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domingo, 6 de junho de 2010

Rubenio Marcelo (1961)


(Tradução do espanhol por José Feldman)

Rubenio Marcelo é poeta, músico, compositor e animador cultural. Nasceu em Aracati/Ceará, e reside em Campo Grande/Mato Grosso do Sul há mais de 15 anos.

Membro vitalicio titular da Cadeira 35 e Secretario-Geral da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras, da qual – por indicação – foi eleito em 2002, havendo tomado posse solene em 27 de setembro deste mesmo ano. É membro vitalício da Academia Maçônica de Letras de MS (titular da Cadeira 13).

Formado em Ciencias Jurídicas (Direito), e em Engenharia. Rubenio, é também músico/compositor, revisor e membro da União Brasileira dos Escritores (UBE/MS).

Quando residia em Fortaleza e estudava no tradicional Liceu de Ceará, ainda adolescente, estudou também teatro e guitarra clássica e popular. Nesta época – e também no periodo universitário – integrou vários grupos musicais e participou de importantes projetos artísticos, como o Projeto Cocotal e o Projeto Luiz Asunción (que levavam shows abertos em teatros, praças e bairros da capital alencarina.

Nesta época sua poesia e composições musicais começam a ganhar destaque através de sua presença ativa nos festivais, eventos e movimentos culturais da região.

É autor de sete livros publicados: 1 - “Fragmentos de Mím"; 2 - "Cantar para Vivir"; 3 - “Estigmas do Tempo”; 4 - “O Metro de São Paulo - Literatura de Cordel”; 5 - “Reticencias...”; 6 - "O Reino Encantado do Cordel - A Cultura Popular na Educação"; e 7 – “Graal das Metáforas - Sonetos & Outros Poemas” (2007).

Lançou os CDS musicais (1 - "A Música de Rubenio Marcelo"; e 2 - "A Arte Maior de Rubenio Marcelo & Jorge Sales").

Ativista cultural y defensor da Arte eclética, é merecedor de importantes prêmios em festivais e concursos lítero-musicais, como: Festival Nacional Golondrina de Poesía (RJ); Prêmio Nacional Directv “A Liberdade em Suas Mãos”; Prêmio Nacional Metro de São Paulo/CPTM (I Concurso de Literatura de Cordel); Troféu Ouro do Concurso Nacional “Mural de Poesía”; 1º lugar do Concurso Internacional de Poemas Min. de la Aeronáutica e AVBL; e 1º lugar em valor literario/conteúdo poético do concurso “XVII Noite Nacional da Poesía” (UBE/FUNCESP - maio/2004).

Rubenio Marcelo é um polígrafo prolífero... Vai do soneto mais tradicional ao verso livre, do cordel de fundo popular aos poemas de cunho social, com um vocabulário que deve entusiasmar os lexicógrafos de nossa poesia. Graal das Metáforas é um belo livro: pela generosidade do conteúdo e pela qualidade gráfica de sua feitura. (Antonio Miranda)

Fonte:
Antonio Miranda

quarta-feira, 17 de março de 2010

Elizabeth Fonseca (Ser Poeta)


Quem quiser no pensamento
De um poeta viajar,
Conhecerá a serenidade da lua.
Conhecerá do mundo os verdores,
Terá sai alma hipnotizada de amores.

Ser poeta é ter um realejo na alma,
Marcando presença por onde passar.
É cantar o amor em poemas e versos.
É verter sentimentos latentes a um altar,
Onde Deus é amor, a paz do universo.

O amor que o poeta suplica e chora
É um lindo e rubro botão de rosa,
Que em lágrimas se abre purpúreo,
Embelezando a tristeza, a dor que aflora,
Carregando, no peito, a paixão vida afora.

Ser poeta é ver num embrião
O doce sabor que a vida tece.
É reverdecer o coração de esperança,
Quando as flores emurchecidas fenecem.
É acreditar na utopia, tendo o coração em prece.

