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sexta-feira, 12 de setembro de 2025

Dicas de Escrita (Como Escrever o Resumo de um Livro)

coescrito por Annaliese Dunne* no Wikihow


Escrever o resumo de um livro ajuda qualquer um a absorver o que está lendo, bem como facilita a consulta a referências — para o caso de você precisar se lembrar dos pontos principais da obra, por exemplo. Para isso, leia o livro com atenção e faça anotações sobre ideias, trechos e personagens importantes. Depois, use-as para redigir e revisar o trabalho final!

Método 1: Fazendo anotações

1 Faça anotações enquanto lê. 

Use um caderno quando for avançar na leitura para escrever seus pensamentos. Assim, você vai conseguir registrar tudo de forma correta, facilitando o trabalho nos passos seguintes.

Se possível, anote as informações em vários pedaços de papel. Você pode usar um para as impressões gerais e suas ideias básicas, outro para listar os personagens e eventos, outro para falar dos temas principais da obra etc.

Você também pode listar as palavras que não conhece para pesquisar. Encontre seus significados em um dicionário e, em seguida, anote suas definições.

Não sublinhe nem marque o livro: além de permanentes, essas marcas não vão servir muito para a sua memorização.

2 Monte uma lista dos personagens principais.

Escreva o nome e uma breve descrição das personalidades ou características principais dessas pessoas. 

Inclua uma ou duas linhas para falar dos desejos e objetivos de cada uma. Depois, use as anotações para pensar em como os personagens ilustram os temas centrais do livro.

Você também pode criar uma linha do tempo dos principais eventos do livro, ainda mais se a cronologia for complicada ou confusa. Faça várias delas se a história der saltos entre o passado e o presente.

3 Divida o livro em seções.

Pense, por exemplo, em três partes — começo, meio e fim — para não ficar sobrecarregado. Depois, organize suas anotações de acordo com elas.

No começo, apresente os personagens principais e o cerne da história.

No meio, explore o principal "problema" do livro, seja a batalha entre o bem e o mal ou até um assassinato misterioso.

No fim, resolva o problema principal do livro.

4 Identifique o ponto principal de cada seção.

Pense no que o autor explora em cada parte, bem como na relação que elas têm entre si.

5 Determine a ideia principal do livro.

Conforme avança na leitura, pense em que lição a obra quer ensinar e nos temas que são recorrentes: algo de que os personagens falem, um defeito das pessoas que cause problema atrás de problema etc.

Por exemplo: talvez o autor queira mostrar aos leitores que o orgulho faz as pessoas tomarem decisões ruins. Para demonstrar isso, os personagens principais vivem se metendo em situações inusitadas porque são orgulhosos e arrogantes.

Se estiver lendo uma obra de não ficção, a ideia principal pode ter algo a ver com a história ou a sociedade. Talvez o autor queira mostrar aos leitores que comer fast food é nocivo — e, para isso, traga vários exemplos que comprovem suas afirmações.

Método 2: Montando e editando o resumo

1 Descubra se há alguma orientação quanto ao tamanho do resumo.

Se o texto for parte de um trabalho de escola ou faculdade, você provavelmente vai ter que respeitar algum limite de palavras ou linhas. Aproxime-se ao máximo desse número: se for curto demais, vai parecer que não leu o livro; se for muito longo, vai ser muito prolixo.

Por exemplo: se o limite for de 200 palavras, escreva entre 190 e 200.

Mesmo que esteja escrevendo o resumo por conta própria, tente deixá-lo curto, com cerca de 500 palavras, para que ele seja uma ferramenta de consulta acessível.

2 Descreva os pontos centrais e os personagens principais da história.

Comece apresentando o título e o autor do livro e, depois, dizendo o que acontece na obra — tudo em poucas frases, como uma introdução breve.

Por exemplo: "A obra Harry Potter e a Pedra Filosofal, de J.K. Rowling, conta a história de um menino órfão que descobre que é um bruxo. Ele descobre também que existe um mundo fantástico, repleto de bruxos e bruxas do bem e do mal, durante seu primeiro ano na escola de magia de Hogwarts".

3 Explique os pontos principais das seções do livro.

Use suas anotações para resumir o desenrolar da história. Dedique algumas frases a explicar o que acontece em cada seção, como os eventos se sucedem, e por que esse trecho é importante no enredo como um todo.

Essa parte do resumo pode ficar assim: "A primeira parte do livro apresenta o mundo dos bruxos. O leitor vivencia essa experiência com o próprio Harry, que também é lançado naquele mundo novo. Conforme a história progride, fica claro que há algo de ruim acontecendo em Hogwarts — e Harry e seus amigos, Rony e Hermione, decidem descobrir o que é. O fim da obra traz uma série de testes e provações que o menino precisa superar com a ajuda dos amigos e o amor de sua mãe".

4 Conclua com a ideia central do livro.

Termine o resumo dizendo qual a lição que a obra passa. Consulte suas anotações e lembre-se do que havia pensado antes. Escreva uma última frase bem impactante.

Por exemplo: "J.K. Rowling usou a história para mostrar que até pessoas talentosas precisam de amizade e amor para superar o mal".

5 Não dê sua opinião no resumo.

Ele deve conter uma descrição neutra do livro, focada em fatos. Não escreva sobre o que sente quando lê a obra ou dos pontos em que concorda e discorda do autor.

6 Faça uma revisão gramatical do resumo.

Veja se há erros de ortografia ou gramática. Leia o texto em voz alta para encontrar vírgulas fora de lugar e afins e reconte o número de palavras.

