústicas. Publicado originalmente em 1858. 
Disponível em Domínio Público 

Vereda da Poesia = 11


Uma Trova de São Paulo/SP

Therezinha Dieguez Brisolla

– Depressa!… A bolsa ou a vida.
– Mas, que sufoco, senhor!…
Diz a livreira polida.
– Não sabe o nome do autor?
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Um Soneto de Manaus/AM

Gaitano Laertes P. Antonaccio

AMOR SEM EMOÇÃO

O amor de agora é uma troca virtual,
tão diferente, tão estranho ao coração,
que mais parece uma relação pactual,
entre seres humanos, sem emoção!…

O amor que se contempla nos amantes,
perdeu hoje, a essência da sinceridade.
É falso, não se manifesta como antes,
porque despreza a ética e a moralidade.

O amor agora, vem se transformando
a cada dia, todo minuto, todo instante
deixando a paixão, muito mais distante,

enquanto a falsidade vai se avolumando.
O amor, hoje, não cede nenhum espaço,
não cabe num beijo, não vale um abraço!…
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Uma Aldravia do Rio de Janeiro/RJ

Luiz Poeta
(Luiz Gilberto de Barros)

No
inefável
riso
chapliniano
lírica
tristeza
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Um Poema de São José dos Campos/SP

MIFORI

MANTO DA NOITE

No manto da noite vem,
as estrelas com seus brilhos,
e a lua cheia,  também,
clareando com rastilhos,
o namoro de um alguém.

Sei, que é no manto da noite,
atingindo a madrugada,
que silêncio vira açoite,
a quem tem vida agitada,
e insônia de pernoite.

E o manto da noite,  assim...
Com alegria e prazer,
diz: vim, olhe para mim!...
Viva e deixe-me viver,
quero chegar até o fim
tendo cumprido o dever.
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Um Limerique de Americana/SP

Mariana U. Bardella

Minha "peixinha"
é metidinha
um dia ela
foi parar na panela
virou comidinha.
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Um Poema de Portugal

Eugénio de Andrade
(José Fontinhas)
Fundão, 1923 – 2005, Porto

AS PALAVRAS QUE TE ENVIO SÃO INTERDITAS*

As palavras que te envio são interditas
até, meu amor, pelo halo das searas;
se alguma  regressasse, nem já reconhecia
o teu nome nas suas curvas claras.

Dói-me esta água, este ar que se respira,
dói-me esta solidão de pedra escura,
estas mãos noturnas onde aperto
os meus dias quebrados na cintura.

E a noite cresce apaixonadamente.
Nas suas margens nuas, desoladas,
cada homem tem apenas para dar
um horizonte de cidades bombardeadas.
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* Interditas = proibidas.
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Um Haicai de Taubaté/SP

Angélica Villela Santos
Guaratinguetá/SP, 1935 – 2017, Taubaté/SP

Cachecóis e mantas 
Amontoados sobre a cama: 
Frente fria que chega.
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Uma Setilha de Natal/RN

Francisco Neves Macedo
Natal/RN, 1948 – 2012

Do sertão sou oriundo...
Aprendiz de agricultor,
no meu “roçado” eu cultivo,
a semente, o fruto, a flor.
Colhendo em cada leirão*,
dentro do meu coração,
os doces frutos do amor!
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* Leirão = espaço de terreno cultivado
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Um Poetrix de Belo Horizonte/MG

Angela Togeiro

Falsa borboleta

Ousei ser lagarta e pupa.
Rompi o casulo
numa sociedade de asas tolhidas.
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Um Soneto de Salvador/BA

Gregório de Matos
Salvador/BA, 1623 – 1696, Recife/PE

SONETO A UMA SAUDADE

Em o horror desta muda soledade,
Onde voando os ares a porfia,
Apenas solta a luz a aurora fria,
Quando a prende da noite a escuridade.

As cruel apreensão de uma saudade!
De uma falsa esperança fantasia,
Que faz que de um momento passe a um dia,
E que de um dia passe à eternidade!

São da dor os espaços sem medida,
E a medida das horas tão pequena,
Que não sei como a dor é tão crescida.

