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quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Sandra Castiel (Os Mistérios da Cachoeira de Samuel)

Ao longo de minha vida e de minha profissão, já ouvi histórias referentes às diversas regiões do Brasil. Porém, tão ricas como as nossas não há. A selva amazônica é guardiã de mistérios impressionantes. Não é à toa que seus antigos habitantes traziam à ponta da língua uma boa história, verdadeira para quem a contava. Como amante de mistérios e genuína amazônida, creio em todas.

Nos dias de hoje, grande parte da população da Amazônia vive distanciada da natureza. Isso não acontecia no passado. A floresta e os seres que nela habitam faziam parte de nossa vida. A natureza exuberante – árvores gigantescas, animais exóticos, igarapés caudalosos e banhos de rio – era o cotidiano das pessoas, e isso se traduzia no respeito que todos, crianças e adultos, nutriam por esse universo.

Cenário presente na nossa infância era a cachoeira do Samuel. Sempre que o Madeira baixava, na estação seca, formava-se uma agradável praia de água doce, um paraíso para os banhistas. Porém era preciso muito cuidado, pois aquelas águas eram traiçoeiras e misteriosas.

Lembro-me de uma amiga de minha mãe que se livrou do afogamento pela ação providencial de um caboclo da região que se encontrava no local. Mais tarde, em nossa sala, contava a história toda, ainda em estado de choque. Segundo ela, quando começou a entrar na água, uma voz soprou em seu ouvido: - Não entra! – Mas ela achou que era impressão, não deu importância ao fato e avançou praia adentro. De repente, faltou-lhe o chão e, quando estava afundando, tornou a escutar a voz sussurrando: - Bem feito! Eu não avisei?

Nenhuma história envolvendo a cachoeira de Samuel é tão impressionante como a contada por uma de minhas irmãs mais velhas, protagonista de um episódio fantástico. Ela devia ter uns quatro, cinco anos de idade, e era uma criança muito inocente. Minha mãe foi com uma amiga e os filhos de ambas passar o dia em Samuel. Enquanto as mães conversavam sentadas na faixa de areia, as crianças divertiam-se à beira d’água, na parte mais rasa, pulando, virando cambalhota, enfim, essas coisas de criança. Foi assim que Leninha, sem se dar conta do perigo e sem que os outros notassem, afastou-se do grupo, alguns metros longe da beira.

Quando quis voltar, não conseguiu: uma forte correnteza a empurrara rapidamente para longe, mais longe, cada vez mais. Então começou a afundar. Seu corpo vinha rapidamente à tona conforme o movimento da corrente, subindo e descendo. Numa das subidas viu à sua frente, boiando, uma grande cabeleira negra espalhada na superfície da água, como se alguém estivesse emergindo das profundezas. Desesperada, já engolindo água, Leninha agarrou-se aos cabelos e sentiu que eram firmes como um tronco de árvore. Percebeu também que eles a puxavam na direção contrária à correnteza. Segurando os misteriosos cabelos com as duas mãos, a menina foi levada vagarosamente até onde podia ficar de pé e chegar em segurança à praia onde estava o grupo de crianças.

Assim que saiu da água, Leninha avistou, poucos passos à sua frente, de costas, a dona dos longos cabelos. Era uma mulher morena e corpulenta. Trazia no torso nu e em ambos os braços belos enfeites de contas e penas. Na cabeça, a vasta e molhada cabeleira negra. A mulher voltou-se e sorriu para a criança, que lhe retribuiu o sorriso. A índia misteriosa caminhou uns três metros e desapareceu diante dos olhos de Leninha, que, inocentemente, correu para perto da mãe.

Minha irmã jamais esqueceu a cabocla dos longos cabelos que a salvou da morte nas águas turvas da cachoeira do Samuel. Seria ela a representação feminina da Cachoeira? Jamais saberemos.

