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quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024
O nosso português de cada dia (Erros de português que você não pode mais cometer) = 4
quarta-feira, 31 de janeiro de 2024
O nosso português de cada dia (Erros de português que você não pode mais cometer) = 3
segunda-feira, 29 de janeiro de 2024
O nosso português de cada dia (Erros de português que você não pode mais cometer) = 2
domingo, 28 de janeiro de 2024
O nosso português de cada dia (Erros de português que você não pode mais cometer) = 1
domingo, 14 de janeiro de 2024
sábado, 13 de janeiro de 2024
sexta-feira, 12 de janeiro de 2024
quinta-feira, 11 de janeiro de 2024
quarta-feira, 14 de outubro de 2020
O Nosso Português de Cada Dia (Por quê, Porquê, Porque e Por que)
1- Por quê: separado com acento
Trata-se da junção entre uma preposição (classe de palavras que tem a função de ligar um termo ao outro) com um pronome interrogativo (quê). É usado apenas em final de oração, pois o “quê” vira tônico antes de ponto de interrogação (lembre-se que na fala é necessário uma entoação na voz para fazer perguntas). Pode ser trocado, sem nenhum prejuízo por “por qual motivo” e “por qual razão”.
Exemplo:
Se os mantimentos estão embrulhados, a Maria está nervosa por quê?
2- Porquê: junto e com acento
É um substantivo e deve vir acompanhado por um artigo “o/os”. O “porquê” junto e acentuado é sinônimo da palavra motivo e razão (nesse caso sem a preposição “por”).
Exemplo:
Nunca me disse o porquê não falar mais comigo.
3- Por que: separado e sem acento
Nesse caso, é semelhante ao “por quê” separado com acento. Forma-se a partir de uma preposição (por) mais um pronome interrogativo ou relativo (que) e pode ser usado tanto em frases interrogativas quanto nas orações afirmativas. Desse modo, aqui também pode ser trocado pela palavra “motivo” ou razão” e serve para perguntas diretas e frases terminadas com ponto final.
Exemplos:
Por que você chegou correndo? (Por qual razão você chegou correndo?).
Maria sabe por que eu não pude trabalhar hoje. (Maria sabe por qual motivo eu não pude trabalhar hoje.).
4- Porque: junto e sem acento
É uma conjunção explicativa, assim, para não ter erro, você pode substituir por outra conjunção explicativa como “pois”, “já que”, “porquanto”, se não houver prejuízo no sentido, o uso está correto. Ele serve para indicar causa, explicação ou justificativa.
Exemplos:
Não consegui fazer a lição de casa porque estava doente. (Não consegui fazer a lição de casa, pois estava doente.).
Cheguei muito adiantado porque não quis incomodar os convidados. (Cheguei muito adiantado, pois não quis incomodar os convidados.).
Fonte das diferenças:
terça-feira, 18 de fevereiro de 2014
Erros Comuns em Redação IV
Não "se o" diz.
É errado juntar o se com os pronomes o, a, os e as.
Assim, nunca use:
Fazendo-se-os, não se o diz (não se diz isso), vê-se-a, etc.
63.
Acordos "políticos-partidários".
Nos adjetivos compostos, só o último elemento varia:
acordos político-partidários.
Outros exemplos:
Bandeiras verde-amarelas, medidas econômico-financeiras, partidos
social-democratas.
64.
Andou por "todo" país.
Todo o (ou a) é que significa inteiro:
Andou por todo o país (pelo país inteiro).
Toda a tripulação (a tripulação inteira) foi demitida.
Sem o, todo quer dizer cada, qualquer:
Todo homem (cada homem) é mortal.
Toda nação (qualquer nação) tem inimigos.
65.
"Todos" amigos o elogiavam.
No plural, todos exige os:
Todos os amigos o elogiavam.
Era difícil apontar todas as contradições do texto.
66.
Favoreceu "ao" time da casa.
Favorecer, nesse sentido, rejeita a:
Favoreceu o time da casa.
A decisão favoreceu os jogadores.
67.
Ela "mesmo" arrumou a sala.
Mesmo, quanto equivale a próprio, é variável:
Ela mesma (própria) arrumou a sala.
As vítimas mesmas recorreram à polícia.
68.
Chamei-o e "o mesmo" não atendeu.
Não se pode empregar o mesmo no lugar de pronome ou substantivo:
Chamei-o e ele não atendeu.
Os funcionários públicos reuniram-se hoje: amanhã o país conhecerá a decisão dos servidores (e não "dos mesmos").
Fonte:
www.info-vest.com.br
segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014
Erros Comuns em Redação III
Ficou contente "por causa que" ninguém se feriu.
Embora popular,a locução não existe.
Use porque: Ficou contente porque ninguém se feriu.
57.
O time empatou "em" 2 a 2.
A preposição é por:
O time empatou por 2 a 2.
Repare que ele ganha por e perde por. Da mesma forma: empate por.
58.
À medida "em" que a epidemia se espalhava...
O certo é:
À medida que a epidemia se espalhava...
Existe ainda na medida em que (tendo em vista que):
É preciso cumprir as leis, na medida em que elas existem.