Ser poeta é justificar a dor.
É ser dono da Terra e do Céu.
É bordar as letras em louvor,
Sentindo na alma um alento.
Ser poeta é somente ser dono do Amor!
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Fonte:

União Brasileira dos Escritores - Mato Grosso do Sul

domingo, 20 de dezembro de 2009

Delasnieve Daspet (1950)


Delasnieve Miranda Daspet de Souza (Porto Murtinho, 12 de setembro de 1950) é advogada, poetisa brasileira. É ativista das causas da Paz, sociais, humanas, ambientais e culturais

Casada e mãe de dois filhos, Delasnieve Daspet, é poeta, Ativista da Biopoesia, cronista, ensaísta, palestrante, professora, educadora, atuante em várias lutas sociais, principalmente nos trabalhos que desenvolve com menores carentes.

Premiadíssima, Daspet também é representante atuante de várias associações e academias literárias e culturais, nos ambitos nacionais e internacionais, tais como:

– Peace Ambassador in Universal Ambassador Peace Circle - Genebra – Suíça;
– Sub-Secretária Geral para as Américas e Embaixadora para o Brasil de Poetas del Mundo, Santiago – Chile;
– Ambassador for Peace – Universal Peace Federation on the International Federation for Word Peace – 2007;
– World Poets Society (W.P.S.);
– Comissão de Direitos Humanos da OAB/MS (presidente)
- Conselheira Estadual de Cultura/MS
- Conselheira Municipal de Cultura Campo Grande/MS

Premios:
– Unesco Prizes World Poetry;
– Médaille D'Argent 2008 - Arts, Sciences, Lettres - pela Société Académique d´Éducation et d´Encouragement, como Poeta e Escritora, Paris-França;
- Premio da Business Professional Women International BPW – Campo Grande - MS: Troféu BPW Mulher-2007;
– Super Cap de Ouro - 2008;

Já publicou e participou de 41 ( quarenta e um ) livros e coletâneas, nacionais e internacionais.

Mantém há oito anos, um grupo de Poetas e Poesias com 180 (cento e oitenta) associados (poetas/escritores de todo o Brasil), e, em outros países da América do Sul e da Europa, tendo como final objetivo, procurar, estimular, estudar e desenvolver as várias vertentes da Poesia.

Idealizadora do tão conhecido e prestigiado festival de poesias "Tertúlia Poética Luna& Amigos", que realiza todos os anos.

Frequentemente requisitada, desenvolve palestras pelo Brasil e assiduamente no Mato Grosso do Sul, onde aborda temas referentes a Cultura da Paz, dos Direitos Humanos e Poesia - Biopoesia – e a integração pela Palavra.

No teatro, Delasnieve Daspet, teve poesias suas adaptadas para as peças teatrais "Romeu e Julieta" e "Sonho de uma noite de verão" (ambas de Shakespeare) em Cabo Verde - África, pela Cena Aberta Companhia de Teatro

Na BIOPOESIA – Poesia da Vida, emprega a poesia nas importantes questões que põem em perigo a vida de cada ser vivo, como o aquecimento global da Terra, as guerras expansionistas, a poluição ambiental.

Conceituada pela expressão peculiar, tornou-se renomada internacionalmente, oportunidade em destacarmos seu extenso prestígio, onde já fora traduzida para o ingles, alemão, espanhol e frances.

Como ativista da Paz, celebra com a união de todas as raças, credos, gênero, a proposta da criação de uma Escola de Paz – onde se ensinem aos homens que o desenvolvimento não se realiza nem no vazio nem no abstrato. Inscreve-se num determinado contexto social e responde a condições sociais especificas.

Publicações

Solo

* Por um minuto ou para sempre;
* Em Preto e Branco;
* Pazeando.

Livros que organizou

* Tertúlia na primavera;
* Tertúlia na Era de Aquário;
* Poetas del Mundo Volume I;
* Poetas del Mundo Volume II.

Coletâneas

* Poesia só poesia;
* Tempo de poesia;
* Seleção de poetas notívagos 2001;
* Nas Asas da Paz;
* Poesias do Brasil;
* Paternon Século XXI;
* Casa do Poeta Brasileiro em Salvador;
* Gigantes;
* Bento;
* Poesia em América;
* Poetas na Bienal do RJ;
* Primavera dos Ipès;
* 10 Rostos da Poesia Lusófona na Bienal do RJ;
* 10 Rostos da Poesia Lusófona na Bienal de SP;
* O Poeta Fala - 2;
* Casa do Poeta Rio-Grandense;
* REVIJUR;
* Conceição do Almeida.