Mesmo que esteja escrevendo o resumo para uso pessoal ou para um clube de leitura, ainda é essencial fazer uma revisão — pois o texto tem que fazer sentido. Leia-o com cuidado para saber se há algo a ser mudado.

7 Mostre o resumo a um colega, ainda mais se tiver que entregá-lo na escola ou faculdade.

Essa é uma ótima ideia, já que a pessoa vai detectar erros que você não veria. Se pedir a um colega de sala, ele também pode lhe entregar o texto que escreveu para que ambos se ajudem!

Método 3: Lendo com atenção e cuidado

1 Vá para um lugar quieto, onde possa ler sem distrações.

Fique longe da TV; ponha o celular no modo silencioso e deixe-o guardado; concentre-se somente no livro e no tempo que vai dedicar à leitura.

Leia perto de uma lâmpada ou janela para não forçar os olhos.

2 Divida a leitura em etapas curtas.

Leia em sessões de 20 minutos para não se cansar. 

Se gosta mesmo do livro, leia por uma ou duas horas de cada vez. Dessa forma, vai processar o enredo com mais calma.

3 Se tiver um prazo, dedique tempo suficiente para a leitura.

Ninguém gosta de ficar a noite toda acordado para ler o livro e escrever o resumo de uma vez. Separe pelo menos duas semanas para obras menores e um mês para as maiores. Leia um pouco todos os dias.

Se tiver que fazer o resumo para um trabalho de escola ou faculdade ou um clube de leitura, comece a ler assim que possível. O professor ou orientador do grupo provavelmente calculou quantas semanas são necessárias para que cada pessoa leia a obra e faça o resumo sem pressa.

4 Releia trechos importantes.

É fácil detectá-los: eles acontecem, por exemplo, quando um personagem principal descobre algo significativo ou quando há uma reviravolta surpreendente.

Esses trechos não costumam focar em descrições, e sim em mudanças significativas do enredo: um evento trágico, a resolução de um conflito etc.

5 Preste muita atenção nos personagens principais.

Preste muita atenção nos personagens principais. Os protagonistas são aqueles cujos erros, ações e sentimentos têm a ver com os pontos centrais do livro. Leia com muito cuidado quando eles aparecerem.

6 Não se distraia com os detalhes menores.

Quando estiver escrevendo o resumo, não precisa incluir informações muito específicas sobre personagens, descrições ou partes do enredo que são secundários. Mesmo que ainda tenha que ler esses trechos, não se sinta preso a eles.
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* Annaliese Dunne é Professora de Inglês de Ensino Médio. Com mais de 10 anos de experiência no ramo, é experiente no ensino de gramática e de escrita, assim como no de interpretação. É formada em Inglês.

Fontes:
Imagem criada por Jfeldman com Microsoft Bing 

sábado, 30 de agosto de 2025

Dicas de Escrita (Como Criar um Bom título de Livro) – 2, final

texto de Alicia Cook*
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INSPIRANDO-SE EM OUTRAS FONTES

1
Pesquise. 

Anote os elementos fundamentais da sua história, principalmente objetos e locais. Pesquise sobre eles e procure por uma inspiração para criar seu título.

Por exemplo, se o enredo é centrado em uma esmeralda que é passada através de gerações de uma mesma família, você pode pesquisar sobre elas e irá descobrir que são associadas com fé e esperança para criar um título para o livro (como "A Pedra da Esperança", por exemplo).

2
Dê uma olhada em suas próprias estantes de livros. 

Inspire-se vendo os títulos dos livros que possui, anotando os que mais chamarem sua atenção.
Anote tanto os títulos que chamarem sua atenção agora, durante sua pesquisa, quanto os que você já conhecia anteriormente.

Analise sua lista e tente determinar o que os títulos de sucesso possuem em comum. Por exemplo, eles apelam para os sentidos das pessoas, a imaginação delas, suas curiosidades, etc?

3
Use uma alusão. 

Uma alusão é uma referência ou uma frase retirada de um contexto externo, como outra obra literária, uma música ou até algo comum, como um slogan ou o nome de uma marca.

Muitos autores já se inspiraram em obras clássicas, como William Faulkner, cuja obra Sound and the Fury (O Som e a Fúria) é inspirada no solilóquio de Macbeth, e John Steinbeck, que se inspirou na canção patriótica americana "The Battle Hymn of the Republic" para dar o título Grapes of Wrath (As Vinhas da Ira) a seu livro.

Outros escritores já se utilizaram de provérbios vernáculos, como Anthony Burgess, que definiu o título de seu livro como A Clockwork Orange (Laranja Mecânica) inspirando-se no provérbio Cockney “queer as a clockwork orange” (tão estranho quanto uma laranja mecânica).

Muitos outros também já se inspiraram na cultura popular, como Kurt Vonnegut, que usou o slogan da marca Wheaties para o livro Breakfast of Champions (Café da Manhã dos Campeões).

EVITANDO ERROS COMUNS

1
Crie um título que se relacione com o tipo de seu livro. 

Se você escolher um título que parece ser de outro gênero e não do conteúdo de sua obra, os leitores ficarão confusos e alienados.

Por exemplo, se o título do romance dá a entender que é uma obra de fantasia (Os Dragões da Velha Torre, por exemplo), mas o enredo é sobre ataques terroristas nos Estados Unidos, você vai alienar as pessoas que comprarem o livro procurando por uma história de fantasia, enquanto os que gostam de temas de guerra e terrorismo nunca irão adquirir esta obra, pois não farão ideia de que o livro, com este título, aborda o assunto.