59.
Não queria que "receiassem" a sua companhia.
O i não existe:
Não queria que receassem a sua companhia.
Da mesma forma:
passeemos, enfearam, ceaste, receeis
(só existe i quando o acento cai no e que precede a terminação ear: receiem, passeias, enfeiam).
60. Eles "tem" razão.
No plural, têm é assim, com acento.
Tem é a forma do singular.
O mesmo ocorre com vem e vêm e põe e põem: Ele tem, eles têm; ele vem, eles vêm; ele põe, eles põem.
61.
A moça estava ali "há" muito tempo.
Haver concorda com estava.
Portanto:
A moça estava ali havia (fazia) muito tempo.
Ele doara sangue ao filho havia (fazia) poucos meses.
Estava sem dormir havia (fazia) três meses.
(O havia se impõe quando o verbo está no imperfeito e no mais-que-perfeito do indicativo.)
Fonte:
www.info-vest.com.br
terça-feira, 7 de maio de 2013
A Estética De Uma Redação
Surge então a busca por um trabalho mais limpo e com estética para a estrutura. Observando os exemplos de redações da dica passada, podemos notar que a estética não é tão ordenada, por isso a sequência lógica se perde no meio do caminho e fica sem sentido no que diz respeito ao desenvolvimento de seus argumentos centrais e finais para uma conclusão mais segura e estruturada.
Lembre-se sempre que, ao formar um Plano de Trabalho para escrever sua redação, você deve visualizar também a sua ESTÉTICA:
= Nunca coloque uma expressão que desconheça, pois o erro de ortografia e acentuação é o que mais tira pontos em uma redação;
= Nunca coloque hífen onde não é necessário como em penta-campeão ou separação de sílabas erroneamente como ca-rro (isto só acontece em espanhol e estamos escrevendo na língua portuguesa);
= Nunca use gírias na redação pois a dissertação é a explicação racional do que vai ser desenvolvido e uma gíria pode cortar totalmente a sequência do que vai ser desenvolvido além de ofender a norma culta da Língua Portuguesa;
= Nunca esqueça dos pingos nos "is" pois bolinha não vale;
= Nunca coloque vírgulas onde não são necessárias (o que tem de erro de pontuação !);
= Nunca entregue uma redação sem verificar a separação silabica das palavras;
= Nunca comece a escrever sem estruturar o que vai passar para o papel;
= Tenha calma na hora de dissertar e sempre volte à frase-núcleo para orientar seus argumentos;
= Verifique sempre a ESTÉTICA: Parágrafo, acentuação, vocabulário, separação silábica e principalmente a PONTUAÇÃO que é a maior dificuldade de quem escreve e a maioria acha que é tão fácil pontuar !
= Respeite as margens do papel e procure sempre fazer uma letra constante sem diminuir a letra no final da redação para ganhar mais espaço ou aumentar para preencher espaço;
= A letra tem que ser visível e compreensível para quem lê;
= Prepare sempre um esquema lógico em cima da estrutura intrínseca e extrínseca;
= Não inicie nem termine uma redação com expressões do tipo: "... Eu acho... Parece ser... Acredito mesmo... Quem sabe..." mostra dúvidas em seus argumentos anteriores;
= Cuidado com "superlativos criativos" do tipo: "... mesmamente... apenasmente." . E de "neologismos incultos" do tipo: "...imexível... inconstitucionalizável...".
Se você prestou atenção nas redações da dica anterior, percebeu que elas estavam seguindo a estrutura redacional intrínseca (interior) quanto a INTRODUÇÃO, DESENVOLVIMENTO E CONCLUSÃO, mas não obedeciam a parte extrínseca (exterior) que é a apresentação da Redação, ou melhor, a aparência da escrita mostrando um conteúdo limpo e claro.
O que notamos é que nas redações faltaram parágrafos e respeito às margens (estética do trabalho) e a DISSERTAÇÃO do estudante que colocou várias idéias na introdução sem definir uma geral e tornou odesenvolvimento confuso, pois faltou dissertar sobre as tais conveniências comerciais do ovo de páscoa da introdução e centrou muito na História da Figura do Cordeiro sem explicar o que a ver a malhação de Judas e o Domingo de Páscoa. A conclusão começa a ficar em apuros e o fechamento das idéias da introdução e do desenvolvimento terminam prejudicadas. Nosso desafio é escrever esta dissertação usando todas as dicas para uma redação boa.
Como disse meu colega, o Professor Rogério: "A melhor dica para Redação: é Pensar. Penso logo escrevo" O segredo é simples: EU ESCRITOR TAMBÉM SOU LEITOR . ( Tudo que estou escrevendo vem do que penso e preciso montar um bom plano para entender o que escrevo e deixar minha leitura mais compreensível para os demais leitores )
A LÓGICA ESTRUTURAL: FRASE-NÚCLEO
Observe o texto dissertativo e analise a sua parte lógica na introdução, desenvolvimento e conclusão:
A PÁSCOA CRISTÃ
A Páscoa é uma festa cristã. Nela celebramos a Libertação dos Hebreus por Móises e Javé (Jeová -verbo hebraico para Ser) como também a Ressurreição de Cristo.