Mas é troca cruel, que o fado ordena;
Porque a pena me cresça para a vida,
Quando a vida me falta para a pena.
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Uma Trova de Bandeirantes/PR

Adalberto Dutra Rezende
Cataguazes/MG, 1913 – 1999, Bandeirantes/PR

A missão será cumprida,
quer tu acertes ou falhes;
Deus traça as linhas da vida,
e o destino, seus detalhes...
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Um Poema de Angola

Aires de Almeida Santos
Bié, 1922 – 1991, Benguela

MEU AMOR DA RUA ONZE

Tantas juras nos trocamos,
Tantas promessas fizemos,
Tantos beijos roubamos,
Tantos abraços nos demos.

Meu amor da Rua Onze,
Meu amor da Rua Onze,
Já não quero
Mais mentir.

Meu amor da Rua Onze,
Meu amor da Rua Onze,
Já não quero
Mais fingir.

Era tão grande e tão belo
Nosso romance de amor
Que ainda sinto o calor
Das juras que nos trocamos.

Era tão bela, tão doce
Nossa maneira de amar
Que ainda pairam no ar
As promessas que fizemos.

Nossa maneira de amar
era tão doida, tão louca
Qu'inda me queimam a boca
Os beijos que nos roubamos.

Tanta loucura e doidice
Tinha o nosso amor desfeito
Que ainda sinto no peito
Os abraços que nos demos.

E agora
Tudo acabou.
Terminou
Nosso romance.

Quando te vejo passar
Com o teu andar
Senhoril,
Sinto nascer

E crescer
Uma saudade infinita
Do teu corpo gentil
De escultura
Cor de bronze,
Meu amor da Rua Onze.
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Quadra Popular de Minas Gerais

Não furtar
nada que dos outros são;
mas você bem que furtou 
meu pobre coração.
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Um Martelo Agalopado* de Caicó/RN

Professor Garcia
(Francisco Garcia de Araújo)

Já falei do sertão, falei do mar,
da floresta e do espaço eu já falei,
as montanhas e os morros já cantei
nem sei mais o que agora eu vou cantar.
Mas o poeta começa a imaginar
e descobre que a fonte da poesia
jorra tudo que a mente humana cria
sem jamais lhe faltar inspiração...
É o milagre do amor e da razão
que me faz ser poeta todo dia!
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*Martelo Agalopado, embora seja mais raro e seja mais usado pelos cantadores repentistas. No caso, a estrofe deve ter dez versos de dez sílabas poéticas, sendo que cada verso tem que ter a acentuação tônica na terceira, sexta e décima sílabas poéticas. A rima segue o mesmo padrão da décima. (http://acorda.net.br/?page_id=1061)

Recordando Velhas Canções (Travessia)


Compositores: Milton Nascimento e Fernando Brandt

Quando você foi embora
Fez-se noite em meu viver
Forte eu sou, mas não tem jeito
Hoje eu tenho que chorar

Minha casa não é minha
E nem é meu este lugar
Estou só e não resisto
Muito tenho pra falar

Solto a voz nas estradas
Já não quero parar
Meu caminho é de pedra
Como posso sonhar?

Sonho feito de brisa
Vento, vem terminar
Vou fechar o meu pranto
Vou querer me matar

Vou seguindo pela vida
Me esquecendo de você
Eu não quero mais a morte
Tenho muito o que viver

Vou querer amar de novo
E se não der, não vou sofrer
Já não sonho, hoje faço
Com meu braço o meu viver

Solto a voz nas estradas
Já não quero parar
Meu caminho é de pedra
Como posso sonhar?

Sonho feito de brisa
Vento, vem terminar
Vou fechar o meu pranto
Vou querer me matar

Vou seguindo pela vida
Me esquecendo de você
Eu não quero mais a morte
Tenho muito o que viver

Vou querer amar de novo
E se não der, não vou sofrer
Já não sonho, hoje faço
Com meu braço o meu viver
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Travessia: A Jornada de Superação e Renovação de Milton Nascimento
A canção 'Travessia', interpretada pelo icônico Milton Nascimento, é uma obra que se destaca no cenário da música popular brasileira. Composta em parceria com Fernando Brant, a música foi apresentada ao público no Festival Internacional da Canção de 1967, onde alcançou o segundo lugar, e desde então, tornou-se um dos clássicos da MPB. A letra da música reflete um momento de profunda tristeza e desolação, mas também de superação e esperança.