2
Limite a extensão. 

Na maioria dos casos, títulos breves e impactantes fazem muito mais sucesso que os longos e difíceis de serem lembrados.

Por exemplo, o título “Um Homem e sua Aventura Solitária ao Escalar o Perigoso Monte Himalaia" é menos atraente aos leitores que "Desbravando a Montanha Mortal", mais curto e mais imaginativo.

3
Torne-o interessante. 

Títulos que usam linguagem poética, imagens vívidas ou um pouco de mistério tendem a ser mais atraentes a leitores em potencial.

Linguagem poética num título, como “A Rose for Emily” (Uma Rosa para Emily) ou Gone with the Wind (E o Vento Levou) irá atrair leitores com um jogo de frases elegante, que promete uma história ou estilo de escrita igualmente poéticos.

Títulos que evocam imagens vívidas agradam leitores, pois invocam coisas tangíveis e significativas. Um título como Midnight in the Garden of Good and Evil (Meia-Noite no Jardim do Bem e do Mal), apesar de longo, cria imediatamente uma ideia e uma imagem vívida da batalha entre o bem e o mal.

Dar um toque de mistério ao título também irá atrair leitores. Something Wicked This Way Comes (obra de Ray Bradbury, que também faz alusão a Macbeth, lançada no Brasil como "No Templo das Tentações", mas se traduzida ao pé da letra pode ser interpretada como "Algo Perverso Está Vindo") ou “The Black Cat” (O Gato Preto) são títulos que dão informações suficientes para levantar perguntas que irão atrair o leitor a continuar lendo.

4
Use aliterações com muita moderação. 

Apesar da aliteração — que consiste na repetição de sons sucessivos no começo de palavras — poder realmente chamar a atenção ou deixar um título muito mais memorável, é um recurso que também deixará o título sem graça e medíocre se não for feito corretamente.

Aliterações sutis, como I Capture the Castle (Castelo dos Sonhos, no Brasil, mas pode ser traduzido como "Eu Capturo o Castelo") ou The Count of Monte Cristo (O Conde de Monte Cristo), poderão deixar os títulos mais atrativos.

Aliterações forçadas ou óbvias, por outro lado, podem rapidamente desestimular um leitor a ler sua obra ("A Aventura Amedrontadora de Amélia Amendola" ou "O Guia Gourmet do Grande Guilherme").

DICAS

Se um título parecer familiar demais a você, provavelmente ele já foi usado — usado em excesso, até — e deve ser evitado.

Caso não consiga criar o título de jeito nenhum, tente fazer "brainstorm": escreva livremente, faça listas ou crie um agrupamento das ideias que permeiam seu texto; o que melhor funcionar para você.

O título deve ser bem simples e não longo demais.
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* Alicia Cook é uma Escritora Profissional que mora em Newark, New Jersey. Com mais de 12 anos de experiência, Alicia é especialista em poesia e usa sua plataforma para defender famílias afetadas por vícios e para combater os preconceitos relacionados a doenças mentais e a vícios. É formada em Inglês e Jornalismo pela Georgian Court University e possui MBA pela Saint Peter's University. Alicia é poeta bestseller pela Andrews McMeel Publishing e seu trabalho já foi destacado por inúmeras plataformas midiáticas, como NY Post, CNN, USA Today, Huffington Post, LA Tims, American Songwriter Magazine e pela Bustle. Foi apontada pela Teen Vogue como uma das 10 poetas de redes sociais a serem seguidas. Sua mixtape com poemas, "Stuff I've Been Feeling Lately" foi finalista no Goodreads Choice Awards de 2016.
Fontes:
https://pt.wikihow.com/Criar-um-Bom-T%C3%ADtulo-de-Livro
Imagem criada por Jfeldman com Microsoft Bing

sexta-feira, 29 de agosto de 2025

Dicas de Escrita (Como Criar um Bom título de Livro) – 1

texto de Alicia Cook*
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O título pode parecer algo sem importância, mas ele possui um impacto significativo em como sua história é interpretada. Muitas vezes, ele irá determinar se alguém irá ler ou ignorar o que você escreveu. Felizmente (ou infelizmente), geralmente é o título que atrai as pessoas, independentemente da quantidade de tempo e do esforço feito para escrever a história. Logo, apesar de ser tentador dar um título qualquer ao seu livro, não faça isto!

INSPIRANDO-SE COM SUA HISTÓRIA

1
Obtenha inspiração através de um tema chave do enredo. 

Um título de sucesso deve se adaptar à história de maneira adequada mas evocativa.

Pense no tema principal de sua história: é a vingança? Alienação? Tristeza? Ao determiná-lo pense em títulos que representem tal tema. Se, por exemplo, for redenção, um bom título pode ser “A Reconquista”

2
Dê o título baseando-se em um local importante de sua história. 

Se uma cidade, vila, floresta ou qualquer outro lugar é de fundamental importância em seu enredo, use o nome dele como título.

Por exemplo, se o ponto crucial de sua história acontecer em uma cidade chamada Santa Cecília, adote o nome dela como título do livro ou, se preferir, inspire-se em eventos que lá acontecem durante o desenvolvimento da narrativa, intitulando a obra como "Os Alienígenas de Santa Cecília" ou "As Cinzas de Santa Cecília”.

3
Escolha um título inspirado por um acontecimento decisivo da história. 

Se houver um evento em particular que influencia todos os personagens ou dá uma guinada no enredo e modifica os eventos subsequentes, utilize-o como inspiração para seu título.
Por exemplo, pense em algo como "Morte Entre Ladrões" ou "Tragédia Noturna".

