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sexta-feira, 8 de março de 2024

Décimo Aniversário da Sunshine


Hoje, 8 de março é o décimo aniversário de minha cadelinha que mora comigo, a Sunshine (Shine para os íntimos). Quando a recolhi da rua, ainda filhote junto com sua irmã de infortúnio, a Cléo (que morreu novinha de infarto fulminante), ela estava muito ruim, e por cerca de 1 semana eu estive cuidando dela, dia e noite. À noite eu dormia com as duas no meu colo. Hoje está uma moçona linda, cruzamento de Husky Siberiano com sei lá quem, ou como digo brincando, com Cruz Credo. 

Então excepcionalmente, a trova acima é para esta cadela maravilhosa, que hoje é ela quem cuida de mim 24hs por dia.







domingo, 5 de julho de 2020

Dia do Trovador Virtual (18 de Julho)



Em 18 de julho (terceiro sábado do mês) às 16 horas, comemoramos o DIA DO TROVADOR! Nessa data realizaremos um grande Sarau Virtual, no qual esperamos grande adesão por parte dos trovadores e amigos simpatizantes da trova. Durante o mesmo divulgaremos o resultado do II Concurso de Trovas Cidade de Curitiba, faremos o lançamento virtual do livreto do Concurso e muitas revoadas de trovas e de poemas de outros gêneros.

Para participar da reunião basta acessar o 

link: https://bityli.com/jrZC2 - 

ID: 996 188 6580/ 

Senha: 5phXuY

Fonte:
UBT-Curitiba. Os Trovadores. n. 103. julho de 2020.

domingo, 10 de maio de 2020

Poemas às Mães

Pintura de William-Adolphe Bouguereau
CAROLINA RAMOS
Santos/SP

CONSELHOS DE MÃE


 Meu filho, a vida é dura e fere… e nos magoa…
 mas, trata-a com respeito e guarda a dignidade.
 Ainda que a alma inteira sem clemência doa,
 não permitas que o mal altere o que é verdade!

 Sonha bem alto e segue o voo do teu sonho,
 sem pressa de alcança-lo e tendo-o sempre à vista!
 Cada dia que passa é um dia mais risonho,
 quando o amanhã promete as glórias da conquista!

 “Segura a mão de Deus!” Segue o rumo sem medo.
 Os caminhos, verás, se abrirão à medida
 que teu passo provar firmeza e, sem segredo,
 revelar o sentido e o Ideal da tua vida!

 Não temas opressões nem quedas. Persevera!
 Se achares que ao final o saldo não convence,
 reage, continua… a vida tens à espera!
 Confia em teu valor! Trabalha! Luta! E vence!
****************************************

IALMAR PIO SCHNEIDER
Porto Alegre/RS

SONETO PARA A MÃE


Mãe!… Palavra sublime, amor inexprimível,
que a gente pronuncia em ritmo de oração…
É tão cálido o afeto e quase que impossível
externá-lo, pois vive em nosso coração !

Se alguma coisa existe, além do que é infalível,
e seja só no mundo e morra em solidão;
creia-me, não verá jamais tão acessível,
de quem nos deu a vida, aceitar a afeição !…

Ela é generosa e sem maldade alguma…
Seus filhos são a maior riqueza que possui,
seu aconchego tem toda a maciez da pluma…

Porém, nunca haverá poeta, cujo verso
descreva o amor de mãe, pois tudo se dilui
ao saber que ela é a dona do Universo!
****************************************

PAULO WALBACH PRESTES
Curitiba/PR

MÃE


MÃE é presente e eternidade
Que amarra a prole e a família
Por laços de verdade,
No mais nobre sentimento e magia.

MÃE é futuro da mulher…
Que DEUS faz no seu corpo crescer
A semente da mais bela flor,
Pelo filho que um dia há de nascer.

MÃE é passado de glória, agonia e ventura…
É esplendor e saudade pura
Num perene estado espiritual.

MÃE é um ser tão singular,
Da mais forte e fiel expressão
Dos verbos sofrer e amar!
****************************************

HUMBERTO RODRIGUES NETO
São Paulo/SP

MÃE!


Tu foste, mãe, na treva a claridade,
 na dor meu riso e na tormenta o norte,
 a doce companheira e a consorte
 das minhas horas de infelicidade!

 Que anjo não foste, toda vez que a sorte
 não me sorriu! E com que imensidade
 de amor, desvelo e angelical bondade
 tu me ensinaste a ser paciente e forte!

 E hoje a alegria anda a sorrir nos ares…
 é o “Dia das Mães” numa porção de lares
 e eu vou fingindo que inda o comemoro!

 Finjo, mãezinha, até que em doce jeito
 vens doer tão tristemente no meu peito,
 que eu cerro os olhos, pendo a fronte… E choro!
****************************************

MARIA NASCIMENTO SANTOS CARVALHO
Rio de Janeiro/RJ

MÃE MARINA


MAMÃE, quando retorno ao meu passado
tão rico de pobreza e de esperança,
imagino que estou ainda ao teu lado,
e volte a me sentir em segurança…

E projetando tudo na lembrança
vejo que, se houve sonho malogrado,
o amor que recebi desde criança
evitou que eu tivesse fracassado.

És milagrosa, Santa MÃE MARINA,
uma estrela radiosa, a luz divina
que enfeita meus caminhos, e me guia,

pois quando fico triste, em pensamento,
chego aonde estás e abrandas meu tormento,
minha Nossa Senhora da Alegria !
****************************************

PEDRO APARECIDO DE PAULO
Maringá/PR

MÃE, O MUNDO ENCANTADO


Sua doutrina Bendita
faz a vida mais bonita
mesmo na dificuldade.
Seu olhar tão meigo e puro
traz o seu filho seguro,
irradia felicidade.