O início da canção revela um sentimento de perda e solidão, expresso pela partida de alguém importante ('Quando você foi embora / Fez-se noite em meu viver'). A casa e o lugar que não se sentem mais como próprios simbolizam a desorientação e o desamparo que acompanham o fim de um relacionamento ou a perda de um ente querido. A dor é tão intensa que o eu lírico menciona o desejo de terminar com a própria vida, uma metáfora para a profundidade do sofrimento experimentado.

No entanto, a música não se detém na dor. Ela evolui para uma narrativa de resiliência e reconstrução. O eu lírico decide seguir pela vida, esquecendo-se da pessoa que partiu e rejeitando a ideia da morte ('Eu não quero mais a morte / Tenho muito o que viver'). A mudança de perspectiva é marcante, pois passa da inércia dos sonhos para a ação ('Já não sonho, hoje faço / Com meu braço o meu viver'). 'Travessia' é, portanto, uma ode à capacidade humana de enfrentar adversidades, de se reinventar e de buscar novos amores e experiências, mesmo após ter passado por momentos de extrema vulnerabilidade.

Concursos Literários com Inscrições Abertas

10. CONCURSO  DE  POESIA  BIBLIOTECA  LYDIA  FRAYZE,  DE  OURINHOS/SP

Prazo: 01 de Junho

ASSOCIAÇÃO CULTURAL FAZENDAS FAMA

CATEGORIAS

O Concurso divide-se em quatro categorias:

• Categoria 1: Constituída por estudantes matriculados no 4o, 5o ou 6o ano do Ensino Fundamental das escolas públicas e privadas;

• Categoria 2: Constituída por estudantes matriculados no 7o, 8o ou 9o ano do Ensino Fundamental das escolas públicas e privadas;

• Categoria 3: Constituídas por estudantes matriculados no Ensino Médio;

• Categoria 4: Constituída por pessoas com mais de 18 anos ou que já concluíram o Ensino Médio, considerados na categoria de jovens e adultos.

PARTICIPANTES DO 10. CONCURSO DE POESIAS

Podem se inscrever os interessados que atendam as descrições mencionadas nas categorias 1,2, 3 e 4 deste edital;

Cada pessoa poderá apresentar apenas 1 (um) trabalho que seja caracterizado com o gênero literário POESIA;

É imprescindível identificar a qual categoria pertença o participante inscrito, caso esteja devidamente matriculado em uma Instituição de Ensino, será necessário colocar o nome da Instituição que se encontra matriculado.

O tema é de livre escolha do participante, no entanto não serão aceitos temas sensíveis como política e religião, e exige-se que o texto seja inédito de produção própria do inscrito, permitida apenas a publicação em rede social de sua propriedade, desde que redigido em Língua Portuguesa, salvo expressões ou palavras de natureza estrangeira.

Poderá participar qualquer pessoa residente, ou não, no Brasil.

INSCRIÇÕES

A inscrição será realizada no google formulário pelo link:


O formulário conterá campo obrigatório para preenchimento, como os dados cadastrais: nome completo do participante, nome completo do responsável, CPF do responsável, endereço residencial, telefone residencial ou de celular do responsável maior de idade, e-mail, pseudônimo, título da poesia e a categoria em que concorre, aceite do termo do uso de imagem e tratamento de dados, bem como anexar em PDF a poesia seguindo OBRIGATORIAMENTE as orientações elencadas abaixo:

• Título;
• Anexo no formato PDF;
• Fonte Arial ou Times New Roman 12;
• Espaçamento simples;
• Máximo 30 linhas;
• Não ultrapassar uma folha e não ser separado em mais de uma coluna;
• Não serão considerados trabalhos enviados fora dos requisitos acima;
• Cada candidato poderá concorrer com 1 (um) trabalho poético. O candidado que se inscrever com mais de um trabalho terá sua inscrição cancelada, sendo considerada apenas a última anexada.

PERÍODO DE ENVIO DOS TRABALHOS

O prazo para o envio dos trabalhos será de 01 de março de 2024 a 01 de junho de 2024.