A Bíblia relata no Velho Testamento a saída do povo hebreu perseguido pelo Faraó e libertos pelo Senhor na passagem do Mar Vermelho, mas no Novo Testamento a Ressurreição abre uma idéia de salvação, de vida nova, de libertação do corpo pela vida eterna após a morte e eleva o sonho de um mundo novo: A Nova Jerusalem. Por estes eventos comemoramos a Páscoa.
Em todo mundo cristão comemora-se a Páscoa como a festividade mais significativa de libertação e ressurreição por dois momentos bíblicos que marcam a mesma esperança de encontrar a Nova Jerusalém.
Nota-se claramente que além da estética exterior e da simples idéia de seguir a estrutura interna, o escritor prezou pela lógica de sua redação e não só pelo segmento da introdução, desenvolvimento e conclusão mas nota-se uma definição muito clara de uma idéia geral (central) na introdução que fortaleceu o encadeamento das idéias e protegeu o sentido argumentativo do contexto e fechou a conclusão trazendo ao leitor a visão do que o tema pediu a Páscoa Cristã e que foi mencionada no núcleo frasal: "... A Páscoa é uma festa cristã...".
Veja o esquema lógico montado em cima da estrutura redacional: TEMA: A Páscoa Cristã; Núcleo ou Tópico-frasal: A Páscoa é uma festa cristã (idéia geral) Desenvolvimento (idéias encadeadas ou periféricas que sustentam a idéia central)
Saída do povo hebreu (EXODUS)
Ressurreição de Cristo (PROMESSA DE DEUS)
Promessa de Vida Eterna (NOVA JERUSALEM) Conclusão (Conversão das idéias proclamadas na redação)
"... todo mundo cristão..." "... festividade significativa..."(puxa a idéia central da introdução)
"...dois momentos bíblicos..." "... Nova Jerusalem..." (puxa o argumento do desenvolvimento)
O que ocorreu na dissertação anterior a esta foi a confusão de idéias e isto complicou a estrutura então podemos dizer que dentro da introdução surge a primeira idéia a ser construída na redação e a conclusão termina a montagem de nosso pensamento escrito. E como fica o desenvolvimento ? Isto vamos mostrar em suas formas de ordenações que é o mais simples de se fazer dentro de um tópico frasal bem estruturado e vamos mostrar todas as formas de ordenações do desenvolvimento. Não percam!
Montamos em nossa tela mental o que vamos fazer no papel:
TEMA: Os brasis do Brasil Frase-núcleo: O Brasil por suas variadas diversidades possui vários brasis que se moldam no território nacional e determinam algo que vai além de suas fronteiras regionais.
Desenvolvimento:
A divisão territorial;
A formação regional;
Os diferentes brasis.
Conclusão:
Cada região territorial é um Brasil diferente não só por sua divisão fronteiriça mas por sua diversidade cultural, geográfica e muito mais política fortalecendo o Brasil como Nação e Governo.
Temos um Brasil que se forma de diversas maneiras em cada região e possui uma forma diferente de observar o País como meio de sobrevivência de um povo ou de fortalecimento político das massas emergentes em suas áreas de atuações territoriais, regionais, culturais e políticas.
Quase preparamos a redação só na esquematização da lógica inicial da introdução.
Fonte:
http://www.seruniversitario.com.br
sábado, 6 de abril de 2013
O Nosso Português de Cada Dia (Pegadinhas do Português) 8
Toda a mulher casada deveria saber dirigir automóvel.
Toda a (note a presença do artigo) significa inteira. Depois desse entendimento, a frase parece esdrúxula da cabeça aos pés!
Toda (note a ausência do artigo) significa qualquer. Agora, sim, a frase passa a ter sentido, pois se quer referir, na frase inicial, a qualquer mulher, e não à mulher inteira.
Veja os seguintes exemplos:
Todo homem deveria falar uma língua além da materna. (qualquer homem)
Todo o homem tremia de frio. (o homem inteiro)
Toda a cidade festejou a vitória do time. (a cidade inteira)
Toda cidade tem problemas com drogas. (qualquer cidade)
A frase inicial, depois da correção, fica assim:
Toda mulher casada deveria saber dirigir automóvel.
Pegadinha 43
Se você ver o Marcos, diga-lhe que a data do concurso foi adiada!
Esta frase representa uma pedra no sapato para muitos candidatos. O futuro do subjuntivo do verbo ver faz-se assim: vir, vires, vir, virmos, virdes, virem.
A frase inicial, depois da correção, fica assim:
Se você vir o Marcos, diga-lhe que a data do concurso foi adiada!
Pegadinha 44
Depois que ouvi a notícia, fiquei curioso por conhecer aquela cidade.
Eis um equívoco no uso da regência nominal. Curioso e curiosidade pedem a preposição de para unirem-se a seus complementos. Algumas vezes, ficamos curiosos de ou temos curiosidade de alguma coisa, porém jamais por alguma coisa. Exemplos:
Curioso de saber por que errava tanto, resolvi ler mais e estudar português.
Curioso de vê-lo chegar àquela hora, quis saber onde estivera.