E-Books

* Luna&Amigos - Volume I; Volume II; Volume III; Volume IV; Voilume V, Volume VI.
* Coletâneas de Poesias de Natal
* Delasnieve Daspet - Poesias
* In Limine
* Um Novo Amanhecer
* Buque de Poesias
* Estão Voltando as Flores
* Antologia Arquitetura Literária
* Participação Especial na Antologia Natal 2008 dos Poetas em Foco e Poetas Del Mundo, editada pela EUNANET

Fontes:
Revista Zap, de Elizabeth Misciaci. http://www.eunanet.net/beth/delasnieve_daspet_2.php
http://pt.wikipedia.org/wiki/Delasnieve_Daspet
http://www.poetasdelmundo.com/verInfo.asp?ID=600

sábado, 29 de agosto de 2009

Lucilene Machado (Sequência de Sonho)



Por hoje, bastava-me uma garrafa de vinho para embriagar-me. Espírito dionísico para beber um sonho. Mas o cálice da realidade impede-me conquistar a eternidade do céu de uma boca ou de qualquer paraíso feito de suspiros e palavras. A razão não compreende a emoção. Embates e embustes. A paixão vale pelo silêncio que engloba. Vale por tudo que não conseguimos dizer, por tudo que não conseguimos perguntar, porque muitas vezes as perguntas não são possíveis.

Debruço-me sobre o parapeito de uma janela que não me pertence. Nada me pertence. Poucas pessoas no mundo são tão despidas quanto eu. Tenho uma nudez que fere. Uma nudez que quer ser dividida. É sublime doar um pedaço de si. Uma mutilação que constrói sonhos. Quantos sonhos seriam necessários para desvendar o mistério de um homem? Talvez nenhum. Pode-se desintegrar os átomos de um homem com atitudes. Com algum impulso de sangue latino pode-se brindar belas descobertas. Mas amor é outra coisa. Amor é o nome que eu persigo e pelo qual me perdi algumas vezes. Fui infeliz em todas as felicidades. Minha alma é uma capela vazia esperando por um anjo. Um anjo cheio de pecados a fazer-me confissões.

A lua rasteja o futuro por caminhos inexplorados. Quero estar suficientemente viva para trafegar com meus sonhos por esses desígnios. Já não estarei confinada num canto do mundo com essa sobrecarga de imagens. Já não estarei precisando pensar, precisando concentrar-me na amarração do texto que toma corpo de crônica. Isso estica minha angustia. Queria pensar sem formas, mas já não posso. Tudo acaba padronizado. O medo de decepcionar, o medo de não ter medo... Toda palavra tem seu preço. Sou vítima de um sistema coletivo de encadeamento de idéias. Até o amor tem suas terminologias. Até o amor tem suas ciências. Mas hoje estou incurável. Quero um amor de botequim. Amor sem pressa e sem causa. É porque é, porque tem de ser. Um amor sem história, acontecendo ao acaso, como se eu nunca tivesse sonhado isso.

De verdade, quando se vive milhares de noites, já não se pode precisar em que noite antiga, muito antiga, se plantou o sonho. Deve ser quando raspei as pernas pela primeira vez, calcei sapatos de salto e todo mundo percebeu, "Essa menina cresceu, tá virando mulher". Estava concluído um ciclo. Nunca mais voltei ao sótão para brincar de bonecas. Voltei sim, para ver das alturas o destino que subia da terra. O destino tinha corpo e cheiro de homem. Senti vergonha do meu sentimento sem pudor. Vergonha dos meus pensamentos ousados. Meu corpo era um mar que precisava de muitos rios para satisfazê-lo. Era assim mesmo? Puberdade, ouvi na aula de ciências. Só não falaram da necessidade de simbiose de espírito. Mas, instintivamente iniciei a busca pelo amor real. Raramente o vivi por inteiro. Queria alcançar com a mão aquilo que está à altura da inteligência.

Mas essa memória afetiva me cansa! Poderia dizer que hoje estou pronta para o desafio, mas o amor tem viés que desconheço. Mal posso falar da anatomia. Tanta beleza em uma só. Tanto pecado num mesmo pecado. Resgate, remissão... Eros, Ágape, Fileu... gravitar em torno do outro... melhor mergulhar numa taça de vinho e lamber a emoção altruística (ou seria egoística?) de ter escrito esta página.

Fontes:
http://www.lunaeamigos.com.br/lucilene/indice.htm