JULGAMENTO

O julgamento será realizado no período de 20 junho de 2024 a 31 julho de 2024, pela Comissão Julgadora que será composta por 3 (três) jurados. Os jurados atribuirão pontuações de 0 a 10 as poesias com análise nos critérios que são: tema, presença de técnicas, ortografia, gramática e a carga poética.

Em caso de empate técnico, será considerada maior nota do item “presença de técnicas” para desempate. Caso persista o empate, o segundo item para desempate será “carga poética”. Se mesmo assim, persistir o empate será nomeado um dos jurados para o desempate.

DESCLASSIFICAÇÃO

Haverá a desclassificação do candidato caso seja observado:

• Não preencher todos os requisitos da ficha de inscrição;
• Apresentar poesia para avaliação de outra autoria e/ou plagiada;
• Apresentar a poesia fora dos padrões descritos neste edital.
• Arquivo enviado em formato diferente do especificado no edital. Ex. Word, txt, etc.
• Não serão aceitos trabalhos com temas sensíveis como Política e religião, a fim de evitar conflitos com julgamento imparcial;
• Não aceitar os termos de uso de imagem tratamento de dados corresponderá na desclassificação do candidato.

PREMIAÇÃO

As três primeiras colocações de cada categoria receberão os prêmios descriminados abaixo:

• 1o Lugar: Certificado, medalha e 01 Kindle 11o geração
• 2o Lugar: Certificado, medalha e vale livros de R$ 300,00
• 3o Lugar: Certificado, medalha e vale livros de R$ 200,00

OBSERVAÇÕES:

Todos os inscritos poderão acompanhar na página da Biblioteca Lydia Frayze no Facebook e Instagram o resultado do Concurso que será divulgado no dia 01 de Setembro de 2024 a partir das 14h.

Para fazer jus à premiação, o vencedor deverá buscar os prêmios na sede da Biblioteca Lydia Frayze no dia e horário acordado, exceto quando não residir na região da cidade de Ourinhos/SP, onde os prêmios serão enviados via Correios no endereço informado na ficha cadastral.

Não serão expedidos certificados de participação aos demais concorrentes.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A inscrição neste concurso corresponde à aceitação plena deste regulamento, e o seu não cumprimento resultará na desclassificação do candidato.

A Biblioteca Lydia Frayze não se responsabiliza por eventuais correções ortográfias dos trabalhos inscritos e aprovados.

Os casos omissos neste regulamento serão resolvidos pela Comissão Organizadora do Concurso, a quem cabem decisões definitivas e irrecorríveis.

Mais informações pelo e-mail: concursodepoesia@famacultural.com.br.
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CONCURSO DE CONTOS E CRÔNICAS GIOCONDA LABECCA

Prazo: 30 de Junho

— Homenagem Póstuma —

A Academia de Letras da Grande São Paulo torna público seu Concurso de Contos e Crônicas Gioconda Labecca, que objetiva estimular a criatividade e o interesse literário de estudantes e amadores.

REGULAMENTO

1. Poderão concorrer estudantes de todos os níveis de ensino e escritores amadores, com idade mínima de 16 (dezesseis anos), residentes em qualquer Estado brasileiro.

1.1. Não poderão concorrer membros de Pen-Clubes ou assemelhados, nem integrantes de Academia de Letras, ou escritores profissionais.

2. Para participar, os interessados deverão inscrever-se até 30 DE JUNHO DE 2024, ocasião em que deverão encaminhar trabalhos originais via eletrônica, no e-mail:


com todos os dados do participante: nome e endereço completos, inclusive CEP, número de RG e CPF, telefones fixo e celular e endereço de e-mail incluindo o título do trabalho (apenas um texto para cada autor) e informar: por qual meio de divulgação tomou conhecimento do Concurso de Contos e Crônicas Gioconda Labecca. 

Informações adicionais poderão ser obtidas na Secretaria da Academia, pelo telefone: (11) 4221-1643 ou pelo próprio e-mail da Academia, no período comercial da tarde.

2.1 Os trabalhos deverão ser originais, inéditos (não publicados em coletâneas ou livros), de autoria do inscrito, exclusivamente em português, respeitando o último acordo ortográfico e digitados, com caracteres Times New Roman, caixa 12 (doze), com espaço 1,5 entre as linhas, até o máximo de 5 (cinco) laudas cada original.