Assim é nossa Amazônia: frondosa e caudalosa, cheia de mistérios…
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Sobre a Autora:
Sandra Maria Castiel Fernandes é natural de Porto Velho. Possui formação em Letras. É professora de Língua Portuguesa, Literatura Brasileira e Literatura Infantil. Pós-graduada em Língua Portuguesa e Metodologia do Ensino Superior. Mestre em Educação. Pesquisadora na área da Educação Especial e em temas que envolvem a história de Rondônia. Sandra Castiel possui três livros publicados: dois sobre a história de Rondônia e um sobre teatro infantil; quatro artigos em revistas especializadas em Educação e dois livros em andamento. Escreve e dirige peças de teatro infantil. Gosta de escrever crônicas literárias. Sandra Castiel é membro efetivo da Academia de Letras de Rondônia, cadeira n. 36, cujo patrono é seu antigo professor, Enos Eduardo Lins.

Fonte:
Texto publicado no jornal eletrônico Gente de Opinião em 03/12/2011. Disponivel em Debates Culturais 

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

José Valdir Pereira (Lançamento do Livro "Semeador de Emoções")



C O N V I T E

29 de agosto, sábado, às 17h, no Teatro Cacilda Becker, em Cacoal

O escritor e poeta José Valdir Pereira, a Academia de Letras de Rondônia, a Academia de Letras de Cacoal e a Fundação Cultural de Cacoal convidam para o lançamento do livro

"Semeador de Emoções",
de José Valdir Pereira,
dia 29 de agosto, sábado, às 17h,
no Teatro Cacilda Becker,
no município de Cacoal, Rodnônia.

Ficha técnica:

Gênero: Poesia
Autor: José Valdir Pereira
Editora: Scortecci
Capa e ilustrações: Viriato Moura
Ano: 2009

Sinopse:
"Semeador de Emoções" traz lições das quais emanam advertências, sugestões e exemplos de dignidade humana, convincentes e oportunas que encerram e nos transmitem verdadeiras lições de sabedoria e proficiência de vida.

Informações:

(69) 3441 1192 (Cacoal)
(69) 8451 3424 (Porto Velho)
E-mail acler@acler.org

Fonte:
Academia de Letras de Rondônia

Pedro Albino de Aguiar (Acadêmicos da Academia de Letras de Rondônia em Trovas)



A vida dos Acadêmicos
Eu vou contar em trovinhas,
Se alguém de mim discorda,
Pode me dar uns “tapinhas”.

Capitão Esron Menezes,
“Retalhos da Nossa História”,
Só falta ser Marechal,
Pra ser maior a vitória.

A Yêdda Borzacov,
Historiadora da boa,
Não guarda papas na língua,
Mas nunca falou à toa.

Tem a Eunice Bueno,
Poetisa requintada,
Já morou até na índia;
Precisa dizer mais nada.

Tem o Viriato Moura,
É médico tão renomado,
Que eternizou Porto Velho,
Bastou mandar um recado.

Temos o Matias Mendes,
Escritor de Guajará
E também do Guaporé;
Vive pra lá e pra cá.

Tem o confrade Jakobi,
Telemedicina, meu!
Daí eu tenho certeza,
Entende mais do que eu.

E tem o Átila Ibañez,
Que mora ali em Vilhena,
É o portão de entrada
Desta terra brazileña.

Conheço o Joaquim Cercino,
Do tempo da fundação,
Pelo que tenho lembrança,
Entramos pelo portão.

Antônio Cândido da Silva,
“Enganos da Nossa História”,
Por causa desses enganos,
Merece uma palmatória.

O Bolívar Marcelino,
Sonetista de primeira,
Escreve tudo certinho,
Só na língua brasileira.

Já o Gesson Magalhães,
Que também é sonetista,
Escreve que nem Camões,
Parece ser mais letrista.

Zelite Andrade Carneiro,
Nossa Desembargadora,
Além de ser poetisa,
É uma ótima escritora.

Tem o Édson Jorge Badra,
Que nasceu em Guajará,
Ele é crítico literário;
Escritor melhor não há.

Temos o Abnael,
Exemplo de educação,
Que além de Historiador,
É nosso fiel irmão.

Temos o Cláudio Feitosa,
O Diretor Financeiro,
Que além de Historiador,
Cuida do nosso dinheiro.

O Aparício Carvalho,
Que é autor de “Candelária”,
Além de Ex-Presidente,
Vem curando até malária.