A curiosidade infantil de entender como o rádio funcionava levou-o à faculdade de engenharia, na qual destacou-se como o mais qualificado aluno.
A palavra curioso pode ser usada sem complemento. Algumas pessoas são levadas a confundir a regência nessa construção, achando, erroneamente, que curioso pede a preposição por. Exemplo:
Sou curioso por estar sempre inquieto.
Levando a frase acima à ordem direta, comprova-se que a preposição não é exigida pela palavra curioso, mas apenas é parte integrante do adjunto adverbial de modo:
Por estar sempre inquieto, sou curioso.
A frase correta seria:
Depois que ouvi a notícia, fiquei curioso de conhecer aquela cidade.
Pegadinha 45
Na prova, pediam-se cálculos difíceis de resolverem.
A presente frase apresenta erro no uso do infinitivo. Não se flexiona o infinitivo que vem depois das expressões difíceis de, fáceis de, bons de, gostosos de etc. Exemplos:
Filmes difíceis de compreender.
As explicações da professora são fáceis de entender.
São trabalhos bons de realizar.
Bolos gostosos de saborear.
A frase acima estará correta, se assim for escrita:
Na prova, pediam-se cálculos difíceis de resolver.
Pegadinha 46
O preço do quilo da laranja varia entre um a dois reais.
Esta frase é de relativa importância para quem vai prestar provas de concursos. Entre se relaciona com e, e não com a:
O espetáculo começará entre vinte e vinte e uma horas.
Se na frase não constar a palavra entre, tudo bem! Nesse caso, usa-se a preposição a:
A altura da fogueira oscilava de trinta a quarenta metros.
A frase inicial, depois da correção, fica assim:
O preço do quilo da laranja varia entre um e dois reais.
Pegadinha 47
O touro investiu no capataz.
Nesta pegadinha, aborda-se a diferença de significado de um verbo, conforme a preposição que o acompanha. Veja, a seguir, os possíveis significados do verbo investir:
1 - usado com a preposição em, significa empossar, aplicar dinheiro:
O presidente do tribunal investiu Márcio no cargo de analista.
O corruptos investem em bolsas estrangeiras.
2 - no sentido de atacar é usado com as preposições contra ou sobre:
A onça investe contra (ou sobre) o caçador.
A frase inicial, depois de corrigida, fica assim:
O touro investiu sobre (ou contra) o capataz.
Pegadinha 48
Fiquem absolutamente tranquilos, eu ressarço os acionistas.
Nesta pegadinha falaremos sobre um verbo com certas anomalias. Trata-se do verbo ressarcir. Esse verbo só é conjugado nas formas em que o acento tônico não incide no radical. Desse modo, o presente do indicativo só possui as formas: ressarcimos e ressarcis. Quando não existe uma determinada forma verbal, substituímos por outra de mesmo significado. Em nosso caso, podemos permutar pelas correspondentes formas dos verbos compensar, indenizar ou outro equivalente.
A frase inicial, depois da correção, fica assim:
Fiquem absolutamente tranquilos, eu indenizo os acionistas.
Pegadinha 49
Estou sem nenhuma moral para fazer a prova.
O vocábulo moral (a moral, no feminino) quer dizer relativo à moralidade, aos bons costumes, que procede conforme à honestidade e à justiça, que tem bons costumes, diz-se de tudo que é decente, educativo e instrutivo (Dic. Michaelis).. Um indivíduo sem nenhuma moral é um devasso. Já, no masculino (o moral) quer dizer disposição do espírito, energia para suportar as dificuldades, os perigos; ânimo. Um indivíduo sem nenhum moral é alguém desanimado, desmotivado.
A frase inicial, depois da correção, fica assim:
Estou sem nenhum moral para fazer a prova.
Pegadinha 50
A pessoa cuja a vida é tumultuada, certamente, não consegue concentrar-se em nada.
Não se pospõe artigo ao pronome cujo.
A frase inicial, depois de corrigida, fica assim:
A pessoa cuja vida é tumultuada, certamente, não consegue concentrar-se em nada.
Fonte:
126 Pegadinhas em Língua Portuguesa. www.softwareebookecia.com.
sábado, 30 de março de 2013
O Nosso Português de Cada Dia (Pegadinhas do Português) 7
Ele se acorda às seis horas todos os dias.
Nesta frase o pronome se está tornando a frase incoerente, isto é, o emprego desse pronome é inadequado. Em provas de vestibular e concurso público, esse tipo de ocorrência provoca a chamada incoerência textual ou linguagem inconsequente.
Ninguém acorda a si mesmo! Cada indivíduo, simplesmente, acorda ou, então, é acordado por alguém, algum som alto, um terremoto etc. Agora, decididamente, acordar a si mesmo é proeza que escapa à habilidade humana.
A frase equivocada, depois de corrigida, fica assim:
Ele acorda às seis horas todos os dias.
Pegadinha 36
O governo vai criar novos impostos.
A expressão criar novos é da mesma família de subir pra cima, descer pra baixo, chutar com os pés etc. Já que não é viável criar nada velho, escreva-se, pois, apenas criar, e pronto!