4
Baseie o título em seu personagem principal. 

Dar o nome de um importante personagem da história ao livro pode fornecer uma simplicidade atraente ao título. No entanto, o nome de tal personagem deve ser notável ou memorável.

Muitos autores conhecidos escolheram dar o nome de seus personagens às suas obras: Charles Dickens, com David Copperfield, Charlotte Bronte, em Jane Eyre, Miguel de Cervantes, em Don Quixote, sem falar em escritores mais contemporâneos, como J.K. Rowling na série "Harry Potter" e Rick Riordan em "Percy Jackson".

5
Crie um nome baseando-se em uma frase memorável da história. 

Se você colocou uma frase original e inteligente em sua narrativa, que captura um tema ou elemento importante da história, utilize ou adapte-a para o título.

Por exemplo, obras como To Kill a Mockingbird (O Sol é Para Todos), They Shoot Horses, Don’t They? (Mas Não se Matam Cavalos?) e Sleepless in Seattle (Sintonia de Amor) possuem seus título baseados em frases que são ditas durante a história.
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continua…
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* Alicia Cook é uma Escritora Profissional que mora em Newark, New Jersey. Com mais de 12 anos de experiência, Alicia é especialista em poesia e usa sua plataforma para defender famílias afetadas por vícios e para combater os preconceitos relacionados a doenças mentais e a vícios. É formada em Inglês e Jornalismo pela Georgian Court University e possui MBA pela Saint Peter's University. Alicia é poeta bestseller pela Andrews McMeel Publishing e seu trabalho já foi destacado por inúmeras plataformas midiáticas, como NY Post, CNN, USA Today, Huffington Post, LA Tims, American Songwriter Magazine e pela Bustle. Foi apontada pela Teen Vogue como uma das 10 poetas de redes sociais a serem seguidas. Sua mixtape com poemas, "Stuff I've Been Feeling Lately" foi finalista no Goodreads Choice Awards de 2016.
Fontes:
https://pt.wikihow.com/Criar-um-Bom-T%C3%ADtulo-de-Livro
Imagem criada por Jfeldman com Microsoft Bing  

sexta-feira, 22 de agosto de 2025

Dicas de Escrita (Como fazer um Prefácio)

Um prefácio de livro é um texto introdutório que geralmente apresenta o livro ao leitor, contextualizando a obra e, em alguns casos, o autor. Ele serve para criar uma conexão inicial com o leitor, despertar seu interesse e prepará-lo para a leitura. 

Como fazer um prefácio:

1. Decidindo quem escreverá o prefácio:

Pode ser o próprio autor ou outra pessoa, como um colega escritor ou especialista. 

2. Apresente o livro e o autor:

Brevemente, introduza o tema do livro e, se for o caso, o autor, suas motivações e trajetória. 

3. Contextualize a obra:

Explique o contexto em que o livro foi escrito, as razões que levaram o autor a escrever, as fontes utilizadas, as dificuldades enfrentadas, etc. 

4. Crie uma conexão com o leitor:

Utilize uma linguagem envolvente, desperte a curiosidade e mostre o valor da obra para o leitor. 

5. Seja instigante:

Deixe o leitor curioso para saber mais sobre o livro, mas evite spoilers. 

6. Estruture o prefácio: 

Abertura: Comece com uma frase impactante que prenda a atenção do leitor. 

Desenvolvimento: Apresente as informações relevantes sobre o livro e o autor. 

Conclusão: Encerre com uma mensagem que reforce o valor da obra e convide o leitor a continuar a leitura. 

O que incluir no prefácio:

Apresentação do autor:
Se for um autor iniciante, o prefácio pode ser uma oportunidade para apresentar sua trajetória e experiência. 

Motivação para a escrita:
Explique as razões que levaram o autor a escrever o livro. 

Contexto histórico e social:
Dependendo do tema do livro, pode ser útil contextualizar a obra em seu tempo. 

Processo criativo:
Detalhes sobre como o livro foi escrito, as dificuldades enfrentadas e as fontes utilizadas. 

Impacto da obra:
Pode-se mencionar o impacto que o livro pode ter nos leitores ou em determinado público. 

Agradecimentos pelo autor:
É comum que o autor agradeça a pessoas ou instituições que o ajudaram na produção do livro. 

Dicas:

O prefácio não deve ser uma análise crítica da obra. 

Evite revelar detalhes que possam estragar a surpresa do leitor. 

Seja breve e objetivo, um prefácio muito longo pode desmotivar o leitor. 

Se o livro for uma reedição, o prefácio pode explicar as mudanças e novidades da nova versão. 

Se o livro tiver um prólogo, o prefácio pode complementar a introdução, apresentando o autor e o contexto. 

Lembre-se que o prefácio é um espaço para criar uma conexão com o leitor e apresentar a essência da sua obra.

Fontes:
Texto obtido com IA do Google
Imagem criada por Jfeldman com Microsoft Bing 

sexta-feira, 11 de julho de 2025

Dicas de Escrita (A Narração e sua estrutura)

  NARRAÇÃO

A narração ou narrativa pode ser definida como um dos três modos literários, sendo os outros o lírico e o dramático; ou como um dos três modos básicos de redação, sendo as outras a descrição e a dissertação.

Basicamente narrar é contar uma história, e para tanto teremos personagens, cenários, conflitos, cenas. O estudo da narrativa e destes elementos é chamado de narratologia, comumente associado ao estruturalismo, mas com referências na Poética grega e no formalismo russo.