Temos o Hélio Fonseca,
Nosso membro fundador,
O primeiro Presidente;
Ele é ótimo escritor.

Dimas Ribeiro Fonseca,
Outro Desembargador,
Além de escrever bem,
É um ótimo Orador.

Emmanuel Pontes Pinto,
Ele é um dos pioneiros;
Fundador da Academia,
Junto a outros companheiros.

Também temos o Raymundo,
Que é Nonato de Castro,
Pois, além de fundador,
Sempre deixou o seu rastro.

E temos o João Teixeira,
Para engrossar a lista,
Escreve diariamente,
É um ótimo Jornalista.

Temos o Dante Fonseca,
Marco Domingues Teixeira;
Escrevem juntos a História
Desta terra alvissareira.

Temos os que já se foram:
O Dr. Ary Pinheiro,
O Paulo Nunes Leal,
Outro fiel companheiro.

Tivemos Paulo Saldanha,
Vitor Hugo, Amizael,
Irmão Calixto Medeiros,
Cada qual o mais fiel.

E tem o Valdir Pereira,
josevaldir.com,
Que além de Presidente,
Tem um Site muito bom!

O último é Pedro Albino,
Que além de Trovador,
Escreveu Sessenta e Nove
Poemas com muito humor,
E ainda tem no prelo
Novos Poemas de Amor.
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Pedro Albino de Aguiar (1944)



Nasceu em 03-03-1944, no antigo distrito de Ibicuitinga, hoje município, onde fez o Primário. Registrou-se em Morada Nova – Ce, para onde se mudou em 1964 para continuar os estudos. Filho de Raimundo Castelo de Aguiar e Maria Francisca de Jesus. Sempre contando com a ajuda dos pais, transferiu-se para Fortaleza - Ce em 1967, objetivando trabalhar para poder continuar estudando.

Em Fortaleza concluiu o 2º Grau no Colégio Estadual Liceu do Ceará e o curso superior de Administração de Empresas, na Escola de Administração da Universidade Estadual do Ceará – UECE. Juntamente com outros intelectuais cearenses, entre eles Carneiro Portela, Antônio Girão Barroso, Jader de Carvalho, Rembrandt de Matos Esmeraldo e outros, fundou o Clube dos Poetas Cearenses – CLUPCE, onde se reuniam semanalmente na Casa de Juvenal Galeno, objetivando discutir e expandir a poesia e a cultura regional.

Através do CLUPCE participou da I e III Antologia “Os Novos Poetas do Ceará’, Editora Henriqueta Galeno, 1971/73. Escreveu vários artigos no jornal Tribuna do Ceará, como correspondente do interior. Trabalhou de 1968 a 1977 na Cia. de Eletricidade do Ceará – COELCE (antiga CONEFOR)

Quando concluiu o curso superior, em dezembro de 1977, foi selecionado para trabalhar no Governo do Ex-Território Federal de Rondônia, onde prestou serviços como Administrador e exerceu várias funções públicas no período de 17-02-1978 a 19-08-2002, quando se aposentou.

Mestre em Engenharia da Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC.

Professor da UNIR, da UNIRON e da FATEC.

Publicou os seguintes livros:
Poemas, Sonetos & Trovas, 1989;
Versos Soltos X Rimados & Pensamentos, 1992;
69 Poemas de Amor, 1995,

Participou de várias antologias editadas pela Secretaria de Cultura do Estado de Rondônia.

Cadeira numero 18 da Academia de Letras de Rondônia, tendo por patrono Humberto de Campos.

Secretário Geral da Academia de Letras de Rondônia – ACLER, eleito no dia 04 de janeiro de 2008, para um mandato de dois anos - 2008/2009.

Fonte:

sábado, 4 de julho de 2009

Edson Jorge Badra (1934)



Nasceu em Guajará-Mirim, no dia 12 de junho de 1934, onde viveu toda sua infância.

Seus estudos foram feitos no Colégio Mackenzie, em São Paulo e Gamon, em Lavras-MG.
Concluiu o curso de Direito na Universidade Federal de Minas Gerais e Letras na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras.