Sua face tão serena,
de uma coisa tão pequena
faz transformação total.
A primeira frase do filho
faz-se seu nome estribilho
e o transforma em festival.

Suas mãos acariciam
seus afagos contagiam
trazendo tranquila paz.
Atrai a felicidade
amor e sinceridade
vejam, do que ela é capaz.

Seu coração envolvente
faz do seu filho inocente
um mar de sabedoria.
Ensina-o a cada passo
defendendo-o do fracasso
com prazer e alegria.

Pode ser uma rainha
ou uma mãe pobrezinha
não importa a diferença.
Se ela não tem riqueza
não sabe o que por na mesa
a Deus pede providência
****************************************

MARIA GRANZOTO
Arapongas/PR

MINHA MÃE

 
 Em teu colo
 Repouso a minha dor…
 Forte é o poema que cresce
 Por amor
 ao teu amor
 Neste solo tão agreste
 Da tua ternura…
 Daquele olhar tão cândido
 Os meus olhos a procurar
 Como em busca do alívio
 Para a dor luarizar…
 Foste para as alturas,
 Deixaste o nosso convívio para sempre!
 Eu, às penas duras,
 Confesso que o tempo não resolve,
 Pois ele também não cicatriza
 As chagas da tua ausência,
 Não enfraquece a saudade,
 Não suaviza a demência
 Que a tua falta me faz!
 Só provoca a imensa vontade
 Que eu sinto de te abraçar!
 Neste mundo, nada, ninguém,
 Há de apagar a imagem
 Do branco
 da tua tez
 E dos teus pequeninos olhos
 A olhar-me
 pela última vez…
****************************************

ANTONIO MANOEL ABREU SARDENBERG
São Fidélis/RJ

AMOR DE MÃE


Seu ventre é solo fecundo
Que gera e abriga a vida,
É paixão sem ter medida
De um sonho realizado,
É aconchego do ninho
Que acolhe com carinho
O amor tão esperado.

Com sua voz acalenta
Com um canto delicado…
No seu peito amamenta
E com amor alimenta
O filho tão desejado!

Com a mão acaricia
Em toque meigo e sublime…
Seu brilhante olhar exprime
Na mais ardente paixão
O amor que também pulsa
No pequeno coração.

A sua boca tem beijo
Mais doce do que o mel,
Em sua prece o desejo
De dar para seu rebento
Um pedacinho do céu.

Na alma toda esperança
De um futuro promissor
Para o filho que gerou
De quem tanto quer o bem:
Que em sua caminhada
Consiga vencer também.

Que os anjos digam amém
E em coro com os arcanjos,
No mais harmonioso arranjo,
Cantem com todo fervor
Um hino de puro amor
Para a santa e amada MÃE!
****************************************

CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
Itabira/MG, 1902 - 1987, Rio de Janeiro/RJ

PARA SEMPRE


Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.

Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
– mistério profundo –
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.
****************************************

EUGÉNIO DE ANDRADE
Fundão/Portugal, 1923 – 2005, Porto/Portugal

POEMA À MÃE


No mais fundo de ti,
eu sei que traí, mãe!

Tudo porque já não sou
o retrato adormecido
no fundo dos teus olhos!

Tudo porque tu ignoras
que há leitos onde o frio não se demora
e noites rumorosas de águas matinais!

Por isso, às vezes, as palavras que te digo
são duras, mãe,
e o nosso amor é infeliz.

Tudo porque perdi as rosas brancas
que apertava junto ao coração
no retrato da moldura!

Se soubesses como ainda amo as rosas,
talvez não enchesses as horas de pesadelos…

Mas tu esqueceste muita coisa!
Esqueceste que as minhas pernas cresceram,
que todo o meu corpo cresceu,
e até o meu coração
ficou enorme, mãe!

Olha – queres ouvir-me? -,
às vezes ainda sou o menino
que adormeceu nos teus olhos;

ainda aperto contra o coração
rosas tão brancas
como as que tens na moldura;

ainda oiço a tua voz:
“Era uma vez uma princesa
no meio de um laranjal…”

Mas – tu sabes! – a noite é enorme
e todo o meu corpo cresceu…

Eu saí da moldura,
dei às aves os meus olhos a beber.

Não me esqueci de nada, mãe.
Guardo a tua voz dentro de mim.
E deixo-te as rosas…

Boa noite. Eu vou com as aves!
****************************************

JACINTA  PASSOS
Cruz das Almas, BA, 1914 – 1973, Aracaju/SE

CANTIGA DAS MÃES
(Para minha mãe)


“Fruto quando amadurece
cai. das árvores no chão,
e filho depois que cresce
não é mais da gente, não.
Eu tive cinco filhinhos
e hoje sozinha estou.
Não foi a morte, não foi,
Oi!.
foi a vida que roubou.

Tão lindos, tão pequeninos,
como cresceram depressa,
antes ficassem meninos
os filhos do sangue meu,
que meu ventre concebeu,
que meu leite alimentou,
Não foi a morte, não foi,
Oi!.
Foi a vida que roubou.

Muitas vidas a mãe vive.
Os cinco filhos que tive
multiplicaram por cinco
minha dor, minha alegria.
Viver de novo eu queria
pois já hoje mãe não sou.
Não foi a morte, não foi,
Oi!
foi a vida que roubou.