Roland Barthes, mestre no estudo da narrativa, afirma que "a narrativa está presente em todos os tempos, em todos os lugares, em todas as sociedades, começa com a própria história da humanidade; é fruto do gênio do narrador ou possui em comum com outras narrativas uma estrutura acessível à análise".

Ação

A ação é o conjunto de acontecimentos que se desenrolam num determinado espaço e tempo. Aristóteles, em sua Poética, já afirmava que "sem ação não poderia haver tragédia". Sem dificuldade se estende o termo tragédia à narração, e assim a presença de ação é o primeiro elemento essencial ao texto narrativo.

Estrutura da ação

A ação da narrativa é constituída por três ações: Intriga, Ação principal e Ação secundária.

•Intriga: Ação considerada como um conjunto de acontecimentos que se sucedem, segundo um princípio de causalidade, com vista a um desenlace. A intriga é uma ação fechada.

•Ação principal: Integra o conjunto de sequências narrativas que detêm maior importância ou relevo.

•Ação secundária: A sua importância define-se em relação à principal, de que depende, por vezes; relata acontecimentos de menor relevo.

Sequência

A ação é constituída por um número variável de sequências (segmentos narrativos com princípio, meio e fim), que podem aparecer articuladas dos seguintes modos:

•Encadeamento ou organização por ordem cronológica

•Encaixe, em que uma ação é introduzida numa outra que estava a ser narrada e que depois se retoma

•Alternância, em que várias histórias ou sequências vão sendo narradas alternadamente.

Tempo

Tempo cronológico ou tempo da história - determinado pela sucessão cronológica dos acontecimentos narrados.

•Tempo histórico - refere-se à época ou momento histórico em que a ação se desenrola.

•Tempo psicológico - é um tempo subjetivo, vivido ou sentido pela personagem, que flui em consonância com o seu estado de espírito.

•Tempo do discurso - resulta do tratamento ou elaboração do tempo da história pelo narrador. Este pode escolher narrar os acontecimentos:

Por ordem linear

•(anacronia), recorrendo à analepse (recuo a acontecimentos passados) ou à prolepse (antecipação de acontecimentos futuros);

•(isocronia), como, por exemplo, na cena dialogada;

•(anisocronia), recorrendo ao resumo ou sumário (condensação dos acontecimentos), à elipse (omissão de acontecimentos) e à pausa (interrupção da história para dar lugar a descrições ou divagações).

Personagens

Roland Barthes, além de retomar a importância que os clássicos davam à ação, avança ao afirmar que “não existe uma só narrativa no mundo sem personagens”. Aqui se entende personagem não como pessoas, seres humanos. Um animal pode ser personagem (Revolução dos Bichos), a morte pode ser personagem (As intermitências da morte), uma cidade decadente ou uma caneta caindo podem ser personagens, desde que estejam num espaço e praticando uma ação, ainda que involuntária.

Relevo das personagens

•Protagonista, personagem principal ou herói: desempenha um papel central, a sua atuação é fundamental para o desenvolvimento da ação.

•Personagem secundária: assume um papel de menor relevo que o protagonista, sendo ainda importante para desenrolá-lo da ação.

•Figurante: tem um papel irrelevante no desenrolar da ação, cabendo-lhe, no entanto, o papel de ilustrar um ambiente ou um espaço social de que é representante.

Composição

•Personagem modelada ou redonda: dinâmica, dotada de densidade psicológica, capaz de alterar o seu comportamento e, por conseguinte, de evoluir ao longo da narrativa.

•Personagem plana ou desenhada: estática, sem evolução, sem grande vida interior; por outras palavras: a personagem plana comporta-se da mesma forma previsível ao longo de toda a narrativa.

•Personagem-tipo: representa um grupo profissional ou social.

•Personagem coletiva: Representa um grupo de indivíduos que age como se os animasse uma só vontade.

Caracterização

Direta

•Autocaracterização: a própria personagem refere as suas características.

•Heterocaracterização: a caracterização da personagem é-nos facultada pelo narrador ou por outra personagem.

Indireta 
O narrador põe a personagem em ação, cabendo ao leitor, através do seu comportamento e/ou da sua fala, traçar o seu retrato.

Espaço

•Espaço físico: é o espaço real, que serve de cenário à ação, onde as personagens se movem.

•Espaço social: é constituído pelo ambiente social, representando, por excelência, pelas personagens figurantes.

•Espaço psicológico: espaço interior da personagem, abarcando as suas vivências, os seus pensamentos e sentimentos.

Final

Narrador

Participação

• Heterodiegético: Não participante.

• Autodiegético: Participa como personagem principal.

• Homodiegético: Participa como personagem secundária.

• Focalização: É a perspectiva adotada pelo narrador em relação ao universo narrado.

• Focalização onisciente: colocado numa posição de transcendência, o narrador mostra conhecer toda a história, manipula o tempo, devassa o interior das personagens.

• Focalização interna: o narrador adota o ponto de vista de uma ou mais personagens, daí resultando uma diminuição de conhecimento.

• Focalização externa: o conhecimento do narrador limita-se ao que é observável do exterior.

Sucessão e Integração

Claude Bremond, ao definir narrativa, acrescenta a sucessão e a integração como essenciais para a narratividade: "Toda narrativa consiste em um discurso integrando uma sucessão de acontecimento de interesse humano na unidade de uma mesma ação. Onde não há sucessão não há narrativa, mas, por exemplo, descrição, dedução, efusão lírica, etc. Onde não há integração na unidade de uma ação, não há narrativa, mas somente cronologia, enunciação de uma sucessão de fatos não relacionados".

