O historiador
João Capistrano Honório de Abreu nasceu na cidade de Maranguape, Ceará, em 23
de outubro de 1853. Fez seus primeiros estudos em rápidas passagens por várias
escolas. Em 1869, viajou para Recife, onde cursou humanidades, retornando ao
Ceará dois anos depois. Em Fortaleza, foi um dos fundadores da Academia
Francesa, órgão de cultura e debates, progressista e anticlerical, que durou de
1872 a 1875.
Neste último
ano, viajou para o Rio de Janeiro, tornando-se empregado da Editora Garnier.
Foi aprovado em concurso público para bibliotecário da Biblioteca Nacional. Em
1879, foi nomeado oficial da Biblioteca Nacional. Lecionou Corografia e
História do Brasil no Colégio Pedro II, nomeado por concurso em que apresentou
tese sobre O descobrimento do Brasil e o seu desenvolvimento no século XVI.
Eleito para a Academia Brasileira de Letras, recusou-se a tomar posse.
Patrono da
cadeira 15 da Academia Cearense de Letras e da cadeira 23 da Academia
Brasileira de Literatura de Cordel.
Dedicou-se ao
estudo da história colonial brasileira, elaborando uma teoria da literatura
nacional, tendo por base os conceitos de clima, terra e raça, que reproduzia os
clichês típicos do colonialismo europeu acerca dos trópicos, invertendo,
todavia, o mito pré-romântico do «bom selvagem».
Morreu no Rio
de Janeiro, aos 74 anos, em 13 de agosto de 1927.
Em 9 de
dezembro de 2003 o Correio brasileiro edita o selo comemorativo aos 150 anos do
nascimento de Capistrando de Abreu.
Em 1953 o
Correio Brasileiro também emitiu selo comemorativo ao centenário de nascimento
do referido historiador.
Obras:
Estudo sobre
Raimundo da Rocha Lima (1878);
José de
Alencar (1878);
A língua dos
Bacaeris (1897);
Capítulos de
História Colonial (1907);[1]
Dois
documentos sobre Caxinauás (1911-1912);
Os Caminhos
Antigos e o Povoamento do Brasil (1930);
O
Descobrimento do Brasil (1883);
Ensaios e
Estudos (1931-33, póstumos);
Correspondência
(1954, póstuma).
Fonte:
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