2.2 Cada participante poderá concorrer com apenas um estilo, conto ou crônica. O autor remeterá apenas um único trabalho. Para efeito de premiação, serão classificados os dez primeiros lugares, seja qual for a modalidade, segundo a qualidade do texto apresentado, avaliado e classificado pela Comissão Julgadora.

2.3 Serão desclassificados, automaticamente sem avaliação:

a) textos que evidenciem ser compilação ou plágio, a juízo da Comissão Julgadora;

b) textos julgados pornográficos, ou contendo erros grosseiros de linguagem e originais formatados desrespeitando as regras estabelecidas no item 2.1

3. Serão proclamados vencedores, pela Diretoria da Academia 10 (dez) trabalhos, como segue:

3.1 A premiação para esses trabalhos será a edição de uma Antologia que seguirá a ordem de classificação para composição da obra.

1º Lugar – Prêmio: GIOCONDA LABECCA; Certificado de Participação e 20 exemplares;

2º Lugar - Prêmio ALGRASP —2024; Certificado de Participação e 15 exemplares;

3º Lugar - Prêmio Revelação — 2024; Certificado de Participação e 10 exemplares;

4º ao 10º Lugar – Prêmio de Honra ao Mérito; Certificado de Participação e 05 exemplares.

4. A divulgação dos resultados, com nomes dos vencedores, será feita, após criteriosa avaliação dos trabalhos, pela Comissão Julgadora, em até 90 (noventa) dias contados a partir de 30 de junho de 2024, devendo, a premiação, ocorrer em Sessão Solene da Academia, em até 60 (sessenta) dias após a divulgação dos resultados, com a presença dos premiados e familiares e de eventuais patrocinadores, além dos Acadêmicos e da Diretoria do Sodalício.

5. Os originais dos trabalhos não serão devolvidos.

6. Os autores das obras selecionadas autorizam, automaticamente, a sua publicação em edição da Antologia Contos e Crônicas Gioconda Labecca, sem qualquer ônus, e declaram, ao participar, que estão cientes de todo o conteúdo do Regulamento do presente Concurso.

7. Os critérios usados pelos membros da Comissão Julgadora serão: Criatividade, Correção de Linguagem e Originalidade.

8. A Comissão Julgadora é soberana e conta com a credibilidade da Diretoria da ALGRASP, razão porque não caberá recurso de qualquer espécie aos participantes, nem de acadêmicos, pela avaliação dos contos vencedores, nem pelos critérios usados.

9. Os casos omissos serão resolvidos pela Diretoria da ALGRASP, em conjunto com os membros da Comissão Julgadora, nomeada pela Presidente e composta por Acadêmicos capazes e experientes, que já figuraram com êxito em concursos anteriores do Sodalício.
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VII  CONCURSO INTERNACIONAL DE POESIA DE JOAQUIM TÁVORA – PR.

Prazo: 28 de Julho

1. CONCORRENTES

1.1 Na categoria juvenil podem se inscrever cidadãos tavorenses dos 14 anos de idade completos aos 17 anos completos e que residam no município. 

A categoria infantil é somente para alunos tavorenses matriculados nos 4º e 5º anos do ensino fundamental da rede pública ou privada. Com premiações especiais aos três primeiros de cada categoria, o que totaliza, portanto, duas categorias infanto-juvenis. 

Para a categoria adulta, a partir dos 18 anos completos, com inscrição aberta de forma internacional, ou seja, válida em todo o território nacional e internacional. Ambas as categorias exigem trabalhos inéditos em Língua Portuguesa.