Totalidade de significação

A totalidade de significação é apontada por Greimas como outro elemento fundamental da narrativa. Ainda que aparentemente o leitor não entenda um texto, há de ter nele uma significação para que se configure como história, como narração.

Em prosa e verso

Apesar de aparecer comumente em prosa, a narração pode existir em versos. Os exemplos clássicos são as epopeias, como a Odisseia, ou os romanceiros, como o Romanceiro da Inconfidência. Mas poemas como O Caso do Vestido e Quadrilha, de Carlos Drummond de Andrade, são verdadeiras narrativas em versos, com ação, personagens, sucessão, integração e significação.

Fontes:
Imagem obtida com Microsoft Bing

sábado, 21 de junho de 2025

Tainá Rios (Por que investir na divulgação de seus livros nas redes sociais?)


As redes sociais, seja Instagram, Facebook, TikTok ou YouTube, são consideradas como vitrines virtuais. São nesses locais que grandes marcas e pequenos empreendedores disputam um pouco da atenção do público em troca de curtidas, interações e, claro, a concretização da venda. Atualmente, esse espaço também é um local de divulgação de obras literárias.

Para Paula Simas, autora de e-books de romance hot, o Instagram é a principal vitrine de divulgação dos seus livros. Ela argumenta que o perfil online é um portal de vendas e precisa ser tão atraente quanto as suas próprias histórias. "Posts e reels que despertem a curiosidade do leitor, uma sinopse envolvente e uma capa chamativa fazem toda a diferença. No fim, é a soma desses fatores que levará alguém a escolher o seu livro entre tantos outros", explica.

Vilto Reis, escritor, roteirista de quadrinhos, professor de escrita criativa e RPGista, também acredita no potencial das redes sociais. E explica: "Se você for um autor de não-ficção, isso é ainda mais importante, pois você ganha autoridade e se posiciona dentro do nicho com o qual quer se comunicar". Além do Instagram, Vilto também investe na produção de conteúdos em vídeos para o YouTube e no formato de podcast. Apesar da constante mudança das regras dos algoritmos, essa ferramenta possibilita que os conteúdos literários cheguem a mais pessoas, conectando o livro com os autores. "Quando conversamos sobre assuntos que interessam o público, que também pode ser o potencial comprador dos nossos livros, fazemos com que o algoritmo entenda que nosso conteúdo pode se conectar com essas pessoas", explica.

Outro ganho é a identificação do mercado literário com os novos autores. Vilto relembra o convite que recebeu para participar como palestrante na Semana dos Escritores de Chapecó. "Encontraram meu trabalho no Instagram, avaliaram como interessante e me chamaram. Então, há um ganho geral, que nem sempre está diretamente ligado a vendas", afirma.

A romancista e poetisa Wlange Keindé vê as redes sociais como um meio de comunicação entre as pessoas. Para ela, esse caminho é o mais fácil para alcançar o público. "A maioria dos leitores espera encontrar por lá tanto os escritores, cujo trabalho eles já conhecem, quanto novas possibilidades de leitura. Por isso, acredito que, enquanto escritores, a divulgação dos nossos trabalhos nas redes sociais é essencial para que possamos alcançar mais gente", explica.

AS TÉCNICAS DE MARKETING DIGITAL PARA AUTORES

Desde o início de 2025, Wlange trabalha na divulgação do seu último lançamento, "O abraço morno dos muros". Para essa divulgação, ela contou com a ajuda de uma agência de marketing digital, que desenvolveu uma estratégia de funil de vendas. "Eu nunca tinha feito uma estratégia de marketing tão pensada, e estou aprendendo muito com essa experiência", ressalta.

A romancista também já aplicou a técnica de marketing de conteúdo nos seus perfis de redes sociais. De acordo com a sua experiência, o público leitor pesquisa o nome dos autores em buscadores online para conhecer um pouco mais antes da compra. "As pessoas que seguem um escritor numa rede social querem saber o que o conteúdo produzido por esse escritor pode agregar na vida delas", afirma.

Vilto também investe em estratégia de divulgação. Ele aplica a jornada de compra e o funil de vendas. "A jornada de compra funciona como um funil. Primeiro, você atrai um público amplo; depois, parte desse público se relaciona com seu conteúdo; por fim, uma parcela dessas pessoas se torna compradora dos seus livros", explica. O recomendado ao aplicar essas técnicas é criar conteúdos voltados para cada etapa do funil de vendas. Por exemplo, a cada dez conteúdos disponíveis, é interessante dividir entre: atração de novos seguidores, conexão com o público e vendas.

O roteirista de quadrinhos alerta : criar conteúdo sem clareza pode atrapalhar o desempenho de qualquer escritor. E enviar mensagens diretas oferecendo o livro também. Ele aposta na criação de conteúdos relevantes que alcancem os leitores certos e, assim, aumentam as chances de sucesso na divulgação. "O ideal é destacar os aspectos mais interessantes do livro. Se você escreve ficção, pense nos temas centrais e na jornada dos personagens. Se escreve sobre um assunto técnico ou acadêmico, encontre os pontos que podem gerar curiosidade ou resolver dúvidas do público", explica.

A autora de e-books aposta na constância de conteúdos para a divulgação das suas obras. Ela investe em produções de reels e posts para que o perfil no Instagram seja atualizado diariamente.

AS FERRAMENTAS DIGITAIS PARA DIVULGAÇÃO DE LIVROS

Entre as ferramentas digitais mais populares e usadas na divulgação dos livros nas redes sociais estão o tráfego pago, a parceria com os influenciadores literários, a produção de infoprodutos, como podcasts, e o apoio dos bookstans.