Retornou a Guajará-Mirim onde advogou até 1972 e exerceu o cargo de Defensor Público, Promotor Substituto, Promotor Público e Procurador da Justiça. Foi professor de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira durante 20 anos.

Emitiu opinião em diversos livros e prefaciou outros.

É membro fundador da União Brasileira dos Escritores de Rondônia, e da Academia Rondoniense de Educação. Foi nomeado por decreto governamental membro do Conselho Estadual de Cultura, chegando ao cargo de Presidente.

Atuou como Vice-Presidente da Academia de Letras de Rondônia, fazendo parte da primeira Diretoria, no biênio 1986/1987.

Possui duas obras publicadas:

"Literatura de Rondônia" - 1987 (ensaio), onde o poeta analisa, opina e traça paralelo sobre as publicações e produtores literários do Estado;e

"Sonhos Prosaicos e Poéticos", onde reúne prosa, poemas e hinos.

Sua obra poética vai do pitoresco ao lírico formal. A forma é original e inteligente; reflete a arte, o conhecimento e o amadurecimento poético do autor.

Fonte:
Academia de Letras de Rondônia

terça-feira, 30 de junho de 2009

Antônio Cândido da Silva (Bar do Zizi)

Pintura de Talles Cabral
A última telha importada de Marselha
Virou pó na dureza do cimento.
Resta somente o espaço, o pó e o tempo
levando tudo para o esquecimento.

E a tristeza nos arquivos da memória
guarda mais um registro de saudade
misturada com indignação
e o sentimento de impotência
diante de que tem nas mãos
a força do poder.

Levanta do silêncio Guapindaia,
Doutor Tanajura, Mario Monteiro
e Bohemundo Álvares Afonso.
Protesta Professor Carlos Mendonça,
Doutor Celso Pinheiro
e Rui Brasil Cantanhede
que o prédio finalmente concluiu.

Venham ver o que fizeram do mercado
e da luta de vocês que foi em vão.
Ninguém se levantou pra defender
o pedaço de nossa história
que teimava em não cair.
Segismundo se calou, nem Zé Catraka
botou "Lenha na Fogueira" e se apagou.
Zizi, nosso velho Zizi, tombou cansado depois de tanto tempo resistir.

A última telha de Marselha virou pó.
Guarde a sua lembrança com carinho
pois o passado perdeu a realeza.
Só nos resta mandar nossa saudade
convocar Ernesto Melo
pra cantar nossa tristeza.

Do livro inédito: "Passarela de Emoções"
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Antônio Cândido da Silva (5 Novembro 1941)



Nasceu no dia 5 de novembro de 1941, na cidade Amazonense de Humaitá. Filho de Artur Elpídio da Silva e Raimunda Cândida da Silva. Veio para Porto Velho em 10 de maio de 1945.

Iniciou seus estudos no Colégio Dom Bosco e passou pela Escola Normal Carmela Dutra. Em 1980 concluiu o 2º Grau no Colégio Dom Bosco.

Como o próprio autor auto-biografa-se, alguém escreveu:
“Antônio Cândido nasceu num seringal meio perdido lá para as bandas do “Igarapé dos Botos” no Município de Humaitá – AM, mudando-se para Porto Velho ainda criança, onde fixou residência e permanece até hoje.

Sua primeira experiência artística foi no teatro, com apenas 10 anos de idade. Logo em seguida mergulhou pela poesia e dela nunca emergiu. Tornou-se a própria.

Considerado o poeta de Porto Velho, tanto nas suas colaborações literárias publicadas no jornal Alto Madeira, como no seu livro “Marcas do Tempo”, Antônio Cândido canta Porto Velho com seus bairros, ruas, travessas, vielas e outros logradouros.

Antônio Cândido criou a bandeira e o brasão do município de Porto Velho; a bandeira e hino do município de Costa Marques e os hinos dos municípios de Jarú e Cerejeiras.
Recebeu homenagens da Câmara Municipal com o Título – Amigo de Porto Velho, e a comenda José do Patrocínio, alusiva aos 100 anos da Abolição da Escravatura.