 Foram viver seus destinos,
 sempre, sempre foi assim.
 Filhos juntinho de mim,
 berço, riso, coisas puras,
 briga, estudos, travessuras,
 tudo isso já passou.

Não foi a morte, não foi,
 oi!
 foi a vida que roubou.
****************************************
ISABEL PASSOS
Lisboa/Portugal

MÃE


A mulher foi por Deus escolhida
pra na maternidade gerar vida;
Com amor trazer filhos ao mundo;
O dom mais sublime e profundo.

Pode ter dor quando um filho parir
mas logo esquece, ficando a sorrir
assim que escuta o doce vagido,
e acaricía o recém-nascido.

Em suas entranhas vida semeou,
deu à luz o filho e tudo suportou.
Com altruísmo dá aquilo que tem…

Abnegação, apanágio de mãe,
é produto da Obra do Criador
que tudo planeou com muito Amor.
****************************************

JOSÉ ERNESTO FERRARESSO
Serra Negra/SP

ÉS TU MÃE!


Determinada, irreverente e persistente,
De iniciativas constantes.
Punhos fortes, nunca errante,
Mulher linda, estonteante.

Mãe, Rainha do lar,
Mostra sua resistência e sabe lutar.
Ensina coisas boas, sabe os filhos educar,
Por isso a denominamos “Dona do Lar”.

Cumpridora, fiel aos filhos e esposo,
Em todas as horas e instantes dolorosos,
É ela a grande guerreira .

Essa mãe verdadeira,
Em cada momento presente.
Divina simplesmente.
****************************************

AMILTON MACIEL MONTEIRO
São José dos Campos/SP

EXEMPLO DE MÃE


Não me admiro de sentir saudade
De meus longínquos tempos de criança,
Vividos na escassez, é bem verdade,
Mas com imenso amor e esperança.

A gente era pobre e a cidade
Nem possuía luz ou segurança
De algum Doutor. Mas nessa qualidade
Aquilo é um sonho em minha lembrança…

Pois o importante é que então vivendo
De modo simples, “remendando o pano”,
só de carinho a gente ia crescendo…

A grande fé em Deus nos consolava,
Mudava em alegria o desengano…
Tal o exemplo que mamãe nos dava!
****************************************

DIVANILDE VITORIA CAMPOS(DIVA)
Mirassol/SP

MAMÃE MAMÃEZINHA


Ciranda cirandinha,
mamãe hoje vamos cantar
embora já tão velhinha
jamais deixou de me amar!

Como toda jovem, sonhou,
lindos sonhos não realizados
mas nunca desanimou
de ter-me tanto amado!

Seus cabelos branquinhos
como um punhado de neve
a pele enrugadinha
mãos trêmulas, passos trôpegos
corpo franzino, encurvadinha!

Dizer que te amo não é preciso
sabes que sempre te amei
nos teus braços sempre feliz
enquanto me embalava
uma linda cantiga cantava!

Hoje é teu dia, Dia das Mães.
Nesta tua longa caminhada
me ensinou os bons caminhos
não me deixou me afastar do teu ninho
por isso sou muito abençoada!!!
****************************************

LENIR MOURA
Rio de Janeiro

TRIBUTO À MINHA MÃE


E um dia Deus a chamou.
e você foi indo,
sem pressa, bem devagar.
foi obedecendo àquele chamado calmamente.
Você sabia que a dor seria grande demais,
e então sem querer nos fazer sofrer,
fez assim:
preferiu nos acostumar com a idéia
de não mais ter você,
e aos poucos,
foi se afastando.
Foi nos ensinando a sentir
que não a tínhamos mais,
mesmo estando ao nosso lado.
E com isso,
a dor não doeu tanto,
e mais uma vez,
mesmo na hora final,
poupou-nos um sofrimento maior.
Dignidade na vida, altivez na morte!
atitude digna de você,
que sempre foi mãe,
em toda sua magnitude.
Descansa minha mãe
e ilumina com a sua luz,
o pedaço de céu que a você foi reservado.
Encanta com o seu amor
e embala com a sua canção de paz
a missão que, com certeza,
Deus lhe destinou:
a de ser no céu
mais uma estrela a brilhar.
****************************************

MARIA DA FONSECA
Lisboa/ Portugal

A MINHA MÃE


Ao observar-me no espelho
Vejo os teus traços, Mãezinha,
Ouço ainda o teu conselho,
Tua alma junto à minha.

Da minha face, o oval
Lembra-me teu rosto lindo,
Teu sorriso maternal
Os teus olhos colorindo.

Enquanto os meus são castanhos,
Os teus eram ‘sverdeados,
Mas meu cabelo que apanho
Teve cachos ondeados.

De ti herdei as feições
Que recordo tão saudosa.
Sei que viveste aflições
E mas poupaste, ansiosa.

Ao teu coração bondoso
Presto singela homenagem.
“Doou-me amor precioso
E deu-me sempre coragem”.
****************************************

DÁRIA FARION
Pinhais/PR

SER MÃE


É extasiar-se:
– Meu Deus! A mim confiaste,
a maravilha de Tua criação.

É abrigar-se:
– Debaixo da Graça Divina,
em seus eflúvios haurir
alento, coragem e fé.

É expor-se:
– Na sua Luz se energizar
e por caminhos iluminados
seus filhos conduzir.

Ser mãe é amar,
tanto, tanto. Vida própria não ter,
de tristeza e alegria sorrir,
de alegria e tristeza chorar.

Ser mãe,
é orar pedindo,
é orar agradecendo,
é orar abençoando.