Paula Simas usa o recurso de tráfego pago para atrair novas leitoras. Pela sua experiência, essa é a ferramenta que gera mais resultados. "Isso porque alcança um público maior e entrega o conteúdo para pessoas com interesses semelhantes. Quando utilizado de forma otimizada, pode trazer resultados surpreendentes", afirma.

O escritor e professor Marcelo Spalding acredita que, para determinado tipo de livro e grupos de autores, essa estratégia pode ajudar, sim. "É preciso que o autor se envolva com a rede e participe dela. Dessa maneira, o anúncio irá funcionar como um impulsionamento mesmo", explica.

Wlange Keindé gosta de aplicar a parceira com influenciadores literários, pois se iguala a um boca a boca, porém da nova geração. Além disso, é uma maneira de produzir conteúdo sobre um livro e o autor na rede social, que podem virar resultados de pesquisas na internet. "Os seguidores de um influenciador literário confiam nas opiniões e nos gostos dele, tendo assim uma boa chance de se interessarem por um livro divulgado por ele", declara.

Por fim, a ferramenta de apoio bookstan. O termo ficou mais conhecido após a pandemia de Covid-19, mas a prática existe desde 2018 entre os produtores de vídeo no YouTube, que usam o nome de comunidade booktube, e são especialistas em conteúdos para leitores. Em tradução livre significa fã de livros, pois é a junção das palavras "book" (livro, em inglês) e "stan" (termo da cultura pop que se refere a um fã).

A escritora Paula utiliza bastante esse recurso e aconselha: "Antes de fechar a parceria, é importante verificar se o gênero do seu livro se alinha às leituras normalmente divulgadas no perfil, garantindo que o público se identifique com a sua obra". Ou seja, não arrisque divulgar uma comédia romântica em um perfil focado nos gêneros literários fantasia ou dark.

Os profissionais bookstans são conhecidos por acompanhar todos os lançamentos de um autor ou saga, conhecer todos os detalhes de uma história, aprender as línguas criadas para as adaptações de uma série literária e participar ativamente de comunidades online de leitura. E tem como missão principal seguir e engajar com autores, editoras e criadores de conteúdo literário em todas as redes sociais.

OS BENEFÍCIOS DA DIVULGAÇÃO NAS REDES SOCIAIS

No Brasil, o Instagram é a terceira rede social mais usada pelos produtores de conteúdo. E tem muito potencial para entregar os conteúdos a novas pessoas, inclusive leitores. De acordo com os três entrevistados, a plataforma tem diversos recursos que apoiam a trajetória do autor, que são: possibilidade de criar conteúdo em diversos formatos, construção de comunidade, investimento em anúncios pagos, e possibilidade de divulgação de links de vendas.

"O Instagram possibilita diferentes estratégias: os reels para atrair, o feed para criar relacionamento e os stories para engajar os leitores. O último passo dessa jornada, que é a venda de livros, pode acontecer por meio de posts no feed ou anúncios patrocinados. Mas o ideal é que o processo ocorra de forma orgânica: primeiro, os leitores descobrem o autor, depois se relacionam com ele e, por fim, adquirem seus livros", explica Vilto Reis.

Apesar do potencial do Instagram, os entrevistados elegeram o YouTube como a plataforma que traz mais benefícios às divulgações de livros e conteúdos literários. Wlange possui canais na plataforma há bastante tempo e afirma que possui uma comunidade fiel de seguidores. Para a poetisa, o público que acessa o canal no YouTube consegue ver com mais facilidade todos os vídeos postados desde a criação do canal até o conteúdo mais recente. Essa facilidade não existe em redes como Instagram e TikTok. "Uso muito o YouTube, já que é a rede principal em que produzo conteúdo, no canal Ficçomos. Eu divulgo meus livros no YouTube porque já tenho uma comunidade por lá, e essa é uma rede social muito boa para a criação de comunidade", afirma.

Marcelo Spalding, que está à frente do canal Formação de Escritores, também vê na rede social um caminho para a divulgação das obras literárias. "A pessoa que se dispõe a ter um canal sobre determinado tema pode conseguir novos leitores e compradores para seu livro, se o tema do livro for semelhante ao do canal. Então uma pessoa que pretenda publicar um livro de literatura fantástica poderia ter um canal falando sobre livros do gênero, filmes, seriados, e com isso, ao publicar seu próprio livro, esse público teria mais potencial de interesse", explica.

Diversos benefícios e técnicas foram apresentados para responder à pergunta do título: por que investir na divulgação de livros nas redes sociais? Fato é que as plataformas online apoiam os autores na busca por leitores, na venda dos livros e, o mais importante, na promoção do nome como figura pública.

Por fim, o conselho para construir um bom planejamento na rede social escolhida pelos entrevistados, o YouTube. É necessário conhecer bem o seu nicho, qual história os seus leitores gostam de assistir e quais os perfis de youtubers mais dialogam com o seu público. "É importante entrar em contato para entender os custos dessa divulgação e a forma como ela é feita. Enviar dezenas de exemplares de livros a diversos youtubers sem que eles confirmem o interesse pela obra é um desperdício", explica Spalding.
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Tainá Rios é jornalista, especialista em Cultura Digital e Redes Sociais e aluna do Curso Formação de Escritores pela Metamorfose. Começou a escrever ainda na adolescência, enviando cartas aos amigos e familiares. Já atuou como colunista de cotidiano e apresentadora no Diário de Viamão. Desde 2019, comando o podcast Me Conta Sua História?, disponível nas plataformas de streaming.

