EM QUESTIONAMENTO
Aumento meus vícios,
destruo meus sonhos,
produzo meus versos
áridos, ásperos, azedos qual limão;
causas da estrada infinita amorosa!
A cabeça pesada, passos dispersos,
sinto-me alucinado, em um labirinto
de dúvidas; gostos vis, controversos.
= = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = =
NOS PASSOS DO REALISMO
Arrancam as roupas,
transam pelas vielas,
vergonha não existe.
Andam aos gritos, cantarolam bêbados,
propelem pedras contra alguns animais,
enquanto o astro-rei escaldante assiste
às peripécias desses impudentes seres;
nessa desordenância a ordem preexiste!
= = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = =
O VIAJANTE
Atraque seu barco,
atire-se nas águas,
viva esse instante.
Permita que a sereia cante
às dores de amores findos,
um hino para cada amante.
Depois siga avante. Vá, vá
singrando o mar, ó viajante.
= = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = =
O VIAJANTE II
Singrando o mar,
furando as ondas,
avisto o barquinho.
Ele some assim, bem devagarinho,
naquele seu sobe, desce contínuo,
livre, semelhante a um passarinho.
Na bandeira levantada está escrito:
"Nenhum homem deverá ir sozinho".
= = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = =
O VIAJANTE III
Tentando se libertar
da intensa sensação
de amor tresloucado,
que faz do nosso peito
um hospício; a paz (ah!
a paz) ser rio estourado;
sim, assim vai o homem,
sem o bem mais amado!
Aumento meus vícios,
destruo meus sonhos,
produzo meus versos
áridos, ásperos, azedos qual limão;
causas da estrada infinita amorosa!
A cabeça pesada, passos dispersos,
sinto-me alucinado, em um labirinto
de dúvidas; gostos vis, controversos.
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NOS PASSOS DO REALISMO
Arrancam as roupas,
transam pelas vielas,
vergonha não existe.
Andam aos gritos, cantarolam bêbados,
propelem pedras contra alguns animais,
enquanto o astro-rei escaldante assiste
às peripécias desses impudentes seres;
nessa desordenância a ordem preexiste!
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O VIAJANTE
Atraque seu barco,
atire-se nas águas,
viva esse instante.
Permita que a sereia cante
às dores de amores findos,
um hino para cada amante.
Depois siga avante. Vá, vá
singrando o mar, ó viajante.
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O VIAJANTE II
Singrando o mar,
furando as ondas,
avisto o barquinho.
Ele some assim, bem devagarinho,
naquele seu sobe, desce contínuo,
livre, semelhante a um passarinho.
Na bandeira levantada está escrito:
"Nenhum homem deverá ir sozinho".
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O VIAJANTE III
Tentando se libertar
da intensa sensação
de amor tresloucado,
que faz do nosso peito
um hospício; a paz (ah!
a paz) ser rio estourado;
sim, assim vai o homem,
sem o bem mais amado!
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