1.2 Cada concorrente pode se inscrever com apenas 1 (um) trabalho que respeite o ineditismo.

1.3 A apresentação dos trabalhos deve obedecer aos seguintes critérios:

1.3.1 Categorias infanto-juvenis:

a) Texto escrito em papel de caderno (grande) que não ultrapasse 50 (cinquenta) linhas;

b) A opção por texto em forma manuscrita é exclusiva para as categorias infanto-juvenis;

c) Os textos redigidos em computador devem ser na extensão .doc (textos recebidos em outros formatos de extensão de arquivos serão excluídos do certame);

d) Fonte Arial ou Times New Roman no tamanho 12;

e) Conter no máximo 2 páginas em formato Word/Windows, modo retrato;

f) Título (obrigatório, texto sem título será excluído do certame);

g) Dois espaços entre o título e o texto;

h) Espaçamento entre linhas 1,5;

i) Deve conter o nome do autor do trabalho e/ou pseudônimo;

j) O tema é LIVRE, mas que não contrarie os Direitos Humanos Universais e o Estatuto da Criança e do Adolescente, sendo exigido texto inédito. Entende-se por inédito, poemas que nunca foram publicados em livros, antologias, jornais, revistas, endereços eletrônicos, portais de comunicação, redes sociais e quaisquer formas de divulgação.

k) É proibida a correção dos trabalhos escritos pelos alunos, por parte de professores, mestres, pais ou responsáveis, diretores ou outros profissionais do ramo educacional, visando assim avaliar a escrita, o conhecimento dos alunos, o talento e as técnicas aprendidas. Caso haja a comprovação de que o trabalho infantil foi manipulado, este será desclassificado.

1.3.2 Categoria adulta:

a) Texto redigido em extensão .doc (ATENÇÃO somente extensão .doc será aceita.);

b) Fonte Arial ou Times New Roman, tamanho 12, modo da página: retrato;

c) Conter no máximo 2 páginas;

d) Título (obrigatório título, texto sem título será excluído do certame);

e) Dois espaços entre o título e o texto;

f) Deve conter o nome do autor do trabalho e/ou pseudônimo;

g) Assim como: 2.3.1 i.

1.3.3 Subcategoria Melhor Tavorense Classificado:

a) Dentro da categoria adulta internacional há a subcategoria Melhor Tavorense Classificado, ou seja, o/a tavorense que melhor se classificar no geral adulto. Aquele que totalizar a maior nota geral entre os jurados.

b) Prêmio que visa incentivar os talentos literários da cidade de Joaquim Távora.

c) Caso este concorrente tavorense fique entre os 5 (cinco) primeiros lugares na categoria adulta geral, este se manterá na subcategoria Melhor Tavorense Classificado, mas com menção especial em diploma.

2. DAS INSCRIÇÕES

2.1 Todas as inscrições são gratuitas para o VII CONCURSO INTERNACIONAL DE POESIA DE JOAQUIM TÁVORA – PR.

2.2 Cada participante poderá se inscrever com apenas 1 (um) trabalho. O trabalho deve conter:

título, texto, o nome do autor ou pseudônimo. Caso contrário, a inscrição será indeferida;

2.3 ATENÇÃO - Os trabalhos poderão ser entregues, no caso das categorias infantojuvenis, na Biblioteca Pública Ataíde Camargo, sede da Secretaria Municipal de Educação, Rua Senador Souza Naves, na cidade de Joaquim Távora, Estado do Paraná.

Os trabalhos entregues diretamente na biblioteca devem estar com etiquetas descritivas e em envelopes lacrados.

2.4 Os trabalhos devem ser inscritos através da internet, por e-mail:

concursointernacionalpoesiajt@gmail.com

Anexo, deverá conter, além do trabalho devidamente redigido conforme 1.3.1 e 1.3.2, uma folha ou lauda contendo dados pessoais e de contato: nome completo, pseudônimo, endereço residencial com CEP, telefones de contato, e-mail pessoal, data de nascimento, CPF, RG, nome do pai, nome da mãe e breve biografia. Todos num mesmo arquivo. Ou seja, após a(s) lauda(s) do poema inscrito inicia-se as informações pessoais e biográficas na página seguinte do mesmo arquivo;

2.5 IMPORTANTE, é necessário informar endereço correto, telefone, CPF e RG nas informações pessoais para que se possam efetuar as entregas dos prêmios via CORREIOS;

2.6 Prazo de inscrição: 8 de abril de 2024 a 28 de julho de 2024 para ambas as categorias.

O concorrente só pode se inscrever em 1 (uma) categoria e com 1 (um) trabalho literário.