Feliz é o filho que tem
uma mãe orando.
Benditos os filhos que ensinam a amar.
****************************************

HILDA PERSIANI
Curitiba/PR

MINHA MÃE


Não existe palavra mais doce
Desde que se aprende a falar,
Pronunciá-la é como se fosse
O mais saboroso manjar.

Mãe, sempre pronta a me aconselhar,
Seus exemplos que sempre admirei,
Foi o espelho onde me espelhei
E na vida me ajudaram a caminhar.

Tentei escrever uma poesia
Para homenageá-la no seu dia,
Mas não consegui terminar,

Ao relembrar seu olhar de santa,
Um nó me aperta a garganta
E eu só consigo chorar …
****************************************

ADEMAR MACEDO
Santana do Matos/RN, 1951 – 2013, Natal/RN

MÃE… MULHER!


Ser mãe é negar a dor,
a dor maior que ela sente.
Ser filho é ter muito amor
para amá-la eternamente…
– Minha mãe foi meu tesouro,
meu escudo e meu troféu;
hoje, uma medalha de ouro
entre as mães que estão no céu!
Minha mãe, minha rainha,
só para o bem me conduz.
Pra ser mãe igual a minha,
só mesmo a mãe de Jesus!
Tal qual Mãe celestial,
mamãe também não tem preço!
Toda mãe é sempre igual…
muda apenas de endereço.
Toda mãe é protetora
e guarda em si, um mister;
no papel de genitora,
é simplesmente…Mulher!
****************************************

MARTINS FONTES
Santos/SP, 1884 – 1937

MINHA MÃE


Beijo-te a mão que sobre mim se espalma
Para me abençoar e proteger.
Teu puro amor o coração me acalma;
Provo a doçura do teu bem-querer.

Porque a mão te beijei, a minha palma
Olho, analiso, linha a linha, a ver
Se em mim descubro um traço de tua alma,
Se existe em mim a graça do teu ser.

E o M, gravado sobre a mão aberta,
Pela sua clareza me desperta
Um grato enlevo que jamais senti:

Quer dizer Mãe este M tão perfeito,
E, com certeza, em minha mão foi feito
Para, quando eu for bom, pensar em ti.

sábado, 2 de novembro de 2019

Olivaldo Júnior (Trovas sobre Saudade)


02 de novembro: Dia de Finados

No caminho da existência,
vão-se as flores da saudade!...
Todas unas pela essência,
mas, na essência, sem idade...

Cemitério, no Finados,
vira, enfim, contradição:
bate pelos sepultados,
mas 'sepulta' o coração.

Cada lágrima que escorre
por aquilo que eu não tive
vira a benção que socorre
quem, por mim, ainda vive...

Por não ter quem eu queria,
fui querer quem não me quis;
mas, ao largo, eu nunca via
que, no fundo, eu fui... feliz.

Sob a lápide, e sem flores,
jaz meu corpo já sem sangue;
feito céu sem beija-flores,
ou palmeiras sem o mangue...

Meu amor não crê no fim,
mas bem sabe que jamais
sobre as ondas do jardim
nosso barco chega ao cais...

Minha lágrima, meu bem,
faz de um pobre o vencedor;
venço a morte, sigo além,
quando choro, e é por amor.

terça-feira, 29 de outubro de 2019

Jorge Fregadolli (Minha Namorada… Maringá)


Ó Maringá… terra amada,
canto tuas mil riquezas.
És a bela flor alada
nos voos, trazes surpresas.

Maringá nasceu na mata,
o seu ninho, um denso verde,
nas noites, teu céu é prata,
ao sol, bonito ouro-verde.

O café, tua riqueza,
tens história não distante,
deu-te um mundo de certeza,
veio a geada castigante.

Outros rumos tu tomaste,
recomeço por inteiro;
e para trás não deixaste
com a garra do pioneiro.

Eras tão linda, menina,
em dez de maio, nasceste.
Aos setenta anos, divina…
os desafios venceste.

Não és mais a caboclinha
de outrora, vês, Maringá?
Tens o garbo de rainha,
que te aplaude o Paraná.

Teus progressos, que pujantes,
seguem direções distintas.
Há esferas conflitantes,
com as nuanças das tintas.

Louvo seu templo sagrado,
nosso ícone, a Catedral.
A Mãe, gesto idolatrado,
de puro amor filial.

Nasceste para ser bonita,
ó querida Maringá.
Exibes graça infinita
nas filhas que Deus te dá.

Terra de gente de fibra.
Maringá urbe garbosa,
tem alma sensível, vibra.
Que cidade glamorosa!

És a Cidade Canção,
de povo gentil, feliz,
que, de alegre coração,
que no cantar te bendiz.

É filha de Maringá
a querida Academia,
orgulho do Paraná…
um canteiro de poesia!

Belas praças… avenidas,
desfilam-se arranha-céus…
são riquezas incontidas
sob o azul de belos véus.

Projetos e mais paixão…
escolas, saúde e arte –
conquistas do coração,
que do homem a luta é parte.

A medicina, altaneira,
modelo de prontidão,
abre caminho, é ligeira,
conquista espaço, atenção.

O engenho da linha férrea
é progresso, admiração.
Trilhos debaixo da terra
gorjeiam linda canção.

Gigantesco aeroporto
leva Maringá ao mundo;
uma conquista e conforto
de progresso tão fecundo.

O comércio, com lampejos
atende a todo querer,
desde o pequeno desejo
até mais alto poder.

É o Parque do Japão
uma lembrança constante,
vida, beleza, e emoção
de um recanto bem distante.

Maringá, hoje, faz anos,
quero mesmo te abraçar
ao declarar-me que te amo!
Para sempre vou te amar!