Intelectual com rara capacidade de percepção, bem antes de a Ecologia “entrar na moda”, o poeta, nas rodas de amigos, já defendia o meio ambiente”.
Sua grande paixão pela cidade de Porto Velho é demonstrada no poema que tem seu nome, além da história da legendária Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, toda contada em poesia, no livro “Madeira-Mamoré – O Vagão dos Esquecidos”.

É membro efetivo da Academia de Letras de Rondônia.

Além de inúmeros trabalhos publicados nos jornais literários, escreveu os livros "Marcas do Tempo" e "Madeira-Mamoré – O Vagão dos Esquecidos" (1ª Edição, 1998; 2ª Edição, 2000).

Fonte:
Academia de Letras de Rondônia

Samuel Castiel Jr. (Flor Tropical)


Flor tropical, soberba e encantadora
Que cresce e floresce em terrenos hostis
Como guardiã desafiadora
Do belo nativo e essências sutis!...

Como brisa que soprou todas as vidas
Nascestes bela, livre e agreste,
Repartindo-te em pétalas coloridas
Invejam-te o crisântemo e o cipreste...

Não queiras nunca te tornar rainha
Pois sempre foste à preferida minha!
Fascinam-me teu porte, tua cor...

Quero- te sempre assim bela e formosa
Como um livro escrito em verso e prosa
Como a mulher que me ensinou o amor!
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Samuel Castiel Jr. (Reflexões Noturnas)

Altas horas, madrugada em curso! Noite cálida de um verão tórrido e abrasador, aqui, abaixo dos trópicos! Só, da sacada de meu apartamento, espreito o silêncio desta madrugada, quebrado vez por outra pelo ronco e os faróis de um carro que passa....A brisa úmida que começa soprar levanta folhas secas e papéis que dormiam atirados ao solo. Um cachorro vem de longe, sem latir, sozinho, e desaparece no final da rua. A cidade inteira parece adormecida! Milhares de lâmpadas piscam em todas as direções. O céu estrelado completa essa harmonia silente!

São nessas horas mortas que a insônia me leva a refletir sobre a origem e objetivos da vida, sobre o destino e a trajetória dos seres humanos. Nada mais patético! Logo mais, ao amanhecer, todos estarão em mais um dia de rotina, fazendo sempre as mesmas coisas, desafiando e sendo desafiados a novas conquistas, numa competitividade cada vez mais acirrada, sem fim. Logo, alguns vão morrer, vão se matar ou serem mortos, tendo conquistado ou não seus objetivos, acumulados de conquistas, vitórias e derrotas. E daí surge mais uma elocubração: e no pós-morte tudo se acaba, vira pó, ou entramos em uma outra dimensão, outro mundo melhor (ou pior)?. Em outras palavras: vai dar Allan Kardec ou Sir Charles Darwin! Infelizmente esta questão não é tão simplória assim, não se pode “pagar-pra-ver” como no pôquer. Não podemos blefar! Em nenhuma das teorias tanto no espiritismo como na seleção natural, jamais poderemos saber quem foi o vencedor. Até porque não vão restar nem vencidos nem vencedores. Para este mundo todos estaremos mortos!...

No início da rua surge o vulto de um homem, que vem a passos lentos, com se estivesse cansado. Aproxima-se cada vez mais, então, pára e bate a porta do Colégio Dom Bosco. São batidas insistentes, fortes, quase incomodativas. Sob a luz do poste poderia ver o seu rosto, não fosse o boné que usava. Sua roupa bastante amarrotada, como se viesse de sua rotina de trabalho que terminara àquela hora. As batidas à porta daquele estabelecimento não tiveram nenhuma resposta, e seus ecos ficaram reverberando nos meus ouvidos. O homem então, solitário, parte desaparecendo no final da rua, na escuridão!

Fico então a pensar que aquele homem sou eu, em busca de tantas respostas que jamais obterei. As portas não se abriram e mesmo que tivessem se aberto, não teria eu as respostas para meus enigmas e fantasmas.

Fecho então a minha sacada e volto para tentar conciliar o sono perdido, com a mesma angústia que aflige todo ser humano que se debruça sobre a vida e a morte! Apago a luz!
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Samuel Castiel Jr.