A frase inicial, depois de corrigida, fica assim:
O governo vai criar impostos.
Pegadinha 37
Não me importo que o Palmeiras perca.
Faz-se três construções com o verbo importar-se, sempre pronominal no sentido de ter importância ou interesse:
1 - quando o sujeito for uma oração introduzida pela conjunção integrante que, o verbo importar deve estar no subjuntivo (exclusivamente para casos como o da presente dica). Exemplos:
Não me importa que você discorde.
Não me importa que o partido perca.
2 - quando o sujeito não for uma oração, usa-se somente importa, sem a conjunção que:
Não me importa a derrota da Argentina.
3 - se ao verbo seguir a preposição com, emprega-se importo, forma do presente do indicativo. Exemplos:
Não me importo com tuas lamúrias.
Não me importo com frescuras.
Outros exemplos em outros tempos verbais:
Não me importará que ele vença a competição.
Não me importaria que Márcia dissesse a verdade.
Naquela época, não me importava que a economia fosse mal.
Não me importaram os elogios baratos.
Não me importou a vitória inglesa.
Não me importarei com divertimentos banais.
Não me importava com coisa alguma.
Depois da correção, a frase fica assim:
Não me importa que o Palmeiras perca.
Pegadinha 38
A palestra agradou os congressistas.
Esta é uma questão de transitividade verbal. O verbo agradar, usado como transitivo direto, significa fazer carinho, mimar, enfim fazer as vontades. Exemplos:
A mãe agrada o filho recém-nascido, a fim de que ele pare de chorar.
A namorada agrada o rapaz, com elogios e atenções desmedidos.
Conforme exposto acima, palestra nenhuma poderá agradar os congressistas ou quem quer que seja.
Uma boa palestra, mas só se for boa mesmo, poderá agradar aos congressistas (note a preposição a); pois o verbo agradar, usado como transitivo indireto, significa corresponder à expectativa, satisfazer, produzir agrado. Veja outros exemplos de frases com o verbo agradar, empregado como transitivo indireto. Exemplos:
O filme agradou aos estudantes.
A prova agradou aos candidatos.
O resultado não agradou a mim.
A frase inicial, depois da correção, se apresenta assim:
A palestra agradou aos congressistas.
Pegadinha 38
Ganho apenas um mil reais por mês.
Não se mistura um (singular) com mil (plural). Com mil só se usam os numerais dois, três, quatro e os que exprimirem valor superior. Exemplos:
Comprei mil quilos de farinha.
Vendemos mil quilos de peixe,
Transportamos dois mil suínos para o Nordeste.
Trouxemos seis mil sacas de cimento.
A frase inicial, depois da correção, fica assim:
Ganho apenas mil reais por mês.
Pegadinha 39
O time perdeu porque seu centroavante não chutou em gol durante toda a partida.
Neste caso, quem acaba perdendo, verdadeiramente, é quem diz ou escreve uma frase dessas, desperdiçando a oportunidade de calar-se. O verbo chutar admite as seguintes regências: chutar a, chutar para, chutar contra ou, simplesmente, chutar. Exemplos:
O jogador chutou a gol.
O jogador chutou para o gol.
O jogador chutou contra o gol.
O goleiro chutou para fora.
O jogador chutou acima da trave. (E não: ... em cima da trave.)
A expressão dar chutes pode ser usada, também, com a preposição em. Exemplos:
O jogador deu chutes na bola contra o gol adversário.
A criança dava chutes na porta.
A frase inicial, depois da correção, fica assim:
O time perdeu porque seu centroavante não chutou a gol durante toda a partida.
Pegadinha 40
Ninguém sabe aonde eu moro!
Aonde somente se emprega com verbos e expressões que indicam movimento:
E agora! Vamos aonde?
Determinaram sua ida aonde?
Já, para designar um local, usa-se onde:
Trabalho onde poucos teriam coragem de trabalhar.
A frase inicial, devidamente corrigida, fica assim:
Ninguém sabe onde eu moro!
Pegadinha 41
A obrigação do preenchimento da guia é do próprio contribuinte!
A palavra obrigação exige um tipo de preposição, conforme o elemento ao qual se refere. Referindo-se a nomes, no sentido de fazer uma determinada ação, obrigação exige a preposição a. Referindo-se a verbos, exige a preposição de. Já, referindo-se a nomes, usada sempre no plural (obrigações), no sentido de compromisso, exige a combinação das preposições para com. Exemplos:
A obrigação ao alistamento militar é intransmissível. (fazer o alistamento)
A obrigação de pagar as custas é do requerente.
Todo técnico de futebol tem obrigação para com seus jogadores.
A frase inicial, depois da correção, fica assim:
A obrigação ao preenchimento da guia é do próprio contribuinte!
Pegadinha 42
Toda a mulher casada deveria saber dirigir automóvel.
Toda a (note a presença do artigo) significa inteira. Depois desse entendimento, a frase parece esdrúxula da cabeça aos pés!
Toda (note a ausência do artigo) significa qualquer. Agora, sim, a frase passa a ter sentido, pois se quer referir, na frase inicial, a qualquer mulher, e não à mulher inteira.