Fonte:
Poema enviado pelo autor.

sexta-feira, 20 de setembro de 2019

20 de Setembro (Dia do Gaúcho)



Céu, Sol, Sul, Terra e Cor
letra de Jader Moreci Teixeira, mais conhecido como Leonardo (Bagé, 30 de novembro de 1938 – Viamão, 7 de março de 2010)

Eu quero andar nas coxilhas
Sentindo as flechilhas das ervas do chão
Ter os pés roseteado de campo
Ficar mais trigueiro como o sol de verão

Fazer versos cantando
As belezas dessa natureza sem par
E mostrar para quem quiser ver
Um lugar pra viver sem chorar

É o meu Rio Grande do Sul
céu, Sol, sul terra e cor
Onde tudo que se planta cresce
O que mais floresce é o amor
É o meu Rio Grande do Sul
céu, Sol, sul terra e cor
Onde tudo que se planta cresce
O que mais floresce é o amor

Eu quero me banhar nas fontes
E olhar horizontes com Deus
E sentir que as cantigas nativas
Continuam vivas para os filhos meus

Ver os campos cheios de crianças
Sorrindo felizes a cantar
E mostrar para quem quiser ver
Um lugar pra viver sem chorar

É o meu Rio Grande do Sul
céu, Sol, sul terra e cor
Onde tudo que se planta cresce
O que mais floresce é o amor
É o meu Rio Grande do Sul
céu, Sol, sul terra e cor
Onde tudo que se planta cresce
O que mais floresce é o amor

Assista o vídeo da música, na voz de seu compositor em https://www.youtube.com/watch?v=8vf-m-DbWqw

sexta-feira, 23 de agosto de 2019

Carolina Ramos (Ser Emília... )



Ah! Lobato, bom amigo,
que minha infância enfeitaste...
Os caminhos que hoje sigo,
sem querer, delineaste!

Eu já fui menina arteira,
que brincava com boneca.
“Narizinho” reinadeira,
cheia de sonhos!... Moleca!

Tal qual “Pedrinho”, eu, também,
pelos campos cavalgava!
Sem caçadas!... sou do bem...
E amiga da bicharada!

Sem “Pó de Pirlimpimpim”,
fiz muita viagem gostosa!
Do saber, ao vê-lo afim,
conquistou-me o “Sabugosa”!

Lobato, só coisa linda,
de ti me veio, portanto,
guardo, com ternura infinda,
saudades por todo canto!

E tive um Príncipe, sim!
Lindo “Príncipe Encantado”!
Hoje... tão longe de mim...
Para os céus arrebatado...

Já fritei muitos bolinhos,
como “Anastácia” fazia...
E rodeada de netinhos,
agora, com alegria,

sou qual feliz “Dona Benta”,
entre anjos vindos do céu,
mas... a paz...nenhum alenta,
ao correr de déu-em-déu!...

Lobato... Os teus personagens,
Rabicó, a Cuca, o Anjinho,
a Emília a contar vantagens...
floriram o meu caminho!

E ao ver seres perturbando
os rumos da Pátria nossa, 
tal qual Saci “sacizando”,
lembro os Sacis lá da roça!

Os daqui...duas pernas têm...
os da roça têm só uma! 
Mas diabruras de ambos vêm,
e ...coisa boa? - Nenhuma!

Ah!... queria ser agora
essa Emília irreverente!
- Bonequinha que não chora,
mas...pensa... E diz o que sente!

Fonte:
Versos enviados pela autora.

22 de Agosto: Dia do Folclore


O Dia do Folclore é celebrado internacionalmente (inclusive no Brasil) no dia 22 de agosto. Isso porque nessa mesma data, no ano de 1846, a palavra “folklore” (em inglês) foi inventada. O autor do termo foi o escritor inglês William John Thoms, que fez a junção de “folk” (povo, popular) com “lore” (cultura, saber) para definir os fenômenos culturais típicos das culturas populares tradicionais de cada nação. O significado da palavra, segundo seu criador, era “saber tradicional de um povo”.

Sabemos que o folclore, ou cultura popular, tem despertado grande interesse de pesquisadores de todo o mundo desde o século XIX. É fundamental para um país conhecer as raízes de suas tradições populares e analisá-las, assim como as de caráter erudito. Os grandes folcloristas encarregam-se de registrar contos, lendas, anedotas, músicas, danças, vestuários, comidas típicas e tudo o mais que define a cultura popular.

No Brasil, o Dia do Folclore foi oficializado em 17 de agosto de 1965 por meio do Decreto nº 56.747, assinado pelo então presidente militar Humberto de Alencar Castello Branco e por seu Ministro da Educação, Flávio Suplicy de Lacerda. No texto do decreto, há referência direta a William John Thoms e ao seu pioneirismo na pesquisa das culturas populares.

Restrito a três artigos, o conteúdo do decreto determina o ensino do folclore como sendo de importância fundamental para a cultura do país, como pode ser visto a seguir:

Art. 1º Será celebrado anualmente, a 22 de agosto, em todo o território nacional, o Dia do Folclore.

Art. 2º A Campanha de Defesa do Folclore Brasileiro do Ministério da Educação e Cultura e a Comissão Nacional do Folclore do Instituto Brasileiro da Educação, Ciência e Cultura e respectivas entidades estaduais deverão comemorar o Dia do Folclore e associarem-se a promoções de iniciativa oficial ou privada, estimulando ainda, nos estabelecimentos de curso primário, médio e superior, as celebrações que realcem a importância do folclore na formação cultural do país.