Médico Radiologista
Membro das Academias de Letras e Medicina de Rondônia

Fontes:
Academia de Letras de Rondônia
Imagem = Estrela Guia NF

Cláudio Batista Feitosa (12 Agosto 1933)



Cláudio Batista Feitosa é amazonense, nascido na cidade de Porto Velho no dia 12 de agosto de 1933.

Ainda muito jovem, participou ativamente dos movimentos culturais promovidos pelo Colégio Dom Bosco em Porto Velho, onde fez o Primeiro Grau em 1949, concluindo o Segundo Grau em Fortaleza/CE onde residiu por alguns anos, seguindo dali para São Paulo, retornando em 1956 para Porto Velho à partir de quando exerceu diversas atividades nos setores público e privado, tendo participado de inúmeras atividades comunitárias com destaque para o Movimento Brasileiro de Alfabetização - MOBRAL como presidente da Comissão Municipal de Porto Velho, no período de agosto de 1971 até abril de 1976, época em que o Movimento conseguiu alfabetizar de mais dez mil pessoas.

É de sua autoria a Canção da Brigada Príncipe da Beira (17ªBrigada de Infantaria de Selva) com sede em Porto Velho (1982), homologada pela Portaria nº63 de 14/09/1982 da Chefia/E.M.E. ; o Hino do Município de Porto Velho (1983), homologado pela Câmara Municipal de Porto Velho; as Canções da Base Aérea de Porto Velho (1986) e da Polícia Militar do Estado de Rondônia (1994), assim como o Brasão do Grande Oriente Estadual de Rondônia -GOER.

O dia 12 de agosto de 1994 marcou sua participação definitiva no campo literário (prosa) com a publicação de um pequeno ensaio do que considerava “anedotário” de Porto Velho sob o título de “O Bloco da Cobra” e o “O Bote da Boiuna, Primeiro e Último”, incluídos na Antologia Da Prosa E Do Verso Rondoniense (pgs.19 a 30) lançada naquela data pela FUNCER- Fundação Cultural do Estado de Rondônia, após compilar os melhores textos de um Concurso Literário que promoveu em 1993.

Na Antologia Da Prosa E Do Verso Rondoniense -Vol.II - FUNCER/Set-94, Cláudio está também presente (pgs.13 a 24) com o conto intitulado “ O Enterro do Balbino”.
Registre-se também sua co-autoria do livro Porto Velho Em Prosa E Verso lançado pela Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Turismo-SEMCE da Prefeitura do Município de Porto Velho, em 25/11/1998; co-autoria do livro Escritos De Rondônia lançado pela Secretaria de Estado de Esportes, Cultura e Lazer - SECEL - Ano 2000 - (pg. 170);
co-autoria do livro Gente De Rondônia-Personagens Da Nossa História - (coletânea) lançado pela SECEL e Instituto Histórico e Geográfico de Rondônia – Ano 2001 (pg. 88).

É de sua autoria o livro Gente Da Gente lançado, no dia 7 de agosto de 2005.

Cláudio Batista Feitosa é Membro da Academia Maçônica De Letras Do Estado De Rondônia - AML, ocupando a cadeira Nº 12 e também Membro da Academia De Letras De Rondônia (ACLER), tendo sido eleito para a cadeira nº 26 em 14/10/2003 e solenemente empossado no dia 01 de dezembro de 2003.

Sua atividade principal, atualmente, é a prestação de serviços como Leiloeiro Público Oficial (Matrícula nº 002/92-JUCER), com jurisdição no território do Estado de Rondônia.

Cláudio Batista Feitosa é casado com a guajaramirense Sílvia Carvajal Feitosa, havendo nascido, do enlace, os seguintes filhos: Ricardo (Eng.Eletricista), Sérgio (Geólogo), Sílvio (Arquiteto) e Cláudia (Médica). É, também, avô de Diego, Daniel, Eduardo, Amanda, Julius, Hector e Katharina.

O Acadêmico Cláudio Batista Feitosa foi eleito, no dia 04 de janeiro de 2008, compondo a nova Diretoria da Academia -biênio 2008/2009 - para o cargo de Diretor Financeiro.
É, portanto, o Acadêmico responsável pelas finanças da Academia.

Fonte:
Academia de Letras de Rondônia