Veja os seguintes exemplos:
Todo homem deveria falar uma língua além da materna. (qualquer homem)
Todo o homem tremia de frio. (o homem inteiro)
Toda a cidade festejou a vitória do time. (a cidade inteira)
Toda cidade tem problemas com drogas. (qualquer cidade)
A frase inicial, depois da correção, fica assim:
Toda mulher casada deveria saber dirigir automóvel.
Fonte:
126 Pegadinhas em Língua Portuguesa. www.softwareebookecia.com.
quinta-feira, 28 de março de 2013
O Nosso Português de Cada Dia (Pegadinhas do Português) 6
Viemos aqui, nesta hora, expressar nosso agradecimento pelo grande favor que nos fizeram.
Neste caso, apresenta-se um verbo comumente usado de maneira errada em algumas de suas formas. Nesta oportunidade falaremos apenas sobre um desses deslizes cometidos com o uso indevido do verbo vir. Ninguém diz: "estivemos aqui, nesta hora." Diz-se, porém, no tempo certo: "estamos aqui, nesta hora." Se é "nesta hora" que o fato ocorre, então, o verbo deve estar no presente.
Então, depois da correção, tem sua frase inicial assim escrita:
Vimos aqui, nesta hora, expressar nosso agradecimento pelo grande favor que nos fizeram.
Pegadinha 28
O político que se pode confiar ainda não nasceu.
Este é erro próprio da fala popular, linguagem que não está nem aí para a regência verbal. Erros desse tipo são muito explorados em provas de vestibulares e concursos públicos. Esteja alerta, caro leitor. A regência do verto confiar exige a preposição em, pois quem confia, confia em alguém, e não confia alguém.
Este tópico, depois da correção, tem sua frase inicial escrita assim:
O político em que se pode confiar ainda não nasceu.
Pegadinha 29
Traze-me uns pastelzinhos.
Neste tópico, focalizamos um aspecto muito explorado em provas de vestibulares e concursos públicos - o plural dos diminutivos em -zinho -, que é feito do seguinte modo:
A - leva-se o substantivo ao plural em seu grau normal: pastéis;
B - retira-se o s final: pastei;
C - acrescenta-se -zinhos, e pronto: pasteizinhos.
Outros exemplos:
pãezinhos
carreteizinhos
limõezinhos
caracoizinhos
aneizinhos
Depois da correção, a frase correta fica assim:
Traze-me uns pasteizinhos.
Pegadinha 30
O relógio marcou meio-dia e meio.
Esta pegadinha que, de vez em quando, figura em provas de vestibular e concurso, sempre acaba tirando candidatos do páreo. A palavra que se refere a horas é meia e não meio. Diz-se nove horas e meia, vinte horas e meia e assim por diante.
Então, depois da correção, temos a seguinte frase:
O relógio marcou meio-dia e meia.
Pegadinha 31
Ao comer, tenha cuidado com os espinhos de peixe.
Esta pegadinha apresenta mais uma popularização errônea de uma palavra. Peixe não tem espinhos. Isso é próprio de certas plantas e, quando muito, do porco-espinho. Peixe tem espinhas. É bom estar preparado para a ocorrência de casos como o desta dica, em provas de vestibular e concurso.
Então, depois da correção, temos a seguinte frase:
Ao comer, tenha cuidado com as espinhas de peixe.
Pegadinha 32
Nossa situação está russa.
Esta pegadinha nos adverte para não confundir estado físico ou mental com estado político. Russa refere-se à Rússia. Quando se quer dizer que a situação está feia, diz-se que está ruça (com ç), que significa a cor pardacenta, escura. Em provas de vestibular e concurso, não é raro questões desse gênero.
Então, depois da correção, temos a seguinte frase:
Nossa situação está ruça.
Pegadinha 33
O juiz leu os 3º, 4º e 5º parágrafos.
Eis um tema frequentemente cobrado em provas de vestibular e concurso — a concordância nominal. A frase em destaque, acima, está mal formulada quanto ao aspecto da concordância nominal. Mesmo que haja uma lista ou uma série de elementos antes do artigo, este deve concordar com o elemento mais próximo. O artigo deve ficar no singular, diante de palavra no singular. Exemplos:
Este cartório serve a 2ª e 3ª varas de família.
A revogação atingiu o 4º, 5º, 6º e 7º artigos da antiga lei.
Estamos discutindo o I e II itens do contrato.
A 1ª, 2ª e 3ª séries terão aulas de educação física.
Então, depois da correção, temos a seguinte frase:
O juiz leu o 3º, 4º e 5º parágrafos.
Pegadinha 34
O chefe reclamou porque a secretária não tinha entregue o relatório.
Nesta pegadinha, temos que considerar que existem duas línguas faladas no País — a culta e a popular. Esta é falada sem nenhuma preocupação com o idioma, enquanto aquela cujo conhecimento é exigido em provas de vestibular e concurso, subordina-se às normas da língua portuguesa falada no Brasil.
O verbo entregar possui dois particípios — entregue e entregado. Com os verbos ter e haver, usa-se entregado. Por outro lado, a forma entregue é usada com os verbos ser e estar. Exemplos:
A moça não havia entregado o bilhete.