Art. 3º Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 17 de agosto de 1965; 144º da Independência e 77º da República.

O Dia do Folclore foi criado, portanto, com o objetivo de garantir a preservação do acervo que forma o folclore brasileiro e também de incentivar os estudos na área. Atualmente, o folclore brasileiro é um importante objeto de estudo nas ciências humanas, e sua importância é reforçada frequentemente nas escolas, sobretudo naquelas que trabalham com ensino infantil.

No Dia do Folclore, costuma-se relembrar os elementos mais importante da cultura popular brasileira, tais como as danças, os ritmos, as festas e os personagens do nosso folclore. Nas danças e ritmos, podem ser citados o frevo, o maracatu, o baião, o forró, a catira etc. Nas festas, costuma-se lembrar a Festa Junina, talvez a principal festa popular do Brasil.

Entre os personagens, estão inseridas as lendas tradicionais de nosso país. As principais lendas são a do saci e do curupira, mas outros personagens importantes do nosso folclore são: a Iara, o boto cor-de-rosa, a mula sem cabeça, o boitatá, o negrinho do pastoreio, entre outros.

O folclore na literatura brasileira

Muitos escritores extraem do folclore a base de sua obra. É o caso, no Brasil, do paraibano Ariano Suassuna e do paulista Monteiro Lobato, por exemplo. Entre os folcloristas brasileiros, os mais notáveis são Mário de Andrade e Luís da Câmara Cascudo. Desse último partiu a realização do Dicionário do Folclore Brasileiro, uma obra de referência que é responsável por manter viva a cultura popular das várias regiões do Brasil.

O folclore brasileiro é de uma riqueza notável, e isso foi resultado da influência de culturas de diferentes povos indígenas, de diferentes povos africanos e dos europeus, sobretudo dos portugueses. Essa riqueza de histórias, práticas e crendices do nosso folclore começou a ser estudada de maneira organizada a partir do século XIX e hoje é uma importante área vinculada com as ciências sociais e a antropologia.

O crescimento do estudo do folclore no Brasil esteve diretamente relacionado com o crescimento da importância dessa área do conhecimento na Europa e na América do Norte na mesma época. Importantes nomes, como os mencionados Mário de Andrade e Luís da Câmara Cascudo, realizaram grandes contribuições para essa área.

Os avanços que aconteceram no estudo do folclore brasileiro nas primeiras décadas do século XX levaram à realização do I Congresso Brasileiro de Folclore, no Rio de Janeiro, em 1951. Lá foi emitido um documento, chamado Carta do Folclore Brasileiro, que serviu de base para guiar os estudos da área nas décadas seguintes. Por meio desse documento, definiu-se o que é “fato folclórico”, isto é, os elementos que integram o nosso folclore foram definidos.

Em 1995, durante o VIII Congresso Brasileiro de Folclore, realizado dessa vez em Salvador, os especialistas chegaram a novas conclusões a respeito de questões relativas ao nosso folclore. Um novo documento foi emitido com atualizações importantes, as quais norteiam os estudos atuais sobre o folclore brasileiro.

O folclore brasileiro também tem espaço na Constituição Federal, promulgada em 1988. Os artigos 215 e 216 garantem o direito a todos os brasileiros de exercerem manifestações culturais e definem que a cultura popular brasileira deve ser incentivada e que a sua preservação deve ser defendida.

Fonte:
SILVA, Daniel Neves. "22 de agosto - Dia do Folclore"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/datas-comemorativas/dia-folclore.htm. Acesso em 23 de agosto de 2019.

terça-feira, 16 de julho de 2019

Academia Ituana de Letras (Sessão Solene: 27 Anos de Fundação da ACADIL)

Conferência
“Itu na Construção da Memória Nacional pelo IPHAN ”
prof. Dr. Paulo Cesar Garcez Marins

Lançamento do Volume 5 da Série “Itu Presenças Ilustres”

Data e Horário:
25 de Julho de 2019, 5ª Feira, 19h30

Local:
Centro De Estudos Do Museu Republicano
Rua Barão De Itaim, 140, Itu

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História

A ACADIL foi criada em 27 de julho de 1992 por um grupo de escritores de Itu. A posse dos 28 fundadores se deu em 14 de novembro daquele ano. Ao completar quinze anos, o número de acadêmicos foi ampliado para 32. Hoje são 40 Cadeiras. Seus patronos são escritores, todos falecidos, ligados à história literária de Itu.

Desde a fundação, a Academia Ituana de Letras tem realizado sessões solenes de Elogio ao Patrono, conferências e palestras, concursos e lançamento de livros dos associados.

Em 1999 lançou o primeiro número da Revista da ACADIL, periódico anual que reúne artigos científicos, crônicas, contos e poemas, além das efemérides da associação.

Ocupa-se de lembrar a memória de seus patronos e fundadores, sobretudo em datas comemorativas.

Como resultado da celebração do centenário de nascimento do Acadêmico Ermelindo Maffei, o advogado dos pobres, entre 2008 e 2018 entregou a Medalha da Solidariedade Dr. Ermelindo Maffei a entidades que se destacam em ações de cidadania junto à comunidade.

Participou da realização de encontros de literatura regional com outras associações congêneres, discutindo o linguajar caipira, a poesia parnasiana e a obra modernista. Em 2010 celebrou os 400 anos de fundação de Itu com publicações e homenagens.

Desde 2012 lança bienalmente a publicação “Itu, presenças ilustres”, que já registrou cerca de 120 crônicas biográficas de quem fez história em Itu no século XX. Também bienal é a edição do livro Pirilampos, reunindo matéria literária dos associados.