2.7 As escolas concorrentes devem inscrever seus alunos via e-mail ou diretamente na Biblioteca Cidadã Ataíde Camargo. Em envelope organizado por turmas, ou organizado por mensagem enviado por e-mail, ou seja, cada turma terá 1 (um) arquivo com todas as poesias digitalizadas com as devidas informações pessoais. NÃO HÁ MODELO DE FICHA DE DADOS PESSOAIS.

3. JULGAMENTO

3.1 O julgamento encerra-se no dia 8 de agosto de 2024 para ambas as categorias.

3.2. As avaliações serão feitas por uma comissão julgadora que deverá conter 5 (cinco) profissionais de educação e ou pedagogia sem vínculos com os concorrentes, ou artistas que possuam contribuições na área literária comprovadas, ou indivíduos que sejam leitores assíduos
da literatura nacional e de literatura em língua portuguesa que tenham na leitura uma prática
corriqueira e essencial além da crítica aos trabalhos lidos, para que se almeje por parte do júri uma avaliação imparcial entre os concorrentes, sem influências parentais, pessoais e/ou outras formas não éticas no que diz respeito a este concurso.

4. PREMIAÇÃO

4.1 Os trabalhos serão classificados até o terceiro lugar de cada categoria, recebendo troféus, livros, presentes e diplomas.

4.2 Os quartos e quintos lugares, recebem diplomas de Menção Honrosa, livros e presentes.

4.3 Na categoria Infantil, a escola vencedora que representa o aluno primeiro lugar recebe troféu de Escola do Ano.

4.4 Na categoria infantil, as professoras vencedoras que representam os alunos primeiro, segundo e terceiro lugares recebem medalhas de ouro, prata e bronze como Professoras do Ano.

4.5 Um membro da Comunidade Tavorense que tenha vínculos com a literatura ou educação ou sobre menções e trabalhos literários executados em sua carreira será homenageado na cerimônia de premiação. Sendo nesta edição homenagem à escritora tavorense Lucélia Demeu. Tal indicação de menção deve ser executada pelo Chefe da Divisão de Cultura do município que entregará o certificado de Honra ao Mérito Literário na noite das premiações.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

5.1 A inscrição de obra literária significa aceitação completa deste regulamento. Os casos omissos serão julgados pela Comissão do Júri. Tal comissão possui decisões definitivas e irrecorríveis.

5.2 Entende-se por poema ou poesia neste concurso, um texto escrito sob a forma de versos e estrofes, com ou sem rima, o tema é livre, mas que não fuja aos regulamentos do certame.

5.3 Será de responsabilidade do (a) autor (a) o dever de confirmar se o texto enviado é inédito. Caso seja comprovada sua publicação anterior a este concurso ou ser um texto plagiado, a inscrição será anulada, podendo esse participante responder judicialmente por infringir a Lei 9.610/98 de direitos autorais.

5.4 A noite de premiação será na Estação Ferroviária Afonso Camargo (Sede da Divisão de Cultura) no dia 23 de agosto de 2024, às 19:30 horas, nesta cidade, para ambas as categorias.

5.5 A cerimônia de premiação será transmitida ao vivo por canal na rede social de internet. Sendo: www.facebook.com/culturajt.

5.6 O edital e resultados: http://www.joaquimtavora.pr.gov.br/
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JUBILEU   DE   CRISTAL   DO   BLOG   POESIA   RETRÔ

Prazo: 31 de Julho

Regulamento

1. TROVA 

2. Âmbitos e temas:

Por se tratar de um concurso de blog o âmbito é nacional podendo participar quaisquer pessoas, mas os participantes devem observar as categorias da UBT.

2.1. Categoria Veterano: – Tema: Retrô (lírica/filosófica) 

2.2. Categoria Novo Trovador – Tema: Poesia (lírica/filosófica)  - (Registrar Novo Trovador abaixo da trova);

2.3 Categoria HUMOR: Sem distinção de Categoria: Tema: Deboche

3 Modo de Envio: 

3.1. ENVIO POR E-MAIL: 

O envio será pelo e-mail 


Apresentar no corpo do e-mail a trova, categoria (Novo Trovador ou Veterano), cidade com estado e telefone.

4. PRAZO:

Trovas recebidas até 31 de julho de 2024.

5. PREMIAÇÃO:

O Blog Poesia Retrô fornecerá diploma para os classificados e publicação dos trabalhos no blog.
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