João já tinha entregado as passagens.
Uma lista nova é entregue todas as manhãs.
Não se preocupe, a encomenda foi entregue.
A mercadoria está entregue.
A frase acima, depois de corrigida, fica assim:
O chefe reclamou porque a secretária não tinha entregado o relatório.
Fonte:
126 Pegadinhas em Língua Portuguesa. www.softwareebookecia.com.
terça-feira, 26 de março de 2013
O Nosso Português de Cada Dia (Pegadinhas do Português) 5
Depois de vinte minutos de interrupção, o árbitro deu continuidade ao jogo.
Esta seção de dicas de português para concursos expõe um grande equívoco de uso das palavras continuidade e continuação, conforme se explica a seguir.
continuidade — propriedade física da superfície dos corpos;
continuação — prosseguimento;
Exemplos:
A continuidade do grande espelho do salão foi afetada por uma rachadura na parte superior direita.
A continuidade do leito da ponte foi interrompida por uma trinca de uns dez centímetros, de lado a lado.
Em continuação a esta exposição de razões, falarei, agora, sobre os meninos de rua.
Precisamos dar continuação àquela partida de xadrez, no prazo máximo de cinco dias contados de sua interrupção.
Depois que o aluno alterado retirou-se da sala, o professor deu continuação à aula.
Então, depois da correção da frase inicial, fica assim:
Depois de vinte minutos de interrupção, o árbitro deu continuação ao jogo.
Pegadinha 21
A polícia não pode prendê-lo porque ele é de menor.
Eis uma seção de dicas de português para vestibulares e concursos cuja sutileza muita gente boa não percebe. O predicativo dessa frase liga-se ao sujeito com auxílio de verbo de ligação sem preposição. O povo é que construiu essa anomalia. Veja outros exemplos de predicativo:
Ele é sargento do exército.
Ela é maior de 14 anos.
Ela é a rainha do colégio.
Ele é menor de 6 anos.
Meu pai é professor.
Então, depois da correção da frase inicial, fica assim:
A polícia não pode prendê-lo porque ele é menor de idade.
Pegadinha 22
Sou difícil de fazer amizade.
Neste tópico de dicas de português para concursos, a frase já se inicia por uma incoerência, pois ninguém é difícil ou fácil de coisa alguma. Pelo menos, assim se espera. O que é difícil não é a pessoa, mas sim a ação de fazer amizade. O sujeito dessa frase é oracional — fazer amizade — e o predicativo é difícil. O verbo é de ligação — ser.
Então, depois da correção da frase inicial, fica assim:
É-me difícil fazer amizade. – ou - Fazer amizade me é difícil. – ou – Fazer amizade é difícil para mim.
Pegadinha 23
Já comuniquei o chefe que a mercadoria chegou.
Esta pegadinha de português para vestibular e concurso aborda um deslize sutil e corriqueiro, ideal para uma questão de concurso. Não devemos, jamais, comunicar uma pessoa, seja ela quem for. O que se comunica é o objeto da comunicação, isto é, o assunto, o fato ocorrido.
Comunica-se, sim, à pessoa um determinado fato. O verbo comunicar possui dois objetos. Um deles é o objeto indireto, que é a pessoa que recebe a comunicação. A esse objeto o verbo se liga sempre por meio de preposição. O outro complemento verbal é o objeto direto, que representa o fato comunicado.
Veja os seguintes exemplos:
Daniel comunicou ao Mário a demissão da antiga secretária
.O presidente comunicou ao povo a decisão que tomara quando decidiu o caso.
O marido comunicou à mulher que naquele dia não iria almoçar em casa.
Então, depois da correção da frase inicial, fica assim:
Já comuniquei ao chefe que a mercadoria chegou.
Pegadinha 24
A rapariga está meia aborrecida.
Mais um exemplo de pegadinha que tirou preciosos pontos para a aprovação de muitos vestibulandos e concursandos. Meia, modificando substantivo, é adjetivo e varia em gênero e número. Exemplos:
Meio litro de água. (metade do litro)
Meia xícara de café. (metade da xícara)
Ele fala em meias palavras. (metade das palavras, como metáfora de "não dizer tudo")
Ele se expressa em meios termos. (idem, explicação acima)
Meio, modificando adjetivo, é advérbio e, como tal, não varia. Exemplos:
Ela está meio triste.
As duas moças permanecem meio confusas.
Então, depois de corrigida a frase inicial, fica assim:
A rapariga está meio aborrecida.
Pegadinha 25
Mais de um artista cantarão.
Este caso exige-nos atenção redobrada. Embora saibamos que a expressão "mais de um artista" representa, no mínimo, duas pessoas, devemos levar o verbo à forma da terceira pessoa singular cantará, fazendo a concordância gramatical com o numeral um da expressão "mais de um".
Veja outros exemplos:
Mais de um automóvel foi sorteado.
Mais de uma mulher assistiu à cena.
Do mesmo modo, é feita a concordância de frases do tipo Menos de dois alunos fizeram a prova. Nessa frase, embora compreendamos que a expressão "menos de dois alunos" representa, quantitativamente, um aluno; a concordância também é gramatical, com base no numeral dois da expressão "menos de dois alunos", e não ideológica, isto é, com a idéia ou sentido que a frase puder sugerir.