A ACADIL se reúne mensalmente, no segundo sábado, às 10h.

A ACADIL completou seu Jubileu de Prata com diversas celebrações, publicações e a criação das últimas oito Cadeiras que serão ocupadas nos próximos anos.
A Academia Ituana de Letras (ACADIL) é uma associação cultural sem fins lucrativos, que reúne escritores de Itu e região a fim de fomentar a literatura regional, discutir temas ligados à cultura, à arte e realizar eventos e publicações que incentivem a leitura e promovam a discussão de ideias. Sobretudo os acadêmicos se propõem a valorizar as letras locais através da pesquisa sobre a obra de seus patronos, fazendo jus ao dístico do Colar Acadêmico “Ytuensibus litteris laurea semper” – que as letras ituanas sejam sempre lembradas.

Fonte:
ACADIL

quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Olivaldo Júnior (Trovas para 30 de janeiro: Dia da Saudade)


Da saudade que me deste,
fiz meus pontos cardeais,
mas do Leste fiz Nordeste
e do Norte um Sul a mais...

Meu retrato da saudade
tem seu rosto em luz banhado
me falando sem vaidade
que inda sou seu bem-amado.

- A saudade até parece
um canteiro triste, torto,
cujas flores viram prece
por um jardineiro morto...

Ao matar tanta saudade,
não fui preso, nem a júri,
esperando que a verdade
da distância inda me cure...

A saudade que me impõe
faz de mim um resistente:
um chorão que sobrepõe
os chorinhos ao presente.

Fonte: O Autor

sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Olivaldo Junior (Um professor..)


"Quero falar de uma coisa / Adivinha onde ela anda / Deve estar dentro do peito / Ou caminha pelo ar"... Quem não se lembra dessa linda música de Milton Nascimento e de Wagner Tiso? Pois ela acabou virando um hino quase obrigatório em todas as formaturas Brasil afora desde que fora lançada, em 1983, além de se tornar a música que marcou a morte do ex-presidente Tancredo Neves, sendo executada inclusive durante o seu funeral. Coração de Estudante... Existe ideia mais pura de coração, mais genuína de real interesse pelo mundo, pela vida, por tudo o que existe e pode ser melhorado? Se há um estudante, há um professor.

Um professor que se desvela em mil cuidados pelo ingressante na Educação Infantil, continuação de pai e de mãe, antigamente chamada (sim, eram e ainda são quase todas mulheres) de "tia". Hoje, muitas vezes, apenas "prô". Mas o que importa é que, muitas vezes, é a "prô" quem dá o carinho que a criança não tem em casa e acaba assumindo no coração infantil um papel ainda maior que o esperado. É a mãe, a tia e até a prô numa só professora!

Um professor que ensina as primeiras letras, o alfabeto todo e se distancia, para que o aluno aprenda a escrever seu destino com as próprias mãos. Mãos que, amanhã, serão de médicos, engenheiros, administradores, comerciantes e de muitos outros profissionais, até de professores. Mãos que, com certeza, se emocionarão quando pensarem no rosto de quem às vezes ficava bravo e pegava no pé do menino e da menina que não queria aprender com ele.

Um professor que domina uma sala de adolescentes, todos conectados, em mil redes sociais, com a atenção difusa, dispersa, tendo que chamar a atenção para uma matéria que, para os jovens, nem sempre tem graça, nem sempre faz sentido. Alguém que acaba caricaturado, com sua característica própria em lente de aumento, por algum aluno, mestre em sátira. Um professor que, apesar da desvalorização geral, consegue passar o que é preciso.

Um professor que lida com alunos universitários, adultos, mas que, ao se sentarem na cadeira de uma sala de aula, voltam a ter oito, nove, ou treze anos, porque aluno é sempre aluno, não importa a idade. Mesmo com toda a tecnologia e com o "poder" de formação de texto em nossas mãos, quando se vê sob as mãos de um professor, um aluno espera dele a mão da professora do início, que tantas vezes lhe guiou a mão pelo papel, hábil na conduta.

Um professor que também educa jovens e adultos que não puderam aprender na "idade certa" (entre aspas, porque, na verdade, toda idade é a mais certa para aprender). Professor que tenta suprir a falta de tantos outros professores, lacunas de tantos outros ensinamentos que ficaram pelo caminho. O aluno da E.J.A. requer o carinho, o apoio de quem é professor, um professor de verdade, e ensine os seus olhos a lerem o mundo com olhos letrados, ágeis.

Um professor que ensina o que ele sabe e domina. Um professor que muda sua comunidade e respira modernidade. Um professor que é pura poesia para o aluno que só teve conversa fiada. Um professor que se torna com o tempo o próprio tempo, veloz em saber a resposta, mas ainda mais rápido em saber que ninguém sabe tudo. Um professor que se chama de amigo, de eterno, de mestre. Um professor que demonstra respeito e o recebe também.

"Coração de estudante / Há que se cuidar da vida / Há que se cuidar do mundo / Tomar conta da amizade"... Amizade. Amizade de um professor que seja estudante a vida inteira. Um professor que não se veja parte de pesquisa sobre o crescimento da violência também em sala de aula. Um professor que seja a coruja e (por que não?) a águia que inspirará seu aluno a novos céus de alegria. Um professor que eu poderia ter sido. Um professor que posso ser?...

* Texto originalmente publicado na edição de sábado, dia 14/10/2017, no jornal impresso Gazeta Guaçuana, de Mogi Guaçu, São Paulo, para o Dia do Professor (15 de Outubro).