Fontes:
Imagem criada por Jfeldman com Microsoft Bing  

sexta-feira, 13 de junho de 2025

Juan Barnav (Como escrever um livro) – 8, final. A resolução da obra

(tradução do espanhol por José Feldman)


Ao longo dos pontos-chave anteriores, focamos na origem, no desenvolvimento e nas características da nossa história e de seus personagens.

À medida que o enredo se aproxima do fim, precisamos dar-lhe uma conclusão.

Discutimos as características de um conto, que, em última análise e para os nossos propósitos, é o mesmo que um romance; a única diferença é a extensão. Estamos nos referindo à introdução, ao clímax e à conclusão.

Existem várias maneiras de chegar à conclusão de uma história, dependendo de nossas preferências. Pode haver um final feliz, onde os protagonistas alcançam seus objetivos desejados e todos ficam muito felizes; sendo uma história romântica, o casal apaixonado será muito feliz, e terminaria praticamente como o final clássico da história "eles se casaram e viveram felizes para sempre". No entanto, existem outras maneiras de alcançar a felicidade sem precisar se casar, dependendo das necessidades do nosso enredo.

Também pode acontecer de a conclusão não conter os elementos de felicidade que o leitor deseja. O autor, com os fios da trama em mãos, poderia então lograr um final trágico onde os protagonistas não alcançassem a felicidade almejada.

Outra maneira de atingir o clímax da obra é onde a justiça prevalece e todos estão em seu lugar, embora nem todos estejam necessariamente satisfeitos. E um final também pode ser exatamente o oposto, sem necessariamente decair para a tragédia; a conclusão pode ser injusta para os protagonistas em alguns aspectos e pode se aplicar ao provérbio "para o bem há males".

Da mesma forma, podemos concluir nossa história de qualquer uma das maneiras mencionadas, mas também tentar deixar uma mensagem; isto é, como no caso das fábulas, mencionar a moral clássica do conto, para que a história recém-lida possa ser tomada como uma lição; e então ela terá características didáticas.

Consequentemente, para chegar ao final desejado e para que ele seja considerado adequado, dadas as características de nossos personagens, bem como o ambiente em que se desenrolam, é necessário considerar três aspectos: a ideia geral básica da obra; que tipo de narrativa pretendemos criar; e a declaração do tema ou enredo. Por fim, o desfecho que se pretende dar, de acordo com os conceitos de gênero literário que indicamos anteriormente.

Sugere-se, portanto, que escrevamos uma sinopse, um resumo dos pontos principais da nossa história, que servirá de guia para o esboço do enredo. Uma vez conhecido o tema e a evolução que ele sofrerá, será necessário considerar como a obra será narrada, destacando o básico em oposição ao que será meramente episódico: os eventos fundamentais versus os adicionais, o que ajudará a "vesti-la" melhor. No entanto, existem histórias que não contêm diálogos, mas apenas narração, mesmo quando escritas exclusivamente em primeira pessoa.

Se quisermos conseguir um final dramático para a nossa história, é principalmente na ação que devemos concentrar nossa atenção.

No final trágico, são os protagonistas que morrem, ao estilo de Romeu e Julieta, por conta própria, devido à impossibilidade de seu amor.

Exercício:

Escreva uma sinopse com as características indicadas, no máximo uma página: personagens principais, situações, tema definido. Ensaie três finais diferentes: um trágico, um humorístico e um com uma mensagem.

CONCLUSÕES

Depois de terminar seu trabalho...

Faça uma pausa:

Embora possa não parecer, o esforço despendido na escrita de uma obra literária, por menor que seja, merece uma pausa. Mas não de você, mas da própria obra.

Em outras palavras, você precisa deixá-la descansar para que seu ânimo se acalme um pouco e você possa revisá-la com calma e entusiasmo, ao mesmo tempo, fazendo os ajustes e correções que julgar necessários; especialmente aqueles relacionados a aspectos estritamente gramaticais, em especial a ortografia.

Com o espírito satisfeito por ter concluído seu trabalho, por ter dado o toque final a um projeto que pode ter várias páginas, é importante encarar as coisas com calma.

Esta é a razão fundamental para o merecido descanso do nosso trabalho. Depois de revisarmos nosso conto ou romance e darmos o que consideramos o toque final para confirmar que está pronto para ser apresentado ao público em geral, passaremos para a segunda fase do trabalho do escritor, que consiste em efetivamente concluir o registro da obra.

O número de cópias da primeira edição. Pode variar de 1.000 a 3.000 na primeira edição, embora haja exceções. O número de edições que pretendem fazer do seu trabalho. A qualidade do papel em que será impresso. Isso está diretamente relacionado ao preço pelo qual será vendido ao público. Se será uma edição econômica, uma edição de bolso, uma edição de luxo ou uma edição pautada, já que as editoras atendem a diferentes mercados e têm linhas especiais para cada um. 

Da mesma forma, a capa ou a contra-capa apresentarão apenas letras, letras e algumas ilustrações, ou letras e uma fotografia marcante. 

A qualidade da encadernação é importante. Você sem dúvida já teve livros em mãos e as páginas começaram a se soltar simplesmente ao folheá-los. É importante garantir uma encadernação de boa qualidade, caso contrário, isso será prejudicial às vendas do seu livro. 

É importante compreender todos os itens acima para que um autor iniciante possa ter certeza de que os editores conduzirão o trabalho com bom gosto e propriedade.

Fontes:
http://www.mailxmail.com/curso-como-escribir-libro/ Acesso em 20.06.2022
Imagem criada por Jfeldman com Microsoft Bing