Outros exemplos:
Menos de dois livros, foram queimados no incêndio.
Menos de duas moças saíram antes de o espetáculo se findar.
Então, depois de corrigida a frase inicial, fica assim:
Mais de um artista cantará.
Pegadinha 26
Eu nasci há trinta e cinco anos atrás.
Esta pegadinha nos lembra uma famosa música dos anos setentas — Eu nasci há dez mil anos atrás. Há excesso nessa frase! Quando ocorre excesso desse tipo, dizemos que existe redundância, isto é, repetição viciosa, que só empobrece a linguagem de quem a comete. O verbo haver, por si só, já representa "tempo transcorrido", a palavra atrás é redundante. Deve-se, portanto, escolher — ou se escreve há, do verbo haver, ou atrás.
Então, depois de corrigida a frase inicial, poderia ser escrita de duas maneiras:
Eu nasci há trinta e cinco anos.
ou Eu nasci trinta e cinco anos atrás.
Fonte:
126 Pegadinhas em Língua Portuguesa. www.softwareebookecia.com.
domingo, 24 de março de 2013
O Nosso Português de Cada Dia (Pegadinhas do Português) 4
Costuma se fazer bons negócios nesta feira.
O verbo concorda com o seu sujeito, na voz passiva. Observe que temos dois verbos, um auxiliar e outro, principal.
Veja outros exemplos de uso da voz passiva em situações semelhantes:
Não se podem prever essas situações. (Não podem ser previstas essas situações.)
Devem-se devolver os crachás ao final do evento. (Devem ser devolvidos os crachás ao final do evento.)
A frase inicial estaria corretamente escrita da seguinte maneira:
Costumam se fazer bons negócios nesta feira.
Pegadinha 15
Não exceda da dosagem alcoólica permitida.
O verbo exceder não admite preposição. Outros exemplos:
O motorista foi multado porque excedeu os limites de peso de carga de seu caminhão.
(Errado: O motorista foi multado porque excedeu dos limites de peso de carga de seu caminhão.)
Lotação: 42 passageiros. Não exceda este limite. (Errado: Lotação: 42 passageiros. Não exceda deste limite.)
O certo seria escrever a frase original do seguinte modo:
Não exceda a dosagem alcoólica permitida.
Pegadinha 16
Não estacione! Sujeito a guincho.
Nada pode estar sujeito a um objeto que, neste caso, é o guincho, mas sim a uma ação, que seria a de guinchamento. Em outras hipóteses, os que transgridem a lei penal estão sujeitos a prisão, mas não a preso; se a transgressão for grave, podem até estar sujeitos a banimento, mas não a banido; como também, uma latinha de cerveja, no freezer, está sujeita a congelamento, mas não a gelo.
A frase inicial, corretamente grafada, ficaria assim:
Não estacione! Sujeito a guinchamento.
Pegadinha 17
Não fiz o dever de matemática.
Para muitas pessoas, há uma confusão muito grande, envolvendo os significados das palavras dever e deveres. Inicialmente, determinemos suas semânticas, conforme os bons dicionários:
dever: obrigação;
deveres: tarefas (sempre no plural).
O exemplo seguinte economiza muita explicação e esclarece a questão:
O dever de cada estudante é fazer seus deveres escolares.
Talvez, esta regrinha ajude a estabelecer com mais clareza a distinção:
deveres (tarefas) se fazem;
dever (obrigação) se cumpre.
Outros exemplos:
Ele cumpriu o dever de pai.
O dever de todo militar é servir o seu país.
Deixei de fazer os deveres de geografia.
Ela não dá conta de realizar os deveres domésticos. Precisa de uma empregada.
A frase original, corrigida, fica assim:
Não fiz os deveres de matemática.
Pegadinha 18
Pare de atazanar os outros!
Eis uma pérola da linguagem popular. Se formos a um dicionário e chegarmos à excrescência atazanar, teremos como significado a remissão ao vocábulo atenazar, que significa torturar, aborrecer, irritar, apertar com tenaz. Atazanar é uma palavra sem origem, é uma anomalia resultante da pronúncia atrapalhada de atenazar. Fica-se, portanto, com esta grafia, que é a correta.
A frase original deve ser reescrita, assim:
Pare de atenazar os outros.
Pegadinha 19
O comandante nos disse que ficássemos alertas.
Aqui está uma dica de português para vestibular e concurso, a qual tem gerado muita controvérsia. A palavra alerta pertence à classe dos advérbios e, como tais, é invariável. Não se flexiona para indicar gênero (Ele está alerta.), como também para indicar número (Permaneço alerta. Permanecemos alerta. Eles permanecem alerta.). Só se admite variação, quando substantivada, isto é, quando a palavra estiver acompanhada de artigo (Esqueci os alertas do comandante.).
Então, depois da correção da frase inicial, fica assim:
O comandante nos disse que ficássemos alerta.
Fonte:
126 Pegadinhas em Língua Portuguesa. www.softwareebookecia.com.