Fonte:
Texto enviado pelo autor 

domingo, 16 de setembro de 2018

Odenir Follador (195 Anos - Salve Ponta Grossa, Princesa dos Campos Gerais)

(Aniversário da cidade: 15 de setembro)

Salve, salve, oh! Querida Ponta Grossa,
Princesa encantada dos Campos Gerais!
Das verde campinas és a alma nossa.
Brancas asas, o início... esquecer jamais...

De seus prédios e casarões alvissareiros,
das ruas seminuas no entorno da praça.
Onde havia até transporte de passageiros;
a Estação Saudades e a Maria Fumaça!

Havia também outro meio de transporte:
quatro linhas de ônibus no Ponto Azul
que ligava todos os bairros dando suporte,
num irrequieto vai e vem, de Norte a Sul.

E muito próximos, com porte magistral:
a fonte da Praça Barão do Rio Branco,
o Coreto e a nossa imponente Catedral;
magia dourada de um momento franco.

Indústrias Wagner com chaminé altaneiro,
da Cia. Adriática e da cerveja Original!
Nas ruas: cavalos, carroças e carroceiro
movendo e agitando o centro comercial.

As muitas lojas, comerciais e industriais
foram demolidas, sequer preservadas!
Só lembranças... Hoje não existem mais!
Pela moderna construção, foram trocadas.

Oh! Querida Princesa dos Campos Gerais;
que saudades... Recordação e Nostalgia!
Lembranças que não apagarão jamais,
da candura e doçura que tivemos um dia.

Fonte: Facebook

quarta-feira, 18 de julho de 2018

Olivaldo Júnior (Todo trovador que se preze)

         18 de Julho: Dia do Trovador


  Hoje, dezoito de julho, é o Dia do Trovador. Essa data foi escolhida por ser o dia do nascimento de Luiz Otávio, “Príncipe dos Trovadores”, que, em 1966, fundou a União Brasileira de Trovadores (UBT), entidade que busca congregar os trovadores brasileiros e realizar Jogos Florais, como forma de aprimorar o talento desses poetas e divulgar a menor forma poética da Língua Portuguesa, ou seja, a trova, que, aliás, só é ‘mini’ em sua estrutura.

            Falando em trova, todo trovador que se preze deveria ter um cavalo selado à porta de casa, bem à moda dos trovadores medievais, que, de cidade em cidade, cantavam as boas novas da província anterior, tecendo, assim, sua colcha sonora, com muitas redondilhas e muita inspiração, sem abrir mão do poder de síntese, comum aos trovadores. Já pensou que bom seria ouvir um trovador e seu banjo, seu canto ancestral, um ‘buscador’ por excelência?

            Correspondo-me ainda hoje com alguns trovadores da UBT. Porque todo trovador que se preze tem sempre uma trova na manga, uma manga bem larga, de onde os sonhos emergem e ganham o mundo. Assim, nos quatro versos da trova, com sete sons poéticos cada um, em rimas alternadas, trovadores se aliançam e se fundem num só espírito criador, o de manter viva a chama que os nossos irmãos portugueses trouxeram no mastro das caravelas de então.

            Hoje, dezoito de julho, é o Dia do Trovador. O que esperar desse dia? Trova e poesia, talvez. No entanto, todo trovador que se preze pode esperar um lampejo de inspiração, seja do próximo, seja de si, para que a vida se mostre em cores. As mesmas com que Gislaine Canalles, que foi para o céu dos trovadores no último dia treze, viu reveladas em suas trovas e, de modo especial, em suas glosas. Assim, nesse dia, com “Gis” e Luiz, ‘trovemos’ todos!

Fonte: O autor

terça-feira, 18 de julho de 2017

José Feldman (O Trovador)


O Trovador

         Hoje é o Dia Nacional do Trovador. E, em homenagem a este dia, tantas e tantas trovas são colocadas. Mas, afinal quem é o trovador?
         Trovas são os nossos sonhos, nossos momentos de tristeza, de revolta, de solidão, de alegria, de amor, de fé.
         Os trovadores carregam dentro de si uma bagagem enorme de suas realizações, decepções, sonhos e principalmente, doação.
         O trovador doa-se, para poder compartilhar o momento com os outros. É como se recebesse um pão e deste fizesse brotar tantos e tantos pãezinhos para que pudesse saciar a nossa fome de esperança.
         O trovador é coração, é alma, é sangue, é lágrima, é riso.
         O trovador busca em cada cantinho escondido da vida um mínimo que seja de um grão de areia para poder mostrar ao mundo, e transformar este grão em uma praia enorme para que todos possam aproveita-la e se encantar com a maravilha que é um mero grão.
         O trovador é luz. É luz que ilumina o caminho de muitos que vivem nas trevas. É luz daqueles que a perderam nas encruzilhadas da vida.
         O trovador é sonho. Tantos sonhos são sonhados, e o trovador carrega nestes quatro versos sonhos que se perderam na névoa do tempo.
         Enfim, o trovador é amor. É o amor dos apaixonados, o amor dos casados e dos que ainda um dia irão amar. É o amor de amigos, o amor ao próximo, o amor aos animais.
         O trovador foi, é e sempre será VIDA!
         Meus parabéns a todos os trovadores, todos que batalharam e batalham para manter esta chama acesa.
         São tantos nomes, por isto deixo os meus parabéns a TODOS OS TROVADORES E AMANTES DA TROVA.
         E em especial o meu muito obrigado a Luiz Otávio, nosso mestre maior, o estopim do movimento trovadoresco.
